A linguagem é muito fraca para explicar a totalidade do mistério. É por isso que o silêncio absoluto da meditação é tão importante. Durante a meditação, não tentamos pensar em Deus, nem falar com Ele, nem imaginá-Lo. Permanecemos no silêncio misterioso, abertos ao silêncio eterno de Deus. Na meditação descobrimos, através da experiência da prática diária e do ensino, que este é o ambiente natural para todos nós. Fomos criados para isso e nosso ser floresce e se expande nesse silêncio eterno.
No entanto, a palavra “silêncio” pode distorcer a experiência e afastar muitas pessoas, pois sugere uma experiência negativa, como a privação do som ou da linguagem. As pessoas têm medo de que o silêncio da meditação seja prejudicial. Mas a experiência e a tradição nos ensinam que o silêncio da oração não é um estado pré-linguístico, mas pós-linguístico, no qual a linguagem cumpriu sua função de nos indicar, por si mesma e além, o reino da consciência mental.
No silêncio eterno nada nos falta e nada nos priva. É o silêncio do amor, da aceitação incondicional. Descansamos em Deus que nos ama e nos criou para estar com Ele.
Dom John Main, OSB
Carla Cooper (Organ.)
Traducido por WCCM España
Fonte: do livro “LA PALABRA HECHA CARNE: El Silencio del Amor”, Norwich: Canterbury Press, 2009, pp. 29-30
Via: WCCM Espanha - Comunidad Mundial para la Meditación Cristiana - http://wccm.es/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal
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