quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

NÃO PENSE QUE A TORMENTA É SUA INIMIGA


Espere a flor desabrochar na quietude que sucede à tormenta: não se adiante.

O que é a flor? O florescimento do seu ser só ocorrerá quando a quietude real acontecer em você; nunca antes. Você não pode forçar a flor a se abrir. Ela se abre por si mesma. Você não pode forçar o seu ser a se abrir; isso é impossível. Você não pode violentá-lo, não pode ser violento com ele. Ele será simplesmente destruído.

A flor se abre por si mesma. O único solo necessário é a quietude autêntica, real e espontânea. A partir de uma quietude cultivada, a flor nunca se abrirá. Com uma quietude cultivada, você simplesmente se tornará entorpecido. Seu ser ficará menos vivo, apenas isso. Com menos vida, você estará menos inquieto. Isso parece bem, mas lembre-se de que a inquietude é um aprendizado.

Você não deve tentar ter menos inquietações. Fique com as suas inquietações e mova-se através delas. Não as abandona, não fuja delas. Chegará um momento em que você terá ido além delas, mas só se atinge esse momento passando-se através delas. Passe através da tormenta e permita que surja uma verdadeira quietude. Só então seu ser florescerá, nunca antes.

Ela se desenvolverá, crescerá rapidamente, produzirá ramos e folhas, e formará botões, enquanto a tormenta continua, enquanto a batalha prossegue. Porém, até que toda a personalidade do homem seja dissolvida e desfeita... até que toda a natureza se renda e se submeta ao seu superior, a flor não poderá desabrochar.

Não pense que a tormenta é sua inimiga. Ela não é. Essa tormenta é a sua maior amiga, pois sem ela não haverá quietude, sem ela não haverá florescimento, sem ela não haverá liberação. Assim, nunca pense em termos de inimizade. Não há nada que seja seu inimigo; a existência inteira é amiga. Até mesmo aquilo que parece estar contra você — até mesmo isso não é seu inimigo. Jesus diz: “Ame o seu inimigo.”


OSHO



Fonte: do livro "A Nova Alquimia", Ed. Cultrix
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

EXPRESSÃO CONSCIENTE DA DIVINDADE


No ensinamento do Buda encontram-se as três maneiras pelas quis se pode transmutar a natureza inferior e prepará-la para ser uma expressão consciente da divindade.

Mediante o desapego, o homem aprende a apartar a sua consciência e interesse das coisas dos sentidos e ficar surdo aos chamados da natureza inferior. O desapego impõe ao homem um novo ritmo.

Mediante a lição do desapaixonamento, ele se torna imune ao sofrimento próprio da natureza inferior, na medida em que desliga seu interesse das coisas secundárias e do não essencial e o centra nas realidades superiores. 

Mediante a prática da discriminação, a mente aprende a selecionar o bom, o belo e o verdadeiro.

Estes três procedimentos, levando a uma mudança de atitude em relação à vida e à realidade, quando levados a efeito sensatamente, proporcionam a regra da sabedoria e preparam o discípulo para a vida Crística.


Alice A. Bailey



Fonte: do livro "De Belém ao Calvário"
Fundação Cultural Avatar, Niterói/RJ, 1990, Tradução de Dr. J. Treiger
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INTROSPECÇÃO - UM MUNDO INTERIOR


Quando me dirijo ao mundo interior, não é para escapar do barulho incessante das ações, das exigências e confusões dos outros.

Não é para alienar-me dos acontecimentos e das pessoas.

É para fertilizar o solo interno, onde todas as minhas virtudes e poderes podem brotar, crescer e desabrochar.

Quando estou bem alimentado por dentro, não me torno um mendigo do amor ou de respeito, porque sei ser meu próprio amigo e amigo dos outros.


Ken O'Donnell



Fonte: "Lições para uma Vida Plena", Ed. Gente, São Paulo, 1993
Brahma Kumaris Brasil - https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: Tumblr

MEDITANDO NAS COISAS CELESTES


Oh! Quanto padeço interiormente, quando, ao meditar nas coisas celestiais, logo uma multidão de ideias carnais vêm perturbar-me o coração!

Deus meu, em vossa ira, não vos aparteis de vosso servo! (Sl 26,9).

Lançai os vossos raios e dissipai estes pensamentos! (Sl 143,6).

Despedi vossas flechas, e se desfarão todos esses fantasmas do inimigo.

Concentrai e recolhei em vós meus sentidos; fazei-me esquecer todas as coisas do mundo; concedei-me a graça de logo rebater e desprezar todas as imaginações do pecado.

Socorrei-me, Verdade eterna, para que nenhuma vaidade me possa seduzir.

Vinde, doçura celestial, e diante de vós fuja toda impureza.

Perdoai-me também e relevai-me, pela vossa misericórdia, todas as vezes que, na oração, penso em outra coisa, fora de vós.

Confesso sinceramente que costumo ser muito distraído. Pois muitas vezes não estou onde tenho o corpo, mas onde me levam os pensamentos. Estou onde está o meu pensamento, e meu pensamento está, de ordinário, onde está o que amo. Ocorre-me com facilidade o que naturalmente me deleita ou por costume me agrada.


Tomás de Kempis



Fonte: do livro "A Imitação de Cristo", Livro 3, Cap. 48, Item 5, Ed. Paumape, São Paulo
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HÁ MUITO O QUE ACONTECER DE BOM NA SUA VIDA !


Jamais perca a esperança. Os dias de ventura chegarão. Seu sofrimento é um lapso na eternidade e não durará mais que o necessário. Creia que tudo está no lugar certo. Nada é descartado na contabilidade de Deus, portanto tudo pelo que você passa hoje apresenta-se mais ou menos desafiador, a depender das virtudes que cultiva, do bem o do mal que causou e vier a causar. Tenha paciência. Não há injustiça nos desígnios de Deus, mesmo que assim pareça, pois seu entendimento só virá com o tempo. Prossiga com bom ânimo. Reze, mentalize, vibre, mantenha a mente ocupada com bons pensamentos, para não produzir lixo mental, que se transforma em lixo energético. Busque ficar mais tranquilo e sereno. Isso ajudará a acalmar o cotidiano e, quando menos esperar, as coisas terão entrado nos trilhos a caminho da paz e harmonia e das realizações pessoais, familiares, profissionais. Há muito o que acontecer de positivo, por isso alegre-se!


Danielle Arantes Giannini



Fonte: Espiritismo Cotidiano
https://espiritismocotidiano.wordpress.com/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O FUTURO DO HOMEM


Bem sabemos que o futuro pertence ao Divino, mas a nós o que nos cabe então?

Sendo feitos a sua imagem e semelhança somos as criaturas da natureza capazes de criar, tanto coisas maravilhosas quanto terríveis, pois afinal o livre arbítrio nos foi dado. Diferente é o homem de outras espécies, cujos comportamentos não só são pré determinados pelos instintos do seu código genético, mas fixados permanentemente. Não que nós não os tenhamos, ou que devamos combatê-los, pelo contrário, nossos instintos não são nossos inimigos e sim nossos amigos, já que sem eles nem sobreviveríamos individualmente, nem a nossa espécie.

Entretanto, o homem tem nas suas próprias mãos a possibilidade de mudar o seu próprio destino fatalista. Mas como?

Colhemos aquilo que plantamos. Abacate do abacateiro, limão do limoeiro. Podemos até fazer com que nossas plantações melhorem tanto a qualidade quanto a quantidade dos seus produtos, mas não podemos fazer com que produzam uma outra coisa diferente de sua semente. O abacateiro não vai dar limão.

Quais são as sementes que estamos plantando em nossos corações e nos corações de nossos companheiros e companheiras, irmãos e irmãs e principalmente dos nossos filhos? Estamos cuidando bem de nosso plantio? Qual é o futuro que queremos criar desde agora? Certamente melhor e mais saudável do que hoje.

Para aprimorar é preciso que vejamos de novo a nossa matéria prima, pois só podemos melhorar aquilo que já existe, pelo menos potencialmente na forma de uma semente ou de um broto. Assim, necessitamos ver como está a nossa saúde, o que é ser sadio para podermos criar um futuro mais saudável.

A palavra ”são”, além de plural do verbo ser, quer dizer aquilo que é saudável e também aquilo que é santo. Será que são coisas tão distintas assim? A saúde se define como um estado do ser com equilíbrio, harmonia e bem estar, não só no plano individual, mas também coletivo, social e ecológico, já que estas são partes de um todo integrado. Em sã consciência podemos dizer que a palavra curar quer dizer integrar, tornar íntegro, inteiro aquilo que foi partido, quebrado ou perdido, na forma do mal da doença. São ou Santo é o ser que, apossando-se do milagre da própria existência, realiza o grande milagre de transcender o mal e reunificar e reintegrar-se ao Criador, recuperando o seu estágio de evolução anterior a queda do paraíso, em sua pureza máxima.

A palavra religião, quer dizer religar, voltar à fonte do bem maior. Tanto na saúde quanto na santificação podemos ver como o ser humano é o agente capaz da transformação no plano da natureza, pois é o Homem que faz o vínculo entre o céu e a terra. Entretanto, mais uma vez perguntamos, mas como?

A resposta comum, que tanto a ciência quanto a fé nos dão é que é através do amor e do trabalho que conseguimos realizar esta missão transformadora do ser humano. Crendo e amando com as mãos, unindo pensamento, palavras e obras, curando-nos e santificando-nos, dia a dia, a si mesmo e uns aos outros é que poderemos construir um futuro melhor e mais saudável. Fazendo despertar dentro de cada um de nós, no fundo de nossos corações o Cristal Divino transformador e realizador de todos os milagres, quando então transformaremos as espadas em arados e os animais conviverão em paz.

Este será o grande dia da reunificação e que cabe a cada um de nós e a todos coletivamente escolher, com liberdade e responsabilidade, participar ou perder o bonde da história.


Benjamin Mandelbaum



Fonte: BINÁ - Cabala - Núcleo Benjamin
https://www.cjb.org.br/bina/cabala/benjamin/Textos%20Gerais/Futuro.pdf
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/kavala-komotini-gr%C3%A9cia-navios-5372427/

COMO MODIFICAR A SOCIEDADE


É verdade que nós vivemos numa sociedade em que haveria muitas coisas a modificar. Mas isso não se deve fazer pela violência. Aliás, nunca é pela violência que se realiza as verdadeiras mudanças; a violência arrasta sempre males piores do que aqueles que pretende combater.

Então, como modificar a sociedade?

Pela nossa maneira de viver. É transformando-se primeiro a si próprio que o homem pode provocar uma reviravolta no mundo inteiro. Mas para isso precisa de um Ensinamento, ou seja, de um sistema, de métodos. Porque tudo reside nisso: é preciso viver uma nova vida, tendo uma filosofia nova, apoiada, alimentada, por uma nova compreensão do amor. Então, a harmonia começa a instalar-se no homem, que se torna num fator benéfico e construtivo para todos.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Instagram

IMPULSO À VERDADEIRA MUDANÇA


... Muitos terminaram o ano de 2020 o amaldiçoando e desejando que se fosse. Entretanto, o ano se foi e eu não vi nenhuma mudança, pelo menos em nível de pandemia que nos assola. Seguimos na mesma situação: contágios, desorganização política, mortes, inconsciência e egoísmo.

No que se refere à inconsciência, a mudança verdadeira só é real e realizável se for em nível profundo e com o passar do tempo. Em níveis superficiais as mudanças podem ser quantitativas. Porém, a verdadeira mudança é qualitativa, e não se realiza rapidamente. É um processo que implica a nossa participação e a nossa abertura à atuação de Deus.

Esse egoísmo profundo do ser humano só pode ser sanado com uma purificação profunda. Por isso, a mudança de um ano nada em nós muda se não estamos imersos no processo de que necessitamos mesmo de uma mudança ou conversão, constantemente.

Esse processo é doloroso porque nos abre os olhos e nos leva a descobrir como o joio também habita em nosso coração. "A Verdade vos fará livres", disse Jesus. Descobrir que nos enganamos a nós mesmos nos liberta e liberta a sociedade. A sociedade mudará se cada um de nós realizarmos a nossa própria mudança. E por isso, qualquer propósito que façamos em nível superficial em nada adiantará. E ainda a superficialidade nos desanimará porque veremos que assim nada muda.

Em nossa sociedade, os homens não estão dispostos a mudanças porque não podem reconhecer que se estão equivocando. Vemos nos políticos a dificuldade de reconhecerem seus erros, e não os reconhecendo não há possibilidade de mudanças. E como não se curvam perante a Deus, continuam querendo se passar por deuses, e a situação da sociedade continua a mesma. E os erros que vemos tão claros no mundo exterior, se olharmos para dentro de nós mesmos os veremos até mesmo nas menores coisas do nosso cotidiano.

Cada vez que nos desanimamos e nos rebelamos é porque estamos perdendo de vista nossa pequenez, nossa pobreza e que tudo provém de Deus. E apesar disso, Deus nos ama. E se tivermos essa certeza do amor de Deus é certo que isso será o impulso à nossa verdadeira mudança, a mudança interior...


María Jesús



Fonte: Sanación interior con San Juan de la Cruz
Hozana - https://hozana.org/
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

O NOVO TIPO HUMANO


... Como se manifesta o novo tipo humano? Em que consiste essa renovação? Qual é seu sinal?

Eis a resposta: Ele é o homem que sonda completamente a essência e a natureza do primeiro nascimento sideral e suas consequências; que está decidido a palmilhar a senda do retorno, voltando-se, para tanto, a seu santuário do coração, à rosa-do-coração, também designada como “o Senhor da Gruta”, a fim de liberar e aplicar a força ali encerrada.

Na rosa-do-coração está presente uma força sétupla que corresponde aos sete universos e, portanto, conduz aos sete nascimentos siderais. Solicitamos, aqui, vossa atenção para o fato de que o primeiro nascimento sideral refere-se à parte da realidade dialética que existia no período anterior à Queda. E visto que nem uma só fase do caminho de desenvolvimento pode ser omitida, está claro que a fase inicial refere-se a retornar ao estado de ser pré-adâmico, carregado dos tesouros da experiência de incontáveis séculos.

Essa é a assinatura do novo homem de modo geral. Entrando em detalhes, pode-se dizer que a radiação da rosa-do-coração é uma força atômica absolutamente não-terrena.

Quando um aluno da Escola Espiritual libera essa força e consegue preencher com ela todo o seu ser, fazendo-a circular em seu ser, então toda sua existência inevitavelmente se modificará e se tornará, entre outras coisas, muito mais etérica. O inteiro santuário da cabeça com seu maravilhoso instrumentário será dotado de faculdades totalmente diferentes.

Desse modo, surgirá por fim, uma criatura que se situa entre o tipo humano do primeiro nascimento sideral e o do segundo, estando de fato no mundo, porém já não sendo do mundo. É o homem joanino, que se manifestará, pouco importando se ele é indicado como João, o Batista, João, o Evangelista, ou João do Apocalipse. Por “João” é designado o ser humano em quem o Espírito Sétuplo realizou um poderoso trabalho de transmutação, portanto, o homem a quem o Espírito Santo Sétuplo manifestou sua graça.

Esse homem é o que se distancia da vida burguesa comum e experimenta esta vida como um deserto. Tal como o Batista, ele sai ao encontro dos que o buscam, e transmuta-se a tal ponto que, por fim, perde-se naquele a quem chamamos de Jesus, o Senhor, mediante a transfiguração do santuário da cabeça, onde o homem-alma surgirá.

Esse homem tornou-se, então, pluri dimensional, quadridimensional. Nós o chamamos de João-Jesus. Carregado de seus tesouros, ele retornou à aurora do primeiro nascimento sideral para, em seguida, elevar-se ao segundo nascimento sideral, ao reino dos céus. E agora ele começa seu grande trabalho a serviço do mundo e da humanidade, trabalho que podemos denominar um caminho da cruz. O caminho da cruz, exemplificado para ele no passado por um dos grandes, é seguido e cumprido por aquele que, tendo nascido como João-Jesus, é agora denominado “Cristiano Rosa-Cruz”.

Nesse momento da grande vitória, em que o caminho da cruz foi trilhado, do começo ao fim, por um ser humano como nós, por um ser que, seguindo a Cristo, como Cristiano Rosa-Cruz, realizou a senda óctupla, a senda dos dois quadrados, vemos em radiante beleza a pedra de toque branca, a pedra cúbica, a cruz encerrada em um cubo, em sinal de que a tarefa foi cumprida:

1. como homem;

2. como alma, e

3. como espírito...



J. van Rijckenborgh e Catharose de Petri




Fonte: do livro "A Fraternidade Mundial da Rosa-Cruz", O Apocalipse da Nova Era II, 2ª conferência de renovação de Aquarius
Lectorium Rosicrucianum - Escola Internacional da Rosacruz Áurea
www.rosacruzaurea.org.br
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A REALIDADE É O QUE SE VIVE, O QUE SE SENTE


Para um ser humano, a única realidade é o que ele vive, o que ele sente. Considerai o caso de uma pessoa que tem alucinações: sente-se perseguida por monstros, fica aterrorizada, dá gritos. Fisicamente, visivelmente, ninguém a ataca, mas ela sente-se perseguida, sofre, e, quando alguém sofre, ide lá dizer-lhe que é uma ilusão! Também acontece certos seres viverem êxtases, iluminações, no meio das piores condições, e também nestes casos como é que se irá persuadi-los de que isso não é verdadeiro? O sofrimento ou a alegria que o homem vivencia talvez sejam as únicas coisas de que ele não duvida. Pode-se duvidar do que se vê, do que se ouve, daquilo em que se toca, mas do que se sente, do que se vive, nunca se pode duvidar; é a realidade.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Tumblr.com

EM PAZ OU TORTURADOS PELO REMORSO ?


Imagine o leitor o arrependimento, o remorso, nos estados mais expressivos causando perda de sono, de apetite e até afetando o encanto da alegria de viver. Somam-se a ele as angústias próprias das preocupações, de variadas origens, agravadas muitas vezes com as dificuldades de relacionamento, com medos e outros estados.

Por outro lado, considere os estados de tranquilidade da alma pacificada. Sim, aquela decorrente da paz de consciência que traz alegria e harmonia que influem diretamente nos relacionamentos, na produtividade do trabalho, no bem-estar familiar.

Pois esses são estados de consciência, que se pode ampliar também para as noções do dever familiar ou profissional e da consciência como cidadão, como cristão.

Mas não é esse ângulo que queremos destacar. Objetivo é mesmo destacar esses tormentos próprios da ausência da paz de consciência ou da harmonia decorrente exatamente também, agora presente, da paz de consciência.

Há milênios destaca-se a existência de um céu e de um inferno, mas eles nada mais são que estados de consciência. É ingenuidade imaginar um céu de ociosidade ou de contemplação eterna, sem atividade, o que tornaria o céu um outro inferno. Ou, ao mesmo tempo, imaginar um inferno destinado ao sofrimento eterno, sem possibilidade de libertação e ainda entregue ao comando de um ser que o próprio Deus não poderia comandar, na figura infantil do chamado e desacreditado diabo.

Não existem o céu e o inferno. Estes podem existir desde já no interior de cada um de nós, de acordo com nossas posturas morais e comportamentos que adotamos. O que existem são estados de consciência, que pode estar em paz ou torturada pelo remorso, pelo arrependimento.

Diabo somos nós quando nos alimentamos de inveja, de ciúme, de rancor, de desejo de vingança, de avareza, quando agimos nos bastidores para manipular e benfeitores somos quando usamos o perdão, a benevolência, a humildade, a solidariedade.

Não há o castigo do inferno ou a premiação da ociosidade nas leis que regem a vida. O que existem são leis sábias que comandam a vida com justiça e misericórdia, sintetizada na célebre frase: “A cada um segundo suas próprias obras”, na sabedoria do Mestre da Humanidade.

Agora que a mentalidade amadureceu somos convidados a uma postura moral mais adequada com o progresso de nosso tempo e com as diretrizes que começamos a compreender com mais clareza.

Veja-se a complexidade do momento atual do país. Ela é fruto de nossas imperfeições morais, individuais e coletivas, que resultaram no quadro social que aí está. Mas estamos capacitados para superá-lo, colocando a consciência no cumprimento do dever, agindo com retidão para não adentrarmos depois no “inferno” da consciência de culpa. O céu de harmonia e paz que esperamos está em nossas mãos!


Orson Peter Carrara



Fonte: Grupo de Estudos Avançados Espíritas
https://www.geae.net.br
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SER HUMANO: POTENTE E IMPOTENTE, SÁBIO E IGNORANTE


Um dos Upanishads dá uma curiosa definição do homem, dizendo que é ao mesmo tempo potente e impotente, sábio e ignorante. Se o compararmos no estado selvagem com qualquer outro ser vivente, o veremos desvalido e ignorante; carece de roupagem e armas naturais; não é alípede nem alígero para escapar de seus inimigos; não tem o instintivo conhecimento que aos animais ensina o alimentício e o venenoso, os que são amigos e os que são inimigos; nem tampouco é capaz de construir uma vivenda.

Poderia crer-se que a natureza fez uma exceção com o homem, pondo-o tão desvalido no mundo; mas não há tal. O homem sem vestimentas naturais aprendeu a usar sua inteligência para fabricar para si roupas com que morar em qualquer clima; e também lhe serviu sua inteligência para fabricar armas e ferramentas que lhe têm dado o domínio do mundo.

Pôde o homem primitivo queixar-se de sua inaptidão e rogar a Deus que a remediasse; mas o homem inteligente, reencarnação do primitivo, olha para trás e dá graças a Deus pelas oportunidades que lhe ofereceu e pela outorgada honra de constituí-lo através dos séculos em um ser divino que a si mesmo se vai formando constantemente por seu próprio trabalho, e não como uma coisa material modelada por força de influências externas. Então vê o homem através do tempo a sua harmonia com o mundo, e compreende que o mundo tem sido e é seu amigo, não um amigo sentimental, senão verdadeiro em suas necessidades.

Como o homem pertence ao aspecto divino e não material do universo, ele desenvolve cada vez em maior medida faculdades divinas, e Deus o auxilia encarnado no princípio de harmonia. Deus é onipotente e contudo há algo que Ele não pode fazer, como, por exemplo, que um gigante seja anão ou um quadrado seja um círculo, porque se o homem é gigante não pode ser anão, e se a forma é um quadrado não pode ser um círculo. Tampouco pode fazer que uma vontade seja dependente, porque se a vontade não é independente, não é vontade. Daqui que Deus reconheça a divindade no homem para a evolução de sua consciência e de suas faculdades, e neste conceito o homem é por si mesmo existente e criador e divino em todo o tempo.


Ernest Wood



Fonte: do livro "Os Sete Raios"
Tradução de Joaquim Gervásio de Figueiredo
Ed. Pensamento, São Paulo
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DESENVOLVER A TRANSPARÊNCIA


Uma infância tão dependente e prolongada como a humana, quer queiram as pessoas quer não, termina criando vínculos de afetividade, e sem soberania emocional. Quantos desgostos e sofrimentos futuros podem ser evitados quando os pais estão atentos para corrigir as más tendências de seus filhos...

Deve ficar muito claro que tudo o que cada criança demonstra de características, impulsos e forma de comportamento em cada fase de seu desenvolvimento nesta existência, resulta da condição do espírito que ali está e que, por acaso - apenas por acaso se assemelha a muitos outros espíritos em semelhantes condições. Tudo o que pudermos ajudá-lo neste momento deve ser feito sem demora. Quanto mais tempo passa, mais certos padrões de atitudes e de comportamentos anormais vão sendo fixados...

Tudo que começa certo desenvolve-se com mais segurança e eficiência. É lógico que a reeducação ou Reforma Íntima dos espíritos que neste momento se encontram na condição de adultos seja mais lenta e até sofrida. O tipo de educação que predomina dificulta mais ainda o progresso espiritual e uma das dificuldades é que as pessoas acabam criando uma imagem totalmente deturpada de si mesmas. O alerta para esse problema é bem antigo. Jesus nos disse que somos "lobos em pele de cordeiro", "túmulos caiados de branco por fora e cheios de podridão por dentro". Essa falta de transparência, além de já ser uma tendência inata de muitos, ainda é reforçada pela cultura e educação voltada apenas para as coisas externas.

Mudar isso é muito simples: basta que os adultos procurem conhecer-se. Quem se reconhece e se aceita não precisa tentar esconder nada dos outros. A aceitação de nós mesmos e de nossa condição evolutiva é o passo mais eficiente em direção à melhora. Tentar ocultar das pessoas quem somos e nossas verdadeiras intenções, além de desperdício de precioso tempo, desgasta muito, consome muita energia vital, facilitando a instauração do desânimo ou da depressão.


Américo Marques Canhoto



Fonte: do livro "A Reforma Íntima Começa no Berço"
Ed. Bezerra de Menezes, 1ª ed., 2003, São Paulo
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/escola-alunos-crian%C3%A7as-conselho-3518726/

domingo, 17 de janeiro de 2021

PENSAMENTOS E MEDITAÇÃO


Você poderia falar mais a respeito de nos desapegarmos dos pensamentos que nos ocorrem durante a meditação?


Não acho que nos desapeguemos das coisas; creio que o que mais fazemos é desgastá-las. Se começamos a forçar nossas mentes para fazerem as coisas, estaremos exatamente de volta ao dualismo do qual tentamos nos livrar. O melhor meio de nos desapegar é notar os pensamentos quando aparecerem e reconhecê-los.

"Estou de novo pensando!" Sem julgá-los, então, retornar à nítida experiência do momento presente. Sejam apenas pacientes. Teríamos de fazer isso dez mil vezes, mas o valor de nossa prática é o retorno constante da mente para o presente, inúmeras vezes seguidas. Não procurem aqueles lugares maravilhosos, onde os pensamentos não ocorrerão. Uma vez que os pensamentos basicamente não são reais, em algum momento começarão a ficar obscuros e menos imperativos, e acabaremos percebendo que existem momentos em que desaparecem, porque vemos que não são reais. Já irão sumir com o tempo, sem que saibamos de maneira exata como aconteceu.

Aqueles pensamentos são nossas tentativas de nos proteger. Ninguém quer, de fato, deixá-los de lado; são aquilo a que estamos apegados. Com o tempo, o meio de acabarmos enxergando sua irrealidade está em apenas deixar correr o filme. Depois de o assistirmos umas quinhentas vezes, sem dúvida, ele acaba se tornando monótono!

Há duas espécies de pensamento. Não há nada de errado em pensar no sentido que denomino "pensamento técnico". Precisamos pensar afim de andar daqui até o canto, para assar um bolo ou resolver um problema de física. Esse uso da mente é correto. Não é nem real, tampouco irreal; é só o que é. Porém, opiniões, julgamentos, lembranças, devaneios a respeito do futuro, 90% dos pensamentos que giram em nossa mente não têm qualquer realidade essencial. Do nascimento até a morte, a menos que despertemos, desperdiçamos quase toda a nossa vida em função deles.

A parte horrível do sentar (na meditação Zazen) está em começarmos a ver o que de fato se passa em nossa mente. É chocante para todo mundo. Vemos que somos violentos, preconceituosos e egoístas. Somos tudo isso porque uma vida condicionada, com base em falsos pensamentos, levou-nos a esse estado.

Os seres humanos são essencialmente bons, gentis e compadecidos, mas é preciso um grande esforço de escavação para extrair essa joia das entranhas de nosso ser.


Charlotte Joko Beck



Fonte: do livro "Sempre Zen"
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PERMANECER NO CENTRO


Quanto mais o homem se aproxima do centro, do Sol espiritual, mais sente a luz, o calor e a vida crescerem em si. É uma lei. Por isso, se sentirdes em vós a escuridão, o frio e a morte, é inútil questionardes-vos, a resposta está encontrada: afastastes-vos do centro.

Na Ciência Iniciática, é dito que a verdadeira força está em saber permanecer no centro. No homem, esse centro é o ponto mais elevado de si próprio, o cume, e a periferia é o lugar das agitações e dos problemas que o homem encontra quando a sua consciência se desloca para se dirigir a tudo o que não é o seu verdadeiro eu: a sua alma, o seu espírito. Por isso, ele deve vigiar-se constantemente e dizer: «Vejamos: onde é que eu estou hoje?... Ora esta! Perdi-me pela periferia! O que é que me espera?». Nada de bom, por certo. Por isso, ele deve apressar-se a voltar para o centro. Como? Pela oração, pela meditação, por uma ligação estabelecida conscientemente com o Centro sublime, Deus.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/flor-beleza-bloom-centro-closeup-1869123/

O ENIGMA DA ESFINGE - A QUESTÃO DA VIDA E DA MORTE


Entre todas as vicissitudes da vida, embora a experiência humana varie muito de indivíduo para indivíduo, há um acontecimento que é inevitável para todos: a Morte! Não importa qual seja a nossa posição social; se a vida que vivemos foi louvável ou não; se nossa passagem entre os homens ficou marcada por grandes feitos; se vivemos uma vida saudável ou de enfermidades; se fomos famosos e rodeados de amigos ou obscuros e solitários, chegará um momento em que estaremos sós, diante do portal da Morte, e seremos forçados a dar um salto no escuro.

O pensamento sobre esse salto e o que possa existir além, força toda criatura a pensar. Nos anos de juventude e saúde, quando o barco da nossa vida navega nos mares da prosperidade, quando tudo nos parece belo e brilhante, podemos por de lado tal pensamento; mas certamente chegará um dia na vida de toda pessoa sensata em que o problema da Vida e da Morte impor-se-á à sua consciência, recusando-se a ser posto de lado. Nem será de grande proveito aceitar uma solução preconcebida, forjada por qualquer um, sem reflexão e na base da fé cega, porque esse é um problema fundamental que cada pessoa deve resolver por si mesma, para ficar satisfeita.

No limite oriental do Deserto do Saara está a mundialmente conhecida Esfinge, com sua face impenetrável voltada para o Leste, sempre saudando o Sol, quando seus primeiros raios anunciam um novo dia. Diz a mitologia grega que era hábito desse monstro formular um enigma a todo viajante, devorando aqueles que não sabiam responder acertadamente. Mas quando Édipo resolveu o enigma, a Esfinge destruiu-se a si mesma.

O enigma que a Esfinge propunha aos homens era o da Vida e o da Morte, uma questão que tinha tanta importância naquele tempo quanto hoje, e para o qual cada um deve encontrar uma resposta ou será devorado na mandíbula da morte. Mas, uma vez que a pessoa tenha encontrado a solução para o problema, tomar-se-á evidente que, na realidade, a Morte não existe e aquilo que se parece com ela não passa da mudança de um estado de existência para outro. Portanto, ao homem que encontra a verdadeira solução para o enigma da vida, a Esfinge da morte deixa de existir e ele pode elevar sua voz num grito triunfante:

Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? - (Coríntios 15:55)


Max Heindel



Fonte: "Os Mistérios Rosacruzes"
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sábado, 16 de janeiro de 2021

VISLUMBRES DIVINOS



"Ter um vislumbre da luz, significa haver contemplado nosso próprio espírito; supõe haver percebido uma luz da profundidade de nosso espírito, sabendo que este pertence a Deus."


Esta frase pareceu-me chave para aprender a confiar nessa luz da profundidade de nosso espírito. O espírito só pode ser percebido por sua luz, ou lampejos, porque é o Espírito de Deus. Conhecer-nos a nós mesmos em Deus é através dessas pequenas luzes que nos vão sendo reveladas pela Presença Divina e se vão refletindo em nós mesmos.

Quando meditamos, vamos afinando nosso sentido de percepção dessas luzes divinas e passamos a vê-las e senti-las em nosso caminho, em nossa história diária do amanhecer ao anoitecer, na harmonia básica do universo, no encontro com o espírito dos outros.


Lucía Gayón (Ixtapa, México)



Fonte: Permanecer en Su Amor - Meditação Cristã
https://permanecerensuamor.com/
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REFLEXÃO SOBRE A QUIETUDE E A LIDERANÇA


Assim como você conversa com seu pai, tenha uma conversa direta com Deus. Sinta o impacto dessa conexão na mente. Perceba as qualidades Dele e deixe a mente experimentar um estado pacífico. Vá fundo nessa paz positiva. Sinta realmente a paz do Oceano de Paz. Assim, lentamente a mente fica silenciosa. Sua mente quer esse silêncio. Há consciência da quietude. Há clareza da visão interior onde você pode ver-se. (Bk Nirwair)


Ninguém sozinho pode fazer funcionar uma organização. Tem de haver uma variedade de pessoas com diferentes formações e personalidades. Porém, um líder genuíno fará com que elas esqueçam tudo isso, exceto sua missão. Ele não ficará chateado ao ver as falhas dos outros, mas irá dizer a eles que os erros tornam o homem mais prático e maduro. Seus motivos nunca serão egoístas porque ele tem o entendimento que a vitória é do time todo.


Brahma Kumaris



Fonte: https://www.brahmakumaris.org.br/
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COSMIFICA O TEU CAOS INTERIOR


Um dia começaste a emergir da "unidade sem diversidade". Teve início, então, a tua viagem rumo à consciência de ti mesmo. Foi longa a tua peregrinação, mas era necessário que rompesses o ventre do macrocosmo. Do sensório passaste ao instintivo. Do instintivo chegaste ao intelectivo. Veio, então, o teu "lúcifer" e te convenceu de que teus olhos deviam abrir-se, que precisavas comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Começaram dentro de ti, as tempestades, os relâmpagos e os trovões, as guerras e os rumores de guerra, e teu ser esfacelado, confuso, não sabe, hoje, encontrar o caminho.

Emerges (de dentro para fora), mas não sabes imergir (de fora para dentro). Teu cosmos inconsciente foi substituído por um caos mais ou menos consciente. Imerge para as tuas alturas assim como imergiste para os teus abismos e solucionarás todo esse tumulto em que te debates inutilmente.

Saíste da "unidade sem diversidade". Experimentaste a "diversidade sem unidade". Agora precisas realizar em ti a unidade na diversidade. O "Uno" e os "Versos" constituindo o Universo, a união da vertical e da horizontal na cruz eterna e gloriosa que és tu.


Delfos / Luiz Antonio Millecco Filho



Fonte: Centro de Autorrealização Alvorada
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O PODER DO AMOR


Foi dado ao amor um poder extraordinário, se soubermos compreendê-lo e manifestá-lo. Só ele conhece tudo, dá remédio a tudo, desencadeia e projeta forças inimagináveis.

Diz-se que Deus é Amor. Mas, quando se vê as tragédias que o amor traz aos humanos, percebe-se o imenso trabalho que eles ainda têm de fazer, o longo caminho que lhes falta percorrer, para se elevarem até esse amor divino.

Mas vale a pena, porque o verdadeiro mago, o mago omnipotente, é o amor. Deveis convidá-lo a instalar-se em vós, e então, como a chama que resplandece através da chaminé de um candeeiro, para onde quer que vos desloqueis, o vosso amor irradiará e cintilará à vossa volta.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
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A GRANDE INVOCAÇÃO - LUZ, AMOR E PODER




Escola Arcana
Boa Vontade Mundial
Triângulos

Alice A. Bailey - Djwhal Khul

A MEDITAÇÃO E O "VOLTAR PARA A CASA"


Todos nós tropeçamos de muitas maneiras. Bem o lembra São João. O problema não é tanto o tropeço – que é apenas humano e tudo o que é humano é perdoável – mas se trata sobretudo de reconhecê-lo e ser honesto em cada caso. Somente com a plena consciência e um coração humilde é que podemos impedir que o tropeço se transforme em padrão que, eventual e obstinadamente, passemos a defendê-lo e a justificá-lo com real orgulho.

Este é um fator tão essencial a todo o crescimento espiritual que não é de estranhar que cada tradição construa uma metodologia e cultura para ajudar as pessoas a lidar com seus tropeços e apostasia*, assim como, especialmente, seus padrões fixos de mau comportamento. Todas as tradições concordam, de modo similar, que fazer esse trabalho é a essência da paz.

Como vivemos em tempos tão violentos e ansiosos, nos beneficiamos ao vermos a meditação como um "caminho da paz" que começa corrigindo nossos próprios desequilíbrios, mas logo se estende para toda a rede de relações que nos fazem a pessoa que somos...

Em todo as partes do mundo as pessoas acham que a melhor forma de descrever a experiência da meditação é a de, simplesmente, um 'voltar para casa'. Os lugares onde você medita regularmente vão se tornando um lar espiritual. Acho que isso explica o significado do sentido do sagrado que nós sentimos em lugares como monastérios ou cavernas antigas onde pessoas procuravam e encontravam seus quartos interiores; porque um lar espiritual não é a casa apenas para aqueles que vivem lá, mas torna-se um lar para toda a humanidade...

A consciência humana evoluída vê a inutilidade da violência na resolução dos conflitos de interesse que o ego cria. Ela vê isso tão claramente quanto vê a consciência humana degradada desfrutar das emoções da violência e do crescente poder da crueldade. A mente esclarecida percebe que a violência é sempre uma energia equivocada e que uma melhor forma de vida é sempre possível. Mas o ego é apenas uma etapa na evolução da consciência. Somente se transcendermos, integrá-lo e passarmos para a próxima fase, a experiência da unidade que acaba com a divisão, poderemos encontrar o verdadeiro significado da paz. Até que este momento-limite transcendente chegue, a paz apenas oscila, as negociações de paz falham, os cessar-fogos entram em colapso...

Nunca foi fácil, em qualquer momento da evolução humana, aceitar esse caminho, porque o ego resiste e o nega com todo vigor. No consumismo moderno, baseado na rápida gratificação de todos os desejos através dos milagres da tecnologia e as ilusões da riqueza, isso se torna mais difícil do que nunca. No entanto, os próprios excessos e as armadilhas da nossa cultura fornecem, muitas vezes, as oportunidades para restaurar nossa capacidade para o conhecimento e para a paz, da qual temos sede. Para aliviar o estresse, para buscar sentido na superficialidade da riqueza, para recuperar a saúde dos relacionamentos e a alegria do ser natural, para reaprender como trabalhar feliz – tudo que muitas vezes falta em modernos padrões de vida – nossa necessidade dessas qualidades humanas nos reconduz à sabedoria antiga...

* Apostasia: afastamento de alguma coisa, renúncia, descrença.



Dom Laurence Freeman, OSB



Fonte: Extratos de "Uma carta de Dom Laurence Freeman", Boletim Meditatio, setembro, 2014
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

AÇÃO E REAÇÃO - MOVIMENTO DA ENERGIA


Não podemos determinar exatamente o que irá acontecer amanhã ou depois, mas podemos colocar em movimento uma energia positiva com a esperança de que ela voltará para nós.

Quando alguém joga uma pedra no meio de um lago, as ondas formadas irradiam até a borda e depois voltam em contracorrente até o centro.

Da mesma forma, a benção que emitimos para o mundo voltará para nós.

Projetemos nossa virtude ao desconhecido, como uma oração que alça voo em direção ao divino.

A recompensa, em algum momento, vem para aquele que a rezou.


Brahma Kumaris



Fonte: https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/medita%C3%A7%C3%A3o-espirituais-ioga-1384758/

ILUMINAÇÃO SOBRE A SENDA


Os dois maiores Reveladores que jamais surgiram sobre a Terra no decurso da História fizeram à Humanidade as simples revelações que seguem:

1. A causa de todos os sofrimentos humanos é o desejo e o egoísmo. Renunciem ao desejo e sereis livres.

2. Existe uma via de libertação que conduz à iluminação.

3. Nada serve ao homem possuir o Mundo inteiro se perder a sua alma.

4. Cada ser humano é um Filho de Deus.

5. Existe uma via de libertação; é a via do amor e do sacrifício.

A vida destes Reveladores foi a demonstração simbólica do que ensinavam; o resto do Seu ensinamento apenas constituiu o desenvolvimento dos temas centrais que ensinavam.


Djwhal Khul



Fonte: GEM – Grupo de Estudos Maitreya
https://grupodeestudosmaitreya.org/
Fonte da Gravura: Hishiryo Dojo - Centro Zen da Serra Gaúcha

COMO É POSSÍVEL? EU DEI, DEI, E ESTOU MAIS RICO?


Desembaraçai-vos desse hábito deplorável de querer sempre receber, receber... Esforçai-vos por pensar em dar. Tentai, pelo menos, olhar os outros com amor, sorrir-lhes, arrancar do vosso coração algumas partículas benéficas e projetá-las para eles. Ao fazê-lo, vós é que vos sentireis ricos e felizes.

Os humanos têm sempre medo de perder alguma coisa, de ficar pobres; não compreendem que é precisamente essa atitude fechada que os empobrece. Para se enriquecer, é preciso dar. Sim, quando se recebe, fica-se pobre, e quando se dá, enriquece-se, porque se põe em ação forças desconhecidas que estavam adormecidas, estagnadas algures, nas profundezas; ao querer projetá-las, faz-se com que elas comecem a circular, a jorrar, e então sente-se uma tal riqueza que se fica admirado, e diz-se: «Como é possível? Eu dei, dei, e estou mais rico?» É verdade; a nova vida é isso.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

A LIÇÃO DA FORMIGA


Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha. A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela. A formiga a carregava com sacrifício. Ora a arrastava, ora tinha sobre a cabeça. Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também a formiga. Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa. Eu a observei e acompanhei, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa. Foi quando pensei: "Até que enfim ela terminou seu empreendimento". Na verdade, havia apenas terminado uma etapa. A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então entrar sozinha. Foi aí que disse a mim mesmo: "Coitada, tanto sacrifício para nada." Lembrei-me ainda do ditado popular: "Nadou, nadou e morreu na praia."

Mas a pequena formiga me surpreendeu. Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços. Em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços e eles estavam todos dentro do buraco.

Imediatamente me peguei pensando em minhas experiências. Quantas vezes desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades? Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la. Quanta força tinha aquela formiguinha!

Naturalmente, transformei minha reflexão em oração e pedi ao Senhor: Que me desse à tenacidade daquela formiga, para "carregar" as dificuldades do dia-a-dia. Que me desse à perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas. Que eu pudesse ter a humildade de contar com a ajuda do meu próximo, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais. Que eu tivesse amor no coração para agir com caridade quando o outro precisar do meu auxílio, contribuindo com meu melhor em prol da necessidade alheia. Pedi ao Senhor a graça de, como aquela formiga, não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários me fazem virar de cabeça para baixo; mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver com nitidez o caminho a percorrer.

O caminho deve ser percorrido pelos nossos próprios pés, individualmente, mas a caminhada é compartilhada por todos. Podemos ir longe sozinhos, mas só chegaremos ao final do caminho quando aprendermos finalmente a andar juntos!


Autor desconhecido



Fonte do texto e da gravura: Grupo Espírita Miguel Arcanjo
http://www.gema-rj.org/

CIRCUNSTÂNCIAS


Circunstâncias são como objetos.

Elas não são vivas, você é que dá vida a elas.

O positivo é mais poderoso do que o negativo.

O positivo é inato.

O negativo indica que algo está faltando.

Luz existe e sua ausência é a escuridão.

Nunca esqueça que você pode decidir que atitude tomar.

Você tem um imenso potencial positivo a ser descoberto.

Esses pensamentos lhe ajudarão a enfrentar qualquer circunstância com uma perspectiva diferente.



Brahma Kumaris



Fonte: https://www.brahmakumaris.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A VIRTUDE DA ESPERANÇA


Dom John Main, OSB, costumava fazer uma distinção entre a esperança e “as esperanças”. Podemos alimentar todo tipo de esperanças para o futuro, mas, muitos desses anelos precisam ser abandonados se quisermos experimentar a esperança pura: a virtude cristã da esperança. A esperança é mais do que um otimismo, que é uma virtude saudável, porém, não muito contagiante. Muitas vezes, ao nos depararmos com otimismo, isso tende a nos tornar pessimistas. A esperança é muito mais do que, por temperamento, olharmos o lado bom das coisas...

A esperança não é um desejo por algo. Não se trata de sonharmos acordados com qualquer coisa que seja. Trata-se do oposto da fantasia. A esperança é uma atitude, ou um direcionamento, fundamental da consciência. Trata-se de um “voltar-se para fora de si”... Ter esperança é descobrir que somos parte integrante de algo maior que nós mesmos e que vivemos com a energia daquela realidade completa. A esperança é o redirecionamento do eu para fora, qualquer que seja a dificuldade de permanecer voltado para fora. O desespero é a rendição da consciência à força da introversão... A esperança é uma virtude absoluta, constante e incondicionada. Você não pode ter esperança apenas quando as coisas estão correndo bem. Você precisa ter esperança e, de certa maneira, fazer a escolha de ser esperançoso não importando como as coisas estejam ocorrendo...

A esperança é uma das virtudes resultantes da profunda prece. Na prece profunda é que nos redirecionamos do eu para Deus, o Deus que é “outro” além de nós mesmos, porém, com quem guardamos uma semelhança mais marcante do que aquela com a nossa família ou com qualquer ser humano. A esperança é a aspiração de estar inteiramente em casa. Trata-se da mais forte aspiração de nosso ser...

Para nascer, o amor requer um certo grau de esperança. Uma pessoa desesperada não pode vislumbrar ou responder à oportunidade de amar. Porém, o amor também estimula magnificamente o desabrochar da esperança e se expande de modo a cobrir a totalidade da consciência em seus momentos mais intensos. Ser esperançoso é estar consciente do Espírito Santo em sua vida. Ter esperança, é estar inspirado, o que significa ter uma contínua “ins-pi-ra-ção” do Espírito acontecendo em nosso interior. Viver na esperança significa desfrutar da contínua respiração do Espírito em nossa vida. Trata-se do prolongamento daquele momento específico em que Jesus soprou sobre seus discípulos ao se lhes apresentar após a Ressurreição. Trata-se do sopro de Jesus e do Espírito Santo em nós, que é o dom.

A esperança, portanto, implica em gratidão. O dom do qual seremos eternamente gratos é o dom da prece incessante. A repetição contínua do mantra (na meditação) nos conduz a essa prece que se assemelha à alimentação contínua de energia a um sistema que tenha perdido seu equilíbrio ecológico. Reconquistamos a pureza de ser, relembramos nossa bondade fundamental, através do derramamento desse puro amor de Deus em nossos corações, o Espírito Santo que Jesus envia.

Se você já esteve nas cataratas do Niágara, se lembrará do enorme poder das águas ao se chocarem abaixo. Caso você tenha ido ao ponto em que a água cai, poderá ter notado a extraordinária imobilidade daquele ponto, quase como a do vidro. A imobilidade de nossa meditação assemelha-se àquele ponto, em que o poder infinito de Deus cai sobre nós, inundando nosso mais profundo coração, transformando e conferindo poder a nossas vidas.


Dom Laurence Freeman, OSB



Fonte: "Hope" - Leitura de 22/06/2008 - The Selfless Self (New York: Continuum, 2000) pp. 151-4.
Tradução de Roldano Giuntoli
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - https://www.wccm.com.br/
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/lotus-tatuagem-golden-lotus-flores-5084493/

MELHORAR AS SEMENTES


Deveis melhorar-vos para poderdes melhorar as vossas sementes. Perguntar-me-eis: «Mas que sementes?» Os vossos pensamentos e os vossos sentimentos. Cada um dos vossos pensamentos, cada um dos vossos sentimentos, é uma semente na qual se refletem as vossas qualidades e os vossos defeitos, e são essas sementes que vós lançais por todo o lado, ao passar...

No plano astral e no plano mental existem terrenos onde caem todas essas sementes, e um dia, quando fordes visitar essas regiões, perguntareis: «Mas o que são estes cardos? O que são estes espinhos?» E alguém vos dirá que são as vossas plantações, que vós é que os semeastes. «E estas rosas, estes lilases, estes lírios?...» Pois bem, também aí vos será explicado que são o fruto do vosso trabalho, dos bons pensamentos e dos bons sentimentos que espalhastes ao vosso redor.


Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal