domingo, 17 de janeiro de 2021

O ENIGMA DA ESFINGE - A QUESTÃO DA VIDA E DA MORTE


Entre todas as vicissitudes da vida, embora a experiência humana varie muito de indivíduo para indivíduo, há um acontecimento que é inevitável para todos: a Morte! Não importa qual seja a nossa posição social; se a vida que vivemos foi louvável ou não; se nossa passagem entre os homens ficou marcada por grandes feitos; se vivemos uma vida saudável ou de enfermidades; se fomos famosos e rodeados de amigos ou obscuros e solitários, chegará um momento em que estaremos sós, diante do portal da Morte, e seremos forçados a dar um salto no escuro.

O pensamento sobre esse salto e o que possa existir além, força toda criatura a pensar. Nos anos de juventude e saúde, quando o barco da nossa vida navega nos mares da prosperidade, quando tudo nos parece belo e brilhante, podemos por de lado tal pensamento; mas certamente chegará um dia na vida de toda pessoa sensata em que o problema da Vida e da Morte impor-se-á à sua consciência, recusando-se a ser posto de lado. Nem será de grande proveito aceitar uma solução preconcebida, forjada por qualquer um, sem reflexão e na base da fé cega, porque esse é um problema fundamental que cada pessoa deve resolver por si mesma, para ficar satisfeita.

No limite oriental do Deserto do Saara está a mundialmente conhecida Esfinge, com sua face impenetrável voltada para o Leste, sempre saudando o Sol, quando seus primeiros raios anunciam um novo dia. Diz a mitologia grega que era hábito desse monstro formular um enigma a todo viajante, devorando aqueles que não sabiam responder acertadamente. Mas quando Édipo resolveu o enigma, a Esfinge destruiu-se a si mesma.

O enigma que a Esfinge propunha aos homens era o da Vida e o da Morte, uma questão que tinha tanta importância naquele tempo quanto hoje, e para o qual cada um deve encontrar uma resposta ou será devorado na mandíbula da morte. Mas, uma vez que a pessoa tenha encontrado a solução para o problema, tomar-se-á evidente que, na realidade, a Morte não existe e aquilo que se parece com ela não passa da mudança de um estado de existência para outro. Portanto, ao homem que encontra a verdadeira solução para o enigma da vida, a Esfinge da morte deixa de existir e ele pode elevar sua voz num grito triunfante:

Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? - (Coríntios 15:55)


Max Heindel



Fonte: "Os Mistérios Rosacruzes"
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/esfinge-stone-viagens-natureza-c%C3%A9u-3170216/

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