Chega o tempo, pelas abordagens complexas e integrais da Ciência Espírita, em que a Humanidade, por misericordioso contributo da genuína revelação, logra compreender, sem mistérios ou exotismos, secções interpretativas ou arroubos personalistas, a equação definitiva e lógica da vida, da dor e da evolução.
A reencarnação, que se fundamenta na contribuição lúcida e respeitável de pesquisadores, de filósofos, e na clareza meridiana do Espiritismo, dinamiza a formação conceitual dos seres que se preparam, até inconscientemente, para os labores culturais de uma Nova Era, com a realidade do Espírito e sua fecunda destinação divina, por cerne e força propulsora de toda e qualquer iniciativa.
Contudo, pelo entendimento da reencarnação que nos capacita, vida após vida, à plenitude intelecto-moral, impossível não ajuizar das verdades que essa mecânica sublime de progresso e aprimoramento faculta aos estudiosos e interessados.
Desde as embrionárias aglomerações das Mônadas Psíquicas ao protoplasma que ensejou à Terra o desenvolvimento dos elementos orgânicos, de que surgiram as espécies e o próprio corpo celular que atende à evolução do Espírito consciente, que os elementos de ordem exclusivamente espiritual, em se apropriando das moléculas que patrocinam, graças às suas emanações de ordem divina, se associam e se dão a permutas, numa entrosagem sinérgica que desafia o senso comum do homem atado ao pensamento materialista.
Semelhante princípio, que nos denuncia a interdependência do Universo, enseja-nos a compreensão da simbiose positiva ou negativa, tão evidente no plano social globalizado em que todos nós — os terráqueos encarnados e desencarnados — respiramos e realizamos nossa evolução.
Identidade, simpatia, afinidade, sintonia, aversão, repulsa, indisposição, antipatia são condições variadas da alma frente a propostas e desafios da estrada que devemos palmilhar, aprendendo e ensinando, reajustando e iluminando.
Em todo processo reencarnatorio vige a realidade que nos é própria, quando partilhamos de circuitos psíquicos e emocionais de valor ou degradantes, numa engrenagem simbiótica que, nem sempre, ajuizamos e podemos entender, seja para incrementar o bem já semeado em outras estações de esforço e aprendizado, seja para vivenciar o inferno da irresponsabilidade e ingratidão plantado progressivamente, numa afronta inconsequente à Providência Divina, que nos cumula de oportunidades e bênçãos.
Simbiontes como os líquens, algas e fungos, que vivem juntos com outros organismos da Natureza nos induzem a entender o parasitismo diversificado entre mentes e corações na condição humana, deixando-nos a refletir, notadamente após as observações profundas que hoje, sem o corpo físico, podemos levar a efeito, com riqueza e propriedade, que muitos se sustentam reciprocamente pela viciosa ondulação vibracional da maldade, em cujos circuitos lamentáveis e esgotantes da alma sofrem terrivelmente para drenar as próprias ilusões e equívocos, a fim de que, numa sequência natural, lógica e benfeitora, realizem os trabalhos que enaltecem seus espíritos, porque edificantes da vontade de Deus, que é amor puro e santificado.
A ignorância e o capricho personalista são vilões da alma inquieta e preguiçosa, mas pelas reencarnações, que de modo impressionante e ainda inacessível às mentes comuns, nos obrigam a avançar, todos nós nos internamos no clima que vimos edificando desde os primórdios de nossa marcha inconsciente, para a intensificação do progresso que nos capacita e liberta, rumo à felicidade sem jaça (mácula).
Wagner Gomes da Paixão / Leão e André Luiz
Fonte: do livro "Evolução e Vida"
UEM - União Espírita Mineira
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Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/an%c3%aamonas-tent%c3%a1culo-an%c3%aamonas-do-mar-793409/
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