terça-feira, 8 de janeiro de 2013

USAI A LUZ


Ao considerar o bem e o mal como adversários irredutíveis, o ser humano fica continuamente dividido entre os dois, não sabe como re-encontrar a unidade que faz dele um ser forte e senhor de todas as situações. 

Vós direis: «Mas não podemos fazer nada contra isso, a realidade é assim: nós estamos apanhados entre as forças do bem e as do mal...» 

Enquanto estiverdes na Terra, tereis esse problema para resolver; para o resolverdes, eis um método, entre outros: aprendei a responder às entidades tenebrosas que querem apanhar-vos nas suas malhas. Mas nunca lhes respondais com violência, pois isso só as reforça. Quando sentirdes que elas se aproximam, sob a forma de tentações, de maus pensamentos, de maus sentimentos, não vos ergais contra elas. Dizei-lhes que estais encantados com a sua vinda e, para as acolher, trazei a luz, acendei todas as vossas lâmpadas interiores: imediatamente, esses visitantes se porão em fuga, porque eles são feios, estão mal vestidos e não querem ser vistos! Sim, a luz em vós pode ser uma resposta aos espíritos do mal. Vós não lhes fazeis frente, apenas trazeis a luz. E é graças à luz que avançareis todos os dias, cada vez mais, no caminho da unidade interior.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

RESOLUÇÃO DE UM ENIGMA OBSCURO


De Baal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot“: “Na verdade, é para resolver este grande enigma que o verso escreve: ‘Prove e veja que o Senhor é bom’”.

Eis o que se entende por um “enigma obscuro”: Qual é o sentido da vida e seu objetivo? Para que existe este universo inteiro? Por que estamos aqui? Por que sentimos o que sentimos? Se a pessoa começa a fazer estas perguntas, ela definitivamente tem que encontrar respostas para elas, a fim de descobrir o sentido da vida.

Então, nós paramos de perguntar se a nossa vida material é boa ou ruim, nem nos esforçamos em entender mais ou realizar qualquer coisa neste plano. Nós ficamos preocupados com uma questão que diz respeito à própria base da vida: “De onde é que tudo isso veio?”. Tudo à nossa volta tem um significado. Então, qual é o objetivo geral que a natureza ou a força superior perseguem no momento da criação? O que significa a nossa existência em geral?

De fato, no que diz respeito à resolução deste enigma obscuro, é dito: Prove e veja que o Senhor é bom. Aqueles que cumprem a Torá e Mitzvot corretamente são os que saboreiam o gosto da vida. Eles são os únicos que veem e testemunham que o Senhor é bom… Em outras palavras, se uma pessoa observa certas leis, ela se ajusta de uma forma que começa a sentir o propósito da vida, a sua base e origem. Trata-se de se ter um sentimento da fonte de todo o universo, e não apenas do homem ou mesmo da humanidade, mas sim da natureza como um todo: onde começou, por que, e para qual finalidade nos dirige?

Os Cabalistas dizem que isso se torna possível se a pessoa realiza correções internas especiais. Como agora nós não podemos obter as respostas para estas perguntas, nós só temos uma pergunta por si só, ainda que ter uma pergunta significa que já somos capazes de encontrar uma solução. Consequentemente, a soma de uma pergunta com a observação da “Torá e dos mandamentos” é a calibração correta que nos leva à resolução deste dilema, que é como parece: “Prove e veja que o Senhor é bom”. Isso significa que a pessoa vai sentir e compreender a benevolência da força que é a fonte da natureza.

Nós ainda não entendemos o significado do bem e do mal. O sentido da vida é a realização da essência da criação, e não apenas sentir o seu sabor agradável. Se nós experimentamos uma sensação de benevolência do Criador, isso significa que preenchemos nossas cavidades vazias que precisam de respostas Dele.

Nós somos os únicos que devemos fazer mudanças internas, uma vez que os nossos esforços dão forma para encontrar uma resposta. Nós não temos escolha: ou cumprimos os mandamentos (fazemos correções) ou não. Todo o processo é construído de forma que a pessoa avançe sem ser perguntada se quer ou não. Mas, se constantemente lutarmos para encontrar um apoio que nos ajude a nos mover mais rápido na direção da resposta, desta forma nós implantamos nossa liberdade de escolha.

Diz-se que “Os ímpios, em suas vidas, são chamados de mortos”. Se a pessoa não exercita o método de correção, não avança ou usa a Luz que Reforma, a sua vida se torna lamentável. Embora no plano material, ela possa até ser bem-sucedida, mas ela nunca vai avançar em direção à meta. Assim, a sua vida permanecerá no nível animal de existência.

O nível humano significa que a pessoa usa a Luz que Reforma e constantemente sobe do nível animal para o nível humano, o nível do homem (Adão), que significa semelhante (Domeh) à força superior.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/11/12, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot “


Rav Dr. Michael Laitman, PhD.



Fonte: http://laitman.com.br/2012/12/resolucao-de-um-enigma-obscuro/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ESTEJA ATENTO AO MOMENTO


Sempre que ocorre uma mudança, qualquer tipo de mudança, as coisas ficam mais nítidas. Quando a mudança incomoda você, todas as suas perturbações interiores vêm à tona.

Quando vocês dois estão se sentindo perturbados, e ambos estão tentando jogar a responsabilidade nos ombros do outro, tente ver o que está acontecendo.

Tente ver dentro de você; o outro nunca é responsável. Lembre-se disso como um mantra: o outro nunca é responsável.

Só observe, nada mais do que isso. E se você for sábio no momento. não haverá nenhum problema. Todo mundo só se torna sábio depois que o momento passou, e a sabedoria retrospectiva não vale nada.

Se você está acusando a outra pessoa, precisa tomar consciência nesse exato momento, e deixar que essa consciência funcione. Imediatamente você descartará essa acusação.

Mas, se você já fez tudo — brigou, resmungou, reclamou — e depois recuperou a sabedoria e viu que nada daquilo fez sentido, é tarde demais. Não adianta mais, o leite já foi derramado.

Essa sabedoria é apenas uma pseudossabedoria. Ela dá a você a sensação de que compreendeu. Esse é um truque do ego. Essa sabedoria não vai ajudar em nada.

Quando estiver fazendo alguma coisa, nesse exato momento, simultaneamente, a consciência precisa despertar para que você veja que isso é inútil. Se você conseguir ver isso no momento exato, não conseguirá ir adiante.

A pessoa nunca vai contra a própria consciência, e se for, isso é sinal de que essa consciência não é consciência coisa nenhuma. Trata-se de outra coisa.

Então, lembre-se, o outro nunca é responsável por nada. Trata-se de algo fervendo dentro de você. E é claro que a pessoa que ama está próxima a você.

Você não pode jogar a culpa num estranho que passe por você na rua. Por isso a pessoa mais próxima torna-se o alvo para o qual você dirige todas as suas insensatezes.

Mas isso precisa ser evitado, porque o amor é muito frágil. Se você exagerar, se for além da conta, o amor pode acabar.

O outro nunca é responsável. Tente fazer disso um estado permanente de consciência em você: sempre que começar a ver algo errado na outra pessoa, lembre-se.

Sempre que se pegar em flagrante, você vai se lembrar de que o outro não é responsável.


Osho  


Fonte: "A Essência do Amor: Como Amar com Consciência e Se Relacionar Sem Medo"
http://www.palavrasdeosho.com/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

CONVERSAR


"Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graças aos que a ouvem." - Paulo. (EFÉSIOS, capítulo 4, versículo 29.)

O gosto de conversar retamente e as palestras edificantes caracterizam as relações de legítimo amor fraternal.

As almas que se compreendem, nesse ou naquele setor da atividade comum, estimam as conversações afetuosas e sábias, como escrínios vivos de Deus, que permutam, entre si, os valores mais preciosos.

A palavra precede todos os movimentos nobres da vida. Tece os ideais do amor, estimula a parte divina, desdobra a civilização, organiza famílias e povos.

Jesus legou o Evangelho ao mundo, conversando. E quantos atingem mais elevado plano de manifestação, prezam a palestra amorosa e esclarecedora.

Pela perda do gosto de conversar com alguém, pode o homem avaliar se está caindo ou se o amigo estaciona em desvios inesperados.

Todavia, além dos que se conservam em posição de superioridade, existem aqueles que desfiguram o dom sagrado do verbo, compelindo-o às maiores torpezas. São os amantes do ridículo, da zombaria, dos falsos costumes. A palavra, porém, é dádiva tão santa que, ainda aí, revela aos ouvintes corretos a qualidade do espírito que a insulta e desfigura, colocando- o, imediatamente, no baixo lugar que lhe compete nos quadros da vida.

Conversar é possibilidade sublime. Não relaxes, pois, essa concessão do Altíssimo, porque pela tua conversação serás conhecido.


Francisco Cândido Xavier/Emmanuel


Fonte: do livro "Caminho, Verdade e Vida"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sábado, 22 de dezembro de 2012

INTERPELAÇÕES SOBRE A DATA REAL DO NASCIMENTO DE JESUS

As celebrações do Natal despertam sempre a curiosidade de alguns leitores, a propósito da posição dos espíritas em face do problema do nascimento de Jesus. "Qual a maneira - pergunta um missivista - pela qual os espíritas explicam a aceitação da data de 25 de dezembro, como sendo a do nascimento histórico do Cristo, se é conhecida a impossibilidade de qualquer determinação dessa data?" A maneira de explicar isso é fácil, pois decorre da própria situação histórica da efeméride em causa. Quer dizer: a tradição espiritualista é a explicação natural dessa aceitação dos espíritas. Porque a data de 25 de dezembro corresponde às mais remotas celebrações do advento do Messias.

Trata-se de uma efeméride pagã, de origem mitológica, ligada ao mito-solar, e que foi adaptada ao Cristianismo, da mesma maneira porque tantas outras datas, festas e celebrações pagãs também o foram.

Um leitor que conhece o assunto, faz-nos, então, esta pergunta: Como e por que o Espiritismo aceita essa incorporação do paganismo ao cristianismo? Se o leitor conhecesse melhor o Espiritismo, veria que não há, do ponto de vista doutrinário, nenhum impedimento a respeito. As religiões mitológicas pertencem a fase de preparação do advento do Cristianismo. As revelações que antecederam a mosaica e a cristã eram tão legítimas como estas últimas. Não há motivo, pois, para qualquer repugnância nesse sentido. Por outro lado, o Espiritismo não pretende reformular a história cristã, mas apenas esclarecê-la. A tradição do Natal tem quase dois milênios. Substituí-la por uma novidade imprecisa seria absurdo. Além disso, a data de 25 de dezembro traz com ela uma impregnação milenar de adoração, que é de grande importância para os que conhecem o problema das vibrações espirituais. Tornou-se, por isso mesmo, a mais apropriada à celebração do Natal de Jesus.

Da mesma maneira porque o mito cristão ligou-se à revelação de Jesus, de forma indissolúvel, a partir do momento em que Jesus passou a ser considerado o Cristo, - transportou-se do plano das esperanças judaicas do Messias para o plano universal do mito grego - a data de 25 de dezembro deixou de ser apenas um marco mitológico na História das Religiões, para se transformar num marco histórico do processo de formação da religião cristã. Quando, pois, os espíritas celebram essa data, como a do nascimento de Jesus, com pleno conhecimento da sua natureza convencional (no plano histórico) sabem que ela também possui um aspecto de legitimidade histórica (no plano espiritual), em virtude do sentido profundo (antigamente chamado "oculto") do mito-solar.

Não importa que Jesus tenha nascido em outra data, como não importa a simbologia mitológica do episódio evangélico do Natal. O que importa é compreender que a história do Natal, profundamente ligada à tradição espiritualista da evolução terrena, traz para o homem de hoje a mensagem eterna da renovação humana, através dos séculos, pelo desenvolvimento das forças do espírito. É nesse sentido que o espírita, sinceramente celebra o Natal de Jesus, acompanhando a tradição, sem com isso prejudicar a sua compreensão espiritual do Cristianismo. O processo de desenvolvimento espiritual do homem é vasto e complexo, abrangendo milênios, e envolvendo aspectos demasiado complexo, que o Espiritismo procura esclarecer de maneira racional, mas não pretende submeter a nenhuma transformação violenta.



José Herculano Pires




Fonte: do livro "O Infinito e o Finito"
Fonte da Gravura: http://www.morguefile.com/

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

OS PROBLEMAS DA EXISTÊNCIA



(...) O que importa ao homem saber, acima de tudo, é: o que ele é, de onde vem, para onde vai, qual o seu destino. As ideias que fazemos do universo e de suas leis, da função que cada um deve exercer sobre este vasto teatro, são de uma importância capital. Por elas dirigimos nossos atos. Consultando-as, estabelecemos um objetivo em nossas vidas e para ele caminhamos. Nisso está a base, o que verdadeiramente motiva toda civilização.

Tão superficial é seu ideal, quanto superficial é o homem. Para as coletividades, como para o indivíduo, é a concepção do mundo e da vida que determina os deveres, fixa o caminho a seguir e as resoluções a adotar.

Mas, como dissemos, a dificuldade em resolver esses problemas, muito frequentemente, nos faz rejeitá-los. A opinião da grande maioria é vacilante e indecisa, seus atos e caracteres disso sofrem a consequência. É o mal da época, a causa da perturbação à qual se mantém presa. Tem-se o instinto do progresso, pode-se caminhar mas, para chegar aonde? É nisto que não se pensa o bastante.

O homem, ignorante de seus destinos, é semelhante a um viajante que percorre maquinalmente um caminho sem conhecer o ponto de partida nem o de chegada, sem saber porque viaja e que, por conseguinte, está sempre disposto a parar ao menor obstáculo, perdendo tempo e descuidando-se do objetivo a atingir.

A insuficiência e obscuridade das doutrinas religiosas e os abusos que têm engendrado, lançam numerosos espíritos ao materialismo. Crê-se, voluntariamente, que tudo acaba com a morte, que o homem não tem outro destino senão o de se esvanecer no nada.

(...) como esta maneira de ver está em oposição flagrante à experiência e à razão. Digamos, desde já, que está destituída de toda noção de justiça e progresso. Se a vida estivesse circunscrita ao período que vai do berço à tumba, se as perspectivas da imortalidade não viessem esclarecer sua existência, o homem não teria outra lei senão a de seus instintos, apetites e gozos. Pouco importaria que amasse o bem e a equidade. Se não faz senão aparecer e desaparecer nesse mundo, se traz consigo o esquecimento de suas esperanças e afeições, sofreria tanto mais quanto mais puras e mais elevadas fossem suas aspirações; amando a justiça, soldado do direito, acreditar-se-ia condenado a quase nunca ver sua realização; apaixonado pelo progresso, sensível aos males de seus semelhantes, imaginaria que se extinguiria antes de ver triunfarem seus princípios.

Com a perspectiva do nada, quanto mais tivesse praticado o devotamento e a justiça, mais sua vida seria fértil em amarguras e decepções. O egoísmo, bem compreendido, seria a suprema sabedoria; a existência perderia toda sua grandeza e dignidade. As mais nobres faculdades e as mais generosas tendências do espírito humano terminariam por se dobrar e extinguir inteiramente.

A negação da vida futura suprime também toda sanção moral. Com ela, quer sejam bons ou maus, criminosos ou sublimes, todos os atos levariam aos mesmos resultados. Não haveria compensações às existências miseráveis, à obscuridade, à opressão, à dor; não haveria consolação nas provas, esperança para os aflitos. Nenhuma diferença se poderia esperar, no porvir, entre o egoísta, que viveu somente para si, e frequentemente na dependência de seus semelhantes, e o mártir ou o apóstolo que sofreu, que sucumbiu em combate para a emancipação e o progresso da raça humana. A mesma treva lhes serviria de mortalha.

Se tudo terminasse com a morte o ser não teria nenhuma razão de se constranger, de conter seus instintos e seus gostos. Fora das leis terrestres, ninguém o poderia deter. O bem e o mal, o justo e o injusto se confundiriam igualmente e se misturariam no nada. E o suicídio seria sempre um meio de escapar aos rigores das leis humanas.

A crença no nada, ao mesmo tempo em que arruína toda sanção moral, deixa sem solução o problema da desigualdade das existências, naquilo que toca à diversidade das faculdades, das aptidões, das situações e dos méritos. Com efeito, por que a uns todos os dons de espírito e do coração e os favores da fortuna, enquanto que tantos outros não têm compartilhado senão a pobreza intelectual, os vícios e a miséria? Por que, na mesma família, parentes e irmãos, saídos da mesma carne e do mesmo sangue, diferem essencialmente sobre tantos pontos? (...)


Léon Denis



Fonte: do livro "O Porquê da Vida"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A REVELAÇÃO DE LUZ CONSTANTE


Tem sempre algo difícil acontecendo conosco. Se não é uma coisa, é outra, não é mesmo? Às vezes sentimos que mal acabamos de superar um desafio e quando vemos, outra batata já está assando em nossas mãos. É o suficiente para nos perguntarmos: "Será que a vida nunca vai ficar mais fácil?".

Ensinamos que desafios são nossas maiores oportunidades de revelar Luz. Quando o esforço exigido é maior, isso significa que haverá satisfação maior quando o superarmos. Quanto maior o desafio, maior a Luz.

Precisamos estar dispostos e prontos para enfrentar o fato de que a vida será desafiadora. Nada será oferecido de bandeja. Estamos aqui para superarmos desafios.

Quando fizermos com que superar obstáculos seja um estado constante nosso, revelaremos Luz constantemente.



Rav Yehuda Berg



Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ALIMENTAÇÃO CONSCIENTE


Tal como os animais, o ser humano tem de se alimentar para subsistir. Mas, diferentemente do animal, ele pode, pela sua consciência, fazer do ato de comer um meio para crescer psiquicamente, espiritualmente. 

E irei mesmo mais longe: enquanto não for capaz de dar a esse ato uma dimensão mais vasta, mais profunda, é inútil ele dizer que é culto, civilizado.

Para mim, isso é um teste. Quando os humanos aprenderem a comer com uma consciência esclarecida, maravilhando-se com os alimentos, pensando com reconhecimento que todo o universo trabalhou para produzir aqueles frutos, aqueles legumes, aqueles cereais, graças aos quais eles recebem a vida, então sim, poder-se-á falar de cultura e de civilização.

Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SUBIR PARA UM NOVO GRAU SIGNIFICA TORNAR-SE ELE



O que a pessoa obtém quando atinge a espiritualidade?

Ela obtém um conhecimento qualitativamente novo, porque agora a sua revelação faz parte dele. Em nosso mundo, eu descubro estes ou aqueles fenômenos externos. Por exemplo, se sou um químico, eu observo, examino e descrevo um processo químico.

Na ciência da Cabalá, eu revelo o mundo superior e sou eu na foto que se abre para mim. Eu sou idêntico a minha descoberta, eu tenho as mesmas qualidades que estão lá na realidade que descobri. É claro que, ao mesmo tempo, eu vejo todas as etapas que passei, tanto espiritual como material. Elas permanecem em mim, e eu posso descer a qualquer uma delas para estabelecer contato com outros.

Em geral, porém, o desenvolvimento espiritual é uma realização precisa. Eu não apenas conheço ou entendo algo. Conhecer e realizar não são a mesma coisa. Realização significa que eu me transformo no estado que alcancei, e não apenas me familiarizo com um novo grau, mas me torno ele.


Rav Dr. Michael Laitman, PhD.



Fonte: da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 04/12/12, "Cabalá e Filosofia"
http://laitman.com.br/2012/12/subir-para-um-novo-grau-significa-tornar-se-ele/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

INFLUÊNCIAS PERNICIOSAS


Queixas-te de influências perniciosas que te desgastam a vida.

Alegas que espíritos sofredores te vampirizam as horas e que obsessores te viciam os pensamentos.

E, muitas vezes, a cada dia, experimentas tensão e desespero, cólera e enfermidade.

Para conjurar o perigo, recorres à oração e aos conselhos edificantes.

Tais medidas, no entanto, não obstante providenciais, podem ser comparadas às receitas médicas que, apesar de preciosas, passam despercebidas, se os recursos indicados não forem usados conforme as prescrições.

Isso equivale dizer que os agentes externos são necessários à nossa própria preservação contra os males que nos atormentam, entretanto, se nos propomos realmente a vencê-los, analisemos a nossa posição individual no campo das influências.

Se sabemos marcar os que nos ferem, aqueles aos quais ferimos igualmente podem marcar-nos.

Aos que nos sugiram algo, algo conseguiremos também sugerir.

A solução do problema, em matéria de influências nocivas, será alcançada se criarmos a força e a sugestão do bem no ambiente menos desejável que nos rodeie.

Para isso é preciso que o entendimento e a união se façam ingredientes essenciais de nossa própria atitude.

Não temos necessidade de recear as influências chamadas perniciosas, porquanto, se outros nos influenciam o caminho, também nós desfrutamos a possibilidade de influenciar o caminho alheio.

E estamos convencidos de que tudo aquilo que doarmos aos nossos irmãos para nós voltará.


Francisco Cândido Xavier / Emmanuel




Fonte: do livro "Neste Instante"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

REFORMAR-SE ANTES


Frequentemente, as pessoas tentam reformar o mundo, sem fazer qualquer ou proporcional esforço para reformar-se. Pois, é muito mais fácil dar conselhos e admoestar os outros do que aceitar conselhos e melhorar a si próprio. 

O outro é fundamentalmente um reflexo de seu próprio eu. Você é original e você mesmo deve melhorar sua forma. Invista tempo para fortalecer seus anseios interiores por virtudes e bondade, tornando-se inexpugnável e inatacável internamente. 

Então, você pode começar a reformar os outros no planeta.


Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A MENTE NÃO É NOSSA INIMIGA

Todos nós temos coisas que, para nós, não tem preço. Você já parou para pensar qual é a coisa mais preciosa que possui neste mundo? Qual é a única coisa que você possui que, se lhe fosse tomada, você nunca seria o mesmo de novo? Pense sobre isso. Pare um minuto, feche seus olhos.

Você poderia responder que o relacionamento especial que tem com alguém é a coisa mais preciosa do mundo. Ou poderia responder que sua saúde, assim como a saúde daqueles que estão à sua volta, é o que há de mais precioso. Talvez você tenha uma resposta diferente. Entretanto, quando você leva essa pergunta cuidadosamente em consideração, será que não existe algo que está acima de tudo isso?

Eu diria que nossa consciência primordial pode ser considerada nossa dádiva mais inestimável. Nós geralmente nem paramos para pensar nisso. Mas como poderíamos estabelecer um relacionamento se nossas mentes não funcionassem? Qual seria o valor de nossa excelente saúde física se não pudéssemos apreciar as melhores coisas que a vida nos oferece? Em resumo, qual seria o valor de qualquer coisa se não estivéssemos completamente cientes de sua existência? Na verdade, a única razão pela qual algo nos é precioso é porque estamos cientes de seu valor.

Alguns tradicionais ensinamentos espirituais parecem insinuar que a mente é nossa inimiga. Nossos pensamentos nos mantêm perdidos em uma ilusão de dualidade. Se nós pararmos a mente, poderemos atingir o mais alto nível de iluminação. Esta ideia pode ser enganosa. É verdade que a vasta maioria de nossos processos mentais não nos leva a lugar algum. Mas a mente adiciona uma dimensão à nossa consciência natural que nos diferencia da vida animal.

Devemos tomar as rédeas da mente e, ao mesmo tempo, devemos entender que a mente não é nossa inimiga. Ela é tudo de que dispomos e nos permite dar valor a tudo que consideramos precioso nesta vida. Sem a consciência primordial humana, nunca poderíamos vivenciar nossos próprios processos e, o que é mais importante, a conexão com o Divino não seria possível.


Rav David A. Cooper


Fonte: “A Cabala e a prática do Misticismo Judaico”
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ATOS HARMÔNICOS E ENCADEADOS


A vida do homem é um drama lógico e harmônico, cujas cenas e decorações mudam, variam ao infinito, mas não se apartam nunca, um só instante, da unidade do objetivo nem da harmonia do conjunto.

Só quando voltarmos para o mundo invisível é que compreenderemos o valor de cada cena, o encadeamento dos atos, a incomparável harmonia do todo em relações com a vida e a unidade universais.

(...) Dirijamo-nos aos nossos fins, como os rios se dirigem para o mar - fecundando a terra e refletindo o céu.


Léon Denis



Fonte: do livro "O Problema do Ser, do Destino e da Dor"
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/prazer-salto-de-ar-lucro-salto-1019953/

RECORDAÇÕES FRAGMENTADAS

Assim como as fibras do cérebro são as últimas a se consolidarem no veículo físico em que encarnamos na Terra, a memória perfeita é o derradeiro altar que instalamos, em definitivo, no templo da nossa alma, que, no planeta, ainda se encontra em fases iniciais de desenvolvimento.

É por isso que nossas recordações são fragmentárias...

Todavia, de existência em existência, de ascensão em ascensão, nossa memória gradativamente converte-se em visão imperecível, a serviço de nosso espírito imortal...


Francisco Cândido Xavier/André Luiz


Fonte: do livro "Entre a Terra e o Céu"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

BEM-AVENTURANÇAS e PSICANÁLISE JUNGIANA


(...)

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, foi muito feliz quando fez um paralelo entre os ensinamentos de Jesus e a psicologia. Vejamos o que ele nos traz, na interpretação das Bem-aventuranças (Mateus 5:3-10).

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes aqueles que têm consciência de sua pobreza espiritual e que buscam humildemente aquilo que necessitam.

Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. Os que choram se encontram envolvidos num processo de crescimento. Eles serão consolados quando o valor projetado, perdido, for recuperado no interior do psique.

Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. Essa mansidão está relacionada ao Ego, que precisa ser trabalhado, essa atitude é afortunada, pois o ego está pronto para receber ensinamentos e aberto às novas considerações que podem levar a uma rica herança. Herdar a terra significa adquirir uma consciência em saber se relacionar ao todo ou de ter uma participação pessoal no todo.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Trata-se de um principio orientador interior, de caráter objetivo, que traz um sentimento de realizações do Ego que o busca com fome. A justiça de estar vivendo de acordo com a verdadeira e real necessidade interior.

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Se o Ego é misericordioso, ele receberá misericórdia do íntimo.

Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. A pureza ou a limpeza podem significar um estado do Ego, livre da contaminação de conteúdo ou motivações do inconsciente. Aquele que é consciente é puro, porque é consciente de que seu erro abre uma porta para experimentar a sua própria essência.

Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados de filhos de Deus. O papel apropriado do Ego é mediar entre as partes oponentes aos conflitos intra-psíquicos internos.

Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. O Ego precisa suportar a dor e o sofrimento, sem sucumbir ao amargor e ao ressentimento, para relacionar-se à lei interna objetiva.

Jung nos mostra através dessa correlação entre os ensinamentos de Jesus e a psique humana que o principal ponto das Bem-aventuranças entendidas psicologicamente é a exaltação do Ego não inflado, um Ego humilde.

(...)


por Centro Espírita Celeiro de Luz



Fonte: www.espirito.com.br
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/jesus-serm%C3%A3o-na-montanha-multid%C3%A3o-8358183/

A CIÊNCIA DO FUTURO

Com raras exceções, até hoje a ciência tem julgado o espírito como sendo propriedade das religiões e, por isso, não tem cogitado sobre sua existência. Até quando esse “dogma” científico poderá sobreviver em discussão?

Não há dúvida de que a evolução caminha em progressão geométrica, o que dá ideia de que o progresso vem sob forma vertiginosa. De fato, desde que o século XX teve início, o conhecimento das coisas no campo científico tornou-se avassalador. Até o ano de 1900 não se sabia que a molécula se dividia em átomos e estes em partículas. Hoje, as sub-partículas já são do conhecimento do passado. 

A primeira pá de cal no materialismo tradicional foi dada por Einstein, quando idealizou sua primeira Teoria da Relatividade Generalizada e equacionou o estado físico material da energia e que, como tal, não passava de uma forma transitória; as pesquisas com os aceleradores Fermi de partículas radicalizaram ainda mais, quando mostraram que a energia cósmica, por si só, não poderia se alterar e que, como tal, até a sub-elementar partícula teria um agente estruturador, ou seja, um princípio equivalente à alma. 

Com isso, além dos materialistas, as seitas religiosas que garantem que a alma é meramente um princípio (ou privilégio) humano, foram envolvidas no mesmo roldão; e se a Ciência tem sido o grande entrave para o estudo religioso, agora, passará a ser o marco de definição: ou estas abandonam seus dogmas em detrimento da infalibilidade de seus princípios, ou serão gradativamente aniquiladas pela voracidade da Ciência do Futuro que implacavelmente vai descortinando novos conhecimentos incompatíveis com os preceitos de infalibilidade; e quem não a acompanhar estará fadado ao descrédito. 

E como fica o Espiritismo em toda essa conjuntura! 

Apesar de sofrer com muitos de seus prováveis adeptos, que têm tentado transformá-lo em mais uma seita bíblica, num retrocesso evolutivo, ele continua resistindo ao processo de degradação desses embates e prossegue tendo a Ciência como escopo ou fundamento de sua conclusões, "malgré lui". Erra redondamente quem pensa que a fase experimental doutrinária já tenha passado: ela nem começou! 

Os novos aparelhos estão aí para permitir-nos uma pesquisa mais segura, onde a fraude não mais terá vez porque pode ser detectada por eles, imparciais em seus registros e seguros nos seus resultados insofismáveis. É o fim do empirismo. Ninguém mais poderá pregar um princípio sem a prova, nem mesmo serão aceitas mensagens mediúnicas que não encontrem respaldo nas experiências; o homem começa a entender que a vida na Terra é de encarnados e eles é que têm que descobrir as verdades que faltam para seu melhor conhecimento e evolução, independente das ajudas que a Espiritualidade (de onde viemos e para onde voltaremos) nos possa trazer. Caso contrário, não justificaria termos nascido. 

Está na hora, portanto, de reformularmos nosso posicionamento reacionário para não ficarmos detidos no tempo e termos que integrar o grupo dos atrasados, enquanto o conhecimento avança; está na hora, pois, de caminharmos com ele para a verdade das coisas. 

E o pior de tudo é que, enquanto os cientistas vão desvendando um mundo novo, pelo lado espiritual - o domínio das formas - alguns dos que se dizem espíritas é que se tornam verdadeiros entraves ao progresso doutrinário. Estamos a um passo de saber o que seja o espírito pois os osciloscópios já podem detectar sua presença, ou seja, o "campo" a ele correspondente, o que comprova que, além de existir, tem algo em comum com a matéria, senão, evidentemente, não poderia agir sobre ela, dotando-a de vida, desde a forma a mais elementar, que é a da sub-partícula atômica, até a animal superior (do homem), mostrando que a escala evolutiva dos seres materiais obedece a uma lei de formação espiritual. 

Enfim, até na vida, a matéria é transitória. 


Carlos de Brito Imbassahy
(Físico)

Fonte: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/ciencia/a-ciencia-do-futuro.html
http://www.ippb.org.br/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sábado, 15 de dezembro de 2012

A EXPERIÊNCIA DIVINA



A glória do Divino - a riqueza, a plenitude, a extensão e a profundidade da experiência Divina devem ser experimentadas. Ela não pode ser expressa por quaisquer palavras ou peças de teatro. Você deve sentir que é seu destino mais elevado adquirir essa experiência. Você não é uma criatura desprezível, nascida no lodo ou pecado para levar uma existência banal e se extinguir. Você é uma mistura de mortal e imortal (Deha e Deva). Libertação é o meio para ser livre de dor e viver na alegria. E é fácil conseguir isso. Tudo que você precisa fazer é depositar todos seus fardos em Deus. Isso o tornará despreocupado e sem aflição. Aceite tudo como um Jogo Divino do Senhor que você adora e ama. Não importa o que aconteça, bata palmas em êxtase e alegria, pois tudo é Seu Jogo Divino e você pode ser tão feliz como Ele é, pois seus planos estão operando e eles são para o seu bem maior!


Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/feminino-divino-deusa-deusa-interior-7854088/

TEM QUE MUDAR



Um aluno foi até meu pai, Rav Berg, e lhe disse: "Sabe, eu cheguei a um ponto da minha vida em que realmente quero mudar.”

O Rav disse: "Quer mudar? Você tem que mudar!".

Enquanto não tomarmos consciência do que está realmente em jogo – de tudo o que o mundo e nós estamos perdendo – e continuarmos a ser o que sempre fomos, não seremos capazes de dar os passos necessários para transformar.

A mudança acontece quando o medo de que as coisas permaneçam iguais é maior do que o medo de mudar.


Rav Yehuda Berg



Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/vectors/ciclo-fase-mudan%C3%A7a-curso-diagrama-2019530/

A GERAÇÃO QUE ESTÁ REVELANDO O MISTÉRIO DO UNIVERSO


A ciência da Cabalá só deve ser revelada à pessoa quando ela quiser entender o sentido da vida. No entanto, se ela ainda não possui esse desejo, se está totalmente imersa na vida deste mundo e só está preocupada com a sua segurança no momento atual de sua existência, então não há porque dizer-lhe sobre a ciência da Cabalá. Isso não é para ela e só pode confundi-la. Deixe que ela continue seu desenvolvimento egoísta e não toque na ciência da Cabalá.

É por esta razão que os Cabalistas ocultaram esta ciência ao longo dos séculos, esperando até que a humanidade atingisse um estado em seu desenvolvimento onde começasse a perguntar sobre o sentido da vida. Nós vemos isso agora nos grandes problemas do mundo, na abrangente crise geral que permeia absolutamente todas as esferas da atividade humana.

Isso é evidente pelo atual estado de depressão da humanidade, refletido no número de suicídios, e pelo fato de que o mundo está numa retração e não pode fazer nada sobre isso. Todo mundo está numa retração, tanto a elite quanto as pessoas normais. Há um gradual desaparecimento da classe média, a indústria de transformação está sumindo; nós estamos perdendo o interesse na vida. Não sabemos o que fazer. Nós percebemos que há a possibilidade de uma terceira guerra mundial, mas vemos isso com calma, como se o nosso destino nos arrastasse para algum lugar, porque percebemos que não temos força, conhecimento, nem desejo de opor qualquer resistência. Alienação e impotência reinam no mundo.

É exatamente nesta geração que a ciência da Cabalá deve ser revelada, porque a partir dela as pessoas não apenas entenderão como sairão do estado atual, que as deixou sem esperança, mas também para descobrir o que as espera no futuro: um estado elevado, eterno e perfeito, que é bilhões de vezes maior que qualquer coisa que jamais poderíamos sentir neste mundo.



Rav Dr. Michael Laitman, PhD.



Da Lição Virtual 18/11/12

Fonte: Bnei Baruch  - A Sabedoria da Cabala 
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A SABEDORIA DO BOM SENSO

É muito fácil ficar tão enredado em nossas metas mundanas que perdemos a noção do todo. Sem perspicácia nem perspectiva, acabamos priorizando o que não devemos. 

Os altos e baixos de um escritório e a dinâmica interpessoal, por exemplo, vão afetar excessivamente a mente não treinada. Em um instante você se sente como um vencedor, eufórico e ganhando a partida, no momento seguinte você é um trapo, derrotado, desesperançado e deprimido. 

O Budismo nos lembra que nada dura muito, nem mesmo vitórias ou fracassos. Até mesmo o Super-homem pode cair do céu. 

A virtude do equilíbrio nos ajuda a não investir energia excessiva no sucesso, nem ficar arrasado com o desapontamento. 

A sabedoria do senso comum nos lembra que existe uma diferença entre sobreviver e viver. 

Nossa busca pelo sucesso mundano neste mundo de amarguras, não poderia ser mais satisfatória do que a busca de uma miragem no deserto árido. 


Lama Surya Das


(desconheço a fonte do texto)
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

FÉ RELIGIOSA

Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais (pontos fundamentais de doutrina), que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob este aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro, também o é à luz meridiana. Cada religião pretende ter a posse exclusiva da verdade: preconizar alguém a fé cega sobre um ponto de crença é confessar-se impotente para demonstrar que está com a razão.

Estas palavras são de Kardec e encontram-se no item 6 do capítulo XIX de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

Prossegue o Codificador:

Diz-se vulgarmente que a fé não se prescreve, donde resulta muita gente alegar que não lhe cabe a culpa de não ter fé. Sem dúvida, a fé não se prescreve, nem, o que ainda é mais certo, se impõe. Ela se adquire e ninguém há que esteja impedido de possuí-la, mesmo entre os mais refratários. Falamos das verdades espirituais básicas e não de tal ou qual crença particular. Não é à fé que compete procurá-los; a eles é que cumpre ir-lhe ao encontro e, se a buscarem sinceramente, não deixarão de achá-la.

Em certas pessoas, a fé parece de algum modo inata; uma centelha basta para desenvolvê-la. Essa facilidade de assimilar as verdades espirituais é sinal evidente de anterior progresso. Em outras pessoas, ao contrário, elas dificilmente penetram, sinal não menos evidente de naturezas retardarias. As primeiras já creram e compreenderam; trazem, ao renascerem, a intuição do que souberam: estão com a educação feita; as segundas tudo têm que aprender: estão com a educação por fazer. Ela, entretanto, se fará e, se não ficar concluída nesta existência, ficará em outra.

Continua Kardec:

A resistência do incrédulo, devemos convir, muitas vezes provém menos dele, do que da maneira por que lhe apresentam as coisas. A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não é deste século, tanto assim que precisamente o dogma da fé cega é que produz hoje o maior número de incrédulos, porque ela pretende impor-se, exigindo a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre arbítrio. É principalmente contra essa fé que se levanta o incrédulo e dela é que se pode com verdade dizer que não se prescreve. Não admitindo provas, ela deixa no espírito alguma coisa de vago, que dá nascimento à dúvida. A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa. A criatura então crê porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis porque se dobra. Fé inabalável só é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.

A esse resultado conduz o Espiritismo, pelo que triunfa da incredulidade, sempre que não encontra oposição sistemática e interessada.

Equivocados, alguns intelectuais europeus buscam combater a fé religiosa. Christopher Hitchens, com seu livro “Deus não é grande”, e Richard Dawkins, com seu DVD “Raiz de todo mal?” e seu livro “Deus – um delírio”, com mais de um milhão de cópias vendidas, são os principais, atualmente. O filósofo Anthony Crayling lhes faz companhia nessa cruzada contra a religião.

A missão do homem inteligente na Terra (Eva, VII-08) é desenvolver sua inteligência para o bem de todos, conduzindo a Deus as inteligências retardatárias.

A inteligência é rica de méritos para o futuro, mas, sob a condição de ser bem empregada.

Reflitamos a respeito.


Formatação e pesquisa: MILTER - 09-12-2012
Revista Internacional de Espiritismo – Janeiro 2008.

Fonte: www.adde.com.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal




O ELIXIR QUE REMOVE O VÉU DOS OLHOS

Se uma pessoa vem à sabedoria da Cabala e estuda-a o tempo todo para si, mas não para alcançar a maior qualidade, então isso fecha tudo para ela. Ela não entenderá nada do que acontece dentro de si se ela não ajustar-se à ligação com o grupo, se ela não procurar corrigir-se, mudar a si mesma através da Luz superior, e se ela não tem necessidade urgente de mudar a si mesma.

E em primeiro lugar, ela executa todas as ações de forma completamente artificial, e só gradualmente sob a influência da luz superior isso torna-se um requisito necessário. Mas se ela não tem direção certa e não quer participar neste momento mesmo artificialmente, como uma criança em um jogo, então a cabala torna-se veneno em vez do "elixir da vida."

Por quê? Porque ela se torna ainda mais egoísta. Ela quer ganhar dinheiro com a ajuda da Cabala. Ela acha que já se tornou importante e grande e ela não precisa de mais nada. Essas pessoas geralmente se afastam ou abrem seus próprios grupos. Mas é bom. Tudo se tornará claro.

Rav Dr. Michael Laitman, PhD.



Fonte: A partir de uma Lição Virtual 18/11/12
Bnei Baruch - A Sabedoria da Cabala
http://laitman.com.br/2012/12/o-elixir-queremove-o-veu-dos-olhos/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

EU SOU UNO COM O PAI - EU SOU ELE - ELE É EU


EU SOU O QUE O CRIADOR É. 
LOGO, EU SOU UNO COM O PAI.
EU SOU ELE.
ELE É EU.

Onde está a Presença do — EU SOU — não pode haver egoísmo ou amor próprio na direção e na atividade externa da sorte. Por este motivo, não se deve ter medo em usá-la para abençoar, curar, fazer prosperar e iluminar a nossos semelhantes. 

Jesus dizia: "Quando levantais ao alto o Filho do Homem, então, conhecereis que — EU SOU — e não faço nada de mim mesmo, senão que, segundo me ensinou o Pai, assim falo. Quem me enviou está comigo; não me deixou só, porque eu faço sempre o que é de seu agrado." 

Este é o único caminho de cada discípulo que: EU SOU A PRESENÇA DE DEUS EM AÇÃO EM CADA SER.



Dr. Jorge Adoum .'.
Fraternitas Rosicruciana Antiqua



Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/vectors/globo-mundo-terra-m%C3%A3os-pessoas-304586/

OS GUIAS DO MUNDO


As multidões estão sempre à espera de chefes, de modeladores, de condutores em qualquer campo, para saberem o que devem fazer. Necessitam e procuram um modelo para imitar, um legislador que estabeleça a norma que devem seguir na vida, pois bem poucos sabem agir sozinhos. Por isso, sempre ideal, sua bandeira e ídolo sobre o qual projetam e concentram as suas aspirações, que a vida faz nascer em seu instinto naquela hora, com o seu fim de obter progresso. Forma-se então desse homem, a lenda, o mito, a divinização, em que permanece o essencial dele, o valor biológico, o impulso vital. Morre o homem, mas fica sua imagem, até que tenha cumprido a sua função biológica. E desse homem permanece um símbolo uma bandeira, a ideia, ativos até sua completa atuação na vida dos povos.

Explica-se assim o fascínio de tantos seres superiores, diante de um mundo que, de início, os julgou loucos, que julgaria louco qualquer um que tornasse a imitá-los. Mas resta o fato de que é necessidade absoluta da vida o renovar-se para evolver. Só a evolução pode explicar-nos como podem esses seres de exceção ser aceitos pela multidões absolutamente incapazes de compreendê-los. A admiração delas não pode explicar-se apenas como concordância passiva para imitar os mais cotados, que primeiramente entoaram o hino da exaltação. A concordância das multidões é própria delas e nasce por um instinto que lhes está no âmago e que faz falar dessa maneira. Além disso, ninguém saberia explicar claramente o porquê dessa admiração. Mas de fato ela existe. E no entanto parece estranho ver como um São Francisco possa exercer um fascínio sobre o tipo normal, que está muito longe de pensar que um santo desses possa jamais ser verdadeiramente imitado por ele. Como é que podem as virtudes de renúncia desse santo, tão antivitais no plano comum biológico, tão nos antípodas dos instintos normais de conquista, egoísmo e agressividade, como podem fascinar tantas criaturas, num mundo em que perder é morrer e diante de princípios da vida tão ferreamente utilitários? Só pode explicar-se tudo isso, pensando na função biológica que a santidade tem em relação ao progresso religioso, moral e espiritual, que é sem dúvida, um aspecto importantíssimo do progresso social, sobre o qual ele tem grande influência. Mesmo na santidade há uma função biológica, e onde é função, é também fascínio, isto é, atração, um apelo ao instinto, ou seja, um convite a aderir, para que se cumpra a evolução. (...)

O ideal é loucura, e o mundo o sabe. Entretanto, tendo que evolver, o mundo tem fome do que é novo, e para conquistá-lo tem necessidade de tentar também o absurdo. As grandes conquistas da civilização foram vitórias conseguidas constrangendo o absurdo a tornar-se lógico e atual, pelas condições de vida que se mudaram. Se não houvera razão biológica, jamais o subconsciente das massas tributaria homenagens ao gênio, ao herói, ao santo, homenagem que continua mesmo quando tenha morrido o homem, e dele se não possa tirar mais vantagem alguma. Não basta o interesse de um grupos de sequazes, para explicar sua sobrevivência ideal, que é uma corrente coletiva e não um produto de grupo. E não deixe de se pensar que aquele ideal que as multidões venerem, se representa um guia, significa também uma censura contínua e uma condenação à sua conduta. E no entanto a veneração permanece. Então, o instinto das massas sente por intuição a superioridade do super-homem, mesmo se não sabe compreender pela análise, sente que ali está assinalada uma meta, para seu porvir. Sabe que ela está longe, tanto que não sabe realizá-la hoje e lhe parece utopia. Mas ali está o farol luminoso, e aquela luz o atrai, porque, ainda que hoje pareça irrealizável utopia, representa todavia a única esperança do futuro. 

Sabem todos muito bem que na vida prática não se consegue imitar um São Francisco, e bem poucos pensam em fazê-lo. E no entanto sua figura nos enche a alma de saudade por algo de belo, de grande e de longínquo, enche-nos a mente com a imagem de um paraíso de alegrias espirituais, e nesse sonho se aquieta nossa alma cansada. É tão dura a realidade cotidiana, é tão amarga a luta pela vida, tão triste é o mundo cheio de maldades e dor, que se torna alegria evadir-se em sonho e, ao menos nele, ver realizada uma beleza irreal. Por mais que tudo isso nos pareça absurdo e entre no terreno do irracional – e o homem, que conhece o real, o saiba – no entanto ele não sabe resistir à alegria de poder repousar da vista sufocante das baixezas humanas, refugiando-se mais alto, num mundo melhor. Vistas da profundeza da miséria cotidiana de uma vida monótona e plana, por gente que se arrasta na estrada de destinos cinzentos e insignificantes, essas figuras, superiores em qualquer campo, aparecem como luzes ofuscantes que reanimam, provando que o progresso não é vão utopia e que o ideal é uma força que verdadeiramente impulsiona e sustém a vida. Se tão grande parte de nós, é representada pelo subconsciente, em que persistem e de que ressurgem os atávicos instintos animais, outra parte de nós é sem dúvida representada pelo superconsciente, em que desponta, por intuição, o pressentimento da ascensão e dos melhoramentos num plano mais elevado. 

Tudo isso parece sonho e fantasia. E no entanto são estas evasões do mundo positivo da realidade concreta os momentos mais criadores da vida. Quando a alma parece perder-se no irreal e no irracional, afastando do que parece única verdade segura, então afigura-se-nos que algo do melhor de nós desperte de um longo sono e se lança a obra de romper os limites do passado e transpor os velhos horizontes. Realmente são esses estranhos impulsos do desejo ainda inexpresso, que lançam o mundo nas novas estradas da evolução e que permitem realizar-se o milagre que sempre se repete, pelo qual, da utopia de hoje se extrai a realidade de amanhã. Se é verdade que estamos imersos nas necessidades férreas do contingente, é também verdade que, no fundo da alma humana, há um irrefreável e insaciável anseio de subida. Daí nasce a contínua náusea do passado e um constante e desesperado esforço para subir. Há uma luta na qual a luz quer vencer as trevas. Ainda que vagamente, as multidões sentem a beleza do homem superior, mas sabem que há muito cansaço e dificuldade em segui-lo. Apegam-se então à sua memória, veneram suas relíquias, esfregam-se às pedras do seu túmulo, cantam-lhe hinos, para assim desafogar como podem essa vaga saudade de superação que existe em cada ser humano, este anseio de infinito que nos arrasta a todos. 

Tudo isto é um sonho, sabemos. Mas sonhar é pensar e desejar. E o pensamento e o desejo têm poder criador. Quando fortemente e durante muito tempo pensamos em alguma coisa e cremos nela, no fim ela passa a existir. Assim aqueles modelos ideais, que a humanidade forma com seus elementos mais evoluídos, servem-lhe para criar correntes psicológicas, que depois pela longa repetição, cada vez mais são assimiladas e fixadas nas qualidades da estirpe. O que plasma a vida é a ideia, a qual precede e antecipa suas formas futuras. Lança-se assim o pensamento no ignoto futuro e nele se agarra como utopia, que é sem dúvida também esperança; assim o espera, o saboreia, o antecipa e finalmente nele se fixa como realização concreta. Mediante esse processo gradual de conquista, lentamente os ideais tornam-se realidade. 

Morto o super-homem, permanece o seu modelo. Iniciada depois a corrente de psicologia coletiva, pelo consenso público das pessoas mais destacadas, reforçada pela adesão dos grupos dos sequazes e pela concordância instintiva de muitos, ela cresce por si, porque a imitação, meio pelo qual funcionam as multidões, se incumbe de fazer o resto. As coletividades pensam e agem por sintonia, por correntes. Vemos que cada indivíduo olha mais ou menos em redor de si, para ver como os outros fazem, porque acha que a verdade é decidida pelo que a maioria pensa e faz e que erra aquele que não age como a maioria. Cada indivíduo, mais ou menos, tem em grande monta a opinião pública, torna-se escravo do julgamento do próximo, tende sempre a mimetizar-se com a cor dominante e a seguir a correnteza, pois apenas nela se sente aprovado e seguro. Bem poucos tem autonomia de julgamento. As massas funcionam com a psicologia do rebanho.


Prof. Pietro Ubaldi



Fonte: do livro "Problemas Atuais"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal