quarta-feira, 10 de outubro de 2012

OS DESÍGNIOS DE DEUS


Em momento algum deixa de confiar nos desígnios de Deus.

Não te encontras à deriva, apesar de supores que o rumo para a felicidade perdeu-se em definitivo.

A ausência aparente de respostas diretas aos teus apelos e necessidades faz parte de uma programática para o teu bem.

Sem que o percebas, chegam-te os socorros imprescindíveis para o equilíbrio e êxito, sem os quais, certamente, não suportarás as provas a que te propuseste por impositivo da próprio evolução.

Muitas pessoas resvalam na loucura, porque deixaram de preservar os contatos com Deus.

Criaturas sem conta arrojaram-se ao suicídio ou foram a ele atiradas, por perderem a confiança em Deus.

Expressivo número de homens rebolca-se nas paixões inferiores, por duvidar do auxílio de Deus.

Parasitos emocionais, perturbados espirituais iníquos e perversos, são pessoas que se negaram à vinculação com Deus, deixando-se tresvariar nos abismos em que se comprazem, por estarem em rebelião também contra eles mesmos.

Deus nunca abandona!

O homem, porém, a si mesmo se abandona, vitimado pelo egoísmo e os seus sequazes que, nutridos pela invigilância de cada um, terminam por dominá-lo.

Interrogas-te, em silêncio, como determinadas pessoas suportam vicissitudes e abandonos, ruínas econômicas e aflições morais, ingratidões e violências como se nada lhes estivesse, aparentemente, acontecendo.

Não fosse uma observação mais acurada, não lhes descobririas os infortúnios ocultos.

Sucede, porém, que esses corações crucificados nos impositivos da redenção, ao invés de reagirem pela agressividade inútil, confiam e esperam em Deus com alegria e superação das dificuldades, a fim de se libertarem do mal e alcançarem a plenitude que Deus concede a todos aqueles que se Lhe entregam aos desígnios superiores.



Divaldo P. Franco / Joanna de Ângelis



Fonte: do livro "Otimismo"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A ARTE DE VIVER O DIA A DIA - A UNIDADE


Unidade não quer dizer que todos se tornam um e o mesmo. O reconhecimento da diferença é a unidade. Um é muitos e muitos são um. Igualdade significa diferença e diferença é igualdade. Cada um é singular em si mesmo, e essa singularidade torna o mundo interessante. No estado de ser singular, existe um imenso respeito pela singularidade dos outros. Somente quando a pessoa realmente respeita e honra a si mesma é que ela pode respeitar os outros. Cada um de nós deve ser tão perfeito quanto nos é possível ser. Cada pessoa deve ser a mais perfeita possível – sem comparar-se às outras.

Uma bela sinfonia é possível por causa dos diferentes instrumentos. Um jardim é belo por causa das diferentes flores, arbustos, árvores e pedras. O homem e a mulher se harmonizam porque são diferentes. Assimilação não é esquecimento ou perda da singularidade individual, mas sim, o reconhecimento e a compreensão dos outros, harmonizando-se com eles. A democracia é bem vivida quando cada pessoa compreende e reconhece os direitos alheios e respeita os outros.

Um japonês deveria ser um japonês, um irlandês deveria ser um irlandês, um negro deveria ser um negro. Cada um deveria ser respeitado e honrado, sendo o melhor que lhe é possível. Num sutra budista está escrito que os salgueiros são verdes e as flores são vermelhas. Os salgueiros são belos em seu verdor e as flores vermelhas são belas enquanto flores vermelhas. Um outro sutra diz que a cor vermelha tem luz vermelha, a cor branca tem luz branca e a cor amarela tem luz amarela. Essas palavras expressam o mesmo pensamento.

Cada dia é um dia absoluto e não pode ser substituído por outro dia; cada lugar é único e absoluto em seu lugar; cada pessoa também é única e absoluta. O céu está acima e a terra está abaixo; isso faz uma unidade, e não é uma questão de qual deles é o melhor. Pai e mãe, marido e esposa, homem e mulher – o valor de cada um não pode ser julgado pela comparação. Julgar a si mesmo e aos outros pela comparação cria complexos.

Os complexos são a doença do mundo moderno. Para alcançarmos a paz, a harmonia e a alegria, precisamos abandonar esses complexos. Isso equivale a dizer que precisamos ver e compreender as coisas tais como elas são. Todos nós, cada um de nós, somos únicos e independentes e, ao mesmo tempo, somos inter-relacionados e interdependentes. Todos nós somos um.


Gyomay Kubose

Budismo Essencial





Templo Budista Apucarana, Nambei Honganji

Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ATÉ QUE ALGUÉM SE TRANSFORME NUM SER HUMANO


O método da Cabalá tem como propósito mudar uma pessoa, até que ela se transforme em um ser humano (Adão), ou seja, aquele que é "similar" (Domeh) com o Criador. A cada momento, dia após dia, a pessoa tem que trabalhar para elevar a importância deste método e persistentemente continuar a se referir a ele. Afinal de contas, estamos perpetuamente sendo jogados para trás na espiritualidade, como se o Criador se distanciasse de nós. 

Parece-nos que os nossos estados mudam continuamente: Nós chegamos mais perto do Criador, e depois mais longe Dele. Mas, obviamente, isso acontece apenas nas nossas sensações. Na verdade, os novos genes informativos despertam em nós, e nós temos que corrigi-los. 

Uma pessoa tem 613 desejos relativos ao Criador. Nós não estamos falando sobre os desejos materiais deste mundo, mas sobre os desejos especificamente para o Criador. Somente esses desejos devem ser corrigidos até que se tornem semelhantes à atitude do Criador para conosco, isto é, sejam completamente direcionados à doação e a trazem alegria ao Criador. 

O pensamento original do Criador, no plano da criação foi dar prazer aos seres criados. Uma pessoa também tem que chegar ao mesmo estado, de modo que seu objetivo torna- se trazer contentamento ao Criador. A similaridade de propriedades com o Criador eleva a pessoa ao nível Dele e ela se funde, se une com Ele completamente, atingindo assim o objetivo final. 

No caminho para alcançar a meta, há muitos estágios de avanço. Na primeira fase, durante milhares de anos de história humana e passando por inúmeras reencarnações, o homem desenvolve o desejo terreno de desfrutar. Reencarnações substituem umas às outras, porque o desejo cresce constantemente e quer mais e mais à medida que novos genes informativos (Reshimot ) perpetuamente revelam-se nelas. 

Não vale a pena prestar atenção nos corpos que vivem e morrem, mas sim nos genes informativos que se revelam no desejo de desfrutar, dando-nos assim uma ilusão de que existem em nosso corpo. 

