Como cada acontecimento é consequência de um acontecimento anterior, é impossível interpretar corretamente o presente se não se lançar um olhar sobre o passado. Mas devemos saber que podemos trabalhar sobre este presente, que é consequência do passado, para que o futuro seja melhor, mais belo, mais luminoso. Portanto, para compreendermos bem o presente dos seres, devemos considerá-lo não só como a consequência de um passado longínquo, mas também como o ponto de partida para uma nova existência.
Quem estuda uma vida humana sem ter em conta o fato de que ela está ligada a vidas passadas e a vidas futuras não pode apreciá-la com exatidão. Perante certas existências, é impossível não pensar: «Que desperdício!» Mas é preciso ter em conta que esta existência é só um elo de uma longa cadeia e que os elos seguintes podem ser melhorados.
A maior parte dos humanos têm tanto prazer em constatar as más facetas dos outros, em comentá-las, em procurar maneiras de os punir, que muitos imaginam que o Senhor faz o mesmo. Mas por que é que eles atribuem ao Senhor as suas próprias facetas malsãs? Deus não se preocupa com os erros dos humanos e também não os castiga. São eles mesmos que, com os seus erros, provocam desordens no seu intelecto, no seu coração, na sua alma, e depois essas desordens têm repercussões negativas em toda a sua existência. A “punição” não é senão a consequência de uma causa má, perniciosa, que eles próprios criaram.
Para ajudar os humanos a aperfeiçoarem-se, é preciso explicar-lhes as consequências dos seus pensamentos, dos seus sentimentos e dos seus atos nos seus organismos psíquico e físico, é preciso mostrar-lhes que tudo o que eles fazem de bom ou de mau tem necessariamente repercussões neles próprios. Se eles terão ou não em conta estas explicações, é outra questão, mas um dia serão mesmo obrigados a admitir que elas são exatas.
Omraam Mikhaël Aïvanhov
Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com
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