segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

DESENVOLVER A TRANSPARÊNCIA


Uma infância tão dependente e prolongada como a humana, quer queiram as pessoas quer não, termina criando vínculos de afetividade, e sem soberania emocional. Quantos desgostos e sofrimentos futuros podem ser evitados quando os pais estão atentos para corrigir as más tendências de seus filhos...

Deve ficar muito claro que tudo o que cada criança demonstra de características, impulsos e forma de comportamento em cada fase de seu desenvolvimento nesta existência, resulta da condição do espírito que ali está e que, por acaso - apenas por acaso se assemelha a muitos outros espíritos em semelhantes condições. Tudo o que pudermos ajudá-lo neste momento deve ser feito sem demora. Quanto mais tempo passa, mais certos padrões de atitudes e de comportamentos anormais vão sendo fixados...

Tudo que começa certo desenvolve-se com mais segurança e eficiência. É lógico que a reeducação ou Reforma Íntima dos espíritos que neste momento se encontram na condição de adultos seja mais lenta e até sofrida. O tipo de educação que predomina dificulta mais ainda o progresso espiritual e uma das dificuldades é que as pessoas acabam criando uma imagem totalmente deturpada de si mesmas. O alerta para esse problema é bem antigo. Jesus nos disse que somos "lobos em pele de cordeiro", "túmulos caiados de branco por fora e cheios de podridão por dentro". Essa falta de transparência, além de já ser uma tendência inata de muitos, ainda é reforçada pela cultura e educação voltada apenas para as coisas externas.

Mudar isso é muito simples: basta que os adultos procurem conhecer-se. Quem se reconhece e se aceita não precisa tentar esconder nada dos outros. A aceitação de nós mesmos e de nossa condição evolutiva é o passo mais eficiente em direção à melhora. Tentar ocultar das pessoas quem somos e nossas verdadeiras intenções, além de desperdício de precioso tempo, desgasta muito, consome muita energia vital, facilitando a instauração do desânimo ou da depressão.


Américo Marques Canhoto



Fonte: do livro "A Reforma Íntima Começa no Berço"
Ed. Bezerra de Menezes, 1ª ed., 2003, São Paulo
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domingo, 17 de janeiro de 2021

PENSAMENTOS E MEDITAÇÃO


Você poderia falar mais a respeito de nos desapegarmos dos pensamentos que nos ocorrem durante a meditação?


Não acho que nos desapeguemos das coisas; creio que o que mais fazemos é desgastá-las. Se começamos a forçar nossas mentes para fazerem as coisas, estaremos exatamente de volta ao dualismo do qual tentamos nos livrar. O melhor meio de nos desapegar é notar os pensamentos quando aparecerem e reconhecê-los.

"Estou de novo pensando!" Sem julgá-los, então, retornar à nítida experiência do momento presente. Sejam apenas pacientes. Teríamos de fazer isso dez mil vezes, mas o valor de nossa prática é o retorno constante da mente para o presente, inúmeras vezes seguidas. Não procurem aqueles lugares maravilhosos, onde os pensamentos não ocorrerão. Uma vez que os pensamentos basicamente não são reais, em algum momento começarão a ficar obscuros e menos imperativos, e acabaremos percebendo que existem momentos em que desaparecem, porque vemos que não são reais. Já irão sumir com o tempo, sem que saibamos de maneira exata como aconteceu.

Aqueles pensamentos são nossas tentativas de nos proteger. Ninguém quer, de fato, deixá-los de lado; são aquilo a que estamos apegados. Com o tempo, o meio de acabarmos enxergando sua irrealidade está em apenas deixar correr o filme. Depois de o assistirmos umas quinhentas vezes, sem dúvida, ele acaba se tornando monótono!

Há duas espécies de pensamento. Não há nada de errado em pensar no sentido que denomino "pensamento técnico". Precisamos pensar afim de andar daqui até o canto, para assar um bolo ou resolver um problema de física. Esse uso da mente é correto. Não é nem real, tampouco irreal; é só o que é. Porém, opiniões, julgamentos, lembranças, devaneios a respeito do futuro, 90% dos pensamentos que giram em nossa mente não têm qualquer realidade essencial. Do nascimento até a morte, a menos que despertemos, desperdiçamos quase toda a nossa vida em função deles.

A parte horrível do sentar (na meditação Zazen) está em começarmos a ver o que de fato se passa em nossa mente. É chocante para todo mundo. Vemos que somos violentos, preconceituosos e egoístas. Somos tudo isso porque uma vida condicionada, com base em falsos pensamentos, levou-nos a esse estado.

Os seres humanos são essencialmente bons, gentis e compadecidos, mas é preciso um grande esforço de escavação para extrair essa joia das entranhas de nosso ser.


Charlotte Joko Beck



Fonte: do livro "Sempre Zen"
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PERMANECER NO CENTRO


Quanto mais o homem se aproxima do centro, do Sol espiritual, mais sente a luz, o calor e a vida crescerem em si. É uma lei. Por isso, se sentirdes em vós a escuridão, o frio e a morte, é inútil questionardes-vos, a resposta está encontrada: afastastes-vos do centro.

Na Ciência Iniciática, é dito que a verdadeira força está em saber permanecer no centro. No homem, esse centro é o ponto mais elevado de si próprio, o cume, e a periferia é o lugar das agitações e dos problemas que o homem encontra quando a sua consciência se desloca para se dirigir a tudo o que não é o seu verdadeiro eu: a sua alma, o seu espírito. Por isso, ele deve vigiar-se constantemente e dizer: «Vejamos: onde é que eu estou hoje?... Ora esta! Perdi-me pela periferia! O que é que me espera?». Nada de bom, por certo. Por isso, ele deve apressar-se a voltar para o centro. Como? Pela oração, pela meditação, por uma ligação estabelecida conscientemente com o Centro sublime, Deus.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
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O ENIGMA DA ESFINGE - A QUESTÃO DA VIDA E DA MORTE


Entre todas as vicissitudes da vida, embora a experiência humana varie muito de indivíduo para indivíduo, há um acontecimento que é inevitável para todos: a Morte! Não importa qual seja a nossa posição social; se a vida que vivemos foi louvável ou não; se nossa passagem entre os homens ficou marcada por grandes feitos; se vivemos uma vida saudável ou de enfermidades; se fomos famosos e rodeados de amigos ou obscuros e solitários, chegará um momento em que estaremos sós, diante do portal da Morte, e seremos forçados a dar um salto no escuro.

O pensamento sobre esse salto e o que possa existir além, força toda criatura a pensar. Nos anos de juventude e saúde, quando o barco da nossa vida navega nos mares da prosperidade, quando tudo nos parece belo e brilhante, podemos por de lado tal pensamento; mas certamente chegará um dia na vida de toda pessoa sensata em que o problema da Vida e da Morte impor-se-á à sua consciência, recusando-se a ser posto de lado. Nem será de grande proveito aceitar uma solução preconcebida, forjada por qualquer um, sem reflexão e na base da fé cega, porque esse é um problema fundamental que cada pessoa deve resolver por si mesma, para ficar satisfeita.

No limite oriental do Deserto do Saara está a mundialmente conhecida Esfinge, com sua face impenetrável voltada para o Leste, sempre saudando o Sol, quando seus primeiros raios anunciam um novo dia. Diz a mitologia grega que era hábito desse monstro formular um enigma a todo viajante, devorando aqueles que não sabiam responder acertadamente. Mas quando Édipo resolveu o enigma, a Esfinge destruiu-se a si mesma.

O enigma que a Esfinge propunha aos homens era o da Vida e o da Morte, uma questão que tinha tanta importância naquele tempo quanto hoje, e para o qual cada um deve encontrar uma resposta ou será devorado na mandíbula da morte. Mas, uma vez que a pessoa tenha encontrado a solução para o problema, tomar-se-á evidente que, na realidade, a Morte não existe e aquilo que se parece com ela não passa da mudança de um estado de existência para outro. Portanto, ao homem que encontra a verdadeira solução para o enigma da vida, a Esfinge da morte deixa de existir e ele pode elevar sua voz num grito triunfante:

Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? - (Coríntios 15:55)


Max Heindel



Fonte: "Os Mistérios Rosacruzes"
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sábado, 16 de janeiro de 2021

VISLUMBRES DIVINOS



"Ter um vislumbre da luz, significa haver contemplado nosso próprio espírito; supõe haver percebido uma luz da profundidade de nosso espírito, sabendo que este pertence a Deus."


Esta frase pareceu-me chave para aprender a confiar nessa luz da profundidade de nosso espírito. O espírito só pode ser percebido por sua luz, ou lampejos, porque é o Espírito de Deus. Conhecer-nos a nós mesmos em Deus é através dessas pequenas luzes que nos vão sendo reveladas pela Presença Divina e se vão refletindo em nós mesmos.

Quando meditamos, vamos afinando nosso sentido de percepção dessas luzes divinas e passamos a vê-las e senti-las em nosso caminho, em nossa história diária do amanhecer ao anoitecer, na harmonia básica do universo, no encontro com o espírito dos outros.


Lucía Gayón (Ixtapa, México)



Fonte: Permanecer en Su Amor - Meditação Cristã
https://permanecerensuamor.com/
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REFLEXÃO SOBRE A QUIETUDE E A LIDERANÇA


Assim como você conversa com seu pai, tenha uma conversa direta com Deus. Sinta o impacto dessa conexão na mente. Perceba as qualidades Dele e deixe a mente experimentar um estado pacífico. Vá fundo nessa paz positiva. Sinta realmente a paz do Oceano de Paz. Assim, lentamente a mente fica silenciosa. Sua mente quer esse silêncio. Há consciência da quietude. Há clareza da visão interior onde você pode ver-se. (Bk Nirwair)


Ninguém sozinho pode fazer funcionar uma organização. Tem de haver uma variedade de pessoas com diferentes formações e personalidades. Porém, um líder genuíno fará com que elas esqueçam tudo isso, exceto sua missão. Ele não ficará chateado ao ver as falhas dos outros, mas irá dizer a eles que os erros tornam o homem mais prático e maduro. Seus motivos nunca serão egoístas porque ele tem o entendimento que a vitória é do time todo.


Brahma Kumaris



Fonte: https://www.brahmakumaris.org.br/
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COSMIFICA O TEU CAOS INTERIOR


Um dia começaste a emergir da "unidade sem diversidade". Teve início, então, a tua viagem rumo à consciência de ti mesmo. Foi longa a tua peregrinação, mas era necessário que rompesses o ventre do macrocosmo. Do sensório passaste ao instintivo. Do instintivo chegaste ao intelectivo. Veio, então, o teu "lúcifer" e te convenceu de que teus olhos deviam abrir-se, que precisavas comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Começaram dentro de ti, as tempestades, os relâmpagos e os trovões, as guerras e os rumores de guerra, e teu ser esfacelado, confuso, não sabe, hoje, encontrar o caminho.

Emerges (de dentro para fora), mas não sabes imergir (de fora para dentro). Teu cosmos inconsciente foi substituído por um caos mais ou menos consciente. Imerge para as tuas alturas assim como imergiste para os teus abismos e solucionarás todo esse tumulto em que te debates inutilmente.

Saíste da "unidade sem diversidade". Experimentaste a "diversidade sem unidade". Agora precisas realizar em ti a unidade na diversidade. O "Uno" e os "Versos" constituindo o Universo, a união da vertical e da horizontal na cruz eterna e gloriosa que és tu.


Delfos / Luiz Antonio Millecco Filho



Fonte: Centro de Autorrealização Alvorada
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O PODER DO AMOR


Foi dado ao amor um poder extraordinário, se soubermos compreendê-lo e manifestá-lo. Só ele conhece tudo, dá remédio a tudo, desencadeia e projeta forças inimagináveis.

Diz-se que Deus é Amor. Mas, quando se vê as tragédias que o amor traz aos humanos, percebe-se o imenso trabalho que eles ainda têm de fazer, o longo caminho que lhes falta percorrer, para se elevarem até esse amor divino.

Mas vale a pena, porque o verdadeiro mago, o mago omnipotente, é o amor. Deveis convidá-lo a instalar-se em vós, e então, como a chama que resplandece através da chaminé de um candeeiro, para onde quer que vos desloqueis, o vosso amor irradiará e cintilará à vossa volta.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com

A GRANDE INVOCAÇÃO - LUZ, AMOR E PODER




Escola Arcana
Boa Vontade Mundial
Triângulos

Alice A. Bailey - Djwhal Khul

A MEDITAÇÃO E O "VOLTAR PARA A CASA"


Todos nós tropeçamos de muitas maneiras. Bem o lembra São João. O problema não é tanto o tropeço – que é apenas humano e tudo o que é humano é perdoável – mas se trata sobretudo de reconhecê-lo e ser honesto em cada caso. Somente com a plena consciência e um coração humilde é que podemos impedir que o tropeço se transforme em padrão que, eventual e obstinadamente, passemos a defendê-lo e a justificá-lo com real orgulho.

Este é um fator tão essencial a todo o crescimento espiritual que não é de estranhar que cada tradição construa uma metodologia e cultura para ajudar as pessoas a lidar com seus tropeços e apostasia*, assim como, especialmente, seus padrões fixos de mau comportamento. Todas as tradições concordam, de modo similar, que fazer esse trabalho é a essência da paz.

Como vivemos em tempos tão violentos e ansiosos, nos beneficiamos ao vermos a meditação como um "caminho da paz" que começa corrigindo nossos próprios desequilíbrios, mas logo se estende para toda a rede de relações que nos fazem a pessoa que somos...

Em todo as partes do mundo as pessoas acham que a melhor forma de descrever a experiência da meditação é a de, simplesmente, um 'voltar para casa'. Os lugares onde você medita regularmente vão se tornando um lar espiritual. Acho que isso explica o significado do sentido do sagrado que nós sentimos em lugares como monastérios ou cavernas antigas onde pessoas procuravam e encontravam seus quartos interiores; porque um lar espiritual não é a casa apenas para aqueles que vivem lá, mas torna-se um lar para toda a humanidade...

A consciência humana evoluída vê a inutilidade da violência na resolução dos conflitos de interesse que o ego cria. Ela vê isso tão claramente quanto vê a consciência humana degradada desfrutar das emoções da violência e do crescente poder da crueldade. A mente esclarecida percebe que a violência é sempre uma energia equivocada e que uma melhor forma de vida é sempre possível. Mas o ego é apenas uma etapa na evolução da consciência. Somente se transcendermos, integrá-lo e passarmos para a próxima fase, a experiência da unidade que acaba com a divisão, poderemos encontrar o verdadeiro significado da paz. Até que este momento-limite transcendente chegue, a paz apenas oscila, as negociações de paz falham, os cessar-fogos entram em colapso...

Nunca foi fácil, em qualquer momento da evolução humana, aceitar esse caminho, porque o ego resiste e o nega com todo vigor. No consumismo moderno, baseado na rápida gratificação de todos os desejos através dos milagres da tecnologia e as ilusões da riqueza, isso se torna mais difícil do que nunca. No entanto, os próprios excessos e as armadilhas da nossa cultura fornecem, muitas vezes, as oportunidades para restaurar nossa capacidade para o conhecimento e para a paz, da qual temos sede. Para aliviar o estresse, para buscar sentido na superficialidade da riqueza, para recuperar a saúde dos relacionamentos e a alegria do ser natural, para reaprender como trabalhar feliz – tudo que muitas vezes falta em modernos padrões de vida – nossa necessidade dessas qualidades humanas nos reconduz à sabedoria antiga...

* Apostasia: afastamento de alguma coisa, renúncia, descrença.



Dom Laurence Freeman, OSB



Fonte: Extratos de "Uma carta de Dom Laurence Freeman", Boletim Meditatio, setembro, 2014
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/mundo-harmonia-continentes-terra-3043067/

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

AÇÃO E REAÇÃO - MOVIMENTO DA ENERGIA


Não podemos determinar exatamente o que irá acontecer amanhã ou depois, mas podemos colocar em movimento uma energia positiva com a esperança de que ela voltará para nós.

Quando alguém joga uma pedra no meio de um lago, as ondas formadas irradiam até a borda e depois voltam em contracorrente até o centro.

Da mesma forma, a benção que emitimos para o mundo voltará para nós.

Projetemos nossa virtude ao desconhecido, como uma oração que alça voo em direção ao divino.

A recompensa, em algum momento, vem para aquele que a rezou.


Brahma Kumaris



Fonte: https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/medita%C3%A7%C3%A3o-espirituais-ioga-1384758/

ILUMINAÇÃO SOBRE A SENDA


Os dois maiores Reveladores que jamais surgiram sobre a Terra no decurso da História fizeram à Humanidade as simples revelações que seguem:

1. A causa de todos os sofrimentos humanos é o desejo e o egoísmo. Renunciem ao desejo e sereis livres.

2. Existe uma via de libertação que conduz à iluminação.

3. Nada serve ao homem possuir o Mundo inteiro se perder a sua alma.

4. Cada ser humano é um Filho de Deus.

5. Existe uma via de libertação; é a via do amor e do sacrifício.

A vida destes Reveladores foi a demonstração simbólica do que ensinavam; o resto do Seu ensinamento apenas constituiu o desenvolvimento dos temas centrais que ensinavam.


Djwhal Khul



Fonte: GEM – Grupo de Estudos Maitreya
https://grupodeestudosmaitreya.org/
Fonte da Gravura: Hishiryo Dojo - Centro Zen da Serra Gaúcha

COMO É POSSÍVEL? EU DEI, DEI, E ESTOU MAIS RICO?


Desembaraçai-vos desse hábito deplorável de querer sempre receber, receber... Esforçai-vos por pensar em dar. Tentai, pelo menos, olhar os outros com amor, sorrir-lhes, arrancar do vosso coração algumas partículas benéficas e projetá-las para eles. Ao fazê-lo, vós é que vos sentireis ricos e felizes.

Os humanos têm sempre medo de perder alguma coisa, de ficar pobres; não compreendem que é precisamente essa atitude fechada que os empobrece. Para se enriquecer, é preciso dar. Sim, quando se recebe, fica-se pobre, e quando se dá, enriquece-se, porque se põe em ação forças desconhecidas que estavam adormecidas, estagnadas algures, nas profundezas; ao querer projetá-las, faz-se com que elas comecem a circular, a jorrar, e então sente-se uma tal riqueza que se fica admirado, e diz-se: «Como é possível? Eu dei, dei, e estou mais rico?» É verdade; a nova vida é isso.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

A LIÇÃO DA FORMIGA


Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha. A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela. A formiga a carregava com sacrifício. Ora a arrastava, ora tinha sobre a cabeça. Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também a formiga. Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa. Eu a observei e acompanhei, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa. Foi quando pensei: "Até que enfim ela terminou seu empreendimento". Na verdade, havia apenas terminado uma etapa. A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então entrar sozinha. Foi aí que disse a mim mesmo: "Coitada, tanto sacrifício para nada." Lembrei-me ainda do ditado popular: "Nadou, nadou e morreu na praia."

Mas a pequena formiga me surpreendeu. Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços. Em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços e eles estavam todos dentro do buraco.

Imediatamente me peguei pensando em minhas experiências. Quantas vezes desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades? Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la. Quanta força tinha aquela formiguinha!

Naturalmente, transformei minha reflexão em oração e pedi ao Senhor: Que me desse à tenacidade daquela formiga, para "carregar" as dificuldades do dia-a-dia. Que me desse à perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas. Que eu pudesse ter a humildade de contar com a ajuda do meu próximo, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais. Que eu tivesse amor no coração para agir com caridade quando o outro precisar do meu auxílio, contribuindo com meu melhor em prol da necessidade alheia. Pedi ao Senhor a graça de, como aquela formiga, não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários me fazem virar de cabeça para baixo; mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver com nitidez o caminho a percorrer.

O caminho deve ser percorrido pelos nossos próprios pés, individualmente, mas a caminhada é compartilhada por todos. Podemos ir longe sozinhos, mas só chegaremos ao final do caminho quando aprendermos finalmente a andar juntos!


Autor desconhecido



Fonte do texto e da gravura: Grupo Espírita Miguel Arcanjo
http://www.gema-rj.org/

CIRCUNSTÂNCIAS


Circunstâncias são como objetos.

Elas não são vivas, você é que dá vida a elas.

O positivo é mais poderoso do que o negativo.

O positivo é inato.

O negativo indica que algo está faltando.

Luz existe e sua ausência é a escuridão.

Nunca esqueça que você pode decidir que atitude tomar.

Você tem um imenso potencial positivo a ser descoberto.

Esses pensamentos lhe ajudarão a enfrentar qualquer circunstância com uma perspectiva diferente.



Brahma Kumaris



Fonte: https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A VIRTUDE DA ESPERANÇA


Dom John Main, OSB, costumava fazer uma distinção entre a esperança e “as esperanças”. Podemos alimentar todo tipo de esperanças para o futuro, mas, muitos desses anelos precisam ser abandonados se quisermos experimentar a esperança pura: a virtude cristã da esperança. A esperança é mais do que um otimismo, que é uma virtude saudável, porém, não muito contagiante. Muitas vezes, ao nos depararmos com otimismo, isso tende a nos tornar pessimistas. A esperança é muito mais do que, por temperamento, olharmos o lado bom das coisas...

A esperança não é um desejo por algo. Não se trata de sonharmos acordados com qualquer coisa que seja. Trata-se do oposto da fantasia. A esperança é uma atitude, ou um direcionamento, fundamental da consciência. Trata-se de um “voltar-se para fora de si”... Ter esperança é descobrir que somos parte integrante de algo maior que nós mesmos e que vivemos com a energia daquela realidade completa. A esperança é o redirecionamento do eu para fora, qualquer que seja a dificuldade de permanecer voltado para fora. O desespero é a rendição da consciência à força da introversão... A esperança é uma virtude absoluta, constante e incondicionada. Você não pode ter esperança apenas quando as coisas estão correndo bem. Você precisa ter esperança e, de certa maneira, fazer a escolha de ser esperançoso não importando como as coisas estejam ocorrendo...

A esperança é uma das virtudes resultantes da profunda prece. Na prece profunda é que nos redirecionamos do eu para Deus, o Deus que é “outro” além de nós mesmos, porém, com quem guardamos uma semelhança mais marcante do que aquela com a nossa família ou com qualquer ser humano. A esperança é a aspiração de estar inteiramente em casa. Trata-se da mais forte aspiração de nosso ser...

Para nascer, o amor requer um certo grau de esperança. Uma pessoa desesperada não pode vislumbrar ou responder à oportunidade de amar. Porém, o amor também estimula magnificamente o desabrochar da esperança e se expande de modo a cobrir a totalidade da consciência em seus momentos mais intensos. Ser esperançoso é estar consciente do Espírito Santo em sua vida. Ter esperança, é estar inspirado, o que significa ter uma contínua “ins-pi-ra-ção” do Espírito acontecendo em nosso interior. Viver na esperança significa desfrutar da contínua respiração do Espírito em nossa vida. Trata-se do prolongamento daquele momento específico em que Jesus soprou sobre seus discípulos ao se lhes apresentar após a Ressurreição. Trata-se do sopro de Jesus e do Espírito Santo em nós, que é o dom.

A esperança, portanto, implica em gratidão. O dom do qual seremos eternamente gratos é o dom da prece incessante. A repetição contínua do mantra (na meditação) nos conduz a essa prece que se assemelha à alimentação contínua de energia a um sistema que tenha perdido seu equilíbrio ecológico. Reconquistamos a pureza de ser, relembramos nossa bondade fundamental, através do derramamento desse puro amor de Deus em nossos corações, o Espírito Santo que Jesus envia.

Se você já esteve nas cataratas do Niágara, se lembrará do enorme poder das águas ao se chocarem abaixo. Caso você tenha ido ao ponto em que a água cai, poderá ter notado a extraordinária imobilidade daquele ponto, quase como a do vidro. A imobilidade de nossa meditação assemelha-se àquele ponto, em que o poder infinito de Deus cai sobre nós, inundando nosso mais profundo coração, transformando e conferindo poder a nossas vidas.


Dom Laurence Freeman, OSB



Fonte: "Hope" - Leitura de 22/06/2008 - The Selfless Self (New York: Continuum, 2000) pp. 151-4.
Tradução de Roldano Giuntoli
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - https://www.wccm.com.br/
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/lotus-tatuagem-golden-lotus-flores-5084493/

MELHORAR AS SEMENTES


Deveis melhorar-vos para poderdes melhorar as vossas sementes. Perguntar-me-eis: «Mas que sementes?» Os vossos pensamentos e os vossos sentimentos. Cada um dos vossos pensamentos, cada um dos vossos sentimentos, é uma semente na qual se refletem as vossas qualidades e os vossos defeitos, e são essas sementes que vós lançais por todo o lado, ao passar...

No plano astral e no plano mental existem terrenos onde caem todas essas sementes, e um dia, quando fordes visitar essas regiões, perguntareis: «Mas o que são estes cardos? O que são estes espinhos?» E alguém vos dirá que são as vossas plantações, que vós é que os semeastes. «E estas rosas, estes lilases, estes lírios?...» Pois bem, também aí vos será explicado que são o fruto do vosso trabalho, dos bons pensamentos e dos bons sentimentos que espalhastes ao vosso redor.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

VIRGEM MARIA E A LUA


A Lua é o símbolo universal do feminino, simbolizando a fertilidade, a maternidade, a pureza, a intuição, os sonhos e o acolhimento. A Lua também é associada às águas, já que controla as marés em nosso planeta. O ciclo lunar se relaciona com o ciclo menstrual feminino.

Maria é simbolizada pela Lua, não apenas por tê-la a seus pés, mas também pela sua atribuição, pela sua maternidade, sua misericórdia, seu abraço acolhedor, suas cores simbólicas e por ser a mãe do redentor, a Mãe do Logos, cuja glória é associado ao Sol. Do mesmo modo a Lua reflete a luz solar.

Não se trata de uma comparação meramente pagã, mas sim uma alegoria que podemos fazer para melhor compreender os mistérios divinos. O Divino nos é incompreensível por si só, por isso usamos constantemente metáforas, alegorias, parábolas e todo tipo de linguagem simbólica para que nossa mente, limitada ao mundo terreno, possa compreender e adentrar esses mistérios.

A Lua é o astro mais próximo à Terra, no qual fica entre a Terra e o resto do universo. Na Cabala, a esfera de Yesod (a Lua) fica logo acima de Malkuth (a Terra, o mundo tangível) e abaixo de Tiferet (o Sol, o Verbo Divino), compreendendo Yesod como o véu místico entre os mundos, a porta de entrada para Cristo. Em outras palavras, a Lua está mais próxima da Terra (ou seja, de nós) do que o Sol, mas a luz que a Lua emite é reflexo da luz solar. Nestas lógicas, sua atribuição de Mediadora faz todo o sentido, até mesmo entre as igrejas que não aceitam este título para Maria mas ainda sim a veneram como acima de todos os santos.

A Maria é concedida o título de Turris Eburnea (Torre de Marfim). Uma torre é uma edificação vertical que vai da Terra, onde entramos, até o mais elevado. É um conceito semelhante à sua atuação como Yesod, ligando a Terra ao céu. Marfim é um material cor de lua, liso e sem manchas, representando a pureza, uma torre de extrema pureza que nos eleva da Terra aos céus, cuja castidade é necessária para nos afastarmos dos desejos deste mundo e nos voltarmos a Cristo. Torre de Marfim se refere, metaforicamente, a um estado de isolamento filosófico, de interiorização e contemplação, um estado de autoaperfeiçoamento onde o adepto solitário se fecha ao mundo profano e ingressa nos mais altos mistérios. Simplificando, Torre de Marfim é um lugar acolhedor um refúgio para quem busca o mais elevado, a porta de entrada para a Verdade. A Virgem Maria é a porta de entrada para Cristo, é o abrigo que os grandes mestres buscaram para chegar até Deus.

Nos templos ortodoxos é comum ver a lua deitada sob a cruz. Esta simbologia remete ao livro do Apocalipse (c. 12), no qual aparece uma "mulher vestida de sol" e "a lua aos seus pés", o que muitos associaram à própria Virgem Maria grávida de Jesus. Outra interpretação seria que a cruz, obviamente, simboliza Cristo enquanto a Lua simboliza Maria. A Lua está sob a cruz não como sinal de inferioridade, mas sim sendo o seu suporte, sua base, seu fundamento, assim como Maria, que foi mãe de Jesus em todas as suas qualidades maternais, dando-lhe suporte, base e fundamento.

Maria tem três facetas, assim como a Lua. Maria, em sua Imaculada Conceição, é comparável à lua crescente, de aspecto puro e virginal. Maria, como a Mãe de Deus, Theotokos*, é comparável à lua cheia, a perfeição lunar, plena da luz solar, associada à maternidade. Maria, como cônjuge do Espírito Santo, é comparável à lua minguante, simbolizando a sabedoria do fim, a graça da última pessoa da Trindade, se revelando no Pentecostes. E quanto à lua nova? Podemos relacionar à lua escura à Mater Dolorosa, Nossa Senhora das Dores e todos os seus mistérios, que, embora seu culto tenha se iniciado no século XIII, sua devoção é bem anterior, baseado ainda na profecia de Simeão e em vários momentos dos evangelhos. Neste aspecto, Maria se encontra de luto pela morte de seu filho, acolhendo o seu corpo. Geralmente é representada em prantos e com sete espadas perfurando o seu coração, simbolizando suas Sete Dores. Representa a introspecção necessária para um novo começo. A lua nova em Maria remete não apenas num único aspecto, mas de todas as suas Sete Dores, de todos os momentos de aflição que ela passou com seu Filho. Mesmo assim Maria não desistiu e continuou sua senda, assim como a Lua perfaz mais um ciclo. O momento de luto de nossa Mãe, retratado em sua imagem, não a fez desistir e nem perdeu o seu brilho, mas serviu para que ela meditasse em seu interior e retornasse ainda mais fortalecida. Maria não desistiu, mas seguiu com os apóstolos na missão que o seu Santo Filho os designou. Assim, depois de seu "momento de escuridão", Nossa Senhora passou por mais um ciclo na resistência com os apóstolos até ser ascensionada e coroada, de acordo com a tradição romana.

Como podemos ver, não se trata de um simbolismo vazio, mas repleto de valores para a prática cristã. Maria, como a serva perfeita no qual todo cristão deve ser, adorou a Deus (Pai), acolheu Deus (Filho) em seu interior e viveu uma relação especial com Deus (Espírito Santo). Ela viveu uma vida de pureza e longe do pecado. Ela revelou Deus ao mundo e teve forças para continuar depois de várias Dores.

Buscamos em Maria, o sagrado feminino, o puríssimo receptáculo no qual Deus se adentrou. Maria é concha que protege a pérola, o véu que oculta a verdade, o templo onde se assenta a Divindade. Buscamos também o acolhimento, a misericórdia, a doçura e todas as qualidades maternas que precisamos em nossa vida cheia de prantos.


* Theotokos: título grego da Virgem Maria, usado especialmente na Igrejas Católica e Ortodoxa. Sua tradução literal para o português inclui "portadora de Deus".



Autor não especificado
Fonte: Gruta do Eremita
http://grutaeremita.blogspot.com/
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/munique-marienplatz-virgem-maria-1530366/

INFLUÊNCIA DIVINA


Quando você torna Deus seu companheiro, o impossível torna-se possível.

Há o suporte Dele na relação com você.

Ele não o abandona.

Ele não o diminui.

Ele o aceita.

Ele o segura.

Porque você é sagrado para Ele.

Quando você sente essa influência divina, você fica muito inspirado.

Você expressa mais gentileza, generosidade, tolerância e especialmente não-violência.

Você não tem o sentimento de ser melhor, superior ou inferior mas o de ser equânime.

Haverá o pensamento de que, assim como você, os outros também são bons.



Anthony Strano



Fonte: Brahma Kumaris Brasil
https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

TENHAMOS PAZ


“Tende paz entre vós.” – Paulo. (1ª Epístola aos Tessalonicenses, 5:13)

Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante.

Cada mente encarnada constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordinado agora a justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos sentidos e percepções.

Quando todos os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem, então a guerra será banida do Planeta.

Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo.

Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo edificante.

Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações e não segundo a realidade essencial. Registramos certas informações longe da boa intenção em que foram inicialmente vazadas e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas. Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência. Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento.

Eis por que, quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos.

Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem.

Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira.



Francisco Cândido Xavier / Emmanuel




Fonte: do livro "Pão Nosso"
Via Centro Espírita Caminhos de Luz
http://www.caminhosluz.com.br/newsletter.asp
Fonte da Gravura: Acervo de Autoria pessoal

REGRESSO À CASA DO PAI (CONFRARIA ESPIRITUAL)


O objetivo de uma Escola Iniciática é fazer o homem regressar à casa do seu Pai, a esse alto retiro de que fala o Salmo 91 («Meu refúgio e minha fortaleza, meu Deus em quem confio»), porque é lá que estará em segurança, as forças do mal já não poderão vir surpreendê-lo.

Mas dir-se-ia que os humanos fazem tudo para se afastarem deste alto retiro no qual se está sob a proteção de Deus. Querem viver a sua própria vida, afastando-se do Senhor, transgredindo as suas leis. Ora bem, isso prova que esses seres ainda têm muito que sofrer e é por isso que não querem entrar na luz divina para serem protegidos. Sim, se manifestam essa tendência para ficar sempre de fora, para não obedecer, é muito simplesmente porque está escrito nos seus destinos que têm de sofrer. Ao invés, aqueles que já sofreram muito e que compreenderam fazem tudo para regressar para junto do Pai, para esse alto retiro... ou para uma confraria espiritual, para uma Escola Iniciática, que é justamente o símbolo desse regresso a uma ordem divina.


Omraam Mikhaël Aïvanhov 



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

NA SOLIDÃO VOCÊ DESCOBRIRÁ O QUE É SER


Na sua solidão, você descobrirá o que é ser. E de dentro dessa consciência do seu ser o amor flui. A solidão deverá ser a sua única busca. E isso não significa que tenha de ir até às montanhas. Pode estar só no mercado. É simplesmente uma questão de estar consciente, alerta, atento; lembre-se de que você é simplesmente a sua própria vigilância.

Por entre a multidão você observa a multidão; nas montanhas você observa as montanhas. Com os olhos abertos, observa a existência; com os olhos fechados observa-se a si mesmo. Você é somente urna coisa: o observador. E esse observador é a maior realização. Esta é a sua natureza de buda; este é o seu instrutor, o seu despertar. Esta deve ser a sua única disciplina. Somente isto faz de si um discípulo, nesta disciplina de conhecer a sua solidão.

De outro modo, o que faz de si um discípulo? Você foi enganado em todos os outros pontos da vida. Foi-lhe dito que acreditar num mestre faz de si um discípulo - isso é absolutamente errado; de outro modo, toda a gente no mundo seria um discípulo. Alguém acredita em Jesus, alguém acredita em Buda, alguém acredita em Krishna, alguém acredita em Mahavira; alguém acredita em alguém, mas ninguém é um discípulo, porque ser um discípulo não significa acreditar num mestre. Ser um discípulo significa aprender a disciplina de ser você mesmo.

Nessa experiência está escondido o próprio segredo da vida. Nessa experiência você é pela primeira vez um imperador; de outro modo, continua a ser um pedinte na multidão. Há dois tipos de pedintes: os pedintes pobres e os pedintes ricos, mas todos são pedintes. Mesmo os vossos reis e rainhas são pedintes.

Somente essas pessoas, muito poucas pessoas que permaneceram sós no seu ser, na sua claridade, na sua luz, que encontraram a sua própria luz, que encontraram o seu próprio florescimento, que encontraram o seu próprio espaço a que podem chamar lar, o seu lar eterno - essas poucas pessoas são os imperadores. Todo este universo é o seu império. Eles não precisam de o conquistar, já está conquistado.

Por se conhecer a si mesmo, você conquistou-o.


OSHO



Fonte: do livro "Amor, Liberdade e Solidão"
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/precip%C3%ADcio-nuvens-nevoeiro-homem-1840442/

domingo, 10 de janeiro de 2021

ENCONTRO REDENTOR


Todo relacionamento de nossa vida, toda vez que nos voltamos na direção de outra pessoa, constitui-se em um cada vez mais profundo encontro com o outro, à imagem do qual somos feitos. Sempre que nos permitimos vivenciar isso, o que fazemos quando meditamos e quando amamos, descobrimos que nosso medo só pode ser definitivamente banido através do próprio encontro, e que quanto mais profundo for o encontro, a cada vez, tanto menor será o medo que sobrevive a ele... Até que tenhamos a coragem de encarar e encontrar o outro não nos teremos encontrado ainda. Até lá, seremos sempre outro para nós mesmos. É este o estado do egoísmo, o de sermos um estrangeiro para nós mesmos. Nesse estado, todos os demais estão em oposição a nós mesmos, opostos a nós. Vivenciamos a tristeza, a desconfiança e a violência. O primeiro passo para sair desse inferno é o de termos a coragem de nos encontrarmos conosco mesmos. Nenhum de nós conseguiria fazer isso através de nossos próprios recursos interiores. Não fosse pela intercessão do amor de Deus, estaríamos para sempre não redimidos. O destino que nos conduziu à meditação e ao entendimento das relações de amor, que são a encarnação de nosso encontro com Deus, é o sinal de seu amor redentor em nossas vidas.

Ao meditarmos, aprendemos a deixar para trás todas as imagens que fazemos de nós mesmos, pois essas imagens são estranhas ao nosso verdadeiro ser. São como rótulos imprecisos. Essa nossa autoanálise que rotula, que pensa ser tão esperta, nos separa do conhecimento do verdadeiro ser e do redentor encontro com a realidade. Nos aprisionamos na consciência do si mesmo. Só precisamos compreender que fomos libertados e que a perfeita liberdade se alcança nas profundezas de nosso espírito, na liberdade do Cristo, a liberdade de seu amor puro. Se apenas pudermos aprender a sermos simples, a aceitar o presente que foi livremente doado e a sermos fiéis a esse dom, poderemos nos voltar para essa realidade...


Dom Laurence Freeman, OSB



Fonte: "Encontro com o Outro" - Leitura de 29/06/2008
Light Within: The inner Path of Meditation (New York: Crossroad, 1989) pp. 65-67.
Tradução de Roldano Giuntoli
Comunidade Mundial de Meditação Cristã - www.wccm.com.br
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/fantasia-elf-crian%C3%A7a-menina-3601952/

VIDA DE SUCESSO


Quando a qualidade da nossa conversa é elevada isso cria uma atmosfera poderosa que se espalha ao redor.

Paz profunda cria sentimentos bons e amorosos por todos.

Quando estamos em paz somos capazes de experimentar as qualidades profundas internamente.

Este é o objetivo da meditação.

Treinar nossas mentes para sermos pacíficos e guiar nossa percepção para ficarmos em silêncio.

Então, com o uso do intelecto, conseguimos tomar poder do Divino.

Isso nos dará a experiência de uma vida de sucesso.


Dadi Janki



Fonte: Brahma Kumaris
https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

APROVEITAR BEM O TEMPO NA TERRA


O discípulo sabe que, tendo vindo à Terra por muito pouco tempo, não vale a pena desperdiçar as suas forças em busca de honrarias, de títulos e de posses, que terá de abandonar ao deixá-la.

Trata, pois, de se concentrar nas riquezas eternas, indestrutíveis, que faz frutificar até à sua partida do plano físico.

Adquire assim tesouros tão grandes nos seus corpos sutis, que vai diretamente para as regiões luminosas onde captou as partículas desses corpos.

É uma lei: se atrairdes para vós numerosos materiais celestes, um dia sereis obrigados a ir para a região de onde eles vieram.

Por causa da lei da afinidade, sereis introduzidos por esses próprios materiais nas regiões sutis e nelas passareis uma alegre eternidade a descobrir os esplendores do Universo.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

IRRADIANDO ENERGIA


O tempo todo estamos irradiando energia.

E o mundo ao nosso redor é um reflexo das nossas atitudes, humores e sentimentos.

Todos nós observamos como as ondas são criadas quando uma pedra é jogada em um lago.

Similarmente, todos nós espalhamos vibrações e energia sutil através dos pensamentos, influenciando - dessa forma - o ambiente ao nosso redor.

Qualquer evento, seja positivo ou negativo, é resultado dessa troca de energia entre as pessoas e o efeito onda.

O que vai, volta.


Brahma Kumaris



Fonte: https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O MOMENTO É AGORA !


Cada criatura arca com as próprias criações, que são o resultado de suas ações e acompanharão o ser encarnado por toda sua existência corpórea e além. Se são desventuras, é porque no pretérito suas condutas não estavam em consonância com as leis do amor; se são venturas, é porque o ser esmerou-se em ações voltadas para o bem. Não há motivo para recriminar este ou aquele que enfrenta agruras hoje, isso seria julgamento; além de que todos os seres encarnados passam por dificuldades e se veem diante de difíceis obstáculos ao longo da jornada terrestre. Portanto não cabe julgar as pessoas em superiores ou inferiores, mas sim auxiliar o necessitado (de amor, de compreensão, de saúde, de fé, de amparo material e/ou emocional) ou aquele que ainda vacila no caminho pedregoso da vida, sem pedir contas ou recompensas. E é imperioso cuidar do que se faz hoje, para antever o que estará criando para seu futuro. Mesmo que a sua situação seja adversa, permaneça na estrada do bem, da retidão, da honestidade, da tolerância e da caridade. Aceite, receba as dificuldades com o coração, e elas serão solucionadas. Com essa postura, você estará atraindo o concurso dos mentores que poderão atuar em seu auxílio e também poderá guardar a certeza de que o porvir será jubiloso, pois que é resultado do que você faz hoje e de como faz.


Danielle Arantes Giannini (DAG)


Fonte: https://espiritismocotidiano.wordpress.com/author/daguelle/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

O DISCÍPULO E O DESEJO DE SER APRECIADO


Quando o discípulo abraça sinceramente a vida espiritual, pouco lhe importa que o seu trabalho seja ou não conhecido, ele não pretende que se saiba o que faz, nem desempenhar uma missão. Apenas o seu trabalho é importante para si, importante não no mundo humano, mas no mundo da luz. Muitos dos que não põem o trabalho em primeiro lugar querem imediatamente que os considerem pelo que fazem. Querem ser úteis para serem glorificados. Há nisso, pois, um interesse pessoal. Evidentemente, é difícil vencer completamente o desejo de ser apreciado. Contudo, é no momento em que a glória já não lhe interessa e em que está mergulhado nesse trabalho maravilhoso, sem pensar em mais nada, que o discípulo começa a ser apreciado pelo Céu e este lhe permite tomar parte nos conselhos do Alto. Aquele que chega a este ponto nada mais tem a desejar.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

MENTE LIVRE


Uma mente livre é uma mente sem limites, aberta a tudo.

É uma mente que não se apega a nada e, por isso, é descontraída com tudo.

Uma mente se fecha quando fica presa a algo, ela é bloqueada por medos ou preocupações.

Uma pessoa com uma mente ocupada, fechada e apegada ficará perturbada, flutuará, perderá a sua estabilidade emocional e será facilmente ofendida.

Isso não acontece com uma pessoa com uma mente livre, aberta e relaxada porque ela nunca perde de vista o verdadeiro significado de quem ela é.


Brahma Kumaris



Fonte: https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal


quinta-feira, 24 de setembro de 2020

ESCUTA A CANÇÃO DA VIDA


Procura-a e escuta-a primeiro em teu próprio coração. A princípio talvez digas: "não consigo encontrá-la; ao procurar, encontro apenas discórdia". Procura mais fundo. Se ficares de novo desapontado, detém-te e busca mais fundo ainda. Existe uma melodia natural, uma fonte oculta em todo o coração humano. Pode escutar oculta e completamente escondida e silenciada - mas lá está. Na própria base da tua natureza encontrarás fé, esperança e amor. Aquele que escolhe o mal se recusa a olhar para dentro de si, fecha os ouvidos à melodia do seu coração, assim como tapa os olhos para a luz da sua alma. Ele procede assim porque acha mais fácil viver nos desejos. Porém, sob toda vida existe uma forte corrente que não pode ser detida; as grandes águas na realidade ali estão. Encontra-as e perceberás que ninguém, nem a mais maldosa das criaturas, deixa de ser parte dela, por maior que seja a sua cegueira em relação a esse fato, e mesmo que tenha construído para si uma horripilante máscara externa. É neste sentido que eu te digo: todos os seres entre os quais tu lutas são fragmentos do Divino. Tão enganadora é a ilusão em que vives, que é difícil que prevejas onde pela primeira vez detectarás a doce voz no coração dos outros. Sabe, porém, que ela está certamente dentro de ti. Procura-a em ti e, uma vez que a tenhas ouvido, mais prontamente a reconhecerás ao redor de ti.


Mabel Collins



Fonte: Luz no Caminho, Ed. Teosófica, Brasília-DF, 6ª ed. - www.editorateosofica.com.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ASPECTOS DO AMOR


Podemos aprender a enxergar a realidade. Apenas enxergá-la e viver com ela já tem efeito de cura. Nos conduz a uma nova espécie de espontaneidade, como a de uma criança que aprecia o frescor da vida, o caráter direto da experiência... Trata-se da espontaneidade dos verdadeiros princípios morais, de se fazer a coisa certa naturalmente, não vivendo a própria vida de acordo com livros de regras, mas vivendo-a por meio do único princípio moral, o princípio moral do amor. A experiência de amor ao ser, nos confere uma capacidade renovada de viver a própria vida com menos esforço. Diminui a luta pela vida, que se torna menos competitiva, menos aquisitiva, na medida em que abre para nós aquilo que todos nós alguma vez vislumbramos de alguma maneira através do amor, de que nossa natureza essencial é repleta de alegria. Lá no fundo, somos seres alegres. Se pudermos aprender a saborear os dons da vida e a enxergar o que a vida realmente é, estaremos melhor equipados para aceitar as atribulações e o sofrimento dela. Isso é o que aprendemos suavemente, paulatinamente, no dia-a-dia, à medida que meditamos.

A meditação nos leva a entender a maravilha daquilo que é comum. Tornamo-nos menos dependentes da busca por tipos extraordinários de estímulo, de excitação, de divertimento ou de distração. Começamos a perceber, nas próprias coisas comuns da vida cotidiana, que essa radiação de fundo do amor, o onipresente poder de Deus, está em toda parte, a todo momento.


Dom Laurence Freeman, OSB



Fonte: Leitura de Domingo, 13 Setembro 2020, extraído de “Part Five”, ASPECTS OF LOVE (London: Arthur James, 1997), pp. 54-55.
Via Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - https://www.wccm.com.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal