Ser verdadeiro para com os outros não é fácil em uma sociedade que honra manter as aparências, contudo, é uma parte importante no caminho espiritual.
Por meio da publicidade, da mídia e de muitos outros meios, somos ensinados a nos preocupar mais com o como somos vistos do que com quem realmente somos. Quantas vezes as pessoas lhe perguntam “Como vai você?” sem estarem interessadas em escutar a resposta? Quantas vezes você responde “Tudo ótimo!”, com um sorriso radiante e não autêntico, quando na verdade teve um dia, uma semana ou até mesmo um mês difícil?
Mesmo aqueles de nós envolvidos com a espiritualidade caem nessa armadilha. Achamos que deveríamos ser de uma determinada forma, e assim fingimos ser aquilo para o mundo externo. Achamos que precisamos ser perfeitos, escondendo nossos defeitos.
Viver espiritualmente é estar em um processo constante de transformação; e para fazer isso, precisamos ser honestos quanto à nossa negatividade, com os outros e com nós mesmos.
Se tentarmos ser só sorrisos e gentilezas por fora, mas tivermos pensamentos negativos e de julgamento por dentro, estaremos apenas escondendo a sujeira, varrendo-a para baixo do tapete. Não existe transformação nessa atitude. Além disso, a verdade sobre o nosso caráter sempre pode ser percebida.
Todos nós temos defeitos. Todos nós cometemos erros.
Quando escolhemos nos expor – nosso lixo e todo o resto – as pessoas entendem melhor como agimos com elas e apreciam a coragem que temos de nos abrir. Nesse momento, elas podem se identificar conosco, confiar em nós, serem uma conosco.
Ser verdadeiro é uma grande qualidade espiritual. Indica alguém com quem as pessoas podem se conectar.
Se escondermos nossa negatividade nas sombras, ela nunca verá a Luz. Quando somos verdadeiros quanto às nossas falhas e as expomos para os outros, estamos expondo-as para a Luz.
Rav Yehuda Berg
Fonte: Centro de Cabala
www.kabalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal
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