quarta-feira, 31 de julho de 2013

DEPRESSÃO - UMA ABORDAGEM ESPIRITUAL

O que é, por que e como ela surge. Médicos e renomados médiuns espíritas ensinam como vencer este mal.

Um estado de tristeza constante que persiste por mais de quinze dias consecutivos, queda de energia, vontade e interesse; alterações no apetite, sono e desejos sexuais, podem significar os primeiros sintomas de uma crise de depressão.

É um problema que atinge um número cada vez maior de pessoas nos tempos atuais, mas como prevenir e combater este mal da vida moderna?

Nesta entrevista, o médico neuropsiquiatra e psicoterapeuta, Dr. Franklin Antonio Ribeiro, dirigente do Grupo Espírita Hosana Krikor e membro do Núcleo de Estudos dos Problemas Espirituais e Religiosos (NEPER), do Instituto de Psiquiatria da USP, esclarece quais são seus principais agentes causadores e como a ciência e a doutrina espírita podem trabalhar juntas.

A depressão pode ocorrer em qualquer idade?

Acontece em todas as idades, inclusive na infância. Uma tese apresentada em um congresso de psicanálise em Roma, no ano de 1953, mostrou que a falta de carinho e atenção pode causar depressão. A experiência foi realizada com 165 meninos que conviveram com as mães durante pelo menos seis meses e depois se afastaram por algum motivo. No primeiro mês, os bebês começavam a chorar mais, se tornavam tristes e mantinham distanciamento das pessoas que se aproximavam. No segundo, já não tinham a mesma qualidade no ganho de peso e altura e no terceiro, se as mães não retornassem, passavam a adquirir infecções com maior facilidade. Alguns chegavam a falecer. No caso das mães voltarem, os bebês se curavam da depressão. Isso mostra que o amor é um elemento valioso para tratar o problema.

A depressão pode ocorrer também na adolescência, tendo como sintoma mais comum a irritabilidade, aliás, o número de jovens com depressão vem aumentando devido ao uso exagerado do álcool e das drogas. O álcool é o maior agente depressor de todos. Mexe com o sistema controlador do humor, levando o indivíduo a ter alterações de comportamento. À principio, o álcool desinibe, por isso a maioria das pessoas gosta de beber, só que se houver predisposição genética, pode ocorrer a dependência.

Já na terceira idade, ocorre alteração de memória. O esquecimento exagerado é um sinal no idoso.

Como a depressão é analisada do ponto de vista médico, humanístico e espiritual?

A depressão tem várias faces. Do ponto de vista humanístico, o amor, desde a infância, é fator primordial e começa dentro da família. Se há uma relação sincera entre os parceiros, a criança vai crescer dentro de um lar estruturado, mesmo com todas as dificuldades naturais de uma relação humana. O indivíduo aprende desde cedo a lidar com a insatisfação, com as crises, com o respeito, amizade, desprendimento e outros aspectos importantes nos relacionamentos.

Muitas vezes, se a pessoa está com a auto-estima baixa, sem autoconfiança, desanimada, desinteressada, sem prazer na vida e sente que alguém se interessa por ela, sua imunidade melhora muito. O ser humano precisa se sentir reconhecido. Sem isso, começa a sentir uma sensação de vazio e angústia.

O deprimido tem equívocos em relação ao que pensa sobre si mesmo. O indivíduo não se conforma com aquilo que está podendo ser e o que gostaria de se tornar.

Do ponto de vista médico, a depressão é uma falta de neurotransmissores no cérebro, que necessita de medicamento, ou seja, de um controle químico.

Pelo ângulo espiritual, a culpa, o remorso, a mágoa e o ressentimento levam a pessoa a estados depressivos, podendo causar o desenvolvimento de doenças psicossomáticas e até mesmo câncer. Portanto, o amor e o perdão que a doutrina espírita tanto nos ensina são sentimentos também preventivos.

Quais são os tipos de depressão?

Na depressão primária o indivíduo nasce com falta de neurotransmissores e com doses de remédio e amor a depressão pode ser evitada. Lembramos também que a depressão recebe os fatores genéticos. Estudos com irmãos gêmeos comprovam o fato.

Na secundária, há fatores que podem desencadear a depressão como alguns medicamentos que afetam o humor, períodos pós-cirurgia, pós-parto, pré-menstruais, menopausa, entre outros.

O que fazer diante dos sintomas de uma depressão?

Primeiro procurar um médico psiquiatra para que não sejam tomados remédios ministrados de forma errada. Cada paciente necessita de um antidepressivo específico. Se além do remédio, da terapia, dos cuidados com o sono, com a alimentação e das relações, o deprimido fizer um tratamento espiritual com passes magnéticos, água fluidificada e leitura do Evangelho, tanto melhor. O tratamento completo engloba o biológico, psicológico, social e espiritual.

Como prevenir?

Se o fator genético for muito forte, pode-se evitar os fatores psicológicos e espirituais. Psicologicamente, podemos ensinar a criança a lidar com a falta das coisas e das pessoas, estabelecendo limites. Educar é frustrar, porque a vida na Terra possui perda, dor, sofrimento e inevitavelmente passaremos por situações assim. Se formos educados desde cedo a enfrentar as situações, estaremos mais bem equipados. Se a cada sofrimento os pais derem um presente, ou de certa forma, satisfizerem o princípio do prazer o tempo inteiro, estarão criando seres inseguros, rebeldes, que aprenderão a ver na matéria a solução para seus problemas. Ao contrário disso, devem ensinar o princípio do perdão, da verdade, sinceridade, respeito, lealdade, companheirismo e diálogo.

A verdadeira prevenção está no autoconhecimento, no amor a si mesmo e ao próximo, tendo consciência de que os seres humanos são como são, e não da forma como gostaríamos que fossem. Só conseguimos compreender o outro, quando nos compreendemos, aprendendo a aceitar, a lidar com a insatisfação. Não há como prevenir depressão senão passarmos por nós mesmos. Deus está dentro de nós, então agradeça a Ele pela vida. Quando o temporal passa, surge um lindo sol.

A MEDITAÇÃO no combate à depressão

Apesar das técnicas de meditação serem ensinadas pelos orientais há séculos, estão sendo descobertas e utilizadas recentemente pelos ocidentais.

Humberto Pazian, autor do livro "Meditação - Um Caminho para a Felicidade", relata em sua obra como os conceitos, técnicas e experiências na prática da meditação podem auxiliar as pessoas a se sentirem mais felizes e realizadas. “Se entendermos que uma perfeita interação entre corpo, mente e espírito, nos fará atingir a verdadeira felicidade e reconhecermos a meditação como um caminho para alcançá-la, só nos faltará um pouco de determinação para criarmos em nossas vidas uma pequena porta para que adentre a Grande Luz”, diz. Existem variados tipos e técnicas para meditarmos, como a meditação zen-budista, hindu etc. A seguir, Pazian esclarece alguns pontos básicos sobre meditação.

O que é meditação e seus principais benefícios?

Existem diversas explicações e sentidos, de acordo com cada escola ou organização de estudos. No meu modo de entender, gosto de dizer que meditar é “estar” com Deus e isso traz paz e harmonia.

Quanto tempo a pessoa necessita para praticar?

Apenas como exemplo, Jesus “estava com Deus” todo o tempo e a sua vida é conhecida de todos nós pela sua grandeza.

Como estamos ainda no início de nossa caminhada evolutiva, alguns minutos pela manhã e pela noite, diariamente, são um excelente começo.

Como a meditação pode ajudar no tratamento da depressão?

A depressão não acontece de um dia para o outro, pois é um processo lento que vai se alojando e desarmonizando nosso ser. A prática da meditação vai trazendo novamente a harmonia e a eliminação do estresse que existe nesses casos, além de servir também como método preventivo.

Existem técnicas certas para meditar?

É só começar a buscar a Presença Divina em todo o momento possível e sem dúvida a maneira mais apropriada chegará até você.

Um exercício simples que as pessoas possam praticar se estiverem se sentindo cansadas e desanimadas:

Se possível, a pessoa deve acordar um pouquinho mais cedo do que o habitual, procurar um cantinho sossegado e sentar-se calmamente. Esquecer de tudo; horários, obrigações, tristezas e alegrias e concentre-se na respiração; inspirando e expirando com tranquilidade. Observe seus pensamentos, mas não se fixe neles. Após um breve período pense em Deus, procurem senti-lo com todo o amor que haja em seu coração e se deixe levar por essa sensação indescritível.

Quais têm sido os benéficos relatados pelas pessoas que leram o livro e passaram a praticar?

São inúmeros casos que nos chegam de pessoas que mudaram suas vidas em vários sentidos após a prática regular da meditação. No meu caso, por exemplo, posso assegurar que para realizar o trabalho espiritual que entendo como minha tarefa, a meditação tem sido fundamental. Não sei se seria possível sem ela.

Como utilizar a prece aliada à meditação no auxílio ao combate à depressão?

Orar pedindo, acreditando na melhora, meditar com amor e fazer por merecer a cura buscando no Evangelho o caminho a seguir.

Deixe-nos uma mensagem.

Num estado crônico de depressão é sempre importante procurar o auxílio de um profissional, seja médico ou terapeuta habilitado, além da ajuda espiritual. Porque como foi dito, o quadro depressivo não surge de um momento para o outro e a meditação - que é o nosso desejo de “estarmos com Deus” - tem sido um excelente método preventivo, não só contra a depressão, mas contra todos os males que surgem ou atingem nossos espíritos.



Erika Silveira



Fonte: Revista Cristã de Espiritismo, edição 24
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ONDE VOCÊ VÊ...

Onde você vê um obstáculo
Alguém vê o término da viagem
E o outro vê uma chance de crescer

Onde você vê um motivo pra se irritar
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência

Onde você vê a morte
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma nova etapa

Onde você vê a fortuna
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total

Onde você vê a teimosia
Alguém vê a ignorância
Um outro compreende as limitações do companheiro, percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo. E que é inútil querer apressar o passo do outro, a não ser que ele deseje isso.

Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar.

Porque eu sou do tamanho do que vejo.
E não do tamanho da minha altura.



Fernando Pessoa



Fonte: http://mensagensdiarias.com.br/onde-voce-ve/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OBSESSÕES - TROCAS INVOLUNTÁRIAS DE ENERGIA

Sempre que o assunto é obsessão, é normal haver uma carga emocional muito forte sobre a questão. Isso acontece pelo simples fato que temos o costume de separar obsessor do obsidiado, e com facilidade formamos a figura da vítima (obsidiado) e do vilão (obsessor), sem compreendermos que um não vive sem o outro, portanto ambos são cúmplices (parceiros de vibração) no processo.

Nosso objetivo aqui é procurar expor o tema de uma forma diferente, com foco nos aprendizados que podem ser extraídos, porque na realidade dos fatos, as lições que tiramos desses eventos é o que mais importa.

Os cenários mudam, os atores mudam, os locais mudam, mas quando o tema é obsessão, as compreensões necessárias são sempre as mesmas.

Os estudos das interferências energéticas nocivas é amplamente difundido na comunidade espiritualista brasileira e mundial. Hoje em dia é comum encontrarmos dezenas de excelentes livros e publicações à respeito do tema e suas particularidades. Contudo, como nosso maior objetivo é a evolução espiritual na prática, vamos desenvolver uma visão de contexto sobre o assunto, para não tratarmos de forma isolada do todo.

O que é a obsessão?

A obsessão é um processo em que um indivíduo, entidade, situação ou força, prejudica uma outra situação, entidade, pessoa ou força, exercendo influências que alterem seus estados. Essa influência pode ser consciente ou inconsciente, por ambas as partes.

É normalmente considerado obsessor aquele que exerce influência sobre um outro, alterando, diminuindo ou desorganizando a energia ou vibração de uma ou mais pessoas ou entidade. Em resumo, é aquele que realiza influência sobre.

O obsidiado é a pessoa ou entidade que recebe essa influência, sofrendo as consequências dessa alteração, desorganização ou diminuição da energia.

Na comunidade espiritualista, é muito comum estudarmos o tema focando a atenção nas obsessões apenas do plano espiritual.

Isso acontece porque pouquíssimas pessoas nesse mundo capitalista e mecanicista está treinada para perceber as interferências de ordem sutil (espirituais), logo invisíveis aos olhos do indivíduo destreinado nas capacidades da alma. Assim sendo, acabamos por nos preocupar mais com aquilo que não podemos ver.

É importantíssimo desenvolver habilidade e conhecimento sobre os processos envolvidos nas obsessões do plano espiritual, todavia, não podemos nos esquecer que grande parte das obsessões de desencarnados sobre encarnados se iniciaram aqui na Terra. Talvez se os envolvidos do processo obsessivo pudessem em vida ter tido o esclarecimento necessário, muito provavelmente a realidade seria outra. Se todos compreendermos que muitas atitudes que temos com o nosso próximo tratam-se de comportamentos muitas vezes obsessivos, poderíamos diminuir essas consequências danosas ainda em vida, de pessoa para pessoa. Essas obsessões de desencarnados para encarnados acontecem porque a morte não separa os laços cármicos.

