Mesmo que, um dia, se conseguisse suprimir todos os exércitos e todos os canhões, no dia seguinte os humanos inventariam outros meios para se guerrearem. Não é suprimindo alguém ou alguma coisa no exterior que se pode restabelecer a paz. A paz é, em primeiro lugar, um estado interior, e é nele mesmo que o ser humano deve começar por suprimir as causas da guerra. Enquanto ele for habitado pelo descontentamento, pela revolta, pela inveja, pelo desejo de possuir sempre mais, o que quer que ele faça não só alimentará no seu íntimo os germes da desordem, como semeará esses germes por toda a parte à sua volta.
Da mesma forma, quem come e bebe o que quer que seja faz entrar no seu organismo certos elementos nocivos que o tornarão doente. E, então, que paz pode ele ter depois de estragar o seu organismo? No plano psíquico existe a mesma lei: se ele engolir todo o tipo de pensamentos e de sentimentos, ficará doente. A paz também é, pois, consequência de um saber relativo à natureza dos alimentos que o homem “ingere” no plano psíquico. Ela só pode instalar-se naqueles que se esforçam por se alimentar de pensamentos justos e sentimentos generosos. Só esses seres podem trazer a paz ao seu redor: de todas as células do seu corpo, de todas as partículas do seu ser físico e psíquico, emana uma harmonia que impregna os mínimos atos da sua vida quotidiana.
Omraam Mikhaël Aïvanhov
Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal
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