Todo o esforço empregue na meditação constitui a sua própria negação.
A meditação consiste no término da ação do pensamento; só então pode chegar a existir toda uma dimensão intemporal.
A meditação não constitui um meio para atingir um fim; é um fim em si mesma.
Aquele que medita deve deixar de existir para que a meditação possa ocorrer.
A meditação não é uma experiência nem uma lembrança erguida em torno de um dado prazer futuro.
A meditação diz sempre respeito ao presente enquanto que o pensamento pertence sempre ao passado.
Toda a consciência é pensamento, porém, o estado de meditação não ocorre dentro das suas fronteiras.
Meditar é transcender o tempo, tempo esse que é a distância que o pensamento percorre na sua realização.
Somente quando a mente transcende o tempo é que a verdade deixa de ser uma abstração. Então a benção deixa de ser uma ideia derivada do prazer e torna-se uma realidade não verbal.
O esvaziamento dos conteúdos temporais da mente constitui o silêncio da verdade, e percebê-lo é agir; desse modo não há divisão entre o ver e o fazer, pois nesse intervalo nasce todo o conflito, tristeza e confusão.
Aquilo que não possui tempo é Eterno.
(Texto adaptado)
J. Krishnamurti
Fonte: "A Arte da Meditação"
Tradução de A. Duarte (2002)
Fonte da Gravura:
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
http://fightlosofia.com/krishnamurti-en-imagenes-krishnamurti-in-pictures/
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