Aquele que hoje morre com ódio mortal de seu vizinho em vida, quando no plano espiritual, tende e produzir da mesma forma seus fluídos perniciosos imanentes de seu psiquismo desequilibrado. E esse desencarnado, quando voltar a Terra, com sua personalidade congênita, tende a ser um encarnado que exerce influência negativa para aquele mesmo vizinho, porque seus corações não se harmonizaram. As obsessões atravessam as barreiras do tempo e das dimensões.

Tomemos como exemplo a educação no Brasil e no mundo. Muitas nações já perceberam que a saída para a maioria dos problemas sócio-econômicos está na educação. Muitos pais investem tudo que tem para proporcionar aos filhos educação e estudo digno para torná-los almas mais evoluídas. E qual a consequência disso? A liberdade! Ou como diria Jesus: "A Verdade que Liberta".

Primeiro precisamos compreender o assunto, sabendo de suas causas raízes, para depois atuarmos condizentes, dizimando suas consequências negativas e proporcionando um aprendizado coletivo.

É muito parecido com a questão da violência e marginalidade no mundo. Sem uma base de projetos e ações sociais, jamais serão resolvidos na raiz do problema.

Antes de ir mais a fundo nesse conteúdo, queremos convidar a todos a pensar. Sempre que o assunto em questão for obsessão, precisamos exercitar a visão do todo. Precisamos procurar compreender a causa raiz, porque se centrarmos o nosso foco apenas na consequência ou no momento presente, jamais seremos efetivos, logo não estaremos evoluindo, apenas girando em círculos. Esse exercício de reflexão pretende fazer com que você perceba que trocamos de papel frequentemente: as vezes somos obsessores, as vezes obsidiados.

Exemplos:

Somos obsessores do planeta Terra quando estamos destruindo, poluindo, explorando.

Somos obsidiados quando no trânsito alguém nos xinga com força e raiva no olhar.

Somos obsessores de tudo (de nós, dos outros, das coisas e ambientes) quando negativos, pessimistas ou vítimas.

Somos obsidiados quando permitimos que os outros nos desrespeitem, nos explorem, nos critiquem sem motivo.

Somos obsessores quando culpamos.

Somos obsidiados quando somos culpados.

Sempre que houver trocas perniciosas de energias, podemos considerar como um fluxo obsessivo. Porque há disputa, há combate, há conflito, mesmo que as duas partes não estejam conscientes. Sempre há desgaste, há tensão, mesmo que invisível.

Uma obsessão começa quando uma parte tem interesse na energia do outro, e vice-versa.

Uma obsessão termina quando uma ou as duas partes começam a ter consciência da obsessão e suas consequências. Quando somente uma das partes desperta para o entendimento, a cura (pelo menos de sua parte) pode acontecer. O fato de uma das partes não aceitar a harmonização não impossibilita a cura por parte do interessado no fim do vínculo obsessivo, no entanto, se buscada apenas por uma das partes, torna o processo mais difícil e demorado. E nesse caso, quando quem quer a cura consegue seu objetivo contrariando a outra parte, que não aceita a transformação, o ciclo obsessivo deverá continuar, sendo que nesse caso, o obsessor naturalmente irá procurar um novo alvo para obsidiar, porque ele tem dependência.

Em casos que há consciência, intenção e iniciativa por ambas a partes, para que o processo obsessivo seja transmutado, e finalmente isso acontece, há no universo a formação de um ponto de luz, que gira a engrenagem da evolução do mundo, porque manifesta iluminação, libertação e harmonia; diga-se de passagem, é tudo que o universo precisa!

Essas trocas involuntárias de energias, ou melhor, essas influências energéticas entre almas, situações, lugares, se dão em todos os níveis: físico, espiritual, emocional, mental. Também acontecem muito entre pessoas que se amam, entre pais e filhos, marido e mulher, chefe e empregado, professor e aluno, e assim por diante. Porque sempre que entendermos que precisamos da energia do outro para sobreviver estaremos sugando-lhe suas melhores vibrações. Porque sempre que esquecemos que fazemos parte do Todo, da Fonte ilimitada, estaremos nos limitando. Portanto, necessitaremos das migalhas que conseguimos explorar do nosso próximo. Mas não se assuste, não se culpe, roubamos energia alheia porque não estamos treinados para receber energia abundante, ilimitada, direto da Fonte.

A consciência de que temos a eternidade, que somos ilimitados nos facilita saciar a sede de nossas almas desse manancial de Luz que é Deus.

As relações cotidianas de controle, ciúmes, posse, inveja são apenas indícios dos efeitos devastadores que as obsessões geram em toda malha magnética da Terra. Mais uma amostra de nosso egoísmo e alienação espiritual. Também é uma demonstração de que o desenvolvimento de nossas consciências espirituais é o grande trunfo que temos para mudar essa realidade para melhor. Consciência é tudo que precisamos!

O melhor antídoto para interferências obsessivas é a expansão da consciência ou evolução espiritual, quando o ser desperto descobre que não é vítima de nada, que não existem vilões e que tudo que acontece nesse universo é milimetricamente regulado por uma Consciência Superior, para que os aprendizados aconteçam.

As obsessões acontecem por interesse, que embora seja uma palavra forte, é a mais adequada para explicar esse tema. O interesse que muitos temos em uma pessoa ou situação, e que de forma iludida, distanciados da fé divina e das boas vibrações, concluímos com nossas mentes inferiores, que só podem acontecer dessa ou daquela maneira. Assim ficamos escravos de nossas convicções ou condicionamentos mentais, criando nossas falsas metas, bem como nossos ridículos meios, para atingir nossos também equivocados objetivos. E nesse caminho acabamos, por consequência de estarmos distanciados de nossas essências espirituais, obsidiando ou sendo obsidiados.

A saída para essa condição escravizante é a conexão com Deus, através da disciplina espiritual da oração, da meditação, das boas práticas de saúde e equilíbrio em todos os corpos. A partir do momento que o homem se re-liga com o Criador, que fica consciente da missão da sua alma, da necessidade de evolução, tudo muda, um novo sol surge em seu horizonte.

Obsessão se dá sempre por mais de uma parte, quando os integrantes do ciclo estão alimentando o processo. Se alguém para de alimenta-lo, ele se encerra. Esse é o maior aprendizado prático que podemos tirar!



Bruno J. Gimenes
sintonia@luzdaserra.com.br



Fonte:http://www.luzdaserra.com.br/48/obsessoes-perdas-involuntarias-de-energia/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

terça-feira, 30 de julho de 2013

A TRANSITORIEDADE

Um milionário paga seu imposto de renda com lágrimas nos olhos. Um diretor deixa para trás os móveis e os aparelhos de laboratório da escola quando é transferido para outro lugar. Por quê? Porque o diretor sabe e acredita que ele é apenas o zelador e não o proprietário. Ele não se apega a esses objetos, pois sabe que pertencem ao Governo. Do mesmo modo, todos devem sentir que sua família, casa, campos e carro são todos de propriedade do Senhor. Você é apenas um administrador e deve estar pronto a abandoná-los sem murmurar, a qualquer momento. Sacrifício não significa que você não deve atribuir valor às coisas. Você deve de fato cuidar de tudo. Mas lembre-se que todas elas são transitórias e a alegria que dão é muito trivial e temporária. Conheça o verdadeiro valor das coisas, não as superestime ou desenvolva apego por elas.



Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

NECESSIDADE DA PRÁTICA

Há inúmeros discípulos de um Ensinamento espiritual que ainda não compreenderam a necessidade da prática. Eles mergulham em obras sobre a cabala, a astrologia, a magia, a alquimia, a espiritualidade hindu ou outras, e fazem delas tema de conversa em que cada um procura brilhar com os seus conhecimentos recentemente adquiridos. Não aprenderam nada no que respeita à humildade, pureza, paciência, bondade, gratidão, não sabem como entrar em harmonia com os humanos e com toda a criação, e, por isso, na primeira ocasião ficam perturbados, doentes: as suas leituras levaram-nos à beira de um precipício.

Não imagineis, pois, que ireis aceder assim tão facilmente aos grandes mistérios, resolver o enigma do universo, receber a Iniciação, e que, ocupados com esses projetos grandiosos, podeis descurar certas atividades da vida quotidiana, tão indignas de vós, assim como todas as verdades elementares que poderiam iluminar o vosso caminho, pois essas verdades elementares são as mais importantes. Se as aplicardes, encontrareis a atitude correta e, continuando a estudá-las, estareis protegidos.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ALIENAÇÃO MENTAL E OBSESSÃO: CONSIDERAÇÕES DOUTRINÁRIAS (Espiritismo e Apometria)

De acordo com os postulados espíritas, as causas mais conhecidas de alienação mental residem nos grandes abalos emocionais vivenciados na presente reencarnação ou derivam dos delitos e prejuízos graves impostos aos semelhantes em vidas anteriores. Nesta última hipótese prevalece a ideia de que as atitudes nefastas, decorrentes do egoísmo, da inveja e da maldade premeditada, se fixam no inconsciente do ser e aí permanecem em estado de latência, vibrando em maior ou menor desarmonia na dependência do tipo de malvadeza infligido aos outros.

Quando as atitudes insanas atingem inúmeras vítimas, mais intensa é a sensação de angústia e remorso, sobretudo após a desencarnação do infrator. Somem-se a isto, os ímpetos de vingança das vítimas desencarnadas, impulsos que se traduzem na perseguição pertinaz, tendo como alicerce a ideia fixa de justiça a ser imposta pelas próprias mãos.

Diante da ofensiva das sombras, o espírito assediado costuma buscar uma alternativa capaz de protegê-lo das perseguições obstinadas, de tal forma que, a opção reencarnatória parece ser o caminho mais viável. No auge do sofrimento, a entidade atormentada imagina que o mergulho na carne possa preservá-lo das hostilidades sofridas nas zonas umbralinas. Contudo, quando reencarnado, o espírito vê-se às voltas com um outro fator agravante. O seu campo mental, deformado pelo excesso de maldade, imprime, nas matrizes psíquicas da zona consciencial do campo perispirítico (físico), os desequilíbrios latentes que ressumam das profundezas da alma. Resultado: tal contingência converte-se em fator predisponente das manifestações psicóticas identificadas no decorrer da experiência terrena, se bem que complicadas pela subjugação obsessiva atribuída aos credores desencarnados.

As pesquisas comprovam que tais criaturas, logo nos primeiros anos de vida, ressentem-se dos indícios sugestivos de alienação mental, até que mais tarde explodem com intensidade as características sintomáticas das esquizofrenias, das depressões profundas ou do autismo clássico, psicopatologias sabidamente graves implícitas na Lei de Causa e Efeito.

Inúmeras vezes, a moléstia mental marca indelevelmente o comportamento do encarnado durante toda a existência. Em seu curso inexorável, compromete o relacionamento afetivo, distorce a noção de espaço e de tempo, e converte a criatura em uma personalidade apática, indiferente e desligada dos acontecimentos ao seu redor. No entanto, a aparência física, absorta e impassível, não corresponde à realidade dos fatos. Lá na intimidade, o mundo psíquico do alienado fervilha por conta dos inúmeros conflitos psicológicos derivados da intensa sensação de culpa e da incontrolável dor moral associada ao arrependimento tardio.

Se as benesses prodigalizadas pelo Espiritismo atingissem o maior contingente possível de insanos, o prognóstico do desequilíbrio mental não seria tão reservado assim e a enfermidade evoluiria de forma menos comprometedora.

É uma lástima admitir que, após o surgimento do Espiritismo, os bancos acadêmicos ainda refutem as informações e pesquisas relativas à vida fora da matéria. Não obstante tal postura, o campo experimental da doutrina tem se mostrado de real valor no diagnóstico e tratamento dos distúrbios espirituais, conforme preconizam as diretrizes doutrinárias. A experiência dos grupos espíritas, acumulada nas lides desobsessivas permite destacar algumas condutas que gostaríamos de compartilhar com os leitores. Vejamos, então:

Os enfermos mentais graves, na vigência das crises agudas devem ser submetidos compulsoriamente ao tratamento fluidoterápico (passes), pelo menos quatro vezes por dia. Tal postura encontra respaldo no conhecido benfeitor espiritual, Manoel Philomeno de Miranda. No livro "Loucura e Obsessão" (FEB), ao analisar um caso de esquizofrenia submetido ao tratamento espiritual, o citado pesquisador assim adverte: "Enquanto isto, deve ele receber assistência fluidoterápica quatro vezes, ao dia, objetivando desencharca-lo das energias que o intoxicam." (Manoel P. de Miranda e Divaldo P. Franco. Loucura e Obsessão. 1ª ed., Rio de Janeiro, FEB, 1990, pág. 132).  

Habitualmente recorremos às técnicas desobsessivas, especialmente as que se alicerçam na utilização da Apometria, seguramente o procedimento eletivo de maior penetração nos casos em que a influenciação espiritual se manifeste de forma acentuada.

Contudo, pouco tem se dito a respeito dos benefícios hauridos pelos enfermos mentais com a aplicação dos tradicionais passes magnéticos. Aliás, muitos sequer imaginam que a quantidade de "passes" aplicados nos enfermos mentais possa variar de frequência em face da gravidade de cada situação. É exatamente tal complemento terapêutico que merece de nossa parte uma análise mais acurada em face dos efeitos salutares devidamente comprovados na prática e pelos espíritos qualificados no movimento espírita brasileiro. 

Caso o enfermo se encontre submetido ao regime de internação hospitalar, por se tratar de um caso agudo, equipes de passistas voluntários deverão revezar-se e dispensar o maior número possível de aplicações fluidoterápicas. A desobsessão individual, aquela em que todos os esforços e atenções convergem para um só paciente, nos casos mais complicados, poderá ser repetida semanalmente. Tal providência justifica-se porque, à medida que os algozes espirituais (bolsões kármicos) são atendidos e afastados, ocorre uma reversão no estado de abatimento geral do encarnado, seguida de sensível melhora na evolução do quadro clínico. Quando a terapêutica espírita é mobilizada em sua totalidade (passes e desobsessão apométrica), os enfermos mentais recuperam-se da fase aguda com mais rapidez, se comparados com aqueles outros submetidos apenas ao tratamento clínico. A experiência assim o tem demonstrado. 

Nas reuniões mediúnicas assistenciais, os espíritos obsessores, como de praxe, submetem-se aos benefícios da dinâmica desobsessiva. A repercussão favorável do intercâmbio mediúnico com os desencarnados hostis serve para reforçar a certeza de que a desobsessão espírita destaca-se como iniciativa da mais alta valia, não devendo jamais ser descurada pelos cultores da mediunidade com Jesus. Aliás, a interação magnética entre os campos vibratórios do obsessor e do médium de incorporação constitui-se uma forma de tratamento específico e ao mesmo tempo proveitoso ao desencarnado, conforme nos revela Manoel Philomeno de Miranda: "Trazido o espírito rebelde ou malfazejo ao fenômeno da incorporação, o perispírito do médium transmite-lhe alta carga fluídica animal, chamemo-la assim, que bem comandada aturde-o, fá-lo quebrar algemas e mudar a maneira de pensar" (Manoel P. de Miranda e Divaldo P. Franco. Loucura e Obsessão. 1ª ed., Rio de Janeiro, FEB, 1990, pág. 135).  

Mesmo que a entidade, por conta do lastimável estado de perturbação, não ofereça condições de diálogo, nada impede que ela seja submetida ao "choque anímico" ou terapia magnética de contato, prática pouco utilizada por falta de mais esclarecimentos a respeito. Em tese, a desobsessão sempre se destacou no contexto amplo da terapêutica espiritual alicerçada nos moldes doutrinários. Portanto, jamais deveria ser relegada a plano secundário por algumas instituições... Caso a desobsessão caia em desuso, haverá prejuízos para os doentes mentais e demais portadores de outras complicações obsessivas.

As considerações feitas até agora nos permitem fixar algumas iniciativas a serem levadas em conta quanto aos espíritos obsessores:

- recepcionar em cada oportunidade o maior número deles, por intermédio das tradicionais incorporações; 

- resgatá-los, sempre que possível, da erraticidade penumbrosa; 

- tentar demovê-los pela retórica esclarecedora, das perseguições vingativas contra o desafeto encarnado; 

- concitá-los ao perdão incondicional; 

- e, por fim, encaminhá-los às estâncias de recuperação no Astral.

De fato, com o passar do tempo, o tratamento espírita poderá surpreender. Uma vez satisfeita as exigências acima, não é incomum observar a melhoria lenta, mas sempre progressiva do doente mental.

Detalhe digno de nota refere-se às transformações especiais que se operam no íntimo do ser encarnado, no decorrer das desobsessões. O fato mais destacado, sem dúvida, diz respeito à redução do sentimento de culpa albergado na mente enfermiça. Quanto mais obsessores forem resgatados das sombras, mais evidente e animadora a recuperação do enfermo encarnado. É como se a consciência perturbada pelo sentimento de culpa, aos poucos manifestasse alívio, ao perceber que as suas vítimas do pretérito, retidas em verdadeiros bolsões kármicos, estão sendo socorridas após tanto tempo de sofrimento. Tal observação é corroborada pela informação do ilustre Manoel P. de Miranda: "A consciência de culpa somente desaparece quando o delinquente liberta aqueles que lhe sofreram o mal" (Manoel P. de Miranda e Divaldo P. Franco. Loucura e Obsessão. 1ª ed., Rio de Janeiro, FEB, 1990, pág. 89).  

Por conseguinte, uma vantagem incontestável da metodologia desobsessiva se expressa na possibilidade do mais amplo recolhimento dos espíritos obsessores. Fato que aos poucos vai sendo reconhecido pelo componente mental do próprio doente encarnado, com boa repercussão na melhoria gradual do seu estado de insanidade.

Assim que possível, não descurar das instruções de ordem ética, a serem repassadas ao encarnado, evitando, no entanto recorrer ao expediente do moralismo que humilha. Uma vez iniciado o período de convalescença lembrá-lo a necessidade de se familiarizar com as exortações da psicopedagogia evangélica. Orientá-lo, ainda, a se dirigir em prece ao Senhor da Vida, com a finalidade de elevar o próprio padrão vibratório mental, rogar o perdão das faltas e implorar o benefício da libertação de suas vítimas pretéritas. 

Por fim, no instante favorável, sugerir que ele se filie ao voluntariado filantrópico, com vistas a consolidar aos poucos a verdadeira cura que a alma endividada necessita perante a própria consciência.  



Referências bibliográficas:
(1) MIRANDA, Manoel P. e FRANCO, Divaldo P. Loucura e Obsessão. 1ª ed., Rio de Janeiro, FEB, 1990, p. 132. (2) Idem, p. 135 (3) Ibidem, p. 89


Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A ELIMINAÇÃO DO MEDO É O INÍCIO DA ATENÇÃO

Como o estado de atenção vai surgir? Ele não pode ser cultivado através de persuasão, comparação, prêmio, ou punição, todas elas são formas de coerção. A eliminação do medo é o início da atenção. O medo existirá enquanto houver o anseio de ser ou de se tornar, que é a busca de sucesso, com todas as suas frustrações e tortuosas contradições. Você pode ensinar concentração, mas a atenção não pode ser ensinada, assim como não pode ensinar a liberdade do medo, e na compreensão destas causas está a eliminação do medo. Então a atenção surge espontaneamente quando em torno do aluno há uma atmosfera de bem estar, quando ele tem o sentimento de estar seguro, de estar confortável, e está consciente da ação desinteressada que vem com o amor. O amor não compara, e assim a inveja e a tortura de “se tornar” cessam.



J. Krishnamurti 



Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

segunda-feira, 29 de julho de 2013

CUIDAR DE SEUS HÁBITOS PARA FAZER A COLHEITA DE LIBERTAÇÃO

Empregue seu tempo na contemplação das belezas da Natureza que estão espalhadas diante de você, na terra e no céu. Aproveite a vastidão verde das plantações, a brisa fresca que sopra contentamento e alegria, o panorama de nuvens coloridas, a música dos pássaros, etc. Entoe a glória de Deus enquanto caminha na Natureza, ao longo dos diques dos campos e dos bancos dos canais. Evite poluir o ar com ostentações vingativas. Não perca tempo em conversações odiosas, quando você vê que Deus criou tais evidências maravilhosas de amor! Vivendo nesse ambiente plácido, você não deve perturbar o céu com seus gritos e maldições. Qualquer semente precisa de água e adubo para crescer e produzir uma rica colheita. Igualmente, o pequeno broto do anseio espiritual por libertação da escravidão também precisa de água e adubo. Somente um agricultor sábio cuidará de suas plantações cuidadosamente; você deve cuidar de seus hábitos para fazer a colheita de libertação.




Sathya Sai Baba




Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A CANÇÃO SUBLIME DA IMORTALIDADE

O Mahabhárata, a “Grande Índia”, é um dos dois maiores épicos clássicos do mundo. Mahabhárata provém do sânscrito “maha”, grande, e “bhárata”, Índia. O texto é enorme, e se for incluído o seu anexo, o Harivamsa, poderá ser considerado o maior volume de texto em uma única obra. É o texto sagrado de maior importância no hinduísmo, estimado por todos os esotéricos e ainda um verdadeiro manual de psicologia e descrição simbólica e de códigos da evolução humana. Com mais de sete mil anos, tem inspirado povos, gerações e grandes homens como Mahatma Gandhi, Aldous Huxley, Arthur Schopenhauer, W. Humboldt, H. Thoreau, Einstein, Goethe, R. Emerson e muitíssimos outros cientistas e esotéricos.

A obra apresenta três metas da vida humana tão cultuadas desde a antiguidade: o desfrute dos prazeres dos sentidos, oferecidos pelos atrativos do mundo; a ânsia que leva à busca da riqueza e do poder econômico para o desfrute dos prazeres; e a religiosidade exotérica e mundana baseada em proibições, códigos de conduta moral e rituais.

Além destas metas mundanas (exotéricas), o Mahabhárata trata da liberação do ciclo das três metas, isto é, a libertação dos apegos, pela libertação do samsara, ou ciclo ilusório do nascimento e da morte (o esoterismo). Por isto é uma obra que visa o conhecimento da natureza do "eu" verdadeiro e a sua relação eterna com toda a criação e com aquilo que transcende a ela, Bhrama ou Deus.

Encontramos em seus textos os métodos de desenvolvimento espiritual conhecidos como Karma Yoga, Jnana Yoga e Bhakti Yoga.

Karma corresponde a "ato" ou "ação". Assinala a importância do desenvolvimento de atitudes e intenções corretas. Por gerar karma, no sentido de atos ou ações incorretas, os seres encontram-se presos ao samsara, a “roda dos tolos e ignorantes”, o ciclo das ilusões, ciclo do nascer e morrer. A prática mostrada no Mahabhárata tem, por isto, a intenção de fazer o ser humano corrigir ou redirecionar o karma, suas ações.

Jñana é a busca e uso do conhecimento de uma verdade pré-existente e imutável (a Verdade), que traz a sabedoria. A jnana yoga requer o desenvolvimento de uma consciência e visão além da filosofia e das religiões; saber ler e ver além das aparências e da literalidade das Escrituras Sagradas.

E Bhakti é a comunhão divina, à união com Deus, através da devoção, que significa entrega total, em total confiança.

No Mahabhárata encontramos a Bagavad Gita, a “Sublime Canção da Imortalidade”; do sânscrito  bhagavad, sublime, e gita, canção. Mostra-nos a luta do “bem” contra o “mal”. De um lado, Arjuna, o ser humano em evolução, confuso pelo terrível dilema que enfrenta ao ter que tomar uma decisão, quando vê dois exércitos a se defrontarem na planície: um, o do “bem”, outro, o do “mal”; e essa é a batalha do bem contra o mal que se trava em nossa mente. Arjuna, a quem compete dar o sinal para o combate, está num dilema por ver que os guerreiros que levará a se defrontarem são todos seus parentes e amigos (símbolos da natureza inferior); está completamente indeciso em como lançar o exército do “bem” contra aqueles que foram sempre seus aliados, pois que o auxiliaram, em todos os tempos da história do homem, na conquista do que ele mesmo o é agora, ou seja, seus parentes e amigos que são o ciúme, a inveja, a ambição, a cobiça, a tenacidade perversa, a exploração dos semelhantes, enfim tudo que está no caminho já trilhado pelo ser humano para chegar ao momento atual, coisas das quais Arjuna deseja se desvencilhar.

A Bhagavad Gita, a Divina Canção, é assim chamada por conter as palavras de Krishna, o Eu Divino, e por ensinar ao homem a elevar-se acima da consciência humana até uma consciência divina superior, realizando desta forma, na Terra, o reinado dos Céus. Porém, é necessário que vejamos além do sentido literal e histórico, como em qualquer outra Escritura Sagrada.

Quando se refere à luta, a Gita descreve o que ocorre no homem (Arjuna), em um determinado nível evolutivo, uma “luta” entre o “eu superior” e o “eu inferior”, um conflito existencial entre a alma e a personalidade. Krishna auxilia a Arjuna para que este possa vencer sua natureza inferior (simbolizada pelos parentes e amigos) ainda tão próxima e que o ilude.


Prof. Hermes Edgar Machado Jr. (Issarrar Ben Kanaan)



Fonte da Imagem: Acervo de autoria pessoal



Referências e recomendações bibliográficas:

- “Bhagavad Gita”, tradução e notas de Huberto Rohden

- _____________,         “       “     “    “  Francisco Valdomiro Lorenz

- _____________,         “       “     “    “  Roviralta Borrel

- “Bhagavad Gita segundo Gandhi”

domingo, 28 de julho de 2013

O MOSAICO DE MALCHUT SOB MINHA RESPONSABILIDADE (CABALÁ E O SENTIDO DA VIDA)

Baal HaSulam, Carta 19: No entanto, por causa da quebra dos vasos, todas as Otiot (letras) foram ejetadas às condutas e pessoas corpóreas. Quando a pessoa se corrige e atinge a raiz da alma, ela deve coletá-las por si mesma, uma por uma, e trazê-las de volta à raiz, à santidade. Este é o significado de “sentenciar-se a si mesmo e ao mundo inteiro a uma escala de mérito”.  A questão da unificação do Criador e da Divindade…

Nada lhe falta exceto sair para o “campo abençoado pelo Criador” para reunir todos os membros que se separaram de sua alma e juntá-los num único corpo. Este é um corpo perfeito onde o Criador infunde Sua Divindade em perpetuidade, sem qualquer interrupção.

Nós não entendemos como o mundo está conectado e o que nos é revelado. Por enquanto, o que nos é revelado a cada minuto é exatamente o que precisamos corrigir. Mesmo se não pudermos investigar tudo profundamente e fazer as correções adequadas, ainda temos que continuar voltando às conexões, visto que a conexão é a expressão do amor nos níveis superiores.

Isso também significa “cultivar o campo abençoado pelo Criador”. Trabalhar na conexão é o que nos leva ao “Ama ao próximo como a ti mesmo”. Nós devemos ver a imagem de conexão em todos os amigos, em toda a humanidade, e mesmo na natureza inanimada, vegetal e animal. É porque Malchut inclui todos os seus níveis anteriores, e sua quarta fase passa a ser responsável pela fase da raiz e pela fase um, dois e três após a “restrição” e o surgimento da Luz de Retorno.

Nós devemos entender que vemos tudo em Malchut. A partir da fase quatro, nós observamos a fase da raiz, e as fases um, dois e três. Agora, é todo o nosso mundo, e mais tarde vamos descobrir os mundos espirituais pela Masach (tela) e a Luz de Retorno.

No entanto, no geral, eu estou em Malchut, que parece quebrada, e tenho que conectar todas as suas peças numa só. Todas as suas partes estão separadas pelo meu ego e o meu ódio, e eu as conecto acima do ódio.

Eu não posso anular o meu ego e o meu ódio, mas, como está escrito: “O amor cobre todas as transgressões”. Eu deixo os pecados, o ódio, a repulsa, e todos os outros atributos negativos abaixo, eu os restrinjo e construo um novo vaso acima deles.



Rav Dr. Michael Laitman, PhD.


Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 05/07/13, “Ame o Próximo Como a Ti Mesmo”



Fonte: http://laitman.com.br/2013/07/o-mosaico-de-malchut-sob-minha-responsabilidade/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal



CAMINHO ESPIRITUAL

Alguns pensam que se eles seguirem um caminho espiritual eles não conseguirão cultivar seus talentos individuais. 

Porém, que tipo de talento as pessoas precisam hoje? 

Remover seu próprio ego é um grande talento. 

Amar os outros é outro talento. 

Se você tem a natureza de seguir Deus, então a natureza de Deus se tornará sua própria natureza. 

Seja verdadeiro. 

Revele seu eu verdadeiro através do seu estudo espiritual e clame um grau espiritual.




Brahma Kumaris




Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

UM PANORAMA ESPIRITUAL DA DEPRESSÃO

Para superar a depressão é necessário mudar a sintonia espiritual. Como os bons espíritos que nos assistem não fazem outra coisa a não ser o bem, é imprescindível que, de nossa parte, aprendamos também a fazê-lo.

A depressão é uma doença da alma. Sendo assim, infelizmente, a ciência materialista pouco pode fazer a não ser minimizar os sintomas do doente para que este possa conviver socialmente. Com isso, o máximo que ela consegue é limitar-lhe a capacidade mental e volitiva, afetiva e de memória.

Estima-se que 20% da população do planeta sofre deste terrível mal. Dados levantados por pesquisadores indicam que a depressão é a segunda maior causa de ausência no trabalho e metade dos deprimidos param de trabalhar e ter uma vida social. Normalmente, é catalogada pela medicina como uma enfermidade cujo tratamento é para a vida inteira, com 50% de chances de recaída. 

A pior consequência da doença é o suicídio, uma vez que 15% desses nossos irmãos cometem este ato extremo. 

Os principais sintomas são: insônia, tristeza persistente, desânimo, alteração do apetite, falta de energia, baixa produtividade, perda de prazer. Persistindo esses sintomas por mais de duas semanas significa que o indivíduo encontra-se em estado de crise. 


Influências espirituais 

O espiritismo, que define o Espírito como a essência do próprio ser, explica a depressão como uma doença espiritual, uma fase avançada do processo obsessivo, resultante do assédio persistente de espíritos inferiores sobre a mente do homem e dos que o circundam. Portanto, quem não acredita no Espírito, ou ainda, pouco conhecimento tem sobre sua natureza, não está em condições de conhecer-lhe a causa e muito menos de tratá-la. 

A verdade é que todos os seres humanos possuem uma certa sensibilidade mediúnica, ou seja, uma determinada e variável predisposição orgânica em ser "suscetível" ao mundo espiritual que o circunda. Essa suscetibilidade ocorre em nível mental-emocional, de inteligência para inteligência, em que predomina a lei de sintonia. O teor do pensamento determina o tipo da sintonia que estabelecemos, consciente ou inconscientemente, com homens ou espíritos. 

A maioria das depressões nascem de um processo obsessivo, normalmente decorrente de uma fraqueza moral que abre campo para espíritos malfazejos e mal intencionados que passam a impor sua vontade sobre a vontade do deprimido. 

Os espíritos ainda arraigados à materialidade precisam de alimento energético. Como ninguém gosta de cogitar sobre isso, ainda mais fácil se lhes torna o assédio. 


O aflorar da mediunidade 

Desde o tempo de Allan Kardec os bons espíritos afirmam que, independentemente de crer ou não crer, a humanidade está alcançando um patamar evolutivo em que a torna mais sensível ao contato com os campos espirituais circunvizinhos à Terra. Estamos esbarrando no mundo espiritual e ainda não percebemos isso. 

Ora, como é a sintonia que determina o tipo de contato com as inteligências das dimensões espirituais, para que se supere a depressão é necessário que o doente mude a sintonia que vem sustentando. 


Interferências espirituais nocivas 

Os efeitos da obsessão instalada são óbvios: o próprio doente sente-se confuso em identificar a própria personalidade. Seus pensamentos tornam-se confusos e contraditórios, o que lhe gera insegurança e medo. Num quadro mais agravado observa-se a fraqueza crescente, que é a perda de energia vital. Por isso, em muitos casos, o deprimido sente fortes dores no estômago (perda de energia pelo plexo solar). 

Todas as pessoas viciadas, por exemplo, são médiuns conscientes ou inconscientes. 

As interferências espirituais nocivas, causadas pela presença atuante de espíritos malfazejos, nada mais fazem do que dinamizar a inconsistência moral sustentada imprudentemente pelo deprimido. 


A porta da alma se abre pelo lado de dentro 

Quem trabalha efetivamente na doutrina espírita e atua num centro bem orientado sabe que é perfeitamente possível libertar-se, em breve tempo, do terrível flagelo que é a depressão. 

De acordo com os Evangelhos, Jesus, o divino Mestre, outra coisa não fazia senão redirecionar a sintonia de inúmeros doentes do corpo e da alma para as esferas superiores do sentimento, com isso, curou inúmeros "endemoninhados" e "lunáticos". É dele a máxima preventiva: "Vigiai e orai!" 

O que a vítima da depressão precisa compreender e assimilar é o fato de que ninguém pode abrir a porta de nossa alma, mesmo que force, porque a fechadura está do lado de dentro. Somente nós mesmos podemos abrir a porta para aquilo que nos convêm. 


Educando a sensibilidade 

Uma das sustentações doutrinárias do espiritismo é fazer com que o ser humano se esforce para não entrar em sintonia com as faixas inferiores da vida. Ao contrário, sintonizar-se com as faixas superiores. Para isso é fundamental aprender a discernir o próprio pensamento do pensamento invasor. Fatores que aborrecem devem ser vencidos. Trata-se de lutar ou se entregar, forçar resistência ao aparentemente irresistível componente depressivo. Reconhecer a própria força de vontade -normalmente, subjugada pela vontade do agente perturbador- e novamente fortalecê-la. 

Pedir auxílio ao Criador é o segredo. Assumir, com humildade e confiança, a condição de necessitados espirituais que somos, reconhecendo o poder soberano da luz divina que nos abençoa constantemente e, para a qual estamos temporariamente impermeáveis, em função de nosso arbitrário acrisolamento na dor. 

Não aceitar a tristeza em hipótese alguma. Nem a mágoa, nem a autopiedade, nem a busca de isolamento ou de fuga excessivas. 


A depressão cessa com a mudança da sintonia espiritual 

Muitos médiuns que hoje militam com segurança nas casas espíritas, equilibrados e sem alarde na mediunidade com Jesus, chegaram sob os mais constrangedores sinais de depressão. Alguns, com passagens em clínicas ou sanatórios para doentes mentais. Ainda assim, através da ajuda que permitiram a si mesmos, aproveitaram a boa acolhida dos benfeitores da casa, esforçaram-se no estudo edificante, na prece, na meditação, absorveram confiantes as energias revitalizadoras do passe e puderam "sentir a paz" proveniente dos bons espíritos que os assistem em nome de Deus. 
Assim, uma vez reequilibrados, integraram-se no serviço de auxílio aos semelhantes, encaixaram-se nos trabalhos assistenciais e espirituais da casa mudando, consequentemente, a sintonia mental-emocional, antes adotada, para uma outra elevada e moralizada. Isto é um fato muito comum não apenas no meio espírita e passível de comprovação. 

Portanto, para superar a depressão é necessário mudar a sintonia espiritual. Como os bons espíritos que nos assistem não fazem outra coisa a não ser o bem, é imprescindível que, de nossa parte, aprendamos também a fazê-lo, o que, certamente, assegurará sua proteção e a possibilidade do desabrochamento seguro de nossas potencialidades latentes como filhos de Deus. 



Obras consultadas e recomendadas:

- Depressão, Cura-te a ti Mesmo, de Salvador Gentile, IDE
- O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, tradução de J. Herculano Pires, EME Ed.
- O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, tradução de Guillon Ribeiro, FEB
- A Obsessão, de Allan Kardec, tradução de Wallace Leal Rodrigues, Ed. O Clarim, 
 Equipe Consciesp 
- Consciência Espírita - 2006  Centro de Estudos Espíritas Paulo Apóstolo 


Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sábado, 27 de julho de 2013

PSICOSE - OBSESSÃO - HIPNOSE

Como podemos distinguir um surto psicótico de uma obsessão? Quais "sintomas" identificam uma ou outra ocorrência?

Chico Xavier - Os sintomas são muito próximos uns dos outros. A grosso modo, não se pode diferenciar. Somente com o acompanhamento sistemático persistente e acuidade clínico-doutrinária pode-se chegar a um diagnóstico. O fato é que se sabe somente que era obsessão depois do tratamento por meio de passes e orações. Fora isso ficam nossos irmãos nas internações sucessivas. Muitos dos chamados loucos sofrem é uma possessão como cobrança de um passado tenebroso.

Como funciona a hipnose inicial e obsessiva de espíritos desencarnados atuando sobre determinada pessoa no plano físico? Como conseguem eles resultados de tão profundo e corrosivo alcance, sem que a criatura se aperceba do abismo em que lentamente afunda?

Divaldo Pereira Franco - Inicialmente por inspiração, eles passam a transmitir clichês mentais e fluidos facilmente assimiláveis pela vítima. Tais entidades não ignoram que todos nós sintonizamos em vários tipos de onda. É uma questão de aguardar o momento de alegria, de doença, de ira, revolta ou satisfação dos instintos para, sempre vigilantes em relação àqueles que pretendem perturbar, se utilizarem desses momentos de fraqueza ou invigilância. E o clichê mental que emitem chega muitas vezes de forma agradável, como que adocicado, principalmente se o indivíduo está deprimido. Se a criatura visada tem estruturação receptiva às coisas negativas, começa aí o comércio mental. Tudo principia como se o paciente estivesse monologando, cultivando a ideia central até que sobrevenha a fixação. A mente emissora do desencarnado, em fase mais adiantada, consegue fixar as matrizes da obsessão em sua vítima, aprofundando o caminho largo da subjugação. Os espíritos levam sobre nós a vantagem de serem invisíveis. Daí por que a invigilância oferece perigos múltiplos, e o motivo pelo qual devemos não agasalhar pensamentos ociosos ou volúveis nem avassalar-nos na busca de um paraíso de prazer na realidade inexistente. As aberrações, o ódio, a mentira e a vindita (vingança, represália, retaliação) são sempre inspiradas por mentes que se comprazem no mal.




Fonte: Revista "Informação Espírita"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal