sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O COMPARTILHAR ESTÁ NA CONSCIÊNCIA


O verdadeiro compartilhar envolve tanto consciência quanto ação.

A pergunta é: Por que estamos compartilhando? 

Muitas vezes compartilhamos com alguém porque queremos algo em troca: talvez elogios, talvez sermos vistos como boas pessoas. Mas quando começamos a compartilhar mais incondicionalmente com a consciência correta, as portas se abrem em lugares onde não sabíamos que existiam portas. 

Quanto mais conseguimos compartilhar sem interesses próprios, sem querer algo em troca, mais nos conectamos com a Luz e nos tornamos seres que compartilham verdadeiramente.


Rav Yehuda Berg



Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

DIANTE DA MORTE


Não se consumiram, com a dissolução dos tecidos, aqueles que consideras mortos.

Transitaram da circunstância carnal para o estado básico de Espíritos que são, donde oportunamente vieram a Terra, a fim de se revestirem com a tecedura material.

Ora despojados dos implementos físicos, retornam à condição primeira, carregando nos sutis e complexos mecanismos da vida que os mantêm íntegros, as realizações e os gravames, as ações positivas ou infelizes que se permitiram, enquanto se utilizaram do vaso fisiológico, na Terra.

Mergulharam no acervo somático conduzindo propósitos superiores, quais alunos ingressando em abençoada Escola, com vistas ao futuro promissor.

Despediram-se do currículo, guindados à posição que preferiram fruindo a escolaridade conforme o aproveitamento que se permitiram.

Desapareceram da vida objetiva, sem dúvida, mas vivem em outra dimensão vibratória e examinam através de outras percepções a oportunidade que tiveram e os valores de que se fazem detentores inalienáveis.

Os desatentos que se deixaram colher na distração lamentam dolorosamente o tesouro do ensejo perdido.

Os insidiosos e céticos, chamados ao retorno que esperavam demorasse, sofrem amargas decepções, face à realidade da vida que prossegue...

Os maus expiam enquanto despertam com a mente tornada fornalha de remorsos, graças à nova situação que desconsideravam...

Os resignados e bons, chamados ao convívio imortalista, exultam e se preocupam com os que se enleiam na ilusão ou se anestesiam na busca do nada em que se infelicitam.

Não desesperes, se a saudade te martiriza, ante a ausência deles. Estão ausentes só em corpo físico.

Pensando neles, envolve-os na prece lucilante e benéfica. Estejam como estejam receberão os teus pensamentos e deles retirarão o precioso conteúdo que os reconfortará valiosamente.

Assim, recorda-os com ternura e amor, desejando ser-lhes útil. Conjeturando em torno das suas vidas, traze à tela mental o que fizeram de bom, as suas horas ditosas, as evocações dos momentos felizes, que captarão de forma salutar.

Desse modo, ligar-se-ão a ti pelos preciosos liames do pensamento, mantendo intercâmbio sutil contigo, dialogando, ajudando-te caso não possam, por enquanto, faze-lo diretamente pelos processos mediúnicos mais positivos...

Isto posto, pensa em ti próprio. Cada instante da experiência física mais te aproxima da realidade espiritual.

Reflexiona como te encontras, o que já fizeste, o que possuis para conduzir, porquanto, também desencarnarás, apesar da saúde que ora desfrutas ou da situação em que laboras otimista.

Diante dos que partiram na direção da Morte, assume o compromisso de preparar-te para o reencontro com eles na Vida abundante, e não adies realizações superiores, que te serão valiosas.

Sabendo-os vivos, enxuga o pranto que a dor pungente da grande transição propicia, considerando que, além da sepultura aparentemente misteriosa, a vida estua, e, depois do umbral de cinza e pó em que o corpo se converte, brilha a madrugada da Imortalidade que nos domina e felicita.


Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis 




Fonte: do livro "Celeiro de Bênçãos"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

VIRTUDES

A felicidade que deriva das virtudes é muito superior à felicidade que você obtém a partir da posse de riquezas. Infelizmente hoje, muitos jovens educados estão se esforçando por riqueza, poder físico e amizade. Mas tudo isso tem pouco valor sem a riqueza de caráter. Para homens ou mulheres, o caráter é a fundação. Se você não tiver caráter, você se torna fraco em todos os outros aspectos. Saiba que a sua força reside no caráter e não na riqueza que se consegue. Riqueza material não é o que precisamos hoje. Riqueza nunca pode conferir a verdadeira felicidade. Por isso, conquiste a riqueza de virtudes, desenvolvendo um bom caráter. Sem bom caráter, todo o aprendizado vai revelar-se inútil, mais cedo ou mais tarde. Manifestações do Amor Divino! Com bom caráter e pureza de coração, execute todas as suas ações. Saiba que mesmo um pequeno ato feito com um coração puro torna-se frutífero.

Sathya Sai Baba

Fonte: www.sathyasai.org
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

DE QUE DEPENDE A NOSSA VIDA?

Se eu entendi bem, a Cabalá é uma ciência que nos ajuda a avançar. Podemos dizer que tudo está em nossas mãos e o que acontece amanhã depende de nós? Em outras palavras, a vida não depende de oportunidades, mas sim dos nossos esforços, intenções e trabalho.

Não há acidentes na vida! Quanto mais penetramos neste mundo, mais claro percebemos que nada é acidental. Como crianças, nós simplesmente não sabemos as leis da natureza quando exclamamos: "Ops! De repente, caiu e quebrou". Não é um acidente; é uma falta de conhecimento, uma vez que não temos conhecimento das circunstâncias que causaram esta ocorrência.

Portanto, não há tal coisa de "acidente" na natureza, começando com a menor partícula e terminando com as estruturas mais complicadas. Tudo é pré-determinado e está em conformidade com as leis da natureza. Nós devemos aprender e segui-las e tudo vai ser bom.

Há uma solução muito simples para este problema. A natureza nos mostra os problemas do nosso desequilíbrio com ela na forma de crises. Problemas! Digamos, eu tenho pressão alta; é um problema. Existe uma condição normal e existe uma anormalidade que eu posso medir e comparar com a normalidade e equilibrá-las. Nós chamamos isso de tratar uma doença ou readquirir o equilíbrio, mesmo que seja feito artificialmente.

O mesmo se aplica aqui. Nós estamos num estado de desequilíbrio com a natureza, que nós consideramos como várias crises: na ciência, cultura, finanças, economia, sociedade humana, terrorismo (você escolhe!), incluindo a crise ecológica. Nós temos que nos equilibrar com a natureza, é absolutamente o mesmo sistema: "O que está dentro, também está lá fora".

A Cabalá nos ensina como ficar em equilíbrio com a natureza. Nós certamente observamos a harmonia na natureza, mas a Cabalá nos ajuda a aprender mais rápido, nada mais do que isso. "Cortar" (se livrar das) as aflições é o único problema a ser resolvido aqui. Nós vamos chegar a esse ponto de qualquer maneira. No entanto, o problema também pode ser resolvido de uma forma muito dramática que é muito mais intenso do que o furacão que recém sobrevivemos.

Imagine que um furacão acontecesse em algum outro lugar, e não em Nova York, mas digamos que num dos muitos países subdesenvolvidos. Como o país lidaria com seus desdobramentos? Ele seria jogado de volta à Idade Média e seria impossível ajudá-los. Talvez eles recebessem um par de aviões com farinha; é isso.

Nós devemos pensar nessas questões. É uma pena que as pessoas não percebam o quão eficaz o "remédio espiritual" pode ser na luta contra os sintomas graves da doença.

Da Convenção na Georgia 05/11/12, Lição 1

Rav Dr. Michael Laitman, PhD.

Bnei Baruch – Instituto de Educação e Pesquisa de Cabala

Fonte: http://cabalahoje.blogspot.com.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A NOÇÃO DE DEUS E DO ESPÍRITO


Desde os tempos mais remotos o homem tem noção da Unidade de Deus e da existência da Imortalidade da Alma, ou melhor, do Espírito.

Quando adorou o sol ou a lua, o trovão ou o raio, o tronco ou o penhasco, a árvore ou a serpente, a ave ou a flor, adorou o Deus Único, objetivado na materialização destes símbolos. 

Quando, porém colocou armas e utensílios, manjares e bebidas junto aos túmulos dos seus mortos, demonstrou a percepção de que o Sopro Divino, o Espírito que animara o corpo inerte, ali depositado, continuava a sua peregrinação no Mundo Invisível.

As Revelações, os Mistérios, os Cultos, os Conhecimentos mais antigos confirmam estas verdades, de modo insofismável.

O pressentimento de que a existência do Universo e dos fenômenos que o revelam, são inexplicáveis sem uma causa primaria, levou-o à concepção de Deus, o Espírito Supremo, a Realidade Infinita, e a intuição de que o Espírito era independente da matéria, permitiu-lhe a certeza de que não se poderia extinguir com o corpo físico e daí a sua Imortalidade. 

Os selvagens de todos os continentes, herdeiros direto do homem primitivo, manifestam idênticas convicções, reconhecidas por uma infinidade de etnólogos, entre os quais Eduardo Clodd, materialista intransigente e, só por este motivo uma testemunha de muito valor. 

Os malaios, diz o conhecido etnólogo inglês, e bem assim, os groelandeses afirmam que o Espírito deixa o corpo durante o sono e durante a morte, um sono ainda maior. Os melanésios partilham da mesma crença e acrescentam que, quando um homem perde os sentidos, o seu Espírito parte para o outro mundo, onde “vive quando morre “.

Os ameríndios do Brasil tinham as mesmas ideias. Os xavantes comiam os filhos mortos, na esperança de unirem o seu Espírito ao Espírito da criança. 

Muitas tribos do baixo Tocantins, narra Couto de Magalhães, enterram os seus mortos dentro da própria vivenda, afim de não se apartarem os Espíritos desses mortos. Muitos povos procediam o embalsamamento, a mumificação. 

Os tupis-guaranis acreditavam em Espíritos sofredores, Espíritos perseguidores, Espíritos protetores, que os pajés evocavam antes dos grandes acontecimentos que pudessem influir nos destinos da tribo.

Mas, não acreditavam, somente na Unidade de Deus, - Tupã - e na Imortalidade do Espírito – Angá - estavam certos da possibilidade de comunicarem-se com ele, mesmo depois de partir para essa região das montanhas azuis. 

A cerimônia ritualística, que denominavam guayú, referida pelos próprios jesuítas, não permite a menor dúvida sobre o assunto. 

As tradições toltecas, astecas, maias, incaicas, indianas, egípcias, gregas e romanas, os monumentos, ídolos, livros sagrados, todos os elementos, em suma, que podem ressuscitar as crenças do homem, desde a aurora da Terra, falam da Unidade de Deus da Existência e da Imortalidade do Espírito e suas comunicações. 

Em Anahuac, no Yucatan, em Cusco, no Himalaia, Tebas, em Elêusis, em Delfos ou em Roma as sombras falam pela boca dos sacerdotes, em êxtase, ou das pitonisas, em transe. 

Pitágoras colhe dos lábios da sua discípula Theocléa, sonâmbula, os ensinamentos que os gênios invisíveis lhe comunicam. Saul dialoga com o Espirito de Samuel. César recebe a visita de um demônio que lhe profetisa o assassinato, em pleno Senado, Apolônio de Tiana anuncia a morte de Domiciano, que lhe fora predita por uma entidade teúrgica. As sibilas das criptas romanas não só falam aos Espíritos desencarnados, como fazem aparecer os seus fantasmas. Porfiro e Proclo referem que as almas dos defuntos tornam-se visíveis nos Mistérios Órficos. Jesus invoca o Espírito Supremo e escreve na areia as suas respostas. 

Por meio de cantos, pancadas e danças rítmicas, conforme Hans Staden, “os pajés transformavam as mulheres em profetisas, que vaticinavam o futuro e o destino das respectivas tribos.“

Qual foi o primeiro nome dessa Arte ou dessa Ciência? Qual foi o primeiro nome dessa Religião-Sabedoria que permitiu ao pré-humano o intercâmbio com os planos invisíveis do Universo? 