Na segunda fase de desenvolvimento, uma aspiração de revelar o Criador, de encontrar o sentido da vida, surge em uma parte do desejo, ou seja, em certas pessoas. A primeira pessoa que nunca recebeu esse tipo de desejo era Adam HaRishon. É por isso que ele é considerado o Primeiro Homem, e muitos outros o seguiram. Tais pessoas são chamadas Cabalistas porque aceitaram o método de correção que lhes permite revelar o Criador, na medida da semelhança de suas propriedades com a Dele. 

Os Cabalistas também passam por inúmeras fases de desenvolvimento e reencarnações, mas essas reencarnações são bastante diferentes porque a pessoa está no alcance do Criador, a força que rege as regras da natureza.Tendo recebido o primeiro despertar para a espiritualidade, nós entramos em um período chamado de preparação. Nesta fase, nós novamente passamos por muitos estados, mas desta vez eles ocorrem em conformidade com o método, com o grau de compreensão do mesmo. Ainda que o método esteja disponível para nós na forma de materiais de leitura, não foi revelado nas nossas almas ainda. 

É assim que nós avançamos: construindo o grupo e tentando inspirar uns aos outros. O principal trabalho está no aumento da importância do método e na transformação de nós mesmos. Nada pode ser mudado nesta realidade, exceto o próprio homem, o ser humano é o único que pode ser mudado. 

Além disso, temos que esclarecer o que exatamente pode ser alterado: apenas a intenção do desejo da pessoa. Desejos por si só, não são mutáveis; deixe os sozinhos. O homem tem 613 desejos que estão relacionados com o Criador, e ele tem que mudar as intenções sobre esses desejos de egoísta para doador. Na verdade, a pessoa não sente que tem 613 desejos, ou que eles são de uma natureza egoísta, ou que ela quer tirar proveito do Criador. Por enquanto, ela não tem nenhuma relação com o Criador, ou seja, nenhuma ligação com Ele. Aos poucos, a conexão com o Criador começa a revelar-se, fazendo-nos descobrir, assim, a nossa inclinação ao mal. Se uma pessoa ainda está imersa em seu egoísmo, ela precisa de correção chamada a Torá, "um tempero para ela." Com sua ajuda, uma pessoa pode mudar sua intenção, e direcionando-a do seu próprio benefício para o benefício da força superior, o que significa que ela cumpriu um mandamento. 

Assim, de acordo com a ordem dos desejos que se revelam em uma pessoa, ela realiza 613 correções (613 mandamentos ), até que ela corrige o vaso inteiro e recebe toda a abundância que o Criador preparou para ela, mas com a intenção de devolvê-la para a Fonte. É assim que a pessoa atinge a meta. 


Rav Dr. Michael Laitman, PhD.




Lição Diária da Cabala, 07/10/1012 Shamati # 175




Fonte: www.laitman.com.br

Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

NECESSIDADES E SOFRIMENTOS NO PLANO ESPIRITUAL


O Livro dos Espíritos, questões 253 a 256.

253. Os Espíritos experimentam as nossas necessidades e sofrimentos físicos? 

"Eles os conhecem, porque os sofreram, não os experimentam, porém, materialmente, como vós outros: são Espíritos." 

254. E a fadiga, a necessidade de repouso, experimentam-nas? 

"Não podem sentir a fadiga, como a entendeis; conseguintemente, não precisam de descanso corporal, como vós, pois que não possuem órgãos cujas forças devam ser reparadas. O Espírito, entretanto, repousa, no sentido de não estar em constante atividade. Ele não atua materialmente. Sua ação é toda intelectual e inteiramente moral o seu repouso. Quer isto dizer que momentos há em que o seu pensamento deixa de ser tão ativo quanto de ordinário e não se fixa em qualquer objeto determinado. É um verdadeiro repouso, mas de nenhum modo comparável ao do corpo. A espécie de fadiga que os Espíritos são suscetíveis de sentir guarda relação com a inferioridade deles. Quanto mais elevados sejam, tanto menos precisarão de repousar." 

255. Quando um Espírito diz que sofre, de que natureza é seu sofrimento?

"Angústias morais, que o torturam mais dolorosamente do que todos os sofrimentos físicos." 

256. Como é então que alguns Espíritos se têm queixado de sofrer frio ou calor? 

"É reminiscência do que padecem durante a vida, reminiscência não raro tão aflitiva quanto a realidade. Muitas vezes, no que eles assim dizem apenas há uma comparação mediante a qual, em falta de coisa melhor, procuram exprimir a situação em que se acham. Quando se lembram do corpo que revestiram, têm impressão semelhante à de uma pessoa que, havendo tirado o manto que a envolvia, julga, passando algum tempo, que ainda o traz sobre os ombros." 


Allan Kardec 



Fonte: "O Livro dos Espíritos"

Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A MEMÓRIA E OS ANTIGOS PADRÕES DE COMPORTAMENTO


"A teoria não substitui a prática, a prática é fundamental para as experiências direta e indireta. Somente discípulos realmente envolvidos com o processo de evolução espiritual podem atingir graus mais elevados de consciência iluminando a si mesmos e aos demais."

O processo de desenvolvimento não depende somente do Guru, mas principalmente do discípulo que busca em seu Guru e com seu Guru os caminhos para sua superação!


"A memória é o incompleto desaparecimento de um objeto percebido", segundo descreve o antigo sábio Maharishi Pátañjali em seu tratado denominado "Yoga Sutra", capítulo I, versículo II. A memória é conhecida no Sânscrito como "Smriti", ou seja, a faculdade de adquirir, conservar e readquirir ideias, imagens, fatos, acontecimentos, reminiscências, cujos apontamentos serão usados pelo indivíduo a todo instante ou em algum momento da sua vida para sua aprendizagem e autoconhecimento. O Smriti é uma lembrança do passado ou do presente e que serve de lembrança e vestígio para o atual momento. Você deve utilizar-se da memória para aprendizagem e autoconhecimento no presente. Não utilize a memória para o amanhã. O amanhã não existe, o futuro não existe. Somente o aqui e o agora. Vivencie o aqui e o agora, vivencie o momento, mas tenha a memória dos fatos passados para não repetir os mesmos erros neste momento. Esteja alerta para o momento agora, neste instante. Mas normalmente o que acontece com pessoas que repetem os mesmos erros? 

Estas pessoas estão ligadas a antigos padrões de comportamento. Estes padrões de comportamento estão diretamente vinculados a ideias, imagens, fatos, acontecimentos e reminiscências do passado que nutrem a consciência constantemente. Eliminar estes bloqueios psicoemocionais significa libertar-se destas amarras. E isto só é conseguido com a mudança de hábitos. Assim, o crescimento pessoal pode ser acelerado simplesmente pela quebra de hábitos. É a condição de dependência inerente aos hábitos que deve ser quebrada. Quando você se encontra dizendo "não posso mudar isto", "sempre fiz assim", ou "eu sou assim mesmo você tem que me aceitar", então é exatamente isto que deve ser quebrado. 


Vamos analisar. A liberdade de escolha resulta no domínio do hábito. Qualquer ato intencional da vontade tem uma força mágica e é muito mais eficaz do que um ato habitual. Parece que há uma força e você está preso a ela. Isto é a memória (Smriti). O potencial para a mudança sempre está lá, mas é melhor não esperar por um momento de crise para nos livrar dos hábitos. Nossa própria sobrevivência como espécie se deve à nossa capacidade de mudar e de nos adaptar. Os hábitos mentais são mais difíceis de lidar do que os físicos, porque são menos óbvios. E em geral, são herdados dos pais (genética) ou então adquirimos por condicionamento social (meio em que nos encontramos). Estes restringem todo o nosso medo de viver, trazendo traiçoeiramente uma falsa imagem ou sensação de insegurança. Frequentemente a falta de consciência de hábitos desagradáveis é uma fonte de brigas entre as pessoas. Entretanto, muitas vezes, tudo o que é preciso para superar estes Vikshepas (obstáculos) é, em primeiro, à vontade de mudar, e depois a ação de mudança, de crescimento e de evolução. Sim, porque simplesmente ter a vontade de mudar não implica em mudança, mas em adiamento. Entretanto, a ação de mudar força à mudança. Quando o medo inicial de mudança é superado podemos realmente começar a desfrutar de novas experiências e do próprio amor.


Shri Vyaghra Yogi


Presidente da Ordem Filosófica Vidya Yoga Ashram
Doutor em Filosofia Sagrada pela World University (EUA)

Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

APRENDER A OLHAR


O Céu dá-vos todas as condições adequadas à vossa evolução, mas como, em geral, elas não se apresentam sob a forma que vós esperais, não só não as vedes, como vos queixais. Vós esperais que Deus vos dê a felicidade por intermédio do sucesso ou da glória e, como o sucesso e a glória não vêm, sentis-vos infelizes. Pois bem, isso é a prova de que não sois inteligentes nem perspicazes. Estudai tudo o que vos acontece e procurai entender o que o mundo invisível espera de vós ao colocar-vos perante dificuldades e problemas para resolver. De futuro, refleti e aprendei a olhar de outro modo tudo o que considerais obstáculos ou insucessos: compreendereis que há sempre alguma coisa a descobrir. A felicidade está onde vós ainda não sabeis vê-la. Gostaríeis que ela se assemelhasse à ideia que dela fazeis? Não, é impossível. Mas não desanimeis, vós não estais sós, muitos seres do mundo invisível pensam em vós e estão sempre a instruir-vos e a ajudar-vos.



Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

CAMINHO DA AUTO ILUMINAÇÃO



O homem atinge um alto nível de evolução quando consegue unir o sentimento e o conhecimento, utilizando-os com sabedoria. Nesse estágio é-lhe mais fácil desenvolver a paranormalidade, realizando o auto descobrimento e canalizando as energias anímicas e mediúnicas para o serviço de consolidação do bem em si mesmo e na sociedade. 

O seu amadurecimento psicológico permite-lhe compreender toda a magnitude das faculdades parapsíquicas, superando os impedimentos que habitualmente se lhe antepões à educação. 

Desse modo, a mediunidade põe-no em contato com o mundo espiritual de onde procede a vida e para a qual retorna, quando cessado o seu ciclo material, ensejando-lhe penetrar realidades que se demoram ignoradas, incursionando com destreza além das vibrações densas do corpo carnal. 

O exercício das faculdades mediúnicas, no entanto, se reveste de critérios e cuidados, que somente quando levados em conta propiciam os resultados pelos quais se anelam. 

A mediunidade é inerente a todos os indivíduos em graus de diferente intensidade. Como as demais, é uma faculdade amoral, manifestando-se em bons e maus, nobres e delinqüentes, pobres e ricos. 

Pode expressar-se com alta potencialidade de recursos em pessoas inescrupulosas, e quase passar despercebida em outras, portadoras de elevadas virtudes. 

Surge em criaturas ignorantes, enquanto não é registrada nas dotadas de cultura. É patrimônio da vida para crescimento do ser no rumo da sua destinação espiritual. O uso que se lhe dê, responderá por acontecimentos correspondentes no futuro do seu possuidor. 

Uma correta educação da mediunidade tem início no estudo das suas potencialidades: causas, aplicações e objetivos. Adquirida a consciência mediúnica, o exercício sistemático, sem pressa, contribui para o equilíbrio das suas manifestações. 

Uma conduta saudável calcada nos princípios evangélicos atrai os Bons Espíritos, que passam a cooperar em favor do medianeiro e da tarefa que ele abraça, objetivando os melhores resultados possíveis do empreendimento. 

O direcionamento das forças mediúnicas para fins elevados propicia qualificação superior, resultando em investimento de sabor eterno. 

Se te sentes portador de mediunidade, encara-a com sincero equilíbrio e dispõe-te a aplicá-la bem. 

O homem ditoso do futuro será um indivíduo PSI, um sensível e consciente instrumento dos Espíritos, ele próprio lúcido e responsável pelos acontecimentos da sua existência. 

Desveste-te de quaisquer fantasias em torno dos fenômenos de que és objeto e encara-os com realismo, dispondo-te a sua plena utilização. 

Amadurece reflexões em torno deles e resguarda-os das frivolidades, exibicionismos vãos, comercialização vil, recurso para a exaltação da personalidade ou das paixões inferiores. 

Sê paciente com os resultados e perseverante nas realizações. Toda sementeira responde à medida que o tempo passa. 

A educação da mediunidade requer tempo, experiência, ductibilidade do indivíduo, como sucede com as demais faculdades e tendências culturais, artísticas e mentais que exornam o homem. 

Quem seja portador de cultura, de bondade e sinta a presença dos fenômenos paranormais, está a um passo da realização integral, a caminho próximo da auto iluminação.





Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis 




Fonte: do livro "Momentos de Iluminação"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OS DOZE PRINCÍPIOS


Repete-os em solilóquio, balbuciando-os em silêncio, como se orasses.


1. Eu emito constantemente pensamentos de paz, amor, harmonia, bondade e benevolência a todos os meus irmãos da Humanidade.

2. Eu desejo a todos os homens a luz da SABEDORIA e amplitude de conhecimentos para que UNIDOS pelo critério, pela razão, pela bondade realizem a beleza e o poder, afim de que ninguém sofra.

3. Recordar-me-ei, diariamente, de que todos os homens são meus irmãos. Filho do mesmo Pai e da mesma Mãe espirituais. Feitos da mesma argila e que respiramos as mesmas substâncias cósmicas.

4. Devo pautar todos os meus atos, de agora em diante, pelas normas de Sabedoria, Força e Beleza. Deste modo tornar-me-ei útil à minha família e serei um ente justo na sociedade. 

5. Eu estabelecerei, como princípio, não permitir que outrem execute qualquer trabalho que a minha capacidade permita executar. Não aceitarei um sacrifício de tempo e de dinheiro, sem ter oferecido antes a sua equivalência, disposto a saldar e não a contrair um KARMA novo. E ainda que deva conquistar fortuna material, não fazê-lo com prejuízo de quem quer que seja. 

6. Hei de revelar-me sempre alegre, satisfeito, justo e pontual. Que a onda pensamento, que me envolva, seja de pura harmonia e que alguém me ofereça um sacrifício, que não lhe solicitei, receba o meu eterno agradecimento. 

7. Eu quero ser um INSTRUMENTO DE DEUS , seu próprio veículo e por todo meu saber, toda a minha capacidade e toda a minha força a disposição do meu semelhante, integralizado na realização do BEM COMUM, em harmonia com a Fraternidade Universal. 

8. Eu preciso tomar em consideração os direitos alheios para respeitar e ajudar a quem os respeite. Contudo, antes de exigir os meus direitos, procurarei cumprir os meus deveres. Os direitos são justas recompensas dos deveres integralmente cumpridos. 

9. Eu deverei manter-me firme em qualquer circunstância, mesmo contra mim, na defesa da VERDADE e por ela combater dentro de todas as minhas possibilidades, para que resplandeça sobre a Falsidade e a Mentira. 

10. Eu desejo olhar o dinheiro como um meio e não como um fim. Se possuo algum, jamais sentir-me-ei dono dele e sim mero administrador. 

11. Eu prefiro fazer e nunca receber benefícios. Para isso estudarei, aprenderei, trabalharei, conquistarei todos os meios, dentro destes princípios, e cuidarei da minha saúde para conseguir o êxito necessário.

12. Eu quero trabalhar para os outros, com os outros e em harmonia com todos e, sobretudo, com o próprio Deus, cuja manifestação está em mim e o meu EGO INTERIOR SIMBOLIZA.




Dr. Krumm Heller 
do livro "Rosa Esotérica"
Fraternitas Rosicruciana Antiqua



Fonte: www.famafra.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OBREIRO SEM FÉ



"....e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras." (Tiago, 2:18) 

Em todos os lugares, vemos o obreiro sem fé, espalhando inquietação e desânimo. 

Devota-se a determinado empreendimento de caridade e abandona-o, de início, murmurando: 

- "Para quê? O mundo não presta." 

Compromete-se em deveres comuns e, sem qualquer mostra de persistência, se faz demissionário de obrigações edificantes, alegando:

- "Não nasci para o servilismo desonroso."

Aproxima-se da fé religiosa, para desfrutar-lhe os benefícios, entretanto, logo após, relega-a ao esquecimento, asseverando:

- "Tudo isto é mentira e complicação."

Se convidado a posição de evidência, repete o velho estribilho:

- "Não mereço! Sou indigno!..."

Se trazido a testemunhos de humildade, afirma sob manifesta revolta:

- "Quem me ofende assim.?"

E transita de situação em situação, entre a lamúria e a indisciplina, com largo tempo para sentir-se perseguido e desconsiderado.

Em toda parte, é o trabalhador que não termina o serviço por que se responsabilizou ou o aluno que estuda continuadamente, sem jamais aprender a lição.

Não te concentres na fé sem obras, que constitui embriaguez perigosa da alma, todavia, não te consagres à ação, sem fé no Poder Divino e em teu próprio esforço.

O servidor que confia na Lei da Vida reconhece que todos os patrimônios e glórias do Universo pertencem a Deus. Em vista disso, passa no mundo, sob a luz do entusiasmo e da ação no bem incessante, completando as pequenas e grandes tarefas que lhe competem, sem enamorar-se de si mesmo na vaidade e sem escravizar-se às criações de que terá sido venturoso instrumento.

Revelemos a nossa fé, através das nossas obras na felicidade comum e o Senhor conferirá à nossa vida o indefinível acréscimo de amor e sabedoria, de beleza e poder.




Francisco Cândido Xavier / Emmanuel 




Fonte: do livro "Fonte Viva"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

SERÁ QUE NOSSAS VIDAS ESTÃO ILUMINANDO O MUNDO ?



O propósito do nosso trabalho espiritual é nada menos do que iluminar o mundo inteiro com a Luz do Criador. Que missão ampla e poderosa - e nossos sábios nos brindam com uma metáfora muito bonita para esclarecer este tema. Cada um de nós, dizem os sábios, é chamado a atuar novamente no acendimento da lamparina no Templo Sagrado, através dos nossos atos e pensamentos. Cada um de nós é uma miniatura do Templo, e a Luz do Criador reside em nós, assim como residiu naquela antiga construção.

Este é um ensinamento muito importante, e que pode ser de grande ajuda na compreensão e na perseverança com relação ao nosso trabalho espiritual. É um ensinamento que podemos formular como uma questão, que devemos nos perguntar constantemente. Colocada de forma simples, a pergunta é: "Será que nossas vidas estão iluminando o mundo?"

Para responder afirmativamente, é crucial compreender a natureza dupla da realidade, de acordo com a sabedoria cabalística. Especificamente, tudo o que é positivo neste mundo possui uma contraparte correspondente de poder negativo. Assim como as almas dos justos têm a missão de iluminar toda a criação, as forças da negatividade e do caos são encarregadas da missão de ocultar a Luz do Criador, e desta forma escurecer o mundo. As ferramentas da Cabala nos dão o poder de eliminar esta escuridão e nos ligarmos ao poder que permite derrotar as forças da escuridão.

Devemos nos lembrar que nossa tarefa de iluminar inclui não somente o desempenho de ações positivas, como também a eliminação de manifestações de caos e negatividade, aonde quer que as encontremos. Forças negativas surgem de maneiras bastante tangíveis no curso de nossas vidas. Ignorá-las pura e simplesmente não é o bastante. Devemos nos opor a elas e derrotá-las, com o mesmo nível de energia que elas nos dedicam. Ao fazer isso, podemos verdadeiramente trazer Luz ao mundo, assim como felicidade e plenitude para nossas almas.




Rav Michael Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A IMPECABILIDADE


O guerreiro espiritual é um pensamento, e falar dele á falar de impecabilidade. E na condição de pensamento, ele é um convite e um guia para o insólito processo de nos transformarmos em homens de tradição. Mas os pensamentos são guias para a ação. Um mapa que mostra como chegar às realidades espirituais que descreve. Os pensamentos não existem para distrair, mas para promover formas de conduta que permitam o homem sair do caos em que costuma viver trancado.

Quando o homem não está a altura dos seus pensamentos e não é capaz de agir em consequência, transforma-os em dogmas. Quando isso acontece o pensamento perdeu seu poder libertador e vira instrumento de opressão. Entre os povos antigos o pesamento e os ritos estão em intima ligação. O rito, a celebração é onde os humanos são efetivamente aproximados do Sagrado, pois o Sagrado só se relaciona com arte. E ritos são formas de arte.

A via espiritual começa com o trabalho de colocar um pouco desse tempo espiritual em nossa vida de todos os dias, quando, em vez de nos comportar como máquinas que simplesmente obedecem a uma programação, escolhemos a via de uma existência singular. Esses momentos de luz, quando digerimos nossa vida e o que acontece conosco, passam a ser determinados por um tempo espiritual de uma celebração, e é o existir do homem de tradição. 


O desafio pra quem segue por essa via, é trabalhar duro pra fazer com que esses momentos espirituais, em que consegue encarnar o guerreiro, sejam cada vez mais frequentes e contínuos, até que a liberdade predomine sobre a escravidão, e a serenidade sobre o caos. 

Um homem deve ir ao caminho espiritual como quem vai para a guerra! Com temor, respeito, bem-acordado, e absoluta confiança. Por isso, o homem que vai a procura de conhecimento pode muito bem ser chamado de guerreiro. 

O guerreiro é guerreiro porque está sempre na luta. A sua luta é contra suas próprias fraquezas e limitações; contra as forcas que se opõem ao engrandecimento de seu conhecimento; contra as forças de sua existência comum e corriqueira determinado em todo sentido pela sua historia pessoal. É uma luta pela liberdade. 

O modo de existir do guerreiro é uma atitude, uma noção, uma direção, uma persistência, em escolher ser forte e autêntico em cada ato. É buscar impecabilidade em cada uma de suas ações, mesmo a mais banal delas. O guerreiro nunca abandona seu intento, não admite desleixo, e transforma o menor de seus atos no desafio de poder ir além de seus limites cada vez, de ser melhor, mais livre, mais sereno, mais verdadeiro. Mas ele só pode ser isso tudo se contar com a eminência da morte, pois assim faz de cada ato sua ultima batalha e portanto da o melhor de si. 

Por isso, tendo a morte como aliada constante, e deixá-la infundir poder em cada um de seus atos, o tempo transforma-se em foco radical da impecabilidade. A consciência da sua morte eminente lhe confere também o desapego necessário para não se prender em nada. Desapegado de tudo, consciente da sua brevidade, e em luta constante, o guerreiro aprende a construir sua vida através do poder de suas decisões.




Rav Mario Meir



Fonte: Academia de Cabala
Sabedoria da Cabalá Mahutí (Cabalá Essencial)
www.academiadecabala.com.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O ESPELHO MÁGICO



As coisas que não conseguimos suportar nos outros são geralmente aquelas que gostaríamos de mudar em nós mesmos. De início, você rejeitará esse conceito, convencido de que não faz sentido nenhum. O Oponente é assim, traiçoeiro.

Mas, apenas hoje, pegue aquela característica dos outros que mais te deixa reativo e passe alguns minutos ponderando sobre como você pode estar fazendo a mesma coisa. Talvez de modo diferente, talvez em um cenário diferente, talvez em relação a outros assuntos, mas eu te prometo que, no nível da semente, essa semelhança existe.

Devo lhe dizer que sair do âmbito da vitimização ou do modo "efeito" é uma façanha imensa! Perceber que, quando uma pessoa nos chateia, não é com ela que realmente estamos chateados! 

O problema nunca, nunca é externo. É sempre interno.




Rav Yehuda Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

CONFIANÇA



Se você está no ponto de cair da confiança para a negação, tome alguns momentos para refletir, conversando consigo mesmo.
 


Se o desânimo lhe bate à porta, em razão de alguma dificuldade, recorde que a dificuldade é sempre uma lição por aproveitar, ao passo que o desânimo nunca auxiliou a ninguém.
 

Se a irritação lhe cria aborrecimentos, o azedume é simplesmente uma nuvem entre você e a realidade.


Se você cometeu algum erro, isso significa tempo de aprender e não de desistir.
 

Se outros falharam, eis chegado o instante de mais confiança em Deus e em você mesmo.


Se injúrias apareceram, você encontrou a ocasião de agir e servir mais, conquistando a confiança dos outros.



Se temores lhe invadiram a mente lembre-se de que sem comando seguro, não há máquina que funcione.



Se a enfermidade lhe visita as forças, estará você no grande momento de praticar a sua fé sem desacreditá-la.



Confiança é a sua coragem de superar-se, realizando o melhor ao seu alcance.



Se você está procurando a felicidade pela prática do bem, não perca o seu dia com dúvida e desalento, porque confiando em Deus e em você mesmo, basta seguir em frente com o seu trabalho e você a encontrará.




Francisco Cândido Xavier / André Luiz



Fonte: do livro "Busca e acharás"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

domingo, 7 de outubro de 2012

POR QUE REENCARNAMOS ?


É de grande importância que saibamos, cada um de nós, por que nosso Espírito voltou para a Terra, para viver mais uma "vida" aqui. Quem veio não fomos "nós" e sim o nosso Espírito, nós somos apenas o nome da "casca".

Muitas pessoas ainda apegam-se a conceitos antiquados e equivocados, relativos a castigos, penas etc., quando, na verdade, estamos aqui porque estamos presos, vibratoriamente, a este Plano, ou seja, a nossa frequência vibratória não é suficientemente elevada que nos permita acessar definitivamente Planos superiores a este.

Para que isso aconteça, para elevarmos nossa frequência, para que nos libertemos deste planeta e deste Plano ainda tão imperfeito, precisamos nos libertar de nossas imperfeições, de nossas impurezas e para isso estamos aqui, e vamos e voltamos, vamos e voltamos, vamos e voltamos... Que vergonha... precisarmos de tantos retornos!

Por que essa tarefa precisa ser realizada aqui e não lá no Plano Astral Superior? Isso é fácil de entender, basta raciocinarmos que isso precisa ser feito em algum lugar onde existam estímulos para que as nossas imperfeições manifestem-se. Para os nossos tipos de defeitos, aqui é o lugar ideal, aqui estão os fatos (GATILHOS) que fazem emergir as nossas inferioridades. E os fatos "negativos", os que nós não gostamos, são os melhores para isso!

Quando estamos no Astral Superior é como quando estamos em nosso Centro Espírita, parecemos todos "santos", somos pacientes, carinhosos e caridosos, os nossos defeitos "desaparecem", mas quando voltamos para nossa vida cotidiana, aí as nossas características negativas de personalidade voltam a manifestar-se. Podemos raciocinar do mesmo modo para entendermos por que viemos do Plano Astral Superior para cá, de um lugar "melhor", mais evoluído, para um lugar "pior", menos evoluído. Quando estamos lá, devido ao estilo de vida vigente, baseado na igualdade e na fraternidade, nós parecemos "santos", pois os nossos defeitos não aparecem, permanecem latentes, mas quando estamos aqui, aí sim, pelas condições sócio-culturais vigentes, eles vêm à tona e nós nos confrontamos com o que precisamos curar.

Então, é fácil perceber que viemos para um Plano rebaixado para que as nossas inferioridades venham à tona e possamos nos purificar delas. E o principal trabalho é, então, saber exatamente o que precisamos curar em nosso Espírito, as nossas imperfeições, e detectarmos quando elas se manifestam.

Mas aí surge um problema: a maioria de nós acredita que tem razões suficientes para sentir ou manifestar as suas negatividades. Quem tem raiva de alguém, acredita que tem razão de ter essa raiva, quem sente mágoa e ressentimento, acredita que são plenamente justificados esses sentimentos, quem é medroso, acredita realmente na força do seu medo, quem é tímido, acredita plenamente em sua incapacidade de manifestar-se, quem é orgulhoso, vaidoso, egocêntrico, acredita realmente em sua superioridade, quem é materialista, acredita firmemente no valor das coisas materiais, e assim por diante.

O maior obstáculo à evolução é que o Espírito encarnado sempre acredita que tem razão em seus raciocínios!

A função do reino vegetal, em nosso planeta, é de transformar as negatividades da atmosfera nas positividades que precisamos, e elas são, principalmente, os pensamentos e sentimentos negativos emanados de nós mesmos, além das nossas ações no passar dos séculos. Tudo tem uma função na natureza e a das plantas é a de purificação do planeta, e como exemplo, temos a captação do gás carbônico, que nos é tóxico, e a sua transformação em oxigênio, a base e sustentação da nossa vida na matéria.

Com a genialidade de Edward Bach, um famoso médico inglês, no início do século passado, iniciou-se um tipo de terapia, energética, baseada na pesquisa e utilização do poder curativo das flores, no que elas podem auxiliar o ser humano a transformar seus pensamentos e sentimentos, enfim, a sua personalidade. A Terapia Floral é um auxiliar do ser humano. Por sua atuação em nível energético, dirigida aos pensamentos e sentimentos das pessoas é, na minha opinião, a melhor ajuda medicamentosa, via oral, que conheço. Tudo que uma pessoa precise melhorar em suas características de personalidade, pode ser encontrado nas mais de 4.000 essências florais utilizadas em nosso planeta, em cerca de 40 Sistemas, em inúmeros países. Muitos médicos, psiquiatras, psicólogos e psicoterapeutas em geral, oficiais e "alternativos", estão utilizando a Terapia Floral e os resultados, muitas vezes associando-se à Alopatia, são sensacionais. Não que as essências florais curem a doença, em seus aspectos mentais, emocionais e físicos, mas mostram o Caminho e ajudam os doentes a seguir por ele, com vontade, confiança e fé. Passados 60 anos, grande numero de terapeutas está utilizando as essências florais em seus pacientes, muitas vezes associadas também a outros métodos terapêuticos, com os medicamentos alopáticos, com os homeopáticos, com a acupuntura, o reiki etc.

O antídoto da raiva é o amor, o da mágoa é a compreensão, o do medo é a coragem, o da timidez é a espontaneidade, o do orgulho é a humildade, o do materialismo é o entendimento da reencarnação. Mas o que possibilita que as pessoas curem essas crenças negativas é a conscientização de que já vieram para este Plano terreno com essas características de personalidade em seu Espírito e que aqui, no confronto com certas situações específicas de sua vida, desde a infância, elas vieram à tona. Cada um de nós manifesta aqui o que já trouxe consigo de suas encarnações passadas, positiva e negativamente. Tudo é uma continuação, nós somos o que somos, e aí revelamos nosso grau espiritual.

O que é inferior em nós veio para ser eliminado aqui na Terra, perto do reino vegetal. No Plano Astral superior não havia estímulos específicos para fazerem aflorar a nossa raiva, a nossa vaidade, a nossa mágoa, a nossa tristeza, o nosso medo, a nossa timidez, mas aqui elas fatalmente aparecem, e aí podemos, potencialmente, nos libertar delas. Mas, geralmente, ao invés de termos bem claro que são características negativas nossas, congênitas, que nosso Espírito veio curar, passamos a lidar com elas como se fossem da nossa "casca", como se tivessem surgido aqui! E pior, culpando outras pessoas (geralmente pai e mãe) e fatos "negativos" da vida por seu surgimento, o que é, infelizmente, incentivado pela Psicologia tradicional, que afirma que nós começamos nossa vida na infância, que aí formamos nossa personalidade e, então, se temos características negativas, algo ou alguém nos fez alguma coisa que gerou isso, ou seja, a psicoterapia tradicional, comumente, é baseada no binômio vítima-vilão, o que reforça o erro.

A Psicologia tradicional diz que nós começamos nessa vida, isso quer dizer que nascemos puros, éramos Espíritos perfeitos, e vai procurar, então, lá no "início", quem ou o quê nos estragou... Ela parte de uma base equivocada, que é um início que não é início, pois não começamos nossa vida na infância, nós somos um Espírito e estamos continuando nela uma jornada iniciada há muitíssimo tempo, tanto tempo que nosso Inconsciente até adentra o reino animal, o vegetal e o mineral! No dia em que a Psicologia incorporar a reencarnação, ela começará realmente a entender o ser humano, e descobrirá que a infância é uma continuação e não um começo.

Para que possamos saber por que nosso Espírito reencarnou, precisamos assumir os nossos defeitos (imperfeições) e aceitá-los como nossos, correlacionando os fatos "negativos" que acontecem em nossa vida, da infância até hoje, com a maneira negativa que nós sentimos e reagimos a eles. Aí encontraremos o que viemos aqui fazer, curar em nosso Espírito, pois os fatos são os fatos, mas pelo que fazem emergir de imperfeito em nós, revelam a finalidade de estarmos novamente aqui, a finalidade da nossa atual encarnação.

Se os fatos nos provocam mágoa e ressentimento, eles estão mostrando que viemos curar mágoa e ressentimento; se provocam raiva e agressividade, nos mostram que viemos curar raiva e agressividade; se provocam medo ou retraimento ou sensação de incapacidade, ou qualquer outro sintoma negativo, aí está o motivo da encarnação. Uma pessoa muito materialista, apegada ao dinheiro e aos bens materiais, revela que seu Espírito reencarnou para curar essa postura fútil e superficial e aprofundar-se nos verdadeiros valores do amor e da caridade. O distraído, aéreo, veio para curar esse tipo de fuga, para aterrar-se. E é assim com qualquer característica negativa nossa, desde as mais graves até as mais "inofensivas".

Podemos afirmar que o que mais importa em uma encarnação é a maneira equivocada com que reagimos aos fatos, e se essa maneira repete-se, aí está, sem dúvida, o que veio ser curado. Muitos de nós, antes de reencarnar, no Astral superior, preparam a atual encarnação, nos grupos de estudo e nas conversas com os Orientadores, e lá sabemos exatamente o que viremos tentar curar nesta passagem. Nós sabemos quem serão nossos pais, se viremos em uma família rica ou pobre, se viremos numa "casca" branca ou negra etc. etc., e então é perda de tempo ficarmos brigando com os fatos "negativos" da nossa infância, com características desagradáveis de personalidade de nosso pai ou nossa mãe, como se não soubéssemos o que encontraríamos aqui! E por mais negativos que pareçam os fatos da nossa infância, tudo está, potencialmente a nosso favor, pois visa o nosso progresso, a nossa cura e a nossa purificação ao nos mostrarem nossos defeitos. Mas raras pessoas atingem os seus objetivos pré-reencarnatórios, porque não entendem realmente o que é reencarnação; mesmo grande parte dos reencarnacionistas.

E o que devemos curar em nós? Todos os tipos de comportamento, de raciocínio, de características de personalidade, que nos diferenciam dos nossos irmãos mais evoluídos do Plano Astral, dos Mestres, dos Orientadores. Eles estão lá em "cima", num lugar de frequência vibratória mais elevada, o que nós temos e eles não têm mais, são as impurezas e as imperfeições, das quais viemos nos libertar. O nosso caminho ruma para a perfeição e eles nos sinalizam o rumo, mas para isso é preciso que não culpemos nada e ninguém e entendamos que as nossas imperfeições são coisas nossas. Aspectos negativos que nos acompanham há muito tempo, há muitas encarnações, e se isso acontece, é porque não temos realmente aproveitado nossas encarnações para nos libertarmos deles, nos curarmos, nos purificarmos.

O ser humano tem sido incompetente na sua evolução espiritual, pois geralmente lida melhor com o que é terreno, o material. A regra de ouro é: ante um fato desagradável, fique bem atento ao que emerge de negativo de dentro de si, aí está a imperfeição que veio ser eliminada! Se acreditar que tem razão para sentir essa imperfeição, entenda que esse raciocínio está vindo do seu eu inferior, uma fonte nada confiável... Nosso "eu inferior" sempre acha que tem razão para sentir e manifestar raiva, mágoa, tristeza, medo etc., enquanto que, lá de cima, nosso "Eu Superior" fica "torcendo" para que, ante as situações que fazem essas imperfeições aparecerem, nós aproveitemos para nos curarmos delas, entendendo que essas situações aparentemente negativas são potencialmente positivas para a nossa evolução espiritual (purificação).


Dr. Mauro Kwitko (Médico, Psicoterapeuta e Presidente da Sociedade de Psicoterapia Reencarnacionista)






Email: maurokwitko@yahoo.com.br
Fonte: http://maurokwitko.wordpress.com/2009/07/16/por-que-reencarnamos/
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REMOVENDO A INVEJA



Desejar o carro ou a aparência de alguém pode não parecer grande coisa, mas se a inveja não for transformada, poderá criar raízes e evoluir para todos os tipos de comportamentos destrutivos, que se apresentam como tentativas de se parecer com aqueles que idolatramos. Desde cirurgias plásticas e distúrbios alimentares até um total sentimento de simplesmente não ser capaz ou suficientemente bom. 


Lembre-se de que a felicidade não é tangível e, portanto, nunca será encontrada em coisas físicas ou materiais. A felicidade é, entretanto, seu direito inato. Se conecte a ela dando valor a tudo o que você é e tudo o que tem.



Rav Yehuda Berg





Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
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VIRTUDE E FÉ


A árvore da vida pode produzir o fruto da bem-aventurança somente quando ela for regada com virtude e alimentada com fé. Fornecer alimentos, roupas e abrigo não assegurará paz e alegria; elas só podem vir através da virtude e da fé. Somente a virtude pode conferir amor e harmonia. Estamos agora colocando a carroça (o corpo) antes do cavalo (mente) e proporcionando segurança e força apenas para a carroça. Deixa-se que o cavalo (mente) cresça selvagem ou passe fome. Harmonia no lar e na sociedade pode ser conseguida somente por meio do reconhecimento da Unidade de Tudo. Apenas as virtudes podem conferir amor e harmonia, paz e contentamento para todos.




Sathya Sai Baba





Fonte: www.sathyasai.org
Fonte da Gravura: instagram.com

VIVER


Cada qual de nós, seja onde for, está sempre construindo a vida que deseja.


Existência é a soma de tudo o que fizemos de nós até hoje.



Toda melhoria que realizarmos em nós, é melhoria na estrada que somos chamados a percorrer.



Toda ideia que você venha a aceitar influenciará seu espírito; escolha os pensamentos do bem para orientar-lhe o caminho e o bem transformará sua vida numa cachoeira de bênçãos.



Se você cometeu algum erro não se detenha para lamentar-se; raciocine sobre o assunto e retifique a falha havida porque somente assim, a existência lhe converterá o erro em lição.



Muito difícil viver bem se não aprendemos a conviver.



A vida por fora de nós é a imagem daquilo que somos por dentro.



Viver é lei da natureza, mas a vida pessoal é a obra de cada um.



Toda vez que criticamos a experiência dos outros, estamos apontando em nós mesmos os pontos fracos que precisamos emendar em nossas próprias experiências.



Seu ideal é o seu caminho, tanto quanto seu trabalho é você.





Francisco Cândido Xavier / André Luiz




Fonte: do livro "Respostas da Vida"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

HÁBITOS - A CONSTRUÇÃO ILUSÓRIA



O VAJRACHEDIKA SÛTRA [Sutra do Diamante] diz: 

"Nós não percebemos o mundo tal como ele é na realidade. Nossa imaginação produtiva, alimentada pela energia (no sentido de inércia) criada pelo hábito, sobrepõe ao mundo uma construção ilusória, uma miragem, imagens parecidas àquelas vistas em sonho". 

O Ch'an e o Zen propõem-nos uma libertação desse sonho. Esta libertação exige de nossa parte um trabalho realizado em profundidade. Não é preciso simplesmente tomar consciência deste ou daquele mau hábito e se engajar na prática de hábitos opostos. É necessário ir a fundo para por fim ao processo mesmo do hábito em sua totalidade. 

Assim se exprime paradoxalmente C. Humphreys, na visão do zen:

"Cada hábito é uma limitação de movimento, e nesse ponto de vista, não há bons hábitos". 

Nada é mais poderoso no universo e no homem que a força do hábito. De onde vem ela? Ela remonta as origens primeiras do universo e se encontra intimamente ligada à formação dos mundos. 



Robert Linssen



Fonte: do livro: "LE ZEN" - Robert Linssen - Ed. marabout université [1969].
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A LIBERTAÇÃO DOS PENSAMENTOS


Mathieu Ricard falou:


Temos falado muito da possibilidade de mudança. Como isso acontece no contexto da formação contemplativa? Sabemos que as emoções duram alguns segundos, que os humores duram, digamos, um dia, e que o temperamento é algo que se modela com o passar dos anos. Portanto, se queremos mudar, é obvio que precisamos primeiro agir com relação às emoções, e isso ajudará a modificar nossos humores, que, por fim, se estabilizarão na forma de um temperamento modificado. Em outras palavras, precisamos começar a trabalhar com os acontecimentos instantâneos que ocorrem na mente. Como dizemos, se cuidarmos dos minutos, as horas cuidarão de si mesmas. 

Como proceder no tocante à experiência direta? O período refratário e tudo isso serão coisas um pouco abstratas para alguém que queira lidar com as emoções imediatamente. Portanto, uma das questões principais tem relação com o modo como ocorre o encadeamento dos pensamentos, o modo de como um pensamento leva ao outro. 

Meu professor me contou uma história a respeito de um ex-chefe guerreiro do leste do Tibet que abandonou todas as atividades marciais e mundanas, e foi para uma caverna meditar. Passou alguns anos ali. Certo dia um bando de pombos pousou em frente à caverna e ele lhes deu um punhado de grãos. Enquanto observava, porém, os pombos lhe lembraram as legiões de guerreiros que ele tivera sob seu comando, e isso fez lembrar-se das expedições – e ficou irado novamente ao pensar nos antigos inimigos. Essas recordações logo lhe invadiram a mente e ele desceu ao vale, encontrou os antigos companheiros e voltou a guerra! 


Isso exemplifica como um pequeno pensamento pode tornar-se uma obsessão, como uma minúscula nuvem branca cresce e se transforma numa imensa nuvem escura repleta de raios. Como lidar com isso? Quando falamos em meditação, a palavra usada em tibetano significa, na verdade, "familiarização". 

Precisamos nos familiarizar com um novo modo de lidar com o surgimento dos pensamentos. No início, quando surge um pensamento de ira, desejo ou ciúme, não estamos preparados para ele. Portanto, em poucos segundos, esse pensamento dá origem a um segundo e a um terceiro, e logo nosso panorama mental é invadido por pensamentos que solidificam nossa raiva ou ciúme e, então, é tarde demais. Assim acontece quando uma faísca incendeia uma floresta, e estamos em apuros. 
 
A maneira elementar de intervir chama-se "olhar para trás", para o pensamento. Quando surge um pensamento precisamos observá-lo e observar sua fonte. Precisamos investigar a natureza desse pensamento que parece tão sólido. Ao encará-lo, sua solidez tão óbvia se derrete e o pensamento se extingue sem dar origem a um encadeamento de pensamentos. A questão não é tentar bloquear o surgimento de pensamentos - isso nem é mesmo possível - mas não deixá-lo invadir nossa mente. Precisamos fazê-lo diversas vezes porque não estamos acostumados a lidar com os pensamentos dessa maneira. Somos iguais a uma folha de papel que ficou muito tempo enrolada. Quando tentamos abri-la sobre a mesa, ela se enrola de novo no instante em que erguemos as mãos. É assim que se realiza o treinamento. 

Talvez haja quem pergunte o que as pessoas fazem nos retiros, passando oito horas por dia sentados. Fazem exatamente isso: familiarizam-se com um novo modo de lidar com o surgimento dos pensamentos. Quando começamos a nos acostumar com o reconhecimento dos pensamentos é como se fôssemos capazes de identificar rapidamente numa multidão alguém que conhecemos. Quando surge um pensamento potente de forte atração ou raiva sabemos que vai levar a uma proliferação de pensamentos, passamos a reconhecê-lo: "Ah, lá vem essa ideia!". Esse é o primeiro passo. Ajuda muito a evitar que tal pensamento o domine. Depois de se acostumar com isso, o processo de lidar com os pensamentos se torna mais natural. Não é preciso lutar e aplicar antídotos específicos a cada pensamento negativo, porque sabemos como deixá-lo se esvaecer sem deixar vestígios. Os pensamentos se desamarram. O exemplo dado é o de uma cobra. Se ela der um nó no corpo, consegue desfazer esse nó sem esforço, sem precisar de nenhuma ajuda externa. Por fim, haverá uma época em que os pensamentos chegarão e partirão como um pássaro que passa pelo céu, sem deixar vestígios. Outro exemplo dado é o do ladrão que entra numa casa vazia. O proprietário não tem nada a perder e o ladrão não tem nada a ganhar. É uma experiência de liberdade. Não nos tornamos simplesmente apáticos, como vegetais, mas passamos a dominar os pensamentos. Eles não nos carregam mais pelas rédeas. Isso só pode acontecer por intermédio de treinamento constante e experiência genuína. Também é assim que podemos, aos poucos, adquirir certas qualidades que passarão a integrar nossa natureza, tornam-se um novo temperamento. 

Vejamos com exemplo relativo à compaixão. No século XIX, viveu um grande eremita chamado Patrul Rinpoche. Certa feita ele disse a um dos discípulos que fosse para uma caverna e passasse seis meses meditando, não pensando em nada além da compaixão. No início, o sentimento de compaixão por todos seres é sempre forçado, artificial. Depois, gradualmente, a mente fica inundada de compaixão; ela permanece na mente sem esforço. Passados os seis meses, o meditador estava sentado à entrada da caverna e viu um cavaleiro solitário cantando no vale. O yogue teve uma espécie de premonição clara, uma sensação forte, de que o homem morreria em uma semana. A diferença entre a visão daquele homem cantando alegremente e a súbita intuição do yogue o deixara tristíssimo com relação à existência condicionada, que os budhas chamam de samsara. Nesse momento, sua mente foi invadida por uma compaixão genuína e avassaladora que nunca mais partiu. Passara a fazer parte de sua natureza, o verdadeiro sentido da meditação. Ver o homem foi uma espécie de acionamento do gatilho, mas o essencial aconteceu antes da familiarização. O incidente não teria tido a mesma repercussão se ele não tivesse passado os seis meses imerso em compaixão. 

Estamos falando de como ajudar a sociedade. Se pretendemos contribuir com algo para a sociedade ter uma nova ideia das coisas, precisamos começar com nós mesmos. Precisamos decidir nos transformar, e isso só acontece com o treinamento, e não por meio de ideias fugazes. É essa a contribuição que pode provir da prática budista.



Dalai Lama & Daniel Goleman 
Durante toda a palestra de Matthieu, o Dalai Lama se inclinava para frente, atento. Depois, tirou os óculos e, em tom sincero, disse: "Muito bem, maravilhoso!"



Fonte: do livro "EMOÇÕES DESTRUTIVAS"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal