quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A TERRA PROMETIDA

O cabalista lê a Bíblia de uma maneira diferente. Ele sabe que este é um livro divino, codificado, e que lembra histórias que são sempre atuais para a humanidade.

Uma história bíblica bem conhecida é a de Moisés, aquele que retirou o povo hebreu da escravidão. A história conta que para salvar a vida de seu bebê, a mãe de Moisés deixou-o em uma pequena cesta às margens do rio Nilo. A filha do Faraó encontrou o bebê e acabou criando-o no palácio real, com todo o conforto. Um dia, já crescido, Moisés resolveu sair do palácio e ver o que se passava fora dele. Ao defender um escravo hebreu que era surrado violentamente por um egípcio, acabou matando o egípcio. E por isto teve que se afastar. 

Durante o exílio, Moisés viveu em uma cidade vizinha. E foi lá que ele recebeu pela primeira vez a revelação de Deus. Moisés caminhava à luz do dia, em profundo estado meditativo, quando se deparou com uma sarça ardente. A sarça era um tipo de planta comum naquela região e era comum arbustos daquele tipo pegarem fogo devido ao calor. No entanto, este arbusto continuava a pegar fogo e jamais se consumia. Mantinha-se ileso. E foi assim que Moisés pela primeira vez viu a face de Deus.

É interessante observar que a primeira revelação de Deus a Moisés se deu através de uma planta comum, em uma situação comum, quando ele olhava para baixo. Normalmente temos a ideia de que uma revelação de Deus deveria se dar em uma grande aparição no céu, em uma noite magnífica. Mas Deus está em todo lugar, e para aquele que está preparado, tomado pela consciência da humildade (e ele olhava para baixo) esta revelação pode se dar a qualquer momento. Todo momento pode ser especial. Naquele momento Moisés era eleito para libertar os hebreus da escravidão e a partir de então travou uma grande batalha espiritual contra o Faraó, até que conseguiu libertar seu povo, promovendo a abertura do mar.

A história é toda repleta de códigos. O Faraó, mencionado no texto, representa nosso ego exacerbado, que faz-nos esquecer que somos parte de um todo muito maior, e nos impele no desejo de receber só para nós mesmos. É a pura visão da casca. Tanto que os faraós, ao morrer, retiravam os órgãos e mumificavam o corpo, ou melhor, a casca do corpo. 

O Egito é uma palavra-código que se refere a uma situação de escravidão à qual a grande maioria dos seres humanos está submetida. É o nosso comportamento repetitivo, caracterizado por padrões compulsivos, que nos afasta de uma vida significativa. 

A Travessia do Deserto é o caminho longo, árduo e cheio de dificuldades, que percorremos para sair deste estado de escravidão do aparente e chegar a uma nova consciência.

Finalmente, a Terra Prometida é o estado de consciência elevada, que dá real sentido à nossa existência. Momento em que compreendemos nosso lugar nesta existência, em que atingimos o significado da palavra Amor. Neste estado não há espaço para o medo. Nesta dimensão compreendemos o valor de cada obstáculo com que nos deparamos. Cada um deles traz um significado a mais à nossa vida.

Este episódio nos ensina sobre uma possibilidade sempre atual de mudarmos nossa consciência. Sair do mundo da escravidão significa mergulhar em um mundo desconhecido, para uma travessia muito longa e difícil. Somente com um propósito muito claro é possível enfrentar os confrontos áridos deste deserto e encontrar os caminhos que levam a uma vida significativa.

Ian Mecler

Fonte: do livro “Os Segredos da Cabala”
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

PROJEÇÃO NO FUTURO

Instintivamente, os humanos estão sempre a projetar-se no futuro, eles vivem na esperança de que o amanhã será melhor, mas, muitas vezes, esta projeção no futuro não passa de uma fuga. Em que baseiam eles a esperança de que o futuro pode ser melhor do que o presente? A verdade é que o futuro será ainda pior se eles se limitaram a esperar sem trabalhar. As coisas boas raramente chegam do exterior. Se elas chegam, tanto melhor; mas sois vós, sobretudo, que tendes o poder de fazer virar os acontecimentos a vosso favor ou a vosso desfavor, pois podeis viver cada acontecimento de duas maneiras: uma que vos eleva acima de vós mesmos e outra que vos faz descer ou mesmo cair. Trabalhai com a sabedoria, o amor e a vontade e transformareis as condições exteriores mais desfavoráveis em bênçãos para vós e para os outros.

Omraam Mikhaël Aïvanhov

Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

SAL DA TERRA

Mateus, 5: "Vós sois o sal da terra: ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para mais nada presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre o monte, nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontrem na casa. Assim, brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus."

Nessa passagem de seu ministério, Cristo chama a atenção para a nossa responsabilidade em relação ao trabalho de regeneração da humanidade, ao mesmo tempo que nos desperta para a nossa vocação espiritual. Faz-nos lembrar de como deve ser nosso trabalho espiritual: silencioso, mas abrangente, tal como o sal que não aparece no alimento mas dá-lhe sabor.

Assim, se queremos divulgar nossa filosofia de vida façamo-lo pelo exemplo, pela vivência, demonstrando nossa perfeita identificação com a verdade. Um exemplo vale mais que mil palavras.

Max Heindel afirma: "Não se nos julga pelo evangelho que pregamos mas pela vida que levamos. Observam nossa integridade nos negócios, a harmonia nos relacionamentos. Julgam-nos pelas conversas, pelas nossas companhias, pelos ambientes que frequentamos. Nada se nos é desculpado. Julgam nossa religião ou filosofia pelos efeitos que nos exercem sobre nossas vidas."

Não podemos falar de pureza e saúde, e ao mesmo tempo ingerir alimentos inadequados... fumo... álcool... drogas... Usar vestimentas de pele a partir do sacrifício de animais... Falar de fraternidade universal e alimentar preconceitos sociais, raciais...

Coerência é a palavra-chave. Somente através do exemplo que a manifeste podemos ser sal da terra e luz do mundo.

Fraternidade Rosacruz Max Heindel

Fonte: Boletim "ECOS" da Fraternidade R+C MH
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

AS ORIGENS DA RELIGIÃO

Para compreendermos as origens da religião devemos tentar visualizar tão exatamente quanto possível as condições sob as quais o homem vivia, no alvorecer da civilização. Claramente ele vivia num ambiente físico variável e essencialmente hostil e possuía uma preparação tecnológica extremamente inadequada para defender-se desse ambiente. Sua mentalidade estava ainda opressivamente dominada por características definidamente animais, embora os valores da vida - o desejo do sucesso, da felicidade e vida longa - já estivessem naturalmente presentes. Seus métodos de produção de alimentos eram da mais simples espécie - apanhar insetos e frutos e o tipo mais elementar de caça e pesca. Ele não tinha morada fixa, vivendo em cavernas e abrigos naturais. Não pode ter existido nenhum tipo de segurança econômica, e não podemos estar muito errados ao assumir que, onde não existe segurança econômica tende a se desenvolver a insegurança emocional e seus correlativos, o sentimento de impotência e de insignificância. (1)

Uma pesquisa da história religiosa revela que o advento da religião racional é a consequência de uma consciência do mundo. As fases posteriores do tipo comunal de religião dos antepassados são dominadas pela reação consciente da natureza humana à organização social na qual se encontra. Tal reação é em parte emoção vestida com as roupagens da crença e do ritual, e em parte razão justificando a prática pelo teste da preservação social. A religião racional é a reação mais ampla dos homens em relação ao universo em que se encontram. (2)

(1) Paul Radin
(2) Alfred North Whitehead


Fonte: dos ensinos Rosacruzes (Ordem Rosacruz, AMORC)
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

NA REVOLUÇÃO ESPIRITUAL


Afirmação de fé. Exemplo de confiança.

As sombras se agitam, desorientadas, quando a luz se faz mais intensa. Indiscutivelmente, os problemas não desaparecem de vez. No entanto, é forçoso que o servidor se mantenha firme no posto de ação e vigilância, com a alegria de quem cumpre o dever.


Rogamos observação e prece, firmeza de ânimo e disposição a servir.


Estamos na condição do cultivador que se encontra em árduo serviço no solo, achanando a gleba e manejando o arado para lançar, por fim, a semente renovadora e produtiva. Realizado o trabalho da plantação, surge o período abençoado da espera.


E de tanta paz carecemos na complementação do serviço que, para sermos mais precisos, somos impelidos a lembrar a tarefa do cirurgião cujo esforço, em seguida ao trabalho operatório, é compelido a aguardar as respostas orgânicas do paciente.


Estejamos no desempenho de nossas atividades normais, dentro daquele preceito do “orai e vigiai”, porquanto, aqueles irmãos nossos do passado, a quem suplicamos renovação para eles e para nós, muito dificilmente se dispõem a essa mesma renovação.


Tenhamos paciência e calma, bom ânimo e fé, e assim, como usamos medicamentos, em doses certas e nas ocasiões certas, a fim de que o desequilíbrio do corpo desapareça em favor da saúde, adotemos comportamento análogo mobilizando palavras de paz, amor e bênção, ante as dificuldades da alma, para que se nos refaça a harmonia espiritual.


Francisco Cândido Xavier / Batuira

Fonte: do livro "Mais Luz"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

VIVENDO O DARMA E O BUDA

Cada pequeno e simples momento que vivemos, na verdade, é como uma semente muito poderosa, capaz de fazer desabrochar todo o seguimento de nossa vida. O hoje depende das sementes de ontem. O amanhã é semeado exatamente agora. Tudo o que pensamos, sentimos e fazemos, é como as sementes que espalhamos, aqui e ali, no jardim das nossas vidas. Quando germinam, elas pavimentam, cobrem o chão do caminho que escolhemos (consciente, ou não) palmilhar na existência. Se mantivermos essa clara percepção, ficaremos bem mais vivos e atentos a cada acontecimento que presenciamos, pois ele pode conter sementes maravilhosas. Basta, então, regá-las com a água pura e cristalina da nossa plena consciência. Assim, elas sorriem graciosamente para nós, porque fomos capazes de reconhecê-las e ajudá-las a florescer.

Angelika Zuiten (Monja Zen)

Fonte: do livro "Vivendo o Darma, Vivendo o Buda", p. 12, Ed. Bodigaya
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

terça-feira, 20 de novembro de 2012

NAS HORAS DE MEDITAÇÃO

Há horas em que nos esquecemos do mundo. Nessas horas sentimos aproximar-nos de uma região de bem-aventurança, na qual a alma sente-se possuída de seu próprio Eu e em presença do Altíssimo. Cala-se, então, o clamor do desejo; tranquilizam-se os sentidos. Somente Deus é.

Não existe santuário mais sagrado que uma mente purificada, uma mente concentrada em Deus. Não existe lugar mais santo de que aquela região de paz na qual penetra a mente quando fica fixa no Senhor. Não há incenso de perfume mais suave e puro que o pensamento ascendendo até Deus. Pureza, sorte, bem-aventurança, paz! De tudo isso se compõe a atmosfera do estado de meditação.

A consciência espiritual alvorece nessas horas silenciosas, sagradas. A alma se aproxima de seu manancial. Nessas horas, o ribeiro da personalidade se expande, convertendo-se em imponente e caudaloso rio que corre até a individualidade verdadeira e permanente, que é a Consciência Oceânica de Deus. E ela é Uma, Única.

Nas horas de meditação a alma extrai das alturas as qualidades que realmente pertencem à sua natureza: ausência de todo medo, sentido da realidade, sentido da imortalidade.

Interioriza-te em teu Eu, ó alma! Busca com amor a hora silenciosa. Compreende que teu Eu é da mesma substância da verdade, a substância da Divindade; em verdade mora Deus dentro de teu coração.

F. J. Alexander

Fonte: do livro "Nas Horas de Meditação"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

EXPANDINDO A CAPACIDADE PARA A GRANDEZA

Já aconteceu de você ter conseguido algo grandioso e logo depois se sentir vazio? Muitas vezes, acreditamos que seremos felizes e realizados ao terminar um projeto, encontrar a alma gêmea ou ganhar aquele prêmio almejado – só para descobrir que, depois, o entusiasmo inicial passa e um imenso vazio se instala em seu lugar. Um sentimento do tipo "Bem, e agora?"


O Zohar, a fonte da sabedoria kabalística, explica que enquanto existem poucas certezas na vida, uma coisa é sempre certa: cada um de nós é capaz de realizar muito mais do que realizou até agora.

E isso significa: haja o que houver.

Mesmo que tenhamos construído o arranha-céu mais alto, existe outro, ainda maior, que podemos construir. Se descobrimos a cura de alguma doença, existe outra para ser sanada. Se ontem nos importamos incondicionalmente com quatro pessoas, hoje precisamos nos empenhar para aumentar esse número.


É a mesma lógica do esforço físico: na academia, quando você levanta um peso de 10 quilos confortavelmente, o treinador diz que você vai precisar aumentar a carga se quiser ficar mais forte. 
 
O problema é quando a voz do "Lado Negativo" entra em nossa mente e nos diz que não conseguimos fazer mais. O "Oponente" vai lembrá-lo insistentemente de suas limitações e o atrairá para a negatividade, dando-lhe todos os motivos do mundo para que você não se torne uma pessoa melhor ou alcance um estado mais elevado de consciência.

Mas os kabalistas ensinam um grande segredo: nenhuma das nossas limitações nos torna menos capazes.

É claro que podemos ser egoístas. Ficamos reativos. Todos nós fazemos coisas negativas algumas vezes. Mas temos que nos amar, temos que nos perdoar e temos que saber que somos capazes de muito mais do que sequer podemos imaginar; aconteça o que acontecer.

Todos nós podemos fazer coisas ainda mais grandiosas; mas o primeiro passo é saber que podemos e que conseguiremos.

Temos que continuar a aumentar e a expandir nossa capacidade para a grandeza. Não importa se temos quinze ou cinquenta anos: tudo o que realizamos na vida até agora é apenas a ponta do iceberg.
 
Rav Yehuda Berg
Centro de Cabala
 
Fonte: www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

QUEIMAR ALGO EM SI PRÓPRIO

Nas igrejas e nos templos, há o costume de acender velas e de queimar incenso. Por quê? Porque a vela e o incenso a arder simbolizam o sacrifício, isto é, a transformação de uma matéria bruta numa matéria mais sutil: luz, perfume.

Esta luz e este perfume que acompanham as orações dos fiéis elevando-se para o Senhor representam o que eles devem queimar neles próprios para serem escutados.

Nenhum dos atos que o homem realiza na sua vida é fruto do acaso; mesmo aqueles que parecem insignificantes contêm um sentido profundo. Então, sempre que vós acendeis uma vela ou um fogo, deveis deixar-vos impregnar pela profundeza desse fenômeno que é o sacrifício e pensar que, para se poder ter acesso aos planos superiores da alma e do espírito, é sempre necessário
queimar algo em si próprio. Há tantas coisas acumuladas no nosso interior e que nós podemos queimar! Todas as impurezas, todas as tendências egoístas, passionais – é essa a matéria que nós devemos queimar para produzir uma luz que nunca nos deixará.

Omraam Mikhaël Aïvanhov 
 
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A REVELAÇÃO É DESCOBERTA DA ALMA

A noção popular do que seja uma revelação, é a previsão do futuro. 

Nos passados oráculos da alma, a compreensão tenta encontrar respostas a perguntas sensuais, e se propõe a extorquir de Deus o tempo pelo qual os homens existirão, o que suas mãos farão e quem serão seus companheiros, acrescentando até mesmo nomes, datas e lugares. 

Mas não devemos forçar as fechaduras. Devemos reprimir esta curiosidade. Uma resposta em palavras é enganadora; ela não responde realmente a pergunta que fazemos. 

Não exijas uma descrição dos países para os quais irás viajar. A descrição não os descreve, e amanhã chegarás lá e os conhecerás habitando-os. 

Os homens perguntam pela imortalidade da alma, e pelas ocupações do céu, e não pelo estado do pecador, e assim por diante. Eles chegam mesmo a sonhar que Jesus deixou precisamente respostas para esses interrogatórios.

A revelação é a descoberta da alma.


Ralph Waldo Emerson

Fonte: de escritos Rosacruzes (Ordem Rosacruz - AMORC)
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

AMA SEMPRE


Encontrarás talvez, junto de ti, os que te pareçam errados.

Esse cometeu falta determinada, aquele se acomodou numa situação considerada infeliz.

Respeita o tribunal que lhes indicou tratamento, sem recusar-lhes auxílio. Quem conhecerá todas as circunstâncias para sentenciar, em definitivo, quanto às atitudes de alguém, analisando efeitos sem penetrar as causas profundas?

Deliciava-se certa jovem com o perfume das rosas que lhe vinham desabrochar na janela. Orgulhosa das ramas que escalavam paredes, de modo a ofertar-lhe as flores, quis corrigir o jardim, no pedaço de chão em que a planta se levantava. Pequeno monte de terra adubada, a destacar-se de nível, foi violentamente arrancado, mas justamente aí palpitava o coração da roseira.

Decepada a raiz, morreram as flores. Quantas criaturas estarão resignadas à moradia em situações categorizadas por lodo, para que as rosas da alegria e da segurança possam brilhar nas janelas de nossa vida?

Aceita os outros tais quais são.

Espera e serve.

Abençoa e ama sempre.

O errado hoje, em muitos casos, será o certo amanhã.

O julgamento é dos homens, mas a Justiça é de Deus.
 

Francisco Cândido Xavier / Meimei
 

Fonte: do livro "Amizade"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

AVALIE A SI MESMO



UMA OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
 
O que é reformar?
É restituir ou restabelecer à organização primitiva.
 
O que é transformação?
É o ato ou efeito de transformar ou de ser transformado. É uma alteração, modificação ou uma mudança de uma forma em outra. Pode ser uma evolução ou mutação mais ou menos lenta de qualquer coisa.
 
O que é modificação?
É o ato ou efeito de transformar. É mudança no modo de ser de qualquer coisa. É transformação de uma coisa sem prejuízo da essência.
 
O que é alteração?
É o ato ou efeito de modificar o estado normal de alguma coisa. Pode ser, também, o ato de decompor, ou degenerar alguma coisa.
 
Assim, adotamos a palavra transformação por achá-la mais adequada ao que se refere às mudanças comportamentais.
 
TRANSFORMAÇÃO ÍNTIMA
 
O QUE É TRANSFORMAÇÃO ÍNTIMA?
É um processo contínuo de auto-análise, de conhecimento de nossa intimidade espiritual, libertando-nos de nossas imperfeições e permitindo-nos atingir o domínio de nós mesmos.

O QUE PODEMOS FAZER PARA NOS TRANSFORMARMOS INTIMAMENTE?
Podem-se e devem-se substituir nossos defeitos como por exemplo, o Egoísmo ou Personalismo, o Orgulho, a Inveja, o Ciúme, a Agressividade, a Maledicência e a Intolerância por virtudes, tais como Humildade, Caridade, Resignação, Sensatez, Generosidade, Afabilidade, Tolerância, Perdão etc.

QUANTO TEMPO PODERÁ LEVAR PARA QUE TAIS MUDANÇAS OCORRAM?
O tempo não importa, o que importa é o esforço contínuo que se faz para atingir a Transformação Íntima. (“Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que emprega para domar as suas más inclinações. Allan Kardec in O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVII, Sede Perfeitos).  Não se trata de esforço físico, mas de firme contenção de espírito, de um empenho que não sofra excessiva solução de continuidade. "Excessiva", porque, na verdade, também não podemos estar "continuamente" empenhados na transformação de nós mesmos. Deve haver, isto sim, uma persistência de propósito, e a esta persistência chamamos esforço. Em outras palavras, não é bom sintoma abandonar uma atividade ou desviar a energia para um curso mais fácil de ação, ao primeiro sinal de dificuldade. A referência do esforço é nesse sentido: continuidade, persistência em face das dificuldades. Mesmo que no dia a dia dê  a impressão de que não houve nenhuma mudança, não se deve desanimar nem abandonar o propósito da transformação. Por isso devemos dizer que este esforço é para a vida toda. Estudar o Evangelho de Jesus, ouvir sugestões de pessoas experientes, assistir conferências,  ler artigos e livros referentes a este assunto nos levará a conhecer ainda mais, e assim nos auxiliar na identificação dos defeitos que nos afetam em cada situação da vida e aprender aos poucos a prática das virtudes que irão substituí-los.
 
COMO FAZER?
O Conhecer a si mesmo é o primeiro passo para a nossa Transformação Íntima, e Santo Agostinho em resposta à q. 919ª de O Livro dos Espíritos nos oferece uma excelente receita para isto:
 
“Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não a podereis ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de Sua justiça. Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto estes nenhum interesse têm em mascarar a verdade, e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo. Perscrute, conseguintemente, a sua consciência, aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas; dê balanço no seu dia moral para, a exemplo do comerciante, avaliar suas perdas e seus lucros e eu vos asseguro que a conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.
 
Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? Pois bem! Que é esse descanso de alguns dias, turbado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços? Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta exatamente a ideia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma.”  
 
Temos a tendência natural de sempre justificar nossos defeitos com racionalismos. São artimanhas e tramas inconscientes. Portanto, procuremos conhecer a fundo esses defeitos em todas as suas particularidades, e em como eles nos afetam, localizando as ocasiões em que estamos mais vulneráveis à sua manifestação. Procuremos então nos afastar desses procedimentos e buscar ferramentas adequadas para substituí-los em nosso comportamento.
(...)

A IMPORTÂNCIA DAS QUEDAS
 
Um ponto importante é que precisamos contar com as quedas, até que cresçamos espiritualmente, afinal somos como crianças aprendendo a andar, e são as quedas que fortalecem nossa vontade, e nos ensinam a ter persistência.
 
Somos aquilo que conseguimos realizar e não aquilo que prometemos. Através das quedas aprendemos mais sobre nós mesmos e podemos aperfeiçoar o modo de evitá-las. Mas se cairmos porque nos falta vontade de acertar estaremos no caminho descendente e, de queda em queda, nos enfraqueceremos.
 
A criança aprende a andar porque está determinada a fazê-lo. Então, não desanimemos nunca, levantemo-nos logo e sigamos em frente com tranquilidade, sem nos martirizarmos, com conhecimento de causa, na firme determinação de não mais errarmos.
 
CONCLUSÃO
 
A cada minuto de nossa vida, antes de iniciar qualquer ação, façamos este exercício de nos perguntarmos sempre:

Isto que estou fazendo agora seria bem aceito por Deus ou pela minha consciência?
 
Se for, o procedimento é correto; se não for devemos descontinuar imediatamente o que iriamos fazer e não pensar mais nisso.
 
“Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo de guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria. Dirigi, pois, a vós, mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar. Perguntai ainda mais: Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?
 
Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.”  - (SANTO AGOSTINHO in O Livro dos Espíritos, q. 919a)

A auto-análise permite que alinhemos as nossas ações e pensamentos na direção das correções que necessitamos realizar, para que ajustemos os nossos atos de acordo com os ensinamentos do Mestre, tanto com relação a Deus como em relação ao nosso próximo.
 
Através do esforço próprio e de exercícios repetidos em direção às boas causas, sedimentaremos em nós o próprio Bem.
 
Este processo é árduo, assim necessitaremos de muita coragem, perseverança e determinação para o realizarmos. Deus assiste e auxilia sempre, mas precisamos fazer a nossa parte se desejamos verdadeiramente melhorar.

Invistamos em nosso interior e procuremos melhorar nosso espírito eterno, transformando o que esta sociedade transitória estabeleceu como "normal" para nós. Lutemos o bom combate e não a luta mesquinha dos materialistas. A humanidade continuará ainda por muito séculos como é agora, mas nós, que já estamos disposto às mudanças de atitude, que já sentimos o amor ensinado pela Doutrina Espírita, que já estamos conscientes da realização de nossa evolução espiritual, que já começamos a compreender as palavras de nosso grande Mestre (Jesus), podemos fazer a nossa pequena parte vivendo a solidariedade no mais alto grau que é a caridade e realizar a transformação no íntimo de cada um, fazendo a Alquimia moderna de transformar chumbo em ouro.
 
ELIO MOLLO
 
Fonte: http://www.aeradoespirito.net/ArtigosEM/AVALIE_A_SI_MESMO.html 
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

Referências:
-O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
-O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
-Reforma íntima (artigo) - Paulo Antonio Ferreira - http://home.ism.com.br/~pauloaf/ 
-Manual Prático do Espírita de Ney Prieto Peres, da Editora Pensamento.
-Fundamentos da Reforma Íntima - Abel Glaser pelo Espírito Caibar Schutel, da Editora O Clarim.
-Reforma Íntima (artigo) - João Batista Armani - http://www.espirito.org.br/portal/palestras/diversos/reforma-intima.html

EU SOU A HARMONIA NOS PENSAMENTOS, SENTIMENTOS, PALAVRAS E OBRAS



EU SOU O QUE O CRIADOR É. LOGO:
EU SOU A INTELIGÊNCIA. EU SOU A BELEZA. EU SOU A HARMONIA NOS PENSAMENTOS, SENTIMENTOS, PALAVRAS E OBRAS.


Feliz é o aspirante que chega a sentir isto. A substância que rodeia o corpo é demasiadamente sensível e susceptível ao pensamento e sentimento conscientes, pelos quais se pode modelar qualquer forma.

Esta substância do corpo pode, pelo pensamento e sentimento conscientes, ser modulada e modelada à mais extraordinária beleza. Olhar no espelho e desejar a beleza aos olhos, ao rosto e às suas expressões, usando as afirmações conscientemente, sem dúvida a substância sensível e invisível os revestirá com a beleza do sentimento e do pensamento. Não muda a cor dos olhos, mas, os dota de uma simpatia demasiadamente atrativa e assim moldará o rosto com as irradiações que fluem dele.

O homem aspira os átomos afins aos seus pensamentos.

Dr. Jorge Adoum .'.

Fraternitas Rosicruciana Antiqua


Fonte:  http://br.groups.yahoo.com/group/magojefa

Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/vectors/medita%C3%A7%C3%A3o-zen-natureza-l%C3%B3tus-lago-8314420/

A LINGUAGEM DO INCONSCIENTE

Todos nós, no fim das contas, temos de aceitar as consequências de nossas opções. As opções nunca são tão simples quanto parecem. Mesmo a mais sábia das pessoas faz más opções, e são exatamente esses "erros", com toda a dor de suas consequências, que nos permitem adquirir alguma sabedoria.

(...)

É muito mais fácil culpar os pais por nossos problemas psicológicos, esquecendo conscientemente, que o poder que eles têm deriva do que é projetado neles; é mais fácil sair de um relacionamento ou de um casamento porque a monogamia está "fora de moda", ou porque o parceiro obviamente é uma besta totalmente responsável pela trapalhada. O reconhecimento da elemento de projeção é uma carga que muitos de nós não deseja assumir, pois se realmente assumimos essa carga, nem um só incidente - nem uma só discussão, disposição de ânimo, ataque de raiva, suspeita secreta ou explosão de ressentimento - pode passar sem o reconhecimento das próprias motivações. E também é preciso conversar sobre muita coisa, o que implica um tipo de confiança que não estamos acostumados a ter em nossos semelhantes, porque não confiamos em nós próprios. Não somos apenas completamente não educados nessa forma de olhar para dentro; também somos sujeitos a uma certa apatia, uma inércia que recusa o esforço de aprender a ver, preferindo o refúgio da inconsciência. 

É preciso ter coragem de sofrer a morte das ilusões e a dissolução das projeções. É preciso ter coragem de errar. É preciso ter coragem de ser vulnerável, de ser inferior, de ser suficientemente magnânimo para permitir o fracasso dos outros, porque todo mundo está sujeito a eles; e é preciso ter a coragem de sofrer (e infligir) dor e orgulho ferido, também, às vezes, como um ego totalmente (machucado e magoado) que precisa ser sacudido para sair de sua autocomplacência. É preciso conservar o senso de humor. E é preciso estar disposto a aceitar o elemento da conivência inconsciente em todas as situações, por mais que pareçam ser a culpa de outra pessoa, pois nas raízes mais profundas de nosso ser, somos todos uma psique, e a mesma correnteza da vida nos impregna a todos.

Em cada um de nós existe o santo, o mártir, o assassino, o ladrão, o artista, o estuprador, o professor, o curador, o deus e o demônio. Os indivíduos são diferentes, mas a psique coletiva dá origem a todos nós.

É preciso reconhecer tanto a pequenez como a grandeza do SELF pessoal em todas as questões de opção.

Entretanto, há espaço, em cada um de nós, para a criança negligenciada, a criança cheia de potencialidades, que eternamente condenamos e reprimimos porque não se ajusta à nossa auto-imagem e às imagens das pessoas à nossa volta. Valorizar a criança permite que nos valorizemos a nós mesmos como pessoas inteiras, e só podemos nos valorizar enquanto pessoas inteiras. Precisamos nos educar para olhar através do egoísmo, da voracidade, da dependência, do ciúme, da possessividade e da vontade de poder e discernir as necessidades e energias que os governam; é essa discriminação modesta e não-dogmática, que vai nos capacitar a transmutar o desajeitado e feio em algo vulnerável e precioso.

Todos nós, em resumo, precisamos nos tornar alquimistas, e o trabalho da transmutação é sinônimo de aprender a amar. O mandamento de Cristo é amar o próximo como a si mesmo. Mas se você não se amar, o que vai ser capaz de fazer ao seu próximo, escorando-se no farisaísmo do seu próprio julgamento.

Mas enquanto é fácil se identificar com o herói, é um pouco mais difícil reconhecer que o inimigo, o feiticeiro, o dragão, a bruxa e a madrasta malvada, assim como a amada, são figuras que existem autonomamente e exercem poder dentro da nossa própria psique.

Não é fácil viver com a própria inferioridade, admiti-la, dar-lhe um santuário, alimentá-la e valorizá-la por si mesma. Todos nós ficamos terrivelmente embaraçados ao exibi-la mesmo para aqueles que amamos. E depois precisamos arranjar desculpas esfarrapadas quando, em vingança, o que deserdamos reivindica sua herança e executamos atos de violência contra os outros. Encarar o lado secreto e transexual da própria Natureza, iniciar o longo trabalho para libertá-lo e redimi-lo, também requer coragem. Preferimos deixar que um parceiro o vivencie por nós, de modo que, se ocorrer algum tipo de fracasso, será responsabilidade de outra pessoa.

Vivendo através e além do horóscopo do nascimento, está o indivíduo, que - no que diz respeito à consciência que desenvolve - não está limitado pelo seu Mapa Astrológico. Quem quer que tente diagnosticar problemas de relacionamento a partir da suposta incompatibilidade de signos vai ficar completamente desapontado. Porque, no fim, não é possível fugir do fato de que metade do relacionamento é sua própria criação e precisa ser investigado e manejado através do reconhecimento de sua própria Natureza, consciente e inconsciente - assim como o reconhecimento das motivações operando nele quando executa qualquer ato ou toma qualquer decisão importante. Se um indivíduo quer conhecer e experimentar o outro, precisa primeiro se conhecer e experimentar-se, e, para tanto, como nos dizem os contos de fadas, é preciso iniciar uma saga, uma jornada, durante a qual vai se deparar com os habitantes desconhecidos de seu próprio mundo interior, em estranhas formas e disfarces. E é preciso chegar à percepção de que eles não são criação do ego, mas participam, com o ego, da totalidade psíquica - e, nessa totalidade, o ego desempenha o papel de redentor amoroso e do servo dos deuses, não do ditador ou do escravo.

O verdadeiro terapeuta ou conselheiro é o processo de viver; é somente vivendo a própria vida com lealdade em relação ao SELF total, que se pode aprender a compreendê-la e tomar o conhecimento - quer na linguagem psicológica ou astrológica - realmente seu. Na época oportuna, no entanto, alguns indivíduos podem se beneficiar com a orientação, o aconselhamento ou a participação de experiência grupal; é só o medo e o orgulho sem sentido que nos convencem de que deveríamos ser sempre capazes de nos enxergar e nos ajudar calados e sozinhos. Muitos de nós também podem se beneficiar muito com a compreensão da astrologia, mas existem numerosas formas expressar o que o mapa simboliza, e nem todos entendem os mesmos símbolos. Acontece que, antes de a pessoa chegar a qualquer compreensão verdadeira, ela precisa tentar muitas coisas, vaguear por muito tempo na escuridão, sendo guiada somente por uma vaga intuição.

Nos momentos de maior necessidade, a psique inconsciente oferece ao consciente seus próprios símbolos de inteireza e do próximo estágio da jornada; se não quisermos viajar às cegas, precisamos aprender a ler esses símbolos em nossos sonhos e fantasias, assim como no horóscopo. É no reino dos símbolos, dos sonhos, dos mitos e contos de fadas, no domínio da sombra, no reino do filho idiota e do parceiro interior aprisionado que precisamos viajar, traçando nosso mapa enquanto caminhamos.

"O amor é uma força do destino cujo poder alcança desde o céu até o inferno" - JUNG

Mesmo a mais distorcida das projeções, se tiver o poder de impulsionar o indivíduo a se tornar maior do que era - a lutar, aspirar, crescer, tentar alcançar o outro -, abriga em algum lugar, o demônio do amor. Embora precisemos introjetá-las, as projeções também devem ser respeitadas, pois são emanações de nossa alma. Não é errado projetar. Pelo contrário, é muito provável que sejamos projeções do SELF. É só quando nos recusamos a reconhecer nossas projeções que somos culpáveis. O conteúdo de uma projeção é um aspecto, uma parte inseparável, da própria essência do indivíduo.

Não se trata de superar as ilusões infantis. Trata-se de aprender a viver tanto no mundo interior como no exterior, reconhecendo a linguagem de ambos - e que eles, e nós, fazemos parte da mesma totalidade.


LIZ GREENE


Fonte: do livro "Relacionamentos"
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/m%C3%A1scaras-veneza-m%C3%A1scara-veneziana-2415706/



"Ai do homem que vê apenas a máscara. Ai do homem que vê apenas o que está escondido atrás dela. Somente o homem que tem a verdadeira visão vê ao mesmo tempo, e num simples relance, a bela máscara e a horrível face por trás dela. Feliz o homem, que por trás de sua fronte, cria essa máscara e essa face numa síntese ainda desconhecida da Natureza. Somente ele pode tocar com dignidade e graça a flauta dupla da vida e da morte."

NIKO KAZANTZAKIS

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

DINAMISMO

Existe algo extremamente fascinante no dinamismo; e muitos homens estão desejosos de parecerem dinâmicos. A Grande regra para isso não é tentar parecer mais dinâmico do que realmente é; pela resolução de compreender a si mesmo e aos outros, saber o que dizer, e o que eles dizem, antes de falar ou responder. Todo homem deve se submeter a ser vagaroso antes de ser dinâmico; insignificante antes de ser importante. Os esforços prematuros contra o desapontamento da obscuridade corrompe não pequena parcela da compreensão. Satisfatória e felizmente terá o homem dominado sua compreensão se tiver conseguido com seu uso ocupação regular e deleite racional; se após haver superado a primeira desilusão com a sua utilização e adquirido o hábito de se voltar para o interior de sua própria mente, perceber que a cada dia está multiplicando seu círculo de relações, apercebendo-se da exatidão de suas ideias e ampliação das mesmas; se sentir que está se elevando na escala dos seres intelectuais, adquirindo nova fortaleza a cada nova dificuldade que domina, e desfrutando hoje com prazer aquilo que ontem se lhe afigurava como labor. Há muito conforto na mente do homem com essa natureza, que nenhuma maneira habitual de viver poderá proporcionar; e muitas alegrias que a vida jamais poderá conceder. Não é bem o simples clamor dos moralistas e o floreio dos retóricos, porém nobre buscar a verdade e belo encontrá-la. É certeza inerente ao coração humano que o conhecimento é melhor do que as riquezas e que este é profunda e sagradamente verdadeiro!

Sydney Smith

Fonte: dos escritos Rosacruzes (Ordem R+C AMORC)
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ESCORPIÃO: A SOLUÇÃO DO CONFLITO INTERNO

O mantra espiritual de Escorpião é: “Guerreiro eu sou, e da batalha emerjo triunfante.”

A relação entre o Eu Superior e o eu inferior é muitas vezes representada como uma luta. Poderia ser representada também como uma dança, por exemplo, ou uma conversa, ou um trabalho conjunto. Mas a luta, realmente, simboliza bem certos aspectos dessa relação entre o superior e o inferior dentro de nós. E pode ser de grande valia refletir sobre isso.

O eu inferior, também chamado de personalidade, abrange o corpo físico, as emoções e a mente analítica. O Eu Superior, também chamado de alma, é a mente intuitiva, a sede dentro de nós da sabedoria, do amor, da vontade espiritual e de todas as demais qualidades superiores. Naturalmente, o eu inferior tem uma percepção bastante limitada e ilusória sobre si mesmo, os outros e o mundo. Na sua visão, todos os seres estão separados e ele é independente e isolado dos demais. Já o Eu Superior tem um percepção muito mais abrangente e exata sobre as coisas. Ele vê a interligação e interdependência em tudo e percebe a si mesmo como um com todos.

A partir de cada uma dessas duas visões, surgem objetivos de vida diferentes, com motivações e condutas correspondentes. O eu inferior vê o egoísmo como bem, enquanto o Eu Superior percebe que o bem é o altruísmo. Contudo, as duas visões (a mais estreita e a mais ampla) existem dentro nós. Ao longo dos dias e das semanas, nós costumamos oscilar entre um foco maior numa dessas visões e um foco maior na outra. Em certas situações, até conseguimos perceber o conflito dessas duas visões dentro de nós, cada uma delas procurando prevalecer naquele momento. E muitas vezes, ao enfrentarmos alguma decisão, ficamos divididos entre escolher o que parece bom para o eu inferior ou o que o Eu Superior percebe como melhor.

Toda essa situação é ainda mais complicada devido ao fato de que, em diversas circunstâncias, não sabemos com clareza qual alternativa está de acordo com os interesses do eu inferior e qual está de acordo com os do Eu Superior; vemos as alternativas, mas não discernimos o que está por trás delas. Frequentemente, as coisas não são o que parecem, e o egoísmo facilmente se disfarça de altruísmo — dentro de nós mesmos!

O local onde todo esse conflito interno pode ser resolvido é o campo mental. A mente analítica e a mente intuitiva devem aprender a se entender mutuamente e trabalhar juntas. A mente intuitiva deve esclarecer a mente analítica, e esta, por sua vez, deve então orientar as emoções e as ações de acordo com o esclarecimento obtido. Isso significa que a solução é a mente analítica buscar internamente a visão maior da mente intuitiva. Mas, além disso, depois de iluminada pela luz superior, a mente analítica deve lançar essa luz sobre as emoções e ações. É como se a mente analítica tivesse que explicar (pacientemente e quantas vezes for preciso) para a faceta emocional e o corpo físico aquilo que foi compreendido, para que eles possam se ajustar e participar adequadamente.

É assim que o indivíduo pode sacrificar alegremente os seus estreitos interesses egoístas em favor dos interesses maiores coletivos. É assim que o Eu Superior triunfa e o eu inferior se torna seu parceiro. Então, cada um deles desempenha o seu devido papel: o Eu Superior indica o propósito, os princípios e os valores da vida; e o eu inferior é quem deve fazer a aplicação prática e materializar tudo isso. Não há vitória sem união. A vitória do Eu Superior não se trata de derrotar o eu inferior, mas de conquistar a sua cooperação.

Ricardo Georgini

Fonte do texto e gravura: LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com/

MEDITAÇÃO E NEUROSE

Tem havido algumas concepções enganadas sobre meditação. Algumas pessoas a vem como um estado mental do tipo transe. Outras pensam nela em termos de treinamento, no sentido de ginástica mental. 

Mas a meditação não é nada disso, embora envolva lidar com estados mentais neuróticos. O estado mental neurótico não é difícil ou impossível de lidar. Ele tem energia, pressa e um certo padrão.

A prática de meditação envolve deixar ser — tentar acompanhar o padrão, tentar acompanhar a pressa e a velocidade. 

Nesse sentido aprendemos como lidar com esses fatores, como se relacionar com eles, não no sentido de fazê-los amadurecer do modo como gostaríamos, mas no sentido de conhecê-los pelo que são e trabalhar com seu padrão.


Chogyam Trungpa

Fonte: “Cutting Through Spiritual Materialism”, introdução
http://darma.info
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A CRISE DA VELHA MORAL



[...] A moral é um instrumento de evolução enquanto procura educar o homem para uma forma de vida mais elevada. Para realizar esta ascensão, o ideal, antecipando o futuro, toma forma concreta em normas de conduta com o objetivo, através de longa repetição, de fazer o indivíduo assimilar hábitos e com isso enriquecê-lo de novas qualidades, de modo a transformá-lo num tipo biológico mais evoluído.

Ora, pode acontecer um choque entre a vontade superior do homem que quer fazê-lo evoluir, e a inferior que resiste, porque rebelde a realizar o esforço que aquela vontade exige para sua própria transformação. Temos uma luta entre o alto e o baixo, isto é, entre dois planos de evolução, um mais avançado e outro menos, o primeiro fazendo pressão para impor-se ao segundo, que ao contrário, quer ficar nas suas velhas e seguras posições, sem o esforço de criar o novo e o risco de aventurar-se no desconhecido. [...]

[...] O contraste resulta evidente em nosso mundo. Aqui a realidade biológica, em pleno vigor, impõe sua lei, bem diversa do ideal, proclamada pelas religiões. Porventura, não pregam estas que é necessário sermos bons? No entanto, o choque surgiu logo que apareceu o homem [...]

[...] Consoante a moral da vida, não há senão duas posições: a do forte, que vence e comanda, e a do débil, que, vencido, deve obedecer. Impondo-se à força, o primeiro expande-se e se satisfaz à custa do segundo; e este, suportando por bondade, retrai-se e renuncia a favor do primeiro. Então, a moral serve para os fortes em prejuízo dos fracos, ou seja, para impor deveres e renúncias a estes últimos, para vantagem daqueles. Em regime de plena moral, triunfa a lei do mais forte, a da Terra, ficando o ideal aqui invertido e vencido. [...]

[...] Isto é inevitável em um mundo de rivalidades, onde a vantagem de um se paga com o dano do outro. O resultado de tudo isso é que a moral, imersa em nossa realidade biológica, reduz-se a um meio para dominar; que bondade e honestidade se tornam defeitos que a vida pune, enquanto força e astúcia são virtudes que ela recompensa. [...]

[...] A religião pode tornar-se não um oásis de super-homens, mas um refúgio de instintos que nela procuram proteção mascarando sua fraqueza sob um manto de virtudes. A moral, então, é feita sobretudo para domar os fortes, que sabem lutar para sobreviver e resistir às restrições à sua expansão vital, e a eles deveria dirigir-se, antes que aos fracos, já por sua natureza submissos, necessitados de defesa. Estes são simples, de boa fé, acreditam com facilidade, enquanto a luta pela vida exige astúcia, desconfiança, sobretudo para com aqueles que os aconselham a crer. Para este ingênuo rebanho de crentes seria mais conveniente uma moral de tipo oposto, não restrito, mas vigorosa, não uma escola de sofrimentos, mas aquela que ensinasse a desvendar todas as velhacarias humanas. Além de virtude, honestidade e fé, uma escola que os habituasse a descobrir todos os truques de falsa moral, torcida a seu serviço pelos mais hábeis para enganar os bons [...]

[...] Estamos, portanto, de pleno acordo com os tempos, porque é exatamente agora que a nova geração está se levantando contra aquela moral do passado. Antes, nós o iniciamos quando esta estava em pleno poder e, portanto, tinha toda a razão. É certo que tais explicações não podem agradar a quem tem interesse que o belo jogo fique escondido e continue. Mas os tempos mudaram, e ele não governa mais. Então, é caridade cristã esclarecer os ingênuos, mesmo que os interessados se rebelem contra isso, com gritos de escândalo, porque terminada a boa-fé, perde-se a clientela. [...]

[...] Observemos, por exemplo, o que é na realidade a virtude da beneficência. Para poder fazê-la é necessário ter os meios isto é, ser rico. Mas, honestamente, apenas à força de trabalho, é difícil tornar-se rico. Então, não se pode fazer beneficência se não se foi primeiramente desonesto para poder enriquecer. O próprio Evangelho diz que se dê aos pobres o supérfluo. Entretanto, para dar aos pobres é necessário antes chegar a possuir. E evidente que não se pode ser generoso se, inicialmente, não se acumulou fortuna. O pobre tem mais em que pensar do que fazer beneficência. Ele está suficientemente oprimido pela sua própria luta, para poder encarregar-se à dos outros e ajudá-los. Assim, a virtude da beneficência permanece um luxo dos ricos, um embelezamento reservado para lhes servir de adorno, é qualidade vedada aos pobres, juntamente com a sua recompensa no paraíso, o que, ao contrário, os ricos esperam como benefício adquirido por direito. [...]

[...] na Terra, ideais, princípios, moral são utilizados para finalidades humanas. Observamos que isso se verifica em todos os campos, tanto em relação ao Cristianismo, como ao Comunismo, tanto para os conservadores, como para os revolucionários. Por exemplo, que objetivos diferentes da santidade se prestaram as Cruzadas! Tudo é utilizado para servir ao que mais convém: guerra, negócios, carreiras, conquistar posições, dominar, desabafar instintos etc. Esta é a realidade basilar, que depois é coberta de santas finalidades. O grande iniciador de cada movimento, com os seus métodos e princípios, em pouco tempo é posto de lado. Isto correu com Cristo, como com Karl Marx. Depois, por necessidade de adaptação à realidade, surge o revisionismo, conhecido pela Igreja. Assim, católicos e protestantes se dividiram, para um destes dois grupos construir um Cristo de acordo com as suas próprias necessidades, que eram diferentes. Com Karl Marx e Lenine, russos e chineses fizeram o mesmo. [...]


Pietro Ubaldi


Fonte: Trechos do capítulo 11 do livro "Um Destino Seguindo Cristo"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

VÍCIOS INVISÍVEIS

Quando pensamos em vícios, geralmente é no sentido físico, como fumar ou apostar, por exemplo. Mas os vícios que nos oferecem os maiores desafios estão muito abaixo da superfície e não são tão facilmente visíveis.

Todos nós temos vícios abaixo da superfície que incluem: necessidade de aprovação, de reconhecimento e de atenção; alimentar comportamentos negativos dos outros; desejo de controlar; caos, raiva e julgamento.

Com qual deles você se identifica mais?

Seu livre arbítrio permite que você decida se quer estar viciado na Luz ou no Ego.

Estar consciente de nossos vícios mais profundos tornará mais fácil resistir a eles na próxima vez que surgir uma oportunidade de abrir mão de uma solução rápida em prol da merecida alegria eterna, que vem quando somos Criadores em nossas vidas.

Rav Yehuda Berg

Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O CUME DO SER HUMANO

Um microcosmos criado à imagem do macrocosmos – é assim que a Ciência Iniciática apresenta o ser humano. E, como no cume do universo reina o Senhor, no ser humano também existe um cume que representa o Senhor, e esse cume é o seu Eu superior. Por isso, quando vos concentrais no Senhor para que Ele satisfaça os vossos desejos, vós tocais no cume do vosso ser e então desencadeiam-se vibrações tão puras e subtis que, ao propagarem-se, produzem em vós transformações extremamente benéficas. E mesmo que vós não obtenhais do Senhor tudo o que pedistes, ganhareis alguma coisa, um elemento muito espiritual. É certo que, muitas vezes, os vossos pedidos não são atendidos, porque o Céu entende que aquilo que pedis não seria muito bom para vós e, então, pode acontecer ele recusar-se a conceder-vos isso. Mas a utilidade desse pedido é que vós conseguistes contactar o cume em vós mesmos. Pudestes desencadear assim um poder superior que, ao propagar-se, influencia todas as vossas células, todas as entidades que existem interiormente em vós, e que vos traz elementos extremamente preciosos. 

Omraam Mikhaël Aïvanhov

Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

CULTIVO

Você deve cuidar do seu corpo, que é o envoltório da Centelha Divina, até que o seu propósito de auto-realização seja cumprido. Mas sua nutrição e cuidados não devem ofuscar a devida atenção para a mente, sua purificação e sublimação. Atualmente, o corpo é alimentado com o desjejum na manhã, almoço ao meio-dia, lanche às quatro da tarde e jantar à noite. O corpo é a carroça e a mente é o cavalo que a arrasta. Infelizmente, nenhum alimento é dado ao cavalo, o qual é realmente o mais valioso dos dois. Dê à mente e cultive nela a importância que ela merece; somente então a vida valerá a pena. A mente deve ser firme e forte, alegre e pacífica, livre de agitações e preocupações. Você pode mantê-la feliz pela recitação de nomes santos e pela realização de atos nobres que ajudam no bem-estar de todos. Isso lhe conferirá alegria eterna.

Sathya Sai Baba
 
Fonte: www.sathyasai.org 
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

EU SOU A PRESENÇA DA VONTADE DIVINA EM AÇÃO

EU SOU O QUE O CRIADOR É. LOGO:
EU SOU A PRESENÇA DA VONTADE DIVINA EM AÇÃO.

Meditar detidamente nesta afirmação, limpará a mente de muitos preconceitos dogmáticos, religiosos e filosóficos.
 
O discípulo é o ser que atua conscientemente, usando sua vontade como instrumento da — VONTADE DO EU SOU — no Universo. — EU SOU — somente pode atuar por meio da mente consciente de sua própria individualização que reveste a personalidade.
 
Todo ser que não pode dizer — EU SOU — não está individualizado, e por este motivo obedece por instinto à Lei Universal sem poder desobedecê-la. Quando o discípulo começa a usar constantemente sua mente objetiva para cumprir a vontade do Pai que está nele, converte-se em homem Deus. 

Somos conscientes de nossa individualização, temos livre vontade e somos seres atuantes; então, devemos sentir fundo, pensar alto e atuar pura e desinteressadamente: É A VONTADE DE DEUS, O — EU SOU DEUS EM AÇÃO — na mente e no coração do mundo.

Dr. Jorge Adoum .'.
Fraternitas Rosicruciana Antiqua

Fonte:  http://br.groups.yahoo.com/group/magojefa
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal