O Que Acontece Quando Estamos Convencidos da Veracidade de Algo
O dogmatismo é uma falha de muita gente. Penso que ele é gerado por um sentimento de insegurança, na realidade, ao mesmo tempo que é um esforço de alguém para confirmar diante de si mesmo e dos outros a certeza de que o seu conhecimento é correto.
Naturalmente há outros tipos de dogmatismo, como a manutenção da nossa opinião simplesmente porque é a nossa opinião – uma afirmação egocêntrica. Um “dogma” é definido como aquilo que parece bom e correto para alguém [1]; o dogmatismo, normalmente arrogância, é afirmação.
O dogmatismo sempre traz à minha mente a ideia de uma afirmação cuja veracidade não pode ser comprovada. Alguém pode falar de maneira convincente sobre aquilo que para ele é verdadeiro, sem cair na atitude dogmática. Quando estamos convencidos da veracidade de algo, não há razão para que não expressemos essa convicção com a intensidade que a situação exige, mas em tal caso também não há razão para que exijamos a sua aceitação por parte dos outros.
Concretamente, nós não exigimos a aceitação da Teosofia; nós apontamos para os seus princípios e as aplicações desses princípios. A Teosofia apresenta algumas afirmações como percepções que são objetos de conhecimento por parte de seres humanos aperfeiçoados, mas não como afirmações em que se deve acreditar. É mostrado que tal conhecimento, tendo sido alcançado por Eles a partir de observação e experiência feitas ao longo de muitas vidas, pode ser alcançado por todos os seres humanos, e os meios para fazer isso são assinalados. O bom senso presente na alegação de que esse é um conhecimento legítimo afasta a afirmativa do terreno do dogmatismo.
A consciência é onipresente, não pode ser localizada nem centrada em nenhum assunto particular, e tampouco pode ser limitada. Só os seus efeitos é que pertencem à região da matéria, porque o pensamento é uma energia que afeta a matéria de várias maneiras; mas a consciência em si não pertence ao plano da materialidade.
Robert Crosbie
Fonte do Texto e da Gravura: do Blog "Filosofia Esotérica"
http://www.filosofiaesoterica.com
NOTA DO TRADUTOR:
[1] Crosbie está mencionando a definição clássica do termo. (C. C. Aveline)
O fragmento acima foi traduzido do livro “The Friendly Philosopher”, de Robert Crosbie, The Theosophy Company, Los Angeles, EUA, 1945, 416 pp. O texto está na seção “Homely Hints”, à página 113.
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