terça-feira, 30 de abril de 2013

A QUESTÃO PRIMEIRA


Uma obra erudita geralmente é avaliada por um crítico sério após lê-la e relê-la por diversas vezes, tendo em vista que ele precisa se familiarizar, primeiramente, com o assunto abordado e com a forma como a abordagem é feita, para, depois, supridas as eventuais deficiências de conhecimento sobre o que vai analisar, ele possa fazê-lo da melhor forma possível.

Ora, todo estudioso espírita já leu e releu O Livro dos Espíritos uma infinidade de vezes, se não de ponta a ponta, pelo menos de forma livre, consultando frequentemente esta ou aquela questão, as respostas a ela dada pelos Espíritos e o comentário pertinente colocado pelo Codificador antes de passar à questão seguinte. 

Pois bem, apesar de esta obra basilar da Doutrina Espírita já ter sido objeto de incontáveis estudos pelos mais diversos estudiosos de várias partes do mundo, cremos que a sua Questão Primeira contém um significado que passou despercebido até hoje para a maioria dos espíritas. 

Dizemos isso porque temos ouvido a toda hora oradores e escritores respeitáveis e cultos referindo-se a Deus como “o Criador” ou “o Pai Criador”, a despeito de não terem os Espíritos usado tal designação em sua resposta, fato este, a meu ver, de uma significância profunda que precisa ser mais bem entendida. 

A pergunta de Kardec foi de imensa sabedoria. Intuído, como sempre, por Espíritos de grande adiantamento, o Codificador não criou restrições para a resposta, o que teria feito se tivesse perguntado “Quem é Deus?“ Em vez disso, para não condicionar a resposta, ele perguntou “Que é Deus?“

Notável resultado obteve Kardec com a sua pergunta, pois, ao responderem os Espíritos que Deus é “a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”, eles, também, deixaram claro que Deus não era localizável pelo homem em qualquer escala por ele conhecida hoje ou que venha a sê-lo no porvir. 

O termo “criador”, por outro lado, está associado em nosso entendimento a uma criatura, um ser que cria alguma coisa. É assim que os agnósticos se divertem com os crentes perguntando a eles: “Já que vocês dizem que Deus criou o Universo, nos digam quem criou Deus”. 

O homem primitivo, ainda habitante das cavernas ou de precários abrigos e vivendo da caça e da coleta, carecia de conhecimento sobre o porquê das coisas. Desse modo, para ele, em sua religiosidade simples, tudo o que ele desconhecia, ele julgava ser obra direta de um deus criador. Para ele, um deus havia criado tudo, fosse concreto ou abstrato. 

Com o avanço da civilização, os homens foram, pouco a pouco, entendendo os mecanismos da natureza e verificando que as causas para tais mecanismos eram passíveis de verificação. As religiões que haviam sido congeladas nas interpretações primitivas do porquê das coisas resistiram o mais que puderam ao avanço do conhecimento humano mas este, no fim de contas, acabou-se libertando das amarras da religião, alçando o vôo próprio que até hoje teme o contato com aquela que um dia lhe tolhia os movimentos. 

Alguns religiosos, no entanto, com a mente aberta diante do avanço da ciência, procuravam encontrar nela um nicho onde lhes fosse possível colocar Deus, como se Deus pudesse ser colocado em algum lugar restrito. Houve, pois, o tempo em que, diante da teoria da evolução de Darwin, eles não mais diziam que Deus tinha feito os animais e as plantas, mas que havia feito os mundos e a mecânica do universo. Depois, com os avanços da astronomia e as teorias de formação de estrelas e planetas, tiveram que restringir Deus a criador das leis que governam o universo. Mais tarde, veio a teoria do “big-bang”, colocando-o como o início do universo conhecido e de suas leis, e Deus foi colocado como o criador do “big-bang”. Quanto mais avançava a ciência, mais para trás colocavam o deus “criador”. 

Quanta sabedoria, portanto, tiveram os Espíritos na sua resposta! Causa primeira, em um universo onde todo efeito possui causa, é um conceito claro. Antes do que é primeiro não há nada. A causa primeira é a única causa incausada. Não há necessidade de mudar essa definição à medida que a ciência evolui. Ela era válida no século XIX, é válida hoje, no século XXI e o será para todo sempre. Se nos perguntarem, portanto “que é Deus?” ou, mesmo, “quem é Deus?”, saibamos responder como os Espíritos o fizeram, dizendo apenas: “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. 




Renato Costa



Fonte: http://www.ieja.org/portugues/p_index.htm 

Artigo publicado originalmente em O Espírita Fluminense, Ano L, No 308 – Setembro/Outubro 2006
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ZAZEN


Você está simplesmente sentado, sem fazer nada. Tudo é silêncio, tudo é paz, tudo é felicidade. Você encontrou Deus, você encontrou a verdade.

Os praticantes do Zen nos recomendam apenas sentar e não fazer nada. A coisa mais difícil no mundo é exatamente sentar sem fazer nada. Mas, depois que você desenvolve a aptidão para isso, muitas coisas irão acontecer. Você vai se sentir sonolento, começará a sonhar. A sua mente ficará atulhada de pensamentos, além de muitas outras coisas. Ela dirá: “Por que você está desperdiçando o seu tempo? Você poderia ter feito alguma coisa para ganhar dinheiro. Pelo menos poderia ter assistido a algum filme, se divertido, ou ter conversado com os amigos. Poderia ter visto televisão, ou pelo menos poderia ter lido o jornal que acabou não lendo. Por que está desperdiçando o seu tempo?”

A mente vai fazer tudo o que for possível para impedi-lo de simplesmente ficar sentado. Se você perseverar, um dia o sol nascerá.

Chegará um dia em que você não se sentirá mais sonolento - a mente terá se cansado, terá desistido da ideia de que você poderia ser enganado! Acabou tudo: sono, alucinação, sonho, pensamentos. Então você se descobrirá sentado, sem fazer nada, e tudo será silêncio, paz, felicidade. Você encontrou Deus, encontrou a verdade.

Sente-se em qualquer lugar, mas não olhe para nada muito excitante. As coisas não devem estar se movimentando muito, do contrário se tornam uma distração. Você pode observar as árvores, porque elas não saem do lugar e a cena permanece constante. Pode observar o céu ou apenas sentar num canto olhando para a parede.

Além disso, não olhe para nada em especial: apenas observe o vazio. É preciso olhar para alguma coisa, mas não busque nada em particular. Não focalize nada nem se concentre em coisa alguma - veja apenas uma imagem difusa.

A terceira coisa é relaxar a respiração. Não a produza, deixe que aconteça naturalmente e isso o relaxará ainda mais.

Por último, o seu corpo deve permanecer na maior imobilidade possível. Encontre uma boa postura - sente-se sobre uma almofada, um colchão ou qualquer coisa que lhe agrade, mas, assim que se posicionar, permaneça imóvel, porque se o corpo não se mover a mente se cala automaticamente. Corpo e mente não são duas coisas: são uma coisa só, uma só energia.

No princípio parecerá um pouco difícil, mas depois de alguns dias você verá, pouco a pouco, as camadas da mente começarem a cair. Chegará um momento em que você estará lá, sem a mente.

Instruções:
Sente-se de frente para uma parede, a uma distância equivalente ao comprimento do seu braço. Os olhos devem estar meio abertos, permitindo que o olhar descanse suavemente sobre a parede. Mantenha as costas eretas e descanse uma das mãos dentro da outra com os polegares se tocando para formar uma oval. Mantenha o corpo imóvel o mais possível por 30 minutos.

Enquanto estiver sentado, permita uma percepção sem escolha, não dirigindo a atenção para nada em especial, mas mantendo a atitude de maior receptividade e maior atenção possíveis. 


Osho, em "Meditação: A Primeira e Última Liberdade"



Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A LIÇÃO DO FOGO


Um membro, que regularmente frequentava um determinado grupo de estudos, sem nenhum aviso deixou de participar de suas atividades. 

Após algumas semanas, o Mestre daquele grupo decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria. O Mestre encontrou o homem em casa, sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor. 

Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vindas ao Mestre, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando. No silêncio sério que se formara, apenas contemplavam a dança das chamas em torno das rachas de lenha, que ardiam. 

Ao cabo de alguns minutos, o Mestre examinou as brasas que se formaram e cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a para o lado. Voltou então a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel. O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto. Aos poucos a chama da brasa solitária diminuía, até que houve brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de vez. Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada. Nenhuma palavra tinha sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos. O Mestre, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta no meio do fogo. Quase que imediatamente ele tornou a incandescer alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele. 

Quando o Mestre alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse: 

- Obrigado por sua visita e pelo belíssimo sermão. Estou voltando ao convívio do grupo. Muito obrigado!

Aos membros de um grupo vale lembrar que eles fazem parte da chama e que longe do grupo eles perdem todo o brilho.

Reflexão:
Aos Mestres e lideres vale lembrar que eles são responsáveis por manter acesa a chama de cada um e por promover a união entre todos os membros, para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro.



Francisco Cândido Xavier/Emmanuel



Fonte: http://www.mensagemespirita.com.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

DESENVOLVER A SENSIBILIDADE AO MUNDO DIVINO


Diz‑se muitas vezes que as pessoas simples, primitivas, pouco instruídas, são, por natureza, mais facilmente felizes do que as pessoas cultas. E é verdade que, ao desenvolver‑se a inteligência e o gosto, se fica mais sensível e, portanto, mais vulnerável aos acontecimentos, às variações das condições materiais ou psicológicas em que se vive. Então, que conclusão há a tirar disto? Que, para se ser feliz, se deve ficar num estado primitivo, selvagem?... Nesse caso, por que não ir ainda mais longe e descer até ao reino animal? Os animais são felizes... E pode ser que as plantas sejam ainda mais felizes pelo facto de não sofrerem... E as pedras? Elas não sentem nada; portanto, é ainda melhor... É uma lógica! 

O que gera a principal diferença entre os diversos reinos da Natureza – as pedras, as plantas, os animais, os homens – é a sensibilidade, porque a evolução é proporcional à sensibilidade. As plantas são mais sensíveis do que as pedras, os animais mais sensíveis do que as plantas e os homens mais sensíveis do que os animais. Mas a cadeia dos seres não fica por aqui: para além dos homens, há os anjos, os arcanjos, as divindades... Sim, toda uma gradação de criaturas cada vez mais sensíveis... até ao próprio Deus. O Senhor é omnisciente, Ele sente tudo, vê tudo, sabe tudo, precisamente porque só Ele é verdadeiramente sensível. São estas as verdadeiras dimensões da sensibilidade. O único ser verdadeiramente sensível é o Senhor. Quanto ao homem, é verdade que, tornando‑se mais sensível, ele fica mais vulnerável e sofre mais. Mas é preferível ele desenvolver a sensibilidade, porque é ela que o faz evoluir.

Para ver claro neste assunto, é preciso voltar à questão das duas naturezas em nós: a natureza inferior e a natureza superior. Enquanto o homem não tiver empreendido um trabalho sobre si mesmo, para dominar as tendências egocêntricas da sua natureza inferior, é evidente que o desenvolvimento da sensibilidade é acompanhado por dificuldades e sofrimentos de toda a espécie. E a instrução que é dada nas escolas e nas universidades só agrava esta tendência: pondo a tônica na aquisição de conhecimentos e não na formação do caráter, continua‑se a fornecer aos jovens pretextos para eles se tornarem cada vez mais egoístas, difíceis e exigentes. Não se faz nada para ensinar os estudantes a usarem os conