Determinismo e livre-arbítrio coexistem na vida, entrosando-se na estrada dos destinos, para a elevação e redenção dos homens.
Determinismo e livre-arbítrio formam uma dupla inseparável na longa estrada da evolução do espírito.
Nos primeiros estágios da vida, quando ainda não se encontram manifestos os valores da educação e da experiência em forma de inteligência, predomina o determinismo: já que o espírito por ser ainda ignorante não tem consciência das suas ações.
Posteriormente, amadurecido pelas provas das várias reencarnações, ampliam-se valores em forma de inteligência e consciência das ações praticadas, fazendo que, como consequência da lei de causa e efeito, se responsabilize pelos seus atos, organizando o seu determinismo, que pode ser agravado ou atenuado, até atingir os patamares superiores da sua evolução.
O determinismo é predominante nos primeiros estágios da vida
Estagiando, já como espírito educado e consciente, ele se encontra munido de senso crítico, capacitado a compreender quando lhe fala a vontade de Deus, impulsionando-o no caminho da evolução, ou a sua vaidade e egoísmo, chumbando-o aos ciclos das reencarnações dolorosas; pois estará sempre com ele o mérito da escolha.
Vale salientar, que em todas as circunstâncias, se encontra ativa a lei universal do bem e da felicidade para todas as criaturas.
As situações que se apresentam como agravamento do determinismo na vida, não devem ser interpretadas como castigo, mas sim como manifestação da lei de causa e efeito, convidando a profundas reflexões, que apontarão as falhas e a necessidade de reparação, harmonizando-o com as leis divinas.
Diz Emmanuel: “O determinismo divino se constitui de uma só lei, que é a do amor para a comunidade universal. [...]” (O Consolador, Segunda Parte, “Experiência”, questão 135.)
O determinismo absoluto só existe nos animais e nos homens selvagens
Porém, quando o espírito dominado pelo orgulho se acha auto-suficiente, transforma-se em instrumento de ações perniciosas, comprometendo-se com as leis divinas, necessitando de reparação apropriada. Isso vem a confirmar as infinitas misericórdia e justiça do Pai, abrindo as portas das oportunidades reparadoras através da reencarnação, a fim de que o espírito siga seu caminho na conquista da plenitude espiritual.
Concluindo, poderemos afirmar que o determinismo absoluto só existe nos animais e nos homens selvagens. E quanto àqueles que já despertaram para horizontes mais amplos, pela inteligência e noções de amor, predominam o livre-arbítrio e o compromisso de proteger os que se encontram na retaguarda da evolução.
Fonte: Revista Reformador
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal
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