Há algum tempo, li uma pequena história que me impressionou muito pela sua maneira simples de expor coisas muito sérias e que agora vou tentar transmitir a vocês.
A história falava de uma pessoa, um homem, que vivia ansioso por servir à humanidade, mas não sabia como fazê-lo. Sempre que tentava, sentia que ninguém lhe permitia prestar um serviço. Aquele homem dirigia-se a todas as partes procurando dar um pouco de si mesmo, mas nunca conseguia bom resultado. Um dia encontrou alguém que lhe disse:
“Primeiramente, deverás descobrir e conhecer o teu próprio Eu. Somente então, poderás servir.”
Ele então andou buscando o seu Eu e quando começou a descobrir quem realmente era, tentou mais uma vez, com maior interesse do que antes. Mas, quanto mais tentava menos era capaz de dar algo de si àqueles com quem entrava em contato. Eles não aceitavam. E o pobre homem pensava: “Por quê?” Comentava com os outros e não obstante não encontrava resposta. Ele não sabia o que era servir...
Um dia, sentou-se tranquilo em um lugar silencioso, ao lado de um lindo jardim, e viu à sua frente uma linda roseira onde desabrochava uma belíssima rosa. Pensou: “Que beleza de rosa!”, e ficou em silêncio contemplando e absorvendo a beleza e o perfume da rosa. De repente, animou-se, pois descobriu que pelo simples fato de existir, a rosa SERVIA! Ela cumpria sua missão, já no arbusto. Bastava apenas existir, oculta, crescendo, sempre ela mesma, para ainda perpetuar a sua espécie. A rosa não tentava ou procurava servir-lhe, simplesmente acumulava beleza por meio de sua própria forma e aguardava viva, verdadeira!
A rosa já se expressava totalmente quando o nosso homem aproximou-se. Ela, a rosa, nada mais necessitava. No entanto, devido à ansiedade do homem, ela tornou-se algo mais. Ela não lhe pediu que a usasse, mas, quando ele o fez, SERVIU-O, porque estava à sua disposição. Estava pronta para servir a qualquer pessoa que necessitasse daquilo que ela realmente era: UMA ROSA. Ela servia mais do que ele jamais havia conseguido em toda a sua vida.
E o homem pensou: “Agora, não estou mais vazio. Já obtive a resposta.”
Como podemos ver, não é preciso que andemos sem rumo, para lá e para cá em busca de pessoas e lugares onde possamos servir. Os lugares e as pessoas estão ali, onde estamos, à nossa volta. Basta que os vejamos e que, como a rosa, ESTEJAMOS PRONTOS PARA SERVIR ÀQUELE QUE NECESSITE DAQUILO QUE REALMENTE SOMOS.
Cada um de nós tem algo a dar, por mais insignificante que nos consideremos pessoalmente. Se nunca procurarmos descobrir o que temos para dar não o poderemos oferecer a ninguém. Como seres humanos somos capazes de prestar auxílio desinteressado e amar outros seres. Podemos também amar e apreciar coisas que aparentemente não tem utilidade prática, como as cores magníficas de um pôr-do-sol, ou uma pequena flor, os sons harmoniosos do canto dos pássaros e, com isso, acumulamos em nós, belezas para servirmos, nos empenhando em aumentar a harmonia e a felicidade do mundo.
Nós somos os filhos da Luz e alguma coisa dentro de nós proclama que a alegria e o amor devem sempre ser considerados e expandidos para que possam nos fortalecer e nos tornar autênticos Filhos da Luz e, como a rosa, servirmos com amor, pela simples circunstância de existirmos!
Verleid Mendes de Abreu
BOA VONTADE MUNDIAL / TUTMONDA BONVOLO
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Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal
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