Toda
a criação – as montanhas, as árvores, os mares, a terra inteira, mas
também os sóis, as estrelas... – não é outra coisa senão música. Certos
poetas, certos filósofos como Pitágoras e Platão, chamaram a essa
sinfonia de todo o universo “a harmonia das esferas”. Tudo o que existe
emite sons, mas, evidentemente, não são sons no sentido em que
geralmente compreendemos a palavra “sons”. A harmonia das esferas é a
sínteses de todas as linguagens de que a criação se serve para se
manifestar. Na natureza, nós distinguimos não só sons, mas também cores,
movimentos, perfumes, formas, pois os nossos órgãos dos sentidos
dão-nos uma percepção diferenciada das coisas. Mas, para além dos cinco
sentidos físicos, nós possuímos outros órgãos que são capazes de fazer a
síntese de todas essas percepções, e em certos momentos excecionais é
possível apreender a criação simultaneamente como sons, cores, formas,
movimentos, perfumes. Esta harmonia das esferas não diz respeito
unicamente à sensibilidade. É também uma palavra de sabedoria que indica
a direção a seguir, que inscreve a lei divina na alma daquele que teve o
privilégio de a ouvir ao menos uma vez.
Omraam Mikhaël Aïvanhov
Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal
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