sexta-feira, 19 de outubro de 2012

EFEITO ESPELHO

Existe uma característica dos relacionamentos muito próximos, que é um dos principais fatores responsáveis em tornar a convivência insuportável. Trata-se do efeito espelho.

Um dos mecanismos mais usados para assimilação de informações e comportamentos é a “repetição”. Este fato resulta em uma forte tendência da mente humana em absorver padrões de comportamento que são insistentemente colocados na tela mental.

Essa tendência se aplica não somente em relação à qualidades, conhecimentos e habilidades. Mas também em relação aos defeitos, hábitos e comportamentos desinteressantes.

Ou seja, numa convivência próxima, é natural que além da maneira de falar, padrões de sentimentos e maneira de vestir, também sejam assimilados os denominados “defeitos de comportamento”.

Dessa maneira acontece um efeito no mínimo interessante. Após um certo tempo, a pessoa com que estamos convivendo, seja um filho, um cônjuge, um colega de trabalho, um amigo etc., terá a tendência natural em absorver algumas das nossas falhas de comportamento mais marcantes. Em especial aquelas que ainda não nos conscientizamos, mas que nos incomodam em nível subconsciente, ou ainda aquelas que já nos conscientizamos e achamos que superamos, mas que ainda continuam se manifestando inconscientemente.

Agora imaginem essa situação. A pessoa que estamos convivendo diretamente, passa a apresentar os defeitos que mais abominamos, em especial porque esses defeitos estão em nós, e em vários casos estamos procurando superá-los, mesmo que inconscientemente.

Esse é o efeito espelho, uma tendência que sabiamente existe para que possamos sentir na pele os nossos próprios defeitos de convivência, mas que na maioria dos casos, pela influência do ego, é o principal responsável em tornar a convivência de alguns relacionamentos insuportável.

Em outras palavras, a maioria dos problemas que surgem relacionados às falhas das outras pessoas, verdadeiramente está em nós, pois quando nos corrigimos, tudo se torna perfeito e passamos a não nos incomodar mais.

Júlio César de Castro Ferreira

(desconheço a fonte do texto)
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

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