terça-feira, 20 de novembro de 2012

NAS HORAS DE MEDITAÇÃO

Há horas em que nos esquecemos do mundo. Nessas horas sentimos aproximar-nos de uma região de bem-aventurança, na qual a alma sente-se possuída de seu próprio Eu e em presença do Altíssimo. Cala-se, então, o clamor do desejo; tranquilizam-se os sentidos. Somente Deus é.

Não existe santuário mais sagrado que uma mente purificada, uma mente concentrada em Deus. Não existe lugar mais santo de que aquela região de paz na qual penetra a mente quando fica fixa no Senhor. Não há incenso de perfume mais suave e puro que o pensamento ascendendo até Deus. Pureza, sorte, bem-aventurança, paz! De tudo isso se compõe a atmosfera do estado de meditação.

A consciência espiritual alvorece nessas horas silenciosas, sagradas. A alma se aproxima de seu manancial. Nessas horas, o ribeiro da personalidade se expande, convertendo-se em imponente e caudaloso rio que corre até a individualidade verdadeira e permanente, que é a Consciência Oceânica de Deus. E ela é Uma, Única.

Nas horas de meditação a alma extrai das alturas as qualidades que realmente pertencem à sua natureza: ausência de todo medo, sentido da realidade, sentido da imortalidade.

Interioriza-te em teu Eu, ó alma! Busca com amor a hora silenciosa. Compreende que teu Eu é da mesma substância da verdade, a substância da Divindade; em verdade mora Deus dentro de teu coração.

F. J. Alexander

Fonte: do livro "Nas Horas de Meditação"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

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