sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

DOENÇAS DO COMPORTAMENTO


A vida mental responde pelas atitudes comportamentais, expressando-se em formas de saúde ou doença conforme o teor vibratório de que se revista.

O bombardeio de petardos contínuos, portadores de alta carga destrutiva, agindo sobre os tecidos sutis da alma, desarticula as engrenagens do perispírito que reflete, no corpo e na emoção, as enfermidades de etiologia difícil de ser detectada pelos métodos comuns.

À exceção dos severos problemas de saúde defluentes das reencarnações passadas, como as viroses e psicoses profundas, as mutilações e deficiências traumatizantes, as baciloses e idiotias irreversíveis que se gravaram como necessidade provacional ou expiatória, grande parte dos males que pesam na economia da área do equilíbrio fisiopsíquico decorre da ação da mente desgovernada, sujeita à indisciplina de conduta e, sobretudo, rebelde, fixada aos caprichos das paixões mais primitivas.

É natural e justo que a descarga mental desagregadora lançada contra alguém, primeiramente atinja os equipamentos que lhe sustentam a onda emissora. Acumulando cargas deletérias, desconjuntam-se os delicados tecidos sustentados pela energia, ocasionando os desastres no campo da inarmonia propiciadora de distúrbios variados e contaminações compreensíveis. A ação imunológica do organismo desaparece sob a contínua descarga das forças perniciosas, abrindo espaço para as calamidades físicas e psicológicas.

Relacionemos algumas ocorrências.

A impetuosidade bloqueia a razão e desarticula o sistema nervoso central.

A queixa e o azedume emitem ondas pessimistas que sobrecarregam os sistemas de comunicação, produzindo envenenamento mental.

A ira obnubila o discernimento e produz disfunções gastrintestinais pelos tóxicos que lança na organização biológica.

A mágoa enlouquece, em razão de produzir fixações que se transformam em monoideísmo avassalador.

A insatisfação perturba o senso de observação e afeta o ritmo circulatório, promovendo quadros depressivos, ou excitantes e prejudiciais.

O ciúme enceguece e desencadeia disritmias emocionais pela tensão que domina os neurônios condutores do pensamento.

A maledicência incorpora a calúnia e ambas desorganizam a escala de valores, aumentando os estímulos no aparelho endocrínico que se exaure.

A ansiedade e o medo desestruturam o edifício celular dando margem a distonias complexas.

A vingança, sob qualquer aspecto agasalhada, corrói os sentimentos, qual ácido destruidor, abrindo brechas para a amargura, o suicídio, a alucinação...

Não nos referimos aos componentes obsessivos, por desnecessário, que tais atitudes facultam por sintonia.

Vários tipos de cânceres, alergias e infecções na esfera física, e neuroses, esquizofrenias e psicoses na faixa psíquica, têm as suas gêneses no comportamento mental e nos seus efeitos morais.

A ação dos medicamentos e de várias psicoterapias por não alcançarem os centros mentais geradores do mau comportamento, tomam-se inócuos, quando não constituem sobrecarga nos órgãos encarregados dos fenômenos de assimilação e de eliminação...

Compreensível, portanto, que as construções positivas do bem e o cultivo das virtudes evangélicas produzam quadros de saúde e de bem-estar pelos estímulos e recursos que oferecem à organização fisiopsíquica do homem.

Mantém-te equilibrado a qualquer preço, para que não pagues o preço da culpa.

Não sejas aquele que se faz o mau exemplo.

Sê discreto e aprende a superar-te.

Vence os pequenos problemas e percalços com dignidade, a fim de superares os grandes desafios da vida com honradez.

Podes o que queres.

Resolve-te, em definitivo, por ser cristão, não te permitindo o que nos outros censuras, sem desculpismos nem uso de medidas infelizes com as quais esperas do próximo aquilo que ainda não podes ser.


Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis



Fonte: do livro "Seara do Bem"
Ed. Espírita Alvorada, Salvador-BA, 1984
Fonte da Gravura: Tumblr

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

O COMPORTAMENTO DO HOMEM EM RELAÇÃO AO SAGRADO


O destino do homem é completamente determinado pelo seu comportamento em relação ao Céu. Mas, cada vez mais, em vez de se humilharem perante a grandeza de Deus e de O glorificarem, os humanos adotam uma atitude de desrespeito que os faz contrariar os seus desígnios e introduzir a desordem na Criação. O pior inimigo do homem é o orgulho; é esta atitude tão pedante e presunçosa que o arrasta para a perdição. Se quiser salvar-se, o homem tem de aprender a ter uma atitude sagrada perante a Criação, a vibrar como a harpa de Éolo a cada sopro, a cada corrente do Céu, a comunicar com o Universo, com a alma do mundo, com Deus. Nesta troca, as energias do mundo superior trabalham sobre ele: os elementos mais puros derramam-se na sua alma e, ao invés, os elementos obscuros são absorvidos pela imensidão.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/mandala-flor-sagrada-conc%C3%AAntrico-1171132/

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

O LUGAR DO DESCANSO


Pouco depois do dia, podemos perceber se estamos centrados, descentrados ou perdidos. Prestemos atenção à pressa em nossas ações. Se houver pressa, já temos a medida de nossa distância do coração. É um critério muito simples que nos livra do erro. Quando vamos de um momento para o outro muito depressa ou quando já estamos querendo acabar com algo e passar para a outra coisa... nós fomos para a periferia de nós mesmos.

Quanto mais perto do centro, mais calmo se fica e existe uma estabilidade que é a clareza. Antigamente, torres muito altas eram construídas no topo de altas montanhas, que permaneciam protegidas das tempestades por estarem acima das nuvens. Eram lugares inexpugnáveis ​​e, embora completamente expostas, permaneceram abrigadas. Estar ali significava distância e fácil observação de todo o ambiente.

Viver no eremitério interior, no coração espiritual, permite o mesmo. É uma capacidade de perceber os diferentes eventos que convergem em um mesmo evento e, ao mesmo tempo, manter certa distância deles. É aberto um espaço disponível que permite que você respire em todos os sentidos e não seja oprimido pelas reações que ocorrem no ambiente, na mente e no corpo.

Estar localizado ali parece novo e sem esforço, no sentido em que estamos acostumados a usar a palavra. Estar presente não cansa. Acessar aquele lugar onde somos autênticos dá sentido aos dias e nos faz sentir familiarizados com a graça. E é essa mesma familiaridade que nos chama de volta quando estamos ausentes por distração, hábito ou várias inércias.

Métodos muito diferentes são usados ​​para atingir essa profundidade da alma e são apropriados para pessoas diferentes em cada situação ou momento particular. Mas perceber que o resultado das ações não depende de nós, mas da providência divina é muito necessário. Sem essa convicção, torna-se difícil ir para o lugar de verdadeiro descanso. Se depender de nós, colocamos nas costas uma carga muito pesada que não podemos suportar.

Uma vez me disseram: você fez o sol aparecer hoje? Você decidiu a direção em que as nuvens irão? Você já sabe quantas pessoas virão ao mundo ou o deixarão no final do dia? Pois não. Você diz ao coração quando bater, ao diafragma como respirar ou ao sangue para onde deve fluir? Pois não. Reveja sua vida e verá que a pessoa com quem está, o lugar onde mora, aquele emprego e outras circunstâncias aconteceram além de sua intenção. Em qualquer caso, houve uma interação que você não pode especificar.

Seguir nosso escopo, fazer o melhor que podemos em cada momento e situação é o nosso campo de ação. E esse pequeno espaço de liberdade surge quando permitimos que a graça da atenção esteja presente em nós. Essa atenção vigilante requer distensão, não contração. E esse descanso vem quando estamos cientes de nosso papel na obra da criação. Se viajarmos em um dos assentos do ônibus e nos comportarmos como se fôssemos o motorista, viajaremos amargurados. Queixaremos que nosso curso não está sendo seguido e não entenderemos o que estamos fazendo de errado.

A prática da "oração de Jesus"*, por exemplo, ou outras formas de oração e meditação visam silenciar a mente. E isso porque a mente não é a ferramenta certa para guiar nossa vida. Se colocarmos no comando a "louca da casa", nos encontraremos com vidas atormentadas pelo sofrimento e pela inconsistência...


* Oração de Jesus ou Oração do Coração: uma oração ou meditação que faz parte dos ensinamentos dos Padres do Deserto, que permite, percorrer o Caminho Interior, onde o homem pode reencontrar-se com a Divindade que habita seu coração e tornar-se, novamente, à Sua imagem e semelhança.



Fonte: do Blog "El Santo Nombre"
https://elsantonombre.org/2021/01/09/el-lugar-del-descanso/
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/tealight-luz-ora

ACEITAÇÃO E FLEXIBILIDADE


Quando há honestidade e leveza no eu não há problema na comunicação com os outros.

Se alguém insultar você, mantenha sua paz.

Se alguém se dirigir a você de cabeça quente, não fique quente também.

Permaneça calmo internamente e você manterá a boa comunicação.

Tentar explicar algo para alguém que está quente, não funcionará.

Leve sua mente para além da desconsideração, aceite o que está acontecendo e seja flexível.



Brahma Kumaris



Fonte:https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/barco-barco

ESPIRITUALIDADE x EGO


É importante entender que o objetivo principal de qualquer prática espiritual é escapar da burocracia do ego. Isso significa abandonar o desejo constante do ego de alcançar versões superiores de conhecimento, religiosidade, virtude, bom senso, conforto ou qualquer outro objetivo que o ego tenha estabelecido como objetivo de sua busca.

Portanto, devemos sair do materialismo espiritual. Se não nos colocarmos fora dele, se nos dedicarmos a praticá-lo, então, a longo prazo, seremos escravizados por uma vasta coleção de caminhos espirituais. Vamos acreditar que esta coleção espiritual é inestimável. Teremos então prazer em tudo o que estudamos.

O problema é que tendemos a procurar uma resposta fácil que não machuca. Mas esse tipo de solução não se aplica ao caminho espiritual, que muitos de nós nunca deveríamos ter começado.

Uma vez que nos comprometemos com o caminho, torna-se muito doloroso para nós e sabemos que coisas desagradáveis ​​nos aguardam.

Nós nos comprometemos com a dor de nos expor, de nos despir, de trocar nossa pele, nossos nervos, nosso coração e nosso cérebro até estarmos completamente expostos ao universo. Não teremos mais nada.


Tchogyang Trumgpa



Fonte: Postado por Susana Beatriz, no Blog "Hacia la Contemplación"
https://hacialacontemplacion.blogspot.com/
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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

FUGAS E REALIDADE


Graças ao processo da individualização do ser, superando as etapas primárias, na fase animal, o predomínio do ego desempenhou papel de primordial importância, trabalhando-o para vencer o meio hostil e os demais espécimes, usando a inteligência e o raciocínio como forças que o tornavam superior, deixando os remanescentes da falsa condição de dominador do meio ambiente e de tudo quanto o cerca.

Como consequência, passou a acreditar que também poderia dominar o corpo, estabelecendo suas metas sem lembrar-se da transitoriedade e da fragilidade da maquinaria orgânica.

Impossibilitado de governá-lo, quanto gostaria, já que o organismo tem as suas próprias leis, que independem da consciência, como a respiração, a circulação, a digestão, a assimilação e outras, esses fenômenos ferem-lhe o egotismo e levam-no, não raro, a estados depressivos perturbadores.

A mente, encarregada de proceder ao comando, experimenta então um choque com os equipamentos que direciona, em razão de ser metafísica, enquanto esses são de estrutura física, portanto, ponderáveis.

Ante a impossibilidade de exercer o seu predomínio total sobre o corpo, o ego estabelece mecanismos patológicos inconscientes de depressão, desejando extinguir aquilo que o impede de governar soberano. Trata-se de uma forma de autopunição, porquanto, dessa maneira, se realiza interiormente. Como, porém, a mente não depende do corpo, quando esse sobrevive à patologia autodestrutiva, o ego esmaece e abrem-se perspectivas de ampliação dos sentimentos, como altruísmo, fraternidade, interesse pelos demais.

O egoísmo é invejoso, porque aspirando tudo para si, lamenta o prejuízo de não conseguir quanto gostaria de deter, e por isso, inveja o corpo que não se lhe submete, preferindo matá-lo, na insânia em que se debate.

Lutar pela sobrevivência é tarefa específica da mente, entre outras, com objetivo essencial de tudo empenhar por consegui-lo. Por isso, logra superar as injunções egotistas e ampliar o sentido e o significado da vida.

O ser humano está fadado à glória solar, acima das vicissitudes, às quais se encontra submetido momentaneamente, como resultado do seu processo evolutivo, que o domina em couraças, de que se libertará, a pouco e pouco, utilizando-se dos recursos bioenergéticos e outros que as modernas ciências da alma lhe colocam ao alcance, ajudando-o no crescimento interior e na conquista do super-ego.


Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis



Fonte: do livro "Amor, Imbatível Amor"
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos



O MISTÉRIO DA VIDA


Tudo está incluído numa célula. Tudo o que um dia há de sair e tomar forma já lá se encontra contido, como numa semente. Foi assim que os nossos órgãos e os nossos cinco sentidos apareceram em nós, e muitos outros aparecerão ainda no futuro. Sendo o corpo físico feito à imagem dos outros corpos, uma vez que temos cinco sentidos no plano físico, também temos cinco sentidos no plano astral, e o mesmo acontece no plano mental. Assim, quando o ser humano se tiver desenvolvido, terá possibilidades incríveis de ver, sentir, ouvir, saborear, agir, deslocar-se. E é isso a vida. O ser vivo, a célula viva, ou até apenas um simples microrganismo, contém em si todas as possibilidades, mas são necessários milhares de anos para elas poderem aparecer. É esse o mistério, o esplendor da vida.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte:www.prosveta.com
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TOCAR O CORAÇÃO DE DEUS


"Se você se sentar em uma sala e disser a si mesmo: estou na presença de Deus; depois de um momento, você se perguntará como essa presença pode ser preenchida com uma atividade que afoga a inquietação. Nos primeiros momentos, você se sentirá bem, porque estás cansado e sentado é um descanso; estás confortavelmente instalado numa poltrona, o silêncio do teu quarto dá-te uma sensação de imobilidade. Tudo isto é verdade, mas se ultrapassares este momento de descanso natural e permaneceres na presença de Deus, quando você já recebeu da natureza física tudo o que dela pode receber, você verá que é muito difícil não se perguntar: O que eu faço agora? O que posso dizer a Deus? Como me dirijo a ele? Ele é tão silencioso... Ele está realmente aqui? Como posso preencher a lacuna entre essa ausência silenciosa e minha presença inquieta? (1)

O silêncio de Deus é a realidade mais difícil de trazer para o início da vida de oração e, no entanto, é a única forma de presença que podemos suportar, pois ainda não estamos prontos para enfrentar o fogo da sarça ardente. É preciso aprender a sentar-se, a nada fazer diante de Deus, a não ser esperar e gostar de estar presente no eterno presente. Isso não é brilhante, mas se você perseverar, outras coisas surgirão no fundo desse silêncio e imobilidade. O que acontece dentro desse silêncio? Apenas uma descida cada vez mais vertiginosa ao fundo dos nossos corações, onde habita aquele mistério do silêncio que é Deus.

Por isso você tem que se calar, olhar, ouvir, com um amor cheio de desejo. Se soubéssemos olhar com toda a profundidade do nosso ser o rosto de Cristo, aquele rosto invisível que não podemos ver senão voltando-nos para a nossa própria intimidade e vendo-o sair dela, ficaríamos deslumbrados com aquele rosto que não se parece com nada parecido que possamos imaginar. No seu Cântico Espiritual (str. XI e XII), Juan de la Cruz dirá que os olhos da pessoa amada, que procuramos incessantemente, são atraídos nas nossas entranhas.

A perseverança na oração, então, não pretende nos mostrar esse rosto de fora, mas nos fazer cavar mais fundo para que saia de nossas próprias profundezas. Kierkegaard chegou muito perto desse mistério da oração quando disse: “A oração não se funda na verdade quando Deus ouve o que lhe é pedido. É, quando aquele que ora continua a orar até que ele mesmo ouça o que Deus deseja."

Quem realmente ora não faz nada além de ouvir. A oração escava nosso coração de pedra e faz "tocar um lá bemol" que toca o coração de Deus. A oração perseverante nos faz alcançar a verdade de nosso ser. Nesse silêncio, é onde brota a nossa oração, é um longo grito silencioso, uma reclamação, um gemido que transforma todo o nosso ser em oração: "Ó Deus do meu louvor, não te cales... E eu sou apenas oração." (Salmo 109, 1-4)

(1) A. Bloom, A., Certitudedelafoi. Cerf, Paris, 1973, pp. 149-150

Parágrafos extraídos do livro "A oração do coração", de Jean Lafrance, Ed. Narcea



Fonte: Blog El Santo Nombre
https://elsantonombre.org/2021/01/02/tocar-el-corazon-de-dios/
Fonte da Gravura: Tumblr

SILÊNCIO E REFLEXÃO


O silêncio é uma grande terapia. Quando ficamos quietos e concentrados, poupamos energia, conseguimos nos voltar para dentro e até mesmo ajudar a curar o corpo. Todo dia a mente precisa de um espaço tranquilo para se refrescar e refletir, da mesma forma que o corpo precisa de pausas regulares para descanso e alimentação. O refrescar ocorre quando a mente é capaz de recarregar-se para manter-se positivo, leve e criativo. Reflexão (olhar para dentro) é o tempo que damos a nós mesmos para refinar nossa compreensão interna de situações externas, de modo que a nossa interação com os outros seja da mais alta qualidade. Através da reflexão podemos mudar a nossa maneira de pensar, sentir e interagir.


Anthony Strano



Fonte: Brahma Kumaris - https://www.brahmakumaris.org.br/
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domingo, 24 de janeiro de 2021

DEUS MORA EM NOSSA ALMA


Imagine um copo d'água meio cheio, mas com água turva. Se você tivesse que beber, você limparia a água enchendo a outra metade do copo com água limpa? Acho que não porque a água iria se misturar e ainda estaria turva. Não importa quanta água limpa e cristalina fosse despejada no copo, a água não seria limpa. A água deve primeiro ser purificada para receber água limpa. Isso também me lembra a passagem do Evangelho, da qual todos vocês se lembrarão, onde Jesus fala que vinho novo não pode ir em odres velhos. Tudo isso tem a ver com o que diz São João da Cruz, aplicando termos filosóficos, sobre o fato de que dois opostos não cabem no mesmo sujeito:

"Com isso, é facilmente explicado por que a alma precisa ser purificada para receber o Espírito Santo, a água viva. Ou seja, nossas purificações têm um significado e, como conversávamos outro dia, encontrar o significado torna nosso caminho espiritual muito mais suportável. E por isso também se compreende como a obra de Deus na alma é sempre amorosa e que os sofrimentos da noite escura da alma se devem a esta preparação necessária para a alma."

E aquele recipiente da água viva é a nossa alma, onde São João da Cruz diz que Deus habita secretamente, e o santo explica de uma forma muito simples de que maneiras diferentes Deus habita na alma segundo a sua limpeza, e assim diz:

"É saber que Deus em todas as almas mora secretamente e oculto na sua substância, porque, se não fosse assim, não poderiam durar, mas há uma diferença nesta habitação e muito: porque em algumas mora só e em outras não; em alguns ele está satisfeito e em outros ele está descontente; em alguns mora como em casa, comandando e governando tudo, e em outros ele mora como um estranho na casa de outra pessoa, onde não o deixam mandar nada nem fazer nada. A alma onde habitam menos apetites e gostos é onde ela fica mais só e mais satisfeita e mais como em sua própria casa, regendo e governando, e quanto mais secreta ela mora, mais sozinha. E assim, nesta alma, em que não habita mais nenhum apetite, nenhuma outra imagem e forma, ou afeições de qualquer coisa criada, a alma habita secretamente com um abraço muito mais íntimo e próximo, pois ela, como dizemos, está mais pura e só, apenas com Deus. E por isso é segredo, pois nesta posição e abraço com o divino não podem atingir o mal, nem ainda a compreensão do homem pode entender como é isto." (Chama Viva de Amor, canção 4, vers. 14)

"Oh, quão feliz é esta alma que sempre sente Deus descansando e descansando em seu seio! Oh, que cômodo é para você se afastar das coisas, fugir dos negócios e viver com imensa tranquilidade, porque mesmo ao menor ruído não perturba nem agita o seio do Bem-Amado! Ele está ali normalmente como se adormecido neste abraço com a esposa, na substância de sua alma, que ela se sente muito bem e normalmente desfruta. Porque se ele fosse sempre lembrado nela, comunicando os acontecimentos e o amor, seria estar em glória. Porque, se uma vez ele lembra de um momento ruim, abrindo seus olhos, ele coloca de tal maneira a alma, que seria como se ele estivesse totalmente acordado nela. E o que seria se estivesse plenamente desperto nela?" (Chama Viva de Amor, canção 4, vers. 15)

Estas almas de que fala São João da Cruz, que sentem que Deus repousa no seu seio, são as que já chegaram à última etapa do caminho, as que chegaram ao casamento espiritual, os santos.

Ainda estamos a caminho e, portanto, embora ainda gostemos desse sentimento, pelo menos podemos parar por um momento para ver como Deus habita em nossa alma. Seria uma boa reflexão. Por exemplo, chamou minha atenção que Deus poderia governar em nossa alma. Isso seria uma felicidade para nós, mas quão difícil é dar a ele todo o controle da nossa vida, certo?


María Jesús



Fonte: Sanación interior con San Juan de la Cruz
Hozana - https://hozana.org/
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VERDADEIRA IMAGINAÇÃO


Todos imaginam, sonham, desejam... Quando esta faculdade se desencadeia, há toda uma série de imagens que se sucedem, uma atrás da outra, por associação. E uma vez que todos imaginam, todos julgam saber o que é a imaginação.

Não, a verdadeira imaginação, tal como os Iniciados a concebem e com a qual trabalham, é uma espécie de tela situada na fronteira entre os mundos visível e invisível, onde podem vir refletir-se objetos e entidades que habitualmente escapam à consciência. Em alguns seres muito desenvolvidos e que sabem orientar a sua imaginação, esta recebe e regista muitas coisas que eles depois exprimem; muito mais tarde, apercebem-se de que aquilo que assim imaginaram não foi uma invenção sua, pois tinham captado realidades ainda não manifestadas no plano físico.

Se o homem souber trabalhar os seus pensamentos e os seus sentimentos, pode chegar a purificar o seu mental de tal maneira que a sua imaginação se torna límpida... uma pura transparência... e ele começa a “ver”. A esse nível, imaginação e visão são uma só coisa.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

GOTA DE ÁGUA


Cada ser humano é comparável a uma gota de água, e essa gota de água cairá exatamente no lugar previsto para ela pelos decretos da Inteligência Cósmica, a fim de aí cumprir a sua tarefa. De uma maneira ou de outra, cada gota de água deve sacrificar-se para dessedentar quem tem sede, refrescar quem tem calor, lavar aquele que se sujou com o trabalho do dia, regar o campo semeado... Sim, são numerosos os sacrifícios que podem ser pedidos à água: entrar no fabrico do pão, servir para cozer os alimentos, ou ainda para dissolver veneno... Em todos os casos, ela não deve revoltar-se, mas aceitar. Quando tiver cumprido a sua missão, poderá voltar para o céu e recuperar a sua transparência. Passa-se o mesmo com o ser humano.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
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UMA ATITUDE AMIGÁVEL


Um caminhante cansado tropeça na estrada de terra. Ele cai de cara no chão e se machuca um pouco, nada sério. No entanto, ele bate no chão e resmunga por um longo tempo. Então ele se levanta e anda de um lado para outro, às vezes em círculos se perguntando o motivo de seu tropeço; ele questiona se é digno de continuar no caminho; se deve voltar ao início ou abandonar tudo ... enfim, é perda de tempo e energia que não era preciso desperdiçar. E com toda a probabilidade, o comportamento pós-queda causou mais danos do que o próprio golpe.

Sem dúvida, encontraremos momentos em nossa vida semelhantes aos quais podemos apresentar nosso argumento particular. Não é verdade que um remorso mal compreendido às vezes nos obscurece mais do que o que causou a queda? Não são poucas as ocasiões em que o tropeço vem a calhar, mostra-nos uma imagem de nós mesmos que não queremos ver, remove algumas camadas de orgulho, aproxima-nos da verdadeira humildade que permite o surgimento da graça.

Assim que você cair, você deve se levantar, sacudir a poeira das roupas e iniciar seu caminho com a mesma energia de antes da queda. A atitude para retomar a marcha deve ser "como se nada tivesse acontecido", ignorando os pensamentos que nos desqualificam para o resto da viagem e que nos levam a uma autocrítica que não leva a nada, mas apenas a um ritual de autocompaixão, que no final apenas predispõe a novas quedas. Depois de um bom alongamento, com forças renovadas, será bom sentar-se à sombra de uma árvore amiga, talvez no frescor da tarde e nos examinar, refletir, reconciliar, buscar a compreensão da raiz de nosso caminhar duvidoso e inseguro. Mas essas análises funcionam quando estamos animados e fortes o suficiente.

Você tem que se tratar como se fosse um amigo querido e em quem você confia. Atenciosamente, acreditando na possibilidade de mudança e valorizando a intenção de melhoria. Podemos ser firmes com ele, mas sempre a partir do carinho incondicional que a verdadeira amizade proporciona. Não podemos amar o nosso próximo se não amamos a nós mesmos. Isso não significa aplaudir qualquer conduta ou ser permissivo, sem discernimento, mas sim incorporar em nós um pouco da infinita misericórdia de Deus. "O que você quer, irmão, ser santo?" Um monge disse a outro. "Bem, eu não sei, pelo menos tento não ser uma pessoa pior amanhã do que hoje."

Autor não citado.


Fonte: El Santo Nombre
https://elsantonombre.org/2021/01/21/una-actitud-amigable/
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CONDUÇÃO DOS NOSSOS PENSAMENTOS


"A Mente é um macaco louco pulando de galho em galho". O que equivale dizer que nossos pensamentos estão desordenados, muitas vezes em convulsão; quando conversamos fazemos "colcha de retalhos".

Você concordaria com a afirmação de que normalmente não conseguimos centrar a nossa conversação em um só assunto. Quero dizer, interrompemos o nosso raciocínio e enveredamos por outro assunto ou suspendemos a nossa exposição para darmos atenção a algo que está fora do tema presente.

Quanta energia dissipada tentando se atentar para tudo e não atendendo a nada! Isto se deve a forma de conduzir nossos pensamentos. Nós não aprendemos a parar de pensar no sentido meditativo.

A massificação nos bombardeia com ideias e estímulos que dominam as nossas características competitivas e nós não queremos perder, pois que senão seremos ultrapassados e a "vida é curta", "é uma só", sob o ponto de vista materialista ou de algumas ideologias.

Diz-se em auto-reprogramação-humana (ARH), que esta é uma característica do pensamento-horizontal. O pensamento-horizontal desvia o nosso foco do que acontece em nós e no meio ambiente que nos rodeia, divide o tempo e também nos divide: ou/ora vivemos no passado; ou/ora no presente; ou/ora no futuro.

Viver no passado "no meu tempo" é uma característica da mente-velha, retrograda, limitada, sem aspiração, fator de depressão. As pessoas idosas têm fortíssima tendência a viver no passado.

Os que pensam mais na atualidade, em geral os de meia idade e também boa parte dos jovens, expõem-se à impulsividade, pelo querer aproveitar tudo ao máximo da vida, o que os tornam intempestivos ou ansiosos e quando não conseguem caem no oposto: tédio (fossa) e passividade. Acontece um evento musical, um festival de cinema, e querem ver tudo ao mesmo tempo, faltam aulas e serviço ou deixam tudo pela metade e se não conseguem, sentem-se frustrados.

Já os que pensam mais no futuro em geral a juventude, ficam sujeitos a ansiedade e a fantasia. O medo do que vai ainda acontecer pode tornar-se mórbido e causar alienação. A competição pode gerar distúrbios emocionais que afetam sensivelmente a personalidade em formação, criando gerações neuróticas e paranoicas como já é o caso da juventude de alguns países ditos de primeiro mundo. Hoje a depressão jovem já é fato.

Na linha do pensamento-vertical temos a atenção voltada ao máximo para a percepção da realidade interna e externa do que estamos vivenciando no momento. É o que Dr. Nilson Ruiz Sanches chama em seu livro ARH - Auto-reprogramação-Humana, de "presentificação" do pensamento, que não quer dizer absolutamente fato momentoso e sim, AGORA, MOMENTO, da meditação. O pensamento-vertical, o momento, o agora, aciona o pensamento racional e o pensamento intuitivo e aditaria (acrescentaria) o pensamento inspirado.

O pensamento-vertical nos coloca da melhor maneira dentro do contexto. Desenvolve o "músculo da atenção" favorecendo a concentração e a percepção da realidade interna, do momento envolto, da família, do grupo social, do mundo.

Autoanalizando-se e 'presentificando-se', realizando visualizações e abrindo a mente para o mundo espiritual (novos paradigmas para muitos), o ser humano se coloca inteiramente dentro do contexto em nível de Consciência Superior, queremos dizer Racional e Intuitivo Superiores.

Temos uma forma racional de pensar em nível de consciência inferior, o estado de sono; e o superior em que o ser, centrado em si, faz o "nível de consciência de si".

Consciência de si é aquele nível no qual o ser humano deixou de ser apenas máquina, pois que conseguiu o "total controle da máquina".


Valdomiro Halvei Barcellos



Fonte: Grupo Espírita Casa do Caminho de S.Vicente
https://gecasadocaminhosv.blogspot.com/2015/07/conducao-dos-nossos-pensamentos.html
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/p%C3%B4r-do-sol-mulher-silhueta-1815991/

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

OS FARDOS ESPIRITUAIS NÃO SÃO PENOSOS


Um Mestre, um Iniciado, carrega fardos enormes, mas que não o esmagam, porque os fardos espirituais não são pesados nem penosos. Se quiserdes espalhar a luz no mundo, aparentemente sobrecarregais-vos, mas, na realidade, ficais mais leves. Por quê? Porque a natureza da carga é diferente. A natureza divina, espiritual, de certas cargas, em vez de vos esmagar, eleva-vos. Por conseguinte, tudo depende dos fardos que aceitais, da sua natureza.

Tomemos por exemplo um bloco de pedra: ele sofre a atração da Terra e por isso é pesado. Mas, se o afastardes da Terra ao ponto de escapar à sua atração, já não pesa, fica leve, até flutua. Portanto, se souberdes transportar os vossos fardos para além do limite da atração terrestre, eles não só já não pesarão sobre vós, como vos levantarão como um balão, e vós subireis... Quando um Mestre vos pede que vos liberteis, ele quer dizer que vos liberteis de todas as atividades rasteiras, terra-a-terra, para pegardes em cargas divinas que vos elevarão.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/vectors/fardo-pesados-homem-sobrecarregado-1296754/

NÃO PENSE QUE A TORMENTA É SUA INIMIGA


Espere a flor desabrochar na quietude que sucede à tormenta: não se adiante.

O que é a flor? O florescimento do seu ser só ocorrerá quando a quietude real acontecer em você; nunca antes. Você não pode forçar a flor a se abrir. Ela se abre por si mesma. Você não pode forçar o seu ser a se abrir; isso é impossível. Você não pode violentá-lo, não pode ser violento com ele. Ele será simplesmente destruído.

A flor se abre por si mesma. O único solo necessário é a quietude autêntica, real e espontânea. A partir de uma quietude cultivada, a flor nunca se abrirá. Com uma quietude cultivada, você simplesmente se tornará entorpecido. Seu ser ficará menos vivo, apenas isso. Com menos vida, você estará menos inquieto. Isso parece bem, mas lembre-se de que a inquietude é um aprendizado.

Você não deve tentar ter menos inquietações. Fique com as suas inquietações e mova-se através delas. Não as abandona, não fuja delas. Chegará um momento em que você terá ido além delas, mas só se atinge esse momento passando-se através delas. Passe através da tormenta e permita que surja uma verdadeira quietude. Só então seu ser florescerá, nunca antes.

Ela se desenvolverá, crescerá rapidamente, produzirá ramos e folhas, e formará botões, enquanto a tormenta continua, enquanto a batalha prossegue. Porém, até que toda a personalidade do homem seja dissolvida e desfeita... até que toda a natureza se renda e se submeta ao seu superior, a flor não poderá desabrochar.

Não pense que a tormenta é sua inimiga. Ela não é. Essa tormenta é a sua maior amiga, pois sem ela não haverá quietude, sem ela não haverá florescimento, sem ela não haverá liberação. Assim, nunca pense em termos de inimizade. Não há nada que seja seu inimigo; a existência inteira é amiga. Até mesmo aquilo que parece estar contra você — até mesmo isso não é seu inimigo. Jesus diz: “Ame o seu inimigo.”


OSHO



Fonte: do livro "A Nova Alquimia", Ed. Cultrix
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

EXPRESSÃO CONSCIENTE DA DIVINDADE


No ensinamento do Buda encontram-se as três maneiras pelas quis se pode transmutar a natureza inferior e prepará-la para ser uma expressão consciente da divindade.

Mediante o desapego, o homem aprende a apartar a sua consciência e interesse das coisas dos sentidos e ficar surdo aos chamados da natureza inferior. O desapego impõe ao homem um novo ritmo.

Mediante a lição do desapaixonamento, ele se torna imune ao sofrimento próprio da natureza inferior, na medida em que desliga seu interesse das coisas secundárias e do não essencial e o centra nas realidades superiores. 

Mediante a prática da discriminação, a mente aprende a selecionar o bom, o belo e o verdadeiro.

Estes três procedimentos, levando a uma mudança de atitude em relação à vida e à realidade, quando levados a efeito sensatamente, proporcionam a regra da sabedoria e preparam o discípulo para a vida Crística.


Alice A. Bailey



Fonte: do livro "De Belém ao Calvário"
Fundação Cultural Avatar, Niterói/RJ, 1990, Tradução de Dr. J. Treiger
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INTROSPECÇÃO - UM MUNDO INTERIOR


Quando me dirijo ao mundo interior, não é para escapar do barulho incessante das ações, das exigências e confusões dos outros.

Não é para alienar-me dos acontecimentos e das pessoas.

É para fertilizar o solo interno, onde todas as minhas virtudes e poderes podem brotar, crescer e desabrochar.

Quando estou bem alimentado por dentro, não me torno um mendigo do amor ou de respeito, porque sei ser meu próprio amigo e amigo dos outros.


Ken O'Donnell



Fonte: "Lições para uma Vida Plena", Ed. Gente, São Paulo, 1993
Brahma Kumaris Brasil - https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: Tumblr

MEDITANDO NAS COISAS CELESTES


Oh! Quanto padeço interiormente, quando, ao meditar nas coisas celestiais, logo uma multidão de ideias carnais vêm perturbar-me o coração!

Deus meu, em vossa ira, não vos aparteis de vosso servo! (Sl 26,9).

Lançai os vossos raios e dissipai estes pensamentos! (Sl 143,6).

Despedi vossas flechas, e se desfarão todos esses fantasmas do inimigo.

Concentrai e recolhei em vós meus sentidos; fazei-me esquecer todas as coisas do mundo; concedei-me a graça de logo rebater e desprezar todas as imaginações do pecado.

Socorrei-me, Verdade eterna, para que nenhuma vaidade me possa seduzir.

Vinde, doçura celestial, e diante de vós fuja toda impureza.

Perdoai-me também e relevai-me, pela vossa misericórdia, todas as vezes que, na oração, penso em outra coisa, fora de vós.

Confesso sinceramente que costumo ser muito distraído. Pois muitas vezes não estou onde tenho o corpo, mas onde me levam os pensamentos. Estou onde está o meu pensamento, e meu pensamento está, de ordinário, onde está o que amo. Ocorre-me com facilidade o que naturalmente me deleita ou por costume me agrada.


Tomás de Kempis



Fonte: do livro "A Imitação de Cristo", Livro 3, Cap. 48, Item 5, Ed. Paumape, São Paulo
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HÁ MUITO O QUE ACONTECER DE BOM NA SUA VIDA !


Jamais perca a esperança. Os dias de ventura chegarão. Seu sofrimento é um lapso na eternidade e não durará mais que o necessário. Creia que tudo está no lugar certo. Nada é descartado na contabilidade de Deus, portanto tudo pelo que você passa hoje apresenta-se mais ou menos desafiador, a depender das virtudes que cultiva, do bem o do mal que causou e vier a causar. Tenha paciência. Não há injustiça nos desígnios de Deus, mesmo que assim pareça, pois seu entendimento só virá com o tempo. Prossiga com bom ânimo. Reze, mentalize, vibre, mantenha a mente ocupada com bons pensamentos, para não produzir lixo mental, que se transforma em lixo energético. Busque ficar mais tranquilo e sereno. Isso ajudará a acalmar o cotidiano e, quando menos esperar, as coisas terão entrado nos trilhos a caminho da paz e harmonia e das realizações pessoais, familiares, profissionais. Há muito o que acontecer de positivo, por isso alegre-se!


Danielle Arantes Giannini



Fonte: Espiritismo Cotidiano
https://espiritismocotidiano.wordpress.com/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O FUTURO DO HOMEM


Bem sabemos que o futuro pertence ao Divino, mas a nós o que nos cabe então?

Sendo feitos a sua imagem e semelhança somos as criaturas da natureza capazes de criar, tanto coisas maravilhosas quanto terríveis, pois afinal o livre arbítrio nos foi dado. Diferente é o homem de outras espécies, cujos comportamentos não só são pré determinados pelos instintos do seu código genético, mas fixados permanentemente. Não que nós não os tenhamos, ou que devamos combatê-los, pelo contrário, nossos instintos não são nossos inimigos e sim nossos amigos, já que sem eles nem sobreviveríamos individualmente, nem a nossa espécie.

Entretanto, o homem tem nas suas próprias mãos a possibilidade de mudar o seu próprio destino fatalista. Mas como?

Colhemos aquilo que plantamos. Abacate do abacateiro, limão do limoeiro. Podemos até fazer com que nossas plantações melhorem tanto a qualidade quanto a quantidade dos seus produtos, mas não podemos fazer com que produzam uma outra coisa diferente de sua semente. O abacateiro não vai dar limão.

Quais são as sementes que estamos plantando em nossos corações e nos corações de nossos companheiros e companheiras, irmãos e irmãs e principalmente dos nossos filhos? Estamos cuidando bem de nosso plantio? Qual é o futuro que queremos criar desde agora? Certamente melhor e mais saudável do que hoje.

Para aprimorar é preciso que vejamos de novo a nossa matéria prima, pois só podemos melhorar aquilo que já existe, pelo menos potencialmente na forma de uma semente ou de um broto. Assim, necessitamos ver como está a nossa saúde, o que é ser sadio para podermos criar um futuro mais saudável.

A palavra ”são”, além de plural do verbo ser, quer dizer aquilo que é saudável e também aquilo que é santo. Será que são coisas tão distintas assim? A saúde se define como um estado do ser com equilíbrio, harmonia e bem estar, não só no plano individual, mas também coletivo, social e ecológico, já que estas são partes de um todo integrado. Em sã consciência podemos dizer que a palavra curar quer dizer integrar, tornar íntegro, inteiro aquilo que foi partido, quebrado ou perdido, na forma do mal da doença. São ou Santo é o ser que, apossando-se do milagre da própria existência, realiza o grande milagre de transcender o mal e reunificar e reintegrar-se ao Criador, recuperando o seu estágio de evolução anterior a queda do paraíso, em sua pureza máxima.

A palavra religião, quer dizer religar, voltar à fonte do bem maior. Tanto na saúde quanto na santificação podemos ver como o ser humano é o agente capaz da transformação no plano da natureza, pois é o Homem que faz o vínculo entre o céu e a terra. Entretanto, mais uma vez perguntamos, mas como?

A resposta comum, que tanto a ciência quanto a fé nos dão é que é através do amor e do trabalho que conseguimos realizar esta missão transformadora do ser humano. Crendo e amando com as mãos, unindo pensamento, palavras e obras, curando-nos e santificando-nos, dia a dia, a si mesmo e uns aos outros é que poderemos construir um futuro melhor e mais saudável. Fazendo despertar dentro de cada um de nós, no fundo de nossos corações o Cristal Divino transformador e realizador de todos os milagres, quando então transformaremos as espadas em arados e os animais conviverão em paz.

Este será o grande dia da reunificação e que cabe a cada um de nós e a todos coletivamente escolher, com liberdade e responsabilidade, participar ou perder o bonde da história.


Benjamin Mandelbaum



Fonte: BINÁ - Cabala - Núcleo Benjamin
https://www.cjb.org.br/bina/cabala/benjamin/Textos%20Gerais/Futuro.pdf
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/kavala-komotini-gr%C3%A9cia-navios-5372427/

COMO MODIFICAR A SOCIEDADE


É verdade que nós vivemos numa sociedade em que haveria muitas coisas a modificar. Mas isso não se deve fazer pela violência. Aliás, nunca é pela violência que se realiza as verdadeiras mudanças; a violência arrasta sempre males piores do que aqueles que pretende combater.

Então, como modificar a sociedade?

Pela nossa maneira de viver. É transformando-se primeiro a si próprio que o homem pode provocar uma reviravolta no mundo inteiro. Mas para isso precisa de um Ensinamento, ou seja, de um sistema, de métodos. Porque tudo reside nisso: é preciso viver uma nova vida, tendo uma filosofia nova, apoiada, alimentada, por uma nova compreensão do amor. Então, a harmonia começa a instalar-se no homem, que se torna num fator benéfico e construtivo para todos.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Instagram

IMPULSO À VERDADEIRA MUDANÇA


... Muitos terminaram o ano de 2020 o amaldiçoando e desejando que se fosse. Entretanto, o ano se foi e eu não vi nenhuma mudança, pelo menos em nível de pandemia que nos assola. Seguimos na mesma situação: contágios, desorganização política, mortes, inconsciência e egoísmo.

No que se refere à inconsciência, a mudança verdadeira só é real e realizável se for em nível profundo e com o passar do tempo. Em níveis superficiais as mudanças podem ser quantitativas. Porém, a verdadeira mudança é qualitativa, e não se realiza rapidamente. É um processo que implica a nossa participação e a nossa abertura à atuação de Deus.

Esse egoísmo profundo do ser humano só pode ser sanado com uma purificação profunda. Por isso, a mudança de um ano nada em nós muda se não estamos imersos no processo de que necessitamos mesmo de uma mudança ou conversão, constantemente.

Esse processo é doloroso porque nos abre os olhos e nos leva a descobrir como o joio também habita em nosso coração. "A Verdade vos fará livres", disse Jesus. Descobrir que nos enganamos a nós mesmos nos liberta e liberta a sociedade. A sociedade mudará se cada um de nós realizarmos a nossa própria mudança. E por isso, qualquer propósito que façamos em nível superficial em nada adiantará. E ainda a superficialidade nos desanimará porque veremos que assim nada muda.

Em nossa sociedade, os homens não estão dispostos a mudanças porque não podem reconhecer que se estão equivocando. Vemos nos políticos a dificuldade de reconhecerem seus erros, e não os reconhecendo não há possibilidade de mudanças. E como não se curvam perante a Deus, continuam querendo se passar por deuses, e a situação da sociedade continua a mesma. E os erros que vemos tão claros no mundo exterior, se olharmos para dentro de nós mesmos os veremos até mesmo nas menores coisas do nosso cotidiano.

Cada vez que nos desanimamos e nos rebelamos é porque estamos perdendo de vista nossa pequenez, nossa pobreza e que tudo provém de Deus. E apesar disso, Deus nos ama. E se tivermos essa certeza do amor de Deus é certo que isso será o impulso à nossa verdadeira mudança, a mudança interior...


María Jesús



Fonte: Sanación interior con San Juan de la Cruz
Hozana - https://hozana.org/
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

O NOVO TIPO HUMANO


... Como se manifesta o novo tipo humano? Em que consiste essa renovação? Qual é seu sinal?

Eis a resposta: Ele é o homem que sonda completamente a essência e a natureza do primeiro nascimento sideral e suas consequências; que está decidido a palmilhar a senda do retorno, voltando-se, para tanto, a seu santuário do coração, à rosa-do-coração, também designada como “o Senhor da Gruta”, a fim de liberar e aplicar a força ali encerrada.

Na rosa-do-coração está presente uma força sétupla que corresponde aos sete universos e, portanto, conduz aos sete nascimentos siderais. Solicitamos, aqui, vossa atenção para o fato de que o primeiro nascimento sideral refere-se à parte da realidade dialética que existia no período anterior à Queda. E visto que nem uma só fase do caminho de desenvolvimento pode ser omitida, está claro que a fase inicial refere-se a retornar ao estado de ser pré-adâmico, carregado dos tesouros da experiência de incontáveis séculos.

Essa é a assinatura do novo homem de modo geral. Entrando em detalhes, pode-se dizer que a radiação da rosa-do-coração é uma força atômica absolutamente não-terrena.

Quando um aluno da Escola Espiritual libera essa força e consegue preencher com ela todo o seu ser, fazendo-a circular em seu ser, então toda sua existência inevitavelmente se modificará e se tornará, entre outras coisas, muito mais etérica. O inteiro santuário da cabeça com seu maravilhoso instrumentário será dotado de faculdades totalmente diferentes.

Desse modo, surgirá por fim, uma criatura que se situa entre o tipo humano do primeiro nascimento sideral e o do segundo, estando de fato no mundo, porém já não sendo do mundo. É o homem joanino, que se manifestará, pouco importando se ele é indicado como João, o Batista, João, o Evangelista, ou João do Apocalipse. Por “João” é designado o ser humano em quem o Espírito Sétuplo realizou um poderoso trabalho de transmutação, portanto, o homem a quem o Espírito Santo Sétuplo manifestou sua graça.

Esse homem é o que se distancia da vida burguesa comum e experimenta esta vida como um deserto. Tal como o Batista, ele sai ao encontro dos que o buscam, e transmuta-se a tal ponto que, por fim, perde-se naquele a quem chamamos de Jesus, o Senhor, mediante a transfiguração do santuário da cabeça, onde o homem-alma surgirá.

Esse homem tornou-se, então, pluri dimensional, quadridimensional. Nós o chamamos de João-Jesus. Carregado de seus tesouros, ele retornou à aurora do primeiro nascimento sideral para, em seguida, elevar-se ao segundo nascimento sideral, ao reino dos céus. E agora ele começa seu grande trabalho a serviço do mundo e da humanidade, trabalho que podemos denominar um caminho da cruz. O caminho da cruz, exemplificado para ele no passado por um dos grandes, é seguido e cumprido por aquele que, tendo nascido como João-Jesus, é agora denominado “Cristiano Rosa-Cruz”.

Nesse momento da grande vitória, em que o caminho da cruz foi trilhado, do começo ao fim, por um ser humano como nós, por um ser que, seguindo a Cristo, como Cristiano Rosa-Cruz, realizou a senda óctupla, a senda dos dois quadrados, vemos em radiante beleza a pedra de toque branca, a pedra cúbica, a cruz encerrada em um cubo, em sinal de que a tarefa foi cumprida:

1. como homem;

2. como alma, e

3. como espírito...



J. van Rijckenborgh e Catharose de Petri




Fonte: do livro "A Fraternidade Mundial da Rosa-Cruz", O Apocalipse da Nova Era II, 2ª conferência de renovação de Aquarius
Lectorium Rosicrucianum - Escola Internacional da Rosacruz Áurea
www.rosacruzaurea.org.br
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/fantasia-luz-humor-reino-unido-2861107/

A REALIDADE É O QUE SE VIVE, O QUE SE SENTE


Para um ser humano, a única realidade é o que ele vive, o que ele sente. Considerai o caso de uma pessoa que tem alucinações: sente-se perseguida por monstros, fica aterrorizada, dá gritos. Fisicamente, visivelmente, ninguém a ataca, mas ela sente-se perseguida, sofre, e, quando alguém sofre, ide lá dizer-lhe que é uma ilusão! Também acontece certos seres viverem êxtases, iluminações, no meio das piores condições, e também nestes casos como é que se irá persuadi-los de que isso não é verdadeiro? O sofrimento ou a alegria que o homem vivencia talvez sejam as únicas coisas de que ele não duvida. Pode-se duvidar do que se vê, do que se ouve, daquilo em que se toca, mas do que se sente, do que se vive, nunca se pode duvidar; é a realidade.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com

EM PAZ OU TORTURADOS PELO REMORSO ?


Imagine o leitor o arrependimento, o remorso, nos estados mais expressivos causando perda de sono, de apetite e até afetando o encanto da alegria de viver. Somam-se a ele as angústias próprias das preocupações, de variadas origens, agravadas muitas vezes com as dificuldades de relacionamento, com medos e outros estados.

Por outro lado, considere os estados de tranquilidade da alma pacificada. Sim, aquela decorrente da paz de consciência que traz alegria e harmonia que influem diretamente nos relacionamentos, na produtividade do trabalho, no bem-estar familiar.

Pois esses são estados de consciência, que se pode ampliar também para as noções do dever familiar ou profissional e da consciência como cidadão, como cristão.

Mas não é esse ângulo que queremos destacar. Objetivo é mesmo destacar esses tormentos próprios da ausência da paz de consciência ou da harmonia decorrente exatamente também, agora presente, da paz de consciência.

Há milênios destaca-se a existência de um céu e de um inferno, mas eles nada mais são que estados de consciência. É ingenuidade imaginar um céu de ociosidade ou de contemplação eterna, sem atividade, o que tornaria o céu um outro inferno. Ou, ao mesmo tempo, imaginar um inferno destinado ao sofrimento eterno, sem possibilidade de libertação e ainda entregue ao comando de um ser que o próprio Deus não poderia comandar, na figura infantil do chamado e desacreditado diabo.

Não existem o céu e o inferno. Estes podem existir desde já no interior de cada um de nós, de acordo com nossas posturas morais e comportamentos que adotamos. O que existem são estados de consciência, que pode estar em paz ou torturada pelo remorso, pelo arrependimento.

Diabo somos nós quando nos alimentamos de inveja, de ciúme, de rancor, de desejo de vingança, de avareza, quando agimos nos bastidores para manipular e benfeitores somos quando usamos o perdão, a benevolência, a humildade, a solidariedade.

Não há o castigo do inferno ou a premiação da ociosidade nas leis que regem a vida. O que existem são leis sábias que comandam a vida com justiça e misericórdia, sintetizada na célebre frase: “A cada um segundo suas próprias obras”, na sabedoria do Mestre da Humanidade.

Agora que a mentalidade amadureceu somos convidados a uma postura moral mais adequada com o progresso de nosso tempo e com as diretrizes que começamos a compreender com mais clareza.

Veja-se a complexidade do momento atual do país. Ela é fruto de nossas imperfeições morais, individuais e coletivas, que resultaram no quadro social que aí está. Mas estamos capacitados para superá-lo, colocando a consciência no cumprimento do dever, agindo com retidão para não adentrarmos depois no “inferno” da consciência de culpa. O céu de harmonia e paz que esperamos está em nossas mãos!


Orson Peter Carrara



Fonte: Grupo de Estudos Avançados Espíritas
https://www.geae.net.br
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/solit%C3%A1rio-homem-chorando-sozinho-1510265/

SER HUMANO: POTENTE E IMPOTENTE, SÁBIO E IGNORANTE


Um dos Upanishads dá uma curiosa definição do homem, dizendo que é ao mesmo tempo potente e impotente, sábio e ignorante. Se o compararmos no estado selvagem com qualquer outro ser vivente, o veremos desvalido e ignorante; carece de roupagem e armas naturais; não é alípede nem alígero para escapar de seus inimigos; não tem o instintivo conhecimento que aos animais ensina o alimentício e o venenoso, os que são amigos e os que são inimigos; nem tampouco é capaz de construir uma vivenda.

Poderia crer-se que a natureza fez uma exceção com o homem, pondo-o tão desvalido no mundo; mas não há tal. O homem sem vestimentas naturais aprendeu a usar sua inteligência para fabricar para si roupas com que morar em qualquer clima; e também lhe serviu sua inteligência para fabricar armas e ferramentas que lhe têm dado o domínio do mundo.

Pôde o homem primitivo queixar-se de sua inaptidão e rogar a Deus que a remediasse; mas o homem inteligente, reencarnação do primitivo, olha para trás e dá graças a Deus pelas oportunidades que lhe ofereceu e pela outorgada honra de constituí-lo através dos séculos em um ser divino que a si mesmo se vai formando constantemente por seu próprio trabalho, e não como uma coisa material modelada por força de influências externas. Então vê o homem através do tempo a sua harmonia com o mundo, e compreende que o mundo tem sido e é seu amigo, não um amigo sentimental, senão verdadeiro em suas necessidades.

Como o homem pertence ao aspecto divino e não material do universo, ele desenvolve cada vez em maior medida faculdades divinas, e Deus o auxilia encarnado no princípio de harmonia. Deus é onipotente e contudo há algo que Ele não pode fazer, como, por exemplo, que um gigante seja anão ou um quadrado seja um círculo, porque se o homem é gigante não pode ser anão, e se a forma é um quadrado não pode ser um círculo. Tampouco pode fazer que uma vontade seja dependente, porque se a vontade não é independente, não é vontade. Daqui que Deus reconheça a divindade no homem para a evolução de sua consciência e de suas faculdades, e neste conceito o homem é por si mesmo existente e criador e divino em todo o tempo.


Ernest Wood



Fonte: do livro "Os Sete Raios"
Tradução de Joaquim Gervásio de Figueiredo
Ed. Pensamento, São Paulo
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