sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O AMOR NÃO É CULTIVADO

O amor não é para ser cultivado. O amor não pode ser dividido em divino e físico; é apenas amor – não que você ame muitos ou um. Essa, outra vez, é uma pergunta absurda de se fazer: “Você ama tudo?” Veja, uma flor com perfume não está interessada em quem vem cheirá-la, ou quem lhe vira as costas. Assim é o amor. O amor não é uma memória. O amor não é uma coisa da mente ou do intelecto. Mas ele surge naturalmente como a compaixão, quando todo este problema da existência como medo, ambição, inveja, desespero e esperança foi compreendido e resolvido. Um homem ambicioso não pode amar. Um homem apegado à sua família não tem amor. O ciúme nada tem a ver com amor. Quando você diz, “Eu amo minha esposa”, não está realmente dizendo isto, porque no momento seguinte você tem ciúmes dela. O amor implica grande liberdade – não para fazer o que você quiser. Mas o amor só chega quando a mente está muito quieta, desinteressada, não centrada em si mesma. Estes não são ideais. Se você não tem amor, faça o que fizer – vá atrás de todos os deuses da terra, faça todas as ações sociais, tente reformar o pobre, a política, escreva livros, faça poemas - você é um homem morto. E sem amor seus problemas aumentarão, se multiplicarão infinitamente. E com amor, faça o que fizer, não há risco; não há conflito. Então o amor é a essência da virtude.






J. Krishnamurti





Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

Nenhum comentário:

Postar um comentário