Revelação? Mistério? Taumaturgia? Esoterismo? Teurgia? Ocultismo? Magia? Hermetismo? Infelizmente, não nos foram transmitidos os grunhidos, os gritos-sinais, as onomatopéias, as expressões primárias e rudimentares da linguagem humana. 

Cada povo, cada geração, cada época, cada civilização, através o escoar dos séculos, deu-lhe o nome que o progresso, a sua mentalidade, a sua evolução o permitiu. 

Mas, não façamos questão de nome. O nome é secundário. O nome é absolutamente supérfluo, porque essa Arte, essa Ciência, essa Religião-Sabedoria, apesar das suas várias denominações, dos seus vários aspectos, dos seus vários processos, foi sempre idêntica, foi sempre semelhante, visou pelo menos, à mesma finalidade, isto é, a cultura física e mental da espécie humana e o intercâmbio voluntário e consciente com os seres dos Mundos Hiperfísicos.

Aproximemo-nos o mais possível da Verdade, mas, sejamos tolerantes, indulgentes e fraternos, só há um Deus. O Espírito existe e é imortal. Sobre estes dois pontos, pelo menos, estamos de pleno acordo. 

Pois bem, sem sairmos da órbita desta intuição divina, desta percepção espiritual, cumpramos o nosso dever, sigamos as pegadas dos que transcendem os conhecimentos comuns da humanidade e desta maneira, conseguem, voluntariamente e conscientemente, escalar as muralhas que nos separam desses Mundos Hiperfísicos. 


D M R - Gnose novembro 1937



Fonte: Fraternitas Rosicruciana Antiqua
http://www.famafra.com
Fonte da Gravura:Acervo de autoria pessoal

GLÓRIA AO BEM

"Glória, porém, e honra e paz a qualquer que obra o bem." - Paulo (ROMANOS, capítulo 2, versículo 10.)

A malícia costuma conduzir o homem a falsas apreciações do bem, quando não parta da confissão religiosa a que se dedica, do ambiente de trabalho que lhe é próprio, da comunidade familiar em que se integra.

O egoísmo fá-lo crer que o bem completo só poderia nascer de suas mãos ou dos seus. Esse é dos característicos mais inferiores da personalidade.

O bem flui incessantemente de Deus e Deus é o Pai de todos os homens. E é através do homem bom que o Altíssimo trabalha contra o sectarismo que lhe transformou os filhos terrestres em combatentes contumazes, de ações estéreis e sanguinolentas.

Por mais que as lições espontâneas do Céu convoquem as criaturas ao reconhecimento dessa verdade, continuam os homens em atitudes de ofensiva, ameaça e destruição, uns para com os outros.

O Pai, no entanto, consagrará o bem, onde quer que o bem esteja.

É indispensável não atentarmos para os indivíduos, mas, sim, observar e compreender o bem que o Supremo Senhor nos envia por intermédio deles. Que importa o aspecto exterior desse ou daquele homem? que interessam a sua nacionalidade, o seu nome, a sua cor? Anotemos a mensagem de que são portadores. Se permanecem consagrados ao mal, são dignos do bem que lhes possamos fazer, mas se são bons e sinceros, no setor de serviço em que se encontram, merecem a paz e a honra de Deus.

Francisco Cândido Xavier/Emmanuel 

Fonte: do livro "Caminho, Verdade e Vida"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

TUDO CONTA

Há dias em que nos pegamos de mau humor e nem sabemos o motivo. Não estamos sendo pressionados por nenhum problema ou questão de saúde, e ninguém está nos aborrecendo. Simplesmente nos sentimos deprimidos, com raiva ou irritados com os outros. Isso pode parecer aleatório, mas definitivamente não é. Tudo que acontece conosco é resultado das escolhas que fizemos no passado.

Toda decisão que tomamos é uma semente que plantamos. Se a semente é plantada com boas intenções e com a consciência correta, podemos produzir um milagre no futuro. Se plantarmos sementes com negatividade, ao invés de um milagre, poderemos ter péssimas notícias. Cada ação e intenção, de uma forma ou de outra, eventualmente afetará nosso futuro.

Se acordamos deprimidos, é o resultado de uma semente que plantamos. Talvez, naquele mesmo dia do ano passado tenhamos feito algo a alguém que o fez sentir-se da mesma maneira. A energia que criamos permanece adormecida, até voltar para nós. Pode ser de uma vida passada (...). 

Por isso, é essencial nos lembrarmos do seguinte: Tudo, absolutamente tudo, conta.

Só hoje, provavelmente já tomamos aproximadamente 20 decisões: o que vestimos, o que fizemos, onde sentamos... Existem tantas escolhas que fazemos automaticamente, que nem mesmo nos damos conta de que estamos exercendo uma escolha de forma ativa. Mas, consciente ou inconscientemente, tomamos centenas de decisões todos os dias.

Comece a reparar em quanto do que faz está sendo feito no piloto automático e questione-se sobre como pode injetar consciência em cada momento. Quando você estiver se levantando pela manhã, faça isso com grande apreciação por ter mais um dia. 

Escolha se apresentar a uma pessoa nova ao invés de sentar-se sozinho. Se estiver vendo televisão, separe um tempo para enviar um e-mail ou uma mensagem para um amigo com quem você não fale há algum tempo. 

Existem inúmeras formas de transformar o que é comum em milagroso.

Rav Yehuda Berg

Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

MOMENTANEAMENTE VIVENDO NUM CORPO DE ANIMAL

As relações entre os homens e os animais ainda são mal conhecidas. É difícil reconhecer sinais que revelam que uma alma humana está condenada a viver num corpo de animal para aí expiar erros cometidos numa existência anterior. 

Mas é uma realidade: a lei cármica pode pôr, por um determinado tempo, uma alma humana num corpo de animal, onde ela coabita com a alma animal, mas sem a desalojar...

Há muitos tiranos que são assim condenados a viver, pelo menos momentaneamente, no corpo de um animal! Expostos às intempéries, obrigados a procurar todos os dias o seu alimento, constantemente alerta, apanhados em armadilhas, maltratados, agredidos, eles experienciam aquilo que fizeram os outros sofrer. É essa a sua punição e, quando eles finalmente compreenderam, a alma é libertada, pois nunca se deve perder de vista que existe uma diferença de natureza entre a alma humana e a alma animal à qual ela está ligada por um tempo: quando a alma humana, libertada, se separa dela, a alma animal continua a viver a sua própria vida.

Omraam Mikhaël Aïvanhov

Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

terça-feira, 27 de novembro de 2012

MEDO DE AMAR

A insegurança emocional responde pelo medo de amar.

O amor é mecanismo de libertação do ser, mediante o qual, todos os revestimentos da aparência cedem lugar ao Si profundo, despido dos atavios físicos e mentais, sob os quais o ego se esconde.

O medo de amar é muito maior do que parece no organismo social. As criaturas, vitimadas pelas ambições imediatistas, negociam o prazer que denominam como amor ou impõem-se ser amadas, como se tal conquista fosse resultado de determinados condicionamentos ou exigências, que sempre resultam em fracasso.

Toda vez que alguém exige ser amado, demonstra desconhecimento das possibilidades que lhe dormem em latência e afirma os conflitos de que se vê objeto. O amor, para tal indivíduo, não passa de um recurso para uso, para satisfações imediatas, iniciando pela projeção da imagem que se destaca, não percebendo que, aqueloutros que o louvam e o bajulam, demonstrando-lhe afetividade são, também, inconscientes, que se utilizam da ocasião para darem vazão às necessidades de afirmação da personalidade, ao que denominam de um lugar ao Sol, no qual pretendem brilhar com a claridade alheia.

Vemo-los no desfile dos oportunistas e gozadores, dos bulhentos e aproveitadores que sempre cercam as pessoas denominadas de sucesso, ao lado das quais se encontram vazios de sentimento, não preenchendo os espaços daqueles a quem pretendem agradar, igualmente sedentos de amor real.

O amor está presente no relacionamento existente entre pais e filhos, amigos e irmãos... Mas também se expressa no sentimento do prazer, imediato ou que venha a acontecer mais tarde, em forma de bem-estar. Não se pode dissociar o amor desse mecanismo do prazer mais elevado, imediato, aquele que não atormenta nem exige, mas surge como resposta emergente do próprio ato de amar.

Quando o amor se instala no ser humano, de imediato uma sensação de prazer se lhe apresenta natural, enriquecendo-o de vitalidade e de alegria com as quais adquire resistência para a luta e para os grandes desafios, aureolado de ternura e de paz.

Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis

Fonte: do livro "Amor, Imbatível Amor"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

EU SOU ELE

Procurai todos os dias tomar consciência de que não sois uma entidade distinta do Senhor e acabareis por sentir que não existe realmente qualquer distância entre Ele e vós. As consequências desta tomada de consciência são de uma extrema importância. Vós sabeis bem que, quando estais em contacto com um ser, recebeis as suas influências, boas e más. Portanto, se entrais em contacto com o Criador, pouco a pouco tornar-vos-eis, como Ele, luminosos, poderosos e cheios de amor. Até esse momento, seja o que for que façais, nunca obtereis grandes resultados, pois permanecereis um ser separado, e um ser separado da omnipotência divina só pode ser fraco. Os Mestre hindus ensinam aos seus discípulos a seguinte fórmula para eles repetirem: «Eu sou Ele», pois, ao penetrar-se desta verdade, o discípulo compreende que só “Ele”, isto é, Deus, existe. Então, a sua consciência alarga-se, ele funde-se na imensidão, torna-se “Ele” e, como “Ele”, pode realizar maravilhas.

Omraam Mikhaël Aïvanhov

Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

CRESCIMENTO

Era manhã de mais um dia de trabalho. Um dia que parecia ser igual a todos os outros dias - isso para quem adora criar monotonias em sua própria vida.

Os funcionários chegaram na empresa do mesmo jeito que chegavam todos os dias, mas já na entrada algo os surpreendeu.

Encontraram um cartaz na portaria dizendo: "faleceu ontem a pessoa que impedia o crescimento da empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes."

No início todos se entristeceram com a morte de alguém, mas, depois de algum tempo, ficaram bastante curiosos em saber quem havia morrido.

Quem estava bloqueando o crescimento da empresa?

A agitação na quadra de esportes era tão grande que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório.

Então, conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava: "quem será que estava atrapalhando o meu progresso?" - diziam uns. "com certeza alguém envolvido em algum desvio de dinheiro!" - diziam outros.

"Ainda bem que este infeliz se foi!" - esbravejavam.

Assim, um a um, os funcionários agitados aproximavam-se do caixão, olhavam o defunto e engoliam em seco.

Ficavam em silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma.

Pois bem, no visor do caixão havia um espelho... E cada um via a si mesmo...

A lição da diretoria da empresa foi clara:

Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: você mesmo!

Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida.

Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida e, você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo.

Sua vida não muda quando seu chefe muda, quando sua empresa muda, quando seus pais, filhos, mudam: ela se modifica quando você mesmo muda.

Você é o único responsável por ela, e o único que prestará contas dela.

***

O ser humano ainda espera demais por soluções e acontecimentos exteriores.

Confundimos fé, esperança, com inatividade e preguiça.

Confundimos pacifismo com passividade.

Confundimos justiça com vingança.

É tempo de acordar e perceber que estamos no comando de nossa própria embarcação, e decidimos através do livre-arbítrio, os rumos de nossa viagem pelos mares do crescimento, da evolução.

Decidimos se chegaremos logo aos destinos, ou se permaneceremos por muito tempo à deriva.

Decidimos se manteremos o olhar no horizonte, e os ouvidos encantados pelo som do mar, ou se nos deixaremos seduzir pelo canto perigoso das sereias destas distrações do caminho que buscam nos fazer afundar, vestindo-se com trajes belos apenas.

Somos nós que decidimos o momento de perdoar.

Somos nós que decidimos o momento de começar a amar.

O amor não nos escolhe... Nós escolhemos o amor.


Fonte: Equipe de Redação do Momento Espírita com base em texto de autor desconhecido.
http://www.reflexao.com.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

FULGOR DE LUZ DA MENTE

Um dos grandes axiomas da nova ordem de ideias, é o de que o pensamento possui poder criativo, e como toda a superestrutura depende desta base, será útil examiná-la cuidadosamente.

O ponto de partida é o de que o pensamento, ou ação puramente mental, é a única fonte possível, da qual a criação existente pode ter se manifestado, e é baseado nisso que tenho salientado a importância da origem do cosmos (...). Por conseguinte, (...) toda a manifestação  é, em essência, a expressão de um Pensamento Divino.

Sendo assim, nossa própria mente é uma expressão de um Pensamento Divino. O Pensamento Divino criou algo que é capaz de pensar. A questão é saber se o pensamento tem a mesma qualidade criativa da Mente Geradora.

Thomas Troward


A tal ponto é (a mente) dotada de poder criativo, que podemos justificadamente afirmar que nosso corpo é, verdadeiramente, aquilo que pensamos que ele seja. 

O grande Lamarck, embora predominantemente homem de ciência, compreendeu este ponto, a certo grau, quando afirmou que todo crescimento se processa de dentro para fora. E o evangelista Marcos, ainda que extraindo sua informação de uma fonte totalmente diversa, (...) chegou à mesma conclusão e a expressou nas memoráveis palavras: "Portanto vos digo que tudo o que pedires, orando, crede que o recebereis, e tê-lo-eis". 

Não nos apressemos; plantemos a semente do desejo; consideremos nossas criações mentais como realidades espirituais e deixemos que a Divina Inteligência faça o resto. Portanto, "aquele que crê não se apressará" constitui uma das maiores verdades científicas já enunciadas. 

Dificilmente encontramos uma obra devotada à análise de questões filosóficas ou religiosas que deixe de nos prevenir contra o poder destrutivo da dúvida, ao mesmo tempo incutindo em nossa mente a eficácia da fé.

William Kearny Carr


Todo ser humano deveria aprender a captar e atentar para o fulgor de luz que lampeja por sua mente, provindo de seu âmago, mais do que o brilho do firmamento de menestréis e sábios. No entanto, despreza ele, instantaneamente, seu pensamento, porque é seu.

Em toda obra de gênio, reconhecemos nossos próprios pensamentos rejeitados; eles voltam para nós com uma certa estranha majestade. (...) Um estranho dirá, com magistral bom senso, precisamente o que sempre pensamos e sentimos, e seremos forçados a receber de outrem, envergonhados, nossa própria opinião.

Ralph Waldo Emerson





Fonte: de ensinos Rosacruzes (Ordem Rosacruz - AMORC)
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A LIVRE INICIAÇÃO MARTINISTA


Aquele que se encontra na senda que o levará à iluminação, sempre imagina aquele momento sagrado em que a descida da Pomba Dourada do Espírito Santo elevará o seu nível de consciência ao nível cósmico, revelando os mistérios da existência e trazendo a tão almejada Paz Profunda.


Para que este nível de consciência cósmica ou crística seja alcançado, o aluno ou discípulo deve ser orientado por um professor ou mestre que lhe dará o estímulo e os elementos de trabalho para tão alto nível de consecução. Este é aquele momento especial que se diz que quando o discípulo estiver preparado o mestre aparecerá. 

Imagina-se que tal encontro, entre mestre e discípulo, possa ocorrer em um nível objetivo ou psíquico, e o iniciador, através de uma cerimônia mágica, transmite a Luz para o iniciando.

Neste momento lhe é revelado a Palavra Perdida, o Verbo da Criação, as poderosas vibrações segundo as quais o universo veio a existir, proporcionando ao discípulo harmonizar-se com a hierarquia das vibrações celestiais, tornando-se ele também um criador, a palavra viva, o verbo que se fez carne. 

O Cristo foi a Luz do Mundo e, emulado, leva-nos ao reino dos céus. Tal como os Apóstolos foram iluminados pelo Espírito Santo, esperamos que na ocasião apropriada, possa cada um de nós, quando devidamente preparado, receber tamanha graça e assim unir nossa consciência à do Pai Celestial.

No evangelho de São João temos as seguintes passagens, referentes ao ritual de transmissão do Espírito Santo, que levaria à consciência crística:

Versículo 20: Aparições aos discípulos

Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam (...). Jesus veio e pôs-se no meio deles . Disse-lhes ele: "A paz esteja convosco!" Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: "A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós." Depois destas palavras soprou sobre eles dizendo-lhes: "Recebei o Espirito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos."

Atos dos Apóstolos: A ascensão

E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem aí o cumprimento da promessa de seu Pai, "que ouvistes," disse ele, "da minha boca: porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias." 

Assim reunidos, eles o interrogavam: "Senhor, é porventura agora que ides restaurar o reino de Israel?" Respondeu-lhes ele: "Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder; mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo".

Dizendo isto, elevou-se (da terra) à vista deles, e uma nuvem o ocultou aos seus olhos. Enquanto o acompanhavam com seus olhares, vendo-o afastar-se para o céu, eis que lhe aparecem dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: "Homens da Galiléia, por que ficais aí a olhar para o céu? Este Jesus acaba de vos ser arrebatado para o céu, voltará do mesmo modo que o vistes subir para o céu."

Atos dos Apóstolos: Vinda do Espírito Santo

Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceram-lhes uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e repousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.

Saint-Martin era detentor de uma iniciação que remontava, supomos nós, ao cristo e a sua escola secreta. Para o discípulo devidamente preparado, através de um momento mágico e único, a transmitia, junto com a autoridade para que este fosse livre para passá-la adiante, formando assim, um elo de uma corrente que, através do cristo, os ligava ao reino da sublime Luz. 

Com o intuito de garantir a regularidade desta livre iniciação, que segundo Papus é revelado ao iniciando o significado sagrado de "Duas Letras e Alguns Pontos", organizou (Saint-Martin) em 1891, um Supremo Conselho de Livre Iniciadores e fundou a Ordem Martinista, dividindo-a em quatro partes ou quatro graus:

1- Grau Associado
2- Grau Místico ou Iniciado
3- Grau dos Superiores Incógnitos ou S.'. I'.'
4- Grau dos Filósofos Desconhecidos, dos Superiores Incógnitos Iniciadores ou dos Livres Iniciadores (S.'. I'.' IV, S.'. II'.' ou L.'. I'.')

Desta forma, aqueles possuidores do quarto grau seriam Livres Iniciadores, detentores, tal como Saint-Martin, do poder de, por livre escolha, iniciar aqueles que estivessem preparados.

Obviamente, haviam aqueles Livres Iniciadores que permaneceram independentes de qualquer ordem martinista, os denominados Martinistas Livres ou Free Martinistas, que até hoje, incognitamente, perpetuam o trabalho de Saint-Martin.

Assim, espera-se que uma Ordem Martinista, comprometida com a livre iniciação de Saint-Martin e com a sua divisão em graus, estabelecida por Papus, crie um Conselho Supremo de Livres Iniciadores, devidamente confirmados na cadeia de iniciações, com a finalidade de garantir:

I - Que todos os membros tenham acesso aos quatro graus obtendo assim a Iniciação Completa estabelecida por Saint-Martin;

II - Que os rituais originais utilizados por Papus para as iniciações aos graus não sejam modificados, para que assim não se elimine elementos importantes da Livre Iniciação original de Saint-Martin e, por razões semelhantes, que se garanta a autenticidade dos rituais de abertura e fechamento dos 4 graus.

III - Que aqueles que presidirem as iniciações a todos os graus sejam comprovadamente S.'. I'.' IV, ou seja, Livres Iniciadores;

IV - Que todas as iniciações sejam devidamente registradas, com a emissão dos respectivos certificados autenticados e constando a identificação do Livre Iniciador, com seu nome místico e código na Cadeia Mágica de Livres Iniciadores;

V - Que o estabelecimento do nome místico, não similares, com a sua codificação correta na Cadeia Mágica de Livres Iniciadores, fique restrito somente aqueles que efetivamente obtiverem o Grau IV de Livre Iniciador.



Pitah-Go-Ra

S.'. I'.'



Fonte: http://www.professores.uff.br/pitagoras/mexas/cristo-cosmico/livreinicmart.html 
Fonte das Gravuras: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:The-Martinist-Pentacle.jpg
http://www.rdpizzinga.pro.br/livros/principiosmartinistas/martinismo.html

COMO REAGIMOS INTERIORMENTE?


Se examinarmos nossas vidas, veremos que a real insatisfação, angústia e mal-estar que experimentamos não são causados por condições externas, mas pela forma como reagimos interiormente a elas. 

Não podemos negar que as condições externas difíceis existem, mas precisamos reconhecer que alguém com algum controle sobre os processos internos da mente não vivencia a mesma impotência e sofrimento face às perdas, adversidades e doenças, comparado a uma pessoa cuja mente não foi treinada.


Chagdud Tulku Rinpoche



Fonte: "O Treinamento da Mente no Cotidiano"
http://darma.info/
Fonte da Gravura: IA(AI)

VERDADEIRA LIBERDADE



Quereis sentir-vos livres? Trabalhai para enobrecer os vossos pensamentos e os vossos sentimentos, pois a verdadeira liberdade é a liberdade interior. Evidentemente, também é desejável ser livre nos seus movimentos no plano físico, mas considerai que esta liberdade é secundária. A única liberdade a que vale a pena aspirar é a liberdade interior, pois de que vos servirá poder ir livremente onde quereis se transportardes em vós pensamentos e sentimentos que vos envenenam, vos atam de pés e mãos e, um dia, acabarão por reter-vos na cama? De que liberdade poderemos falar então? Por isso, não procureis tanto a liberdade física, pois, muitas vezes, é ela que proporciona todas as possibilidades para vos perderdes e cairdes em armadilhas. Procurai antes a sabedoria, o amor, a verdade, a justiça, a bondade, pois desse modo, onde quer que estejais e quaisquer que sejam as condições, sentir-vos-eis livres.



Omraam Mikhaël Aïvanhov

Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

EU, OUTRO, APEGO E AVERSÃO


Como não reconhecemos nossa natureza essencial — não compreendemos que embora aparências surjam incessantemente, não há nada de fato ali — damos solidez e realidade à aparente verdade do eu, outro e ações entre esse eu e o outro.

Esse obscurecimento intelectual faz surgir apego e aversão, seguido por ações e reações que criam karma, se solidificam em hábitos e perpetuam os ciclos de sofrimento.

Esse processo inteiro precisa ser purificado.



Chagdud Tulku Rinpoche




Fonte: "In The Presence Of Masters"
http://darma.info/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OS ESPÍRITOS SÁBIOS QUE DITARAM A DOUTRINA ESPÍRITA A KARDEC JÁ CONHECIAM O VÁCUO QUÂNTICO, EM 1857?

A primeira edição de "O Livro dos Espíritos" publicada em 18 de abril de 1857, em Paris, por Allan Kardec, foi produto de ditados que ele obteve de uma plêiade de Espíritos Sábios iniciados em maio de 1855 e encerrados em abril de 1856. Desta data até fevereiro de 1857, ou seja, durante dez meses, esses ditados foram colocados na forma de uma brochura, analisados e revisados pela própria plêiade que os ditou, porque Kardec havia produzido algumas desconformidades ao interpretar os princípios da Doutrina, que eram novos, em sua maioria. A autorização para que Kardec os publicasse, na forma de livro, foi dada pelos próprios autores da obra.

Depois de receber o sinal verde para publicar o "O Livro dos Espíritos", Kardec tratou de convencer um editor a fazê-lo, fato que ocorreu no início de março de 1857. Desta forma, em 18 de abril de 1857, a primeira edição de "O Livro dos Espíritos" foi colocada a venda para o público parisiense, depois de uma pequena, mas fulminante publicidade a respeito, fato que despertou muita curiosidade pela obra, não só pelo público em geral, mas também pela classe dos cientistas, filósofos e religiosos. No seu frontispício trás a legenda: LE LIVRE DES ESPRITS, contenant LES PRINCIPLES DE LA DOCTRINE SPIRITE, sur la nature des esprits, leur manifestation e leurs rapports avec les hommes; les lois morales, la vie presente, la vie future, e l'avenir de l'humanité; ECRIT SOUS LA DICTÉE ET PUBLIÉ PAR L'ORDE D'ESPRITS SUPÉRIEURS, PAR ALLAN KARDEC. A tradução para o português é: O LIVRO DOS ESPÍRITOS, contendo OS PRINCÍPIOS DA DOUTRINA ESPÍRITA, sobre a natureza dos Espíritos, suas manifestações e suas relações com os homens; as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade; escrito sob o ditado e publicado por ordem de Espíritos Superiores, por Allan Kardec.

Assim é que na questão 16 da primeira edição de "O Livro dos Espíritos", de 18 de abril de 1857, os Espíritos Sábios comunicantes assim se expressam a Kardec, sobre o espaço universal: "O espaço universal é infinito, dir-se-ia sem bordas. Se supusermos um limite para o espaço, qualquer distância que o pensamento possa conceber, a razão dirá sempre que além desse limite haverá alguma coisa e assim sucessivamente, de lugar em lugar, até o infinito; então essa qualquer coisa mesmo que se chamasse vácuo absoluto seria ainda espaço".
 
Até pouco tempo a Física considerava vácuo como sendo um espaço, imaginário ou real, não ocupado por coisa alguma, vazio, onde a pressão era inferior a uma unidade chamada atmosfera, que mede a pressão exercida por uma camada gasosa. 

Com o desenvolvimento da Mecânica Quântica, nos últimos 20 anos, concluiu-se sobre como o processo da inflação cósmica explica de modo natural porque o nosso Universo é tão grande e tão uniforme, como atualmente o observamos. A inflação cósmica também achatou a geometria do espaço-tempo até o grau que hoje observamos no cosmo. A ideia básica a inflação cósmica é simples: no início da história do Universo, logo após o Big-Bang, de repente ele se expandiu imensamente em tamanho, daí o nome de inflação, por analogia ao sentido que essa palavra tem na economia. Para evoluir até um Universo semelhante ao nosso, com as propriedades que vemos, o Universo primordial teve que se expandir pelo menos umas 1028 vezes (significa o número 1 seguido de 28 zeros). Para se ter uma ideia da vastidão desse número, convém notar que o tamanho do Universo atualmente observável é de aproximadamente 1028 centímetros. Portanto, a inflação cósmica foi como inflar um pequeno pedregulho até o tamanho de todo o nosso Universo observável, ou até mais, e tudo numa minúscula fração de segundo. Essa expansão extremamente rápida ocorreu quando a densidade energética do Universo (também chamada fluído cósmico universal, pelos Espíritos) foi dominada pela densidade de energia do vácuo. Quando a densidade energética do Universo é dominada pela energia do vácuo, a pressão negativa impõe um ritmo de expansão cada vez maior. Essa expansão acelerada pode inflar o nosso Universo na enorme medida necessária para explicar não apenas as suas propriedades, mas também como os Espíritos puderam habitá-lo.
 
À primeira vista, o conceito de densidade de energia do vácuo parece uma contradição. Costumávamos pensar no vácuo como sendo completamente vazio. Como pode uma coisa supostamente vazia ter energia, e muito menos dominar a densidade energética de todo o Universo? No nível fundamental, o vácuo tem que obedecer a uma descrição quântica, significando com isso que, afinal, o vácuo não é realmente vazio. O vácuo é regido pelo chamado Princípio da Incerteza de Heisenberg, que atua sobre a natureza ondulatória da realidade física nas pequenas escalas dimensionais e levou à possibilidade da energia do vácuo. 

Considere um elétron, por exemplo. O Princípio da Incerteza de Heisenberg mostra que não podemos medir simultaneamente o momentum da partícula (seu movimento) e a posição que ela ocupa no espaço, com o mesmo grau de exatidão. Assim, esse Princípio da Incerteza acaba tendo consequências importantes para o conceito de vácuo. Do ponto de vista da Mecânica Quântica, o vácuo não pode ser realmente vazio. Imaginemos uma região do espaço universal vazia, como nos exemplifica a questão 16 de "O Livro dos Espíritos", primeira edição de 1857. Em virtude do Princípio da Incerteza, esse espaço, aparentemente vazio é repleto de partículas, que pulsam brevemente, ao ganhar vida e morrer. A energia necessária para criar essas partículas é tomada de empréstimo do vácuo e prontamente devolvida a ele, quando as partículas se aniquilam e, em seguida, tornam a desaparecer no "nada". Elas são chamadas de partículas virtuais porque não possuem vida real. Vivem de um tempo emprestado e sempre se aniquilam logo depois de seu aparecimento espontâneo no vácuo. Por causa dessa criação espontânea, o espaço que corresponde ao vácuo, que deveria ser deserto, fica repleto dessas partículas virtuais de matéria, como se fossem fantasmas que aparecem e desaparecem, repentinamente. E, essas partículas virtuais podem dotar o vácuo de uma densidade energética efetiva que, de outro modo, ele não a possuiria. Portanto, a Mecânica Quântica leva-nos, naturalmente, ao conceito de que o espaço vazio possui, na realidade, densidade energética, confirmando o que os Espíritos comunicaram inicialmente a Kardec, e que se encontra reforçado na questão 36, da segunda edição de "O Livro dos Espíritos", publicada em 18 de março de 1860, a saber: 

P. 36 - "O vazio absoluto existe em alguma parte do espaço universal"? - "Não, nada é vazio; o que te parece vazio está ocupado por uma matéria que te escapa aos teus sentidos e instrumentos”.

WLADIMYR SANCHEZ 

(Físico formado pela USP, engenheiro mecânico formado pela Universidade Mackenzie, engenheiro nuclear, formado em Oak Ridge, USA, engenheiro civil, pela UNESP. É Mestre e Doutor em Ciências, pela USP e PhD em Gerenciamento de Recursos Hídricos, pelo MIT, USA, Presidente do Instituto de Pesquisa e Ensino da Cultura Espírita - IPECE)



Fonte: http://www.ipecesp.org.br/artigos.htm
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SÍMBOLOS - UM MUNDO VIVO



Podemos comparar um símbolo a uma semente que pomos na terra. Tal como faria em relação a uma semente, o Iniciado enterra cada símbolo na sua cabeça e rega-o com frequência; pouco a pouco, aparece um pequeno caule que cresce e se reforça até se tornar uma árvore imensa. Então, o Iniciado regozija-se, trabalha à sombra dessa árvore, colhe os seus frutos, semeia as sementes desses frutos e tudo recomeça.

O mundo dos símbolos é um mundo vivo. Do mesmo modo que uma semente contém em potência uma árvore completa, um símbolo sintetiza todo um lado do saber. Se me perguntardes: «Mas, para que serve um símbolo?», eu responder-vos-ei: «E para que serve uma semente?» Trabalhando com uma dezena de símbolos, vós possuís todo o saber. É-nos impossível levar conosco para toda a parte uma grande biblioteca, mas, com alguns símbolos, nós transportamos todos os livros sagrados da humanidade, pois todos esses livros se resumem em alguns símbolos. Mas, para decifrar esses símbolos, para que eles nos falem, é preciso que os tornemos vivos em nós.


Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A TERRA PROMETIDA

O cabalista lê a Bíblia de uma maneira diferente. Ele sabe que este é um livro divino, codificado, e que lembra histórias que são sempre atuais para a humanidade.

Uma história bíblica bem conhecida é a de Moisés, aquele que retirou o povo hebreu da escravidão. A história conta que para salvar a vida de seu bebê, a mãe de Moisés deixou-o em uma pequena cesta às margens do rio Nilo. A filha do Faraó encontrou o bebê e acabou criando-o no palácio real, com todo o conforto. Um dia, já crescido, Moisés resolveu sair do palácio e ver o que se passava fora dele. Ao defender um escravo hebreu que era surrado violentamente por um egípcio, acabou matando o egípcio. E por isto teve que se afastar. 

Durante o exílio, Moisés viveu em uma cidade vizinha. E foi lá que ele recebeu pela primeira vez a revelação de Deus. Moisés caminhava à luz do dia, em profundo estado meditativo, quando se deparou com uma sarça ardente. A sarça era um tipo de planta comum naquela região e era comum arbustos daquele tipo pegarem fogo devido ao calor. No entanto, este arbusto continuava a pegar fogo e jamais se consumia. Mantinha-se ileso. E foi assim que Moisés pela primeira vez viu a face de Deus.

É interessante observar que a primeira revelação de Deus a Moisés se deu através de uma planta comum, em uma situação comum, quando ele olhava para baixo. Normalmente temos a ideia de que uma revelação de Deus deveria se dar em uma grande aparição no céu, em uma noite magnífica. Mas Deus está em todo lugar, e para aquele que está preparado, tomado pela consciência da humildade (e ele olhava para baixo) esta revelação pode se dar a qualquer momento. Todo momento pode ser especial. Naquele momento Moisés era eleito para libertar os hebreus da escravidão e a partir de então travou uma grande batalha espiritual contra o Faraó, até que conseguiu libertar seu povo, promovendo a abertura do mar.

A história é toda repleta de códigos. O Faraó, mencionado no texto, representa nosso ego exacerbado, que faz-nos esquecer que somos parte de um todo muito maior, e nos impele no desejo de receber só para nós mesmos. É a pura visão da casca. Tanto que os faraós, ao morrer, retiravam os órgãos e mumificavam o corpo, ou melhor, a casca do corpo. 

O Egito é uma palavra-código que se refere a uma situação de escravidão à qual a grande maioria dos seres humanos está submetida. É o nosso comportamento repetitivo, caracterizado por padrões compulsivos, que nos afasta de uma vida significativa. 

A Travessia do Deserto é o caminho longo, árduo e cheio de dificuldades, que percorremos para sair deste estado de escravidão do aparente e chegar a uma nova consciência.

Finalmente, a Terra Prometida é o estado de consciência elevada, que dá real sentido à nossa existência. Momento em que compreendemos nosso lugar nesta existência, em que atingimos o significado da palavra Amor. Neste estado não há espaço para o medo. Nesta dimensão compreendemos o valor de cada obstáculo com que nos deparamos. Cada um deles traz um significado a mais à nossa vida.

Este episódio nos ensina sobre uma possibilidade sempre atual de mudarmos nossa consciência. Sair do mundo da escravidão significa mergulhar em um mundo desconhecido, para uma travessia muito longa e difícil. Somente com um propósito muito claro é possível enfrentar os confrontos áridos deste deserto e encontrar os caminhos que levam a uma vida significativa.

Ian Mecler

Fonte: do livro “Os Segredos da Cabala”
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

PROJEÇÃO NO FUTURO

Instintivamente, os humanos estão sempre a projetar-se no futuro, eles vivem na esperança de que o amanhã será melhor, mas, muitas vezes, esta projeção no futuro não passa de uma fuga. Em que baseiam eles a esperança de que o futuro pode ser melhor do que o presente? A verdade é que o futuro será ainda pior se eles se limitaram a esperar sem trabalhar. As coisas boas raramente chegam do exterior. Se elas chegam, tanto melhor; mas sois vós, sobretudo, que tendes o poder de fazer virar os acontecimentos a vosso favor ou a vosso desfavor, pois podeis viver cada acontecimento de duas maneiras: uma que vos eleva acima de vós mesmos e outra que vos faz descer ou mesmo cair. Trabalhai com a sabedoria, o amor e a vontade e transformareis as condições exteriores mais desfavoráveis em bênçãos para vós e para os outros.

Omraam Mikhaël Aïvanhov

Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal