Viajando pela terra, frequentemente caminhamos sobre pedras preciosas, ocultadas a uma pequena profundidade debaixo de nossos pés e não as vemos; isto ocorre com os literários e os homens da torrente que são como eles; quando o literário lê os escritos dos amigos da Verdade, só vê areia e pó, não vê nada da fecunda germinação debaixo da superfície. Oh! quão oculta é a obra de Deus! Comece pelo o que está debaixo do véu da natureza, depois pelo que está oculto nas últimas ramificações das relações sociais, das trevas e ignorância dos homens! Eis o porquê das expressões arrojadas, das imagens extraordinárias e eficazes que inundam os livros sagrados e aqueles dos amigos da Verdade; aos olhos vulgares, se justificam somente ao atribuí-las ao estilo Oriental. Por que tais expressões parecem tão estranhas aos homens da torrente? Porque perderam as afeições que produziriam estas expressões no seu interior; porque se prenderam às regiões inferiores, onde os contrastes são mais dóceis, as nuanças quase uniformes e as impressões que produzem quase nulas.
Louis Claude de Saint-Martin
Fonte: do livro "Homem: Sua verdadeira Natureza e Ministério"
Tradução: Sociedade das Ciências Antigas
Fonte da Gravura: http://superioresincognitos.blogspot.com.br/2014/10/o-martinismo-russo.html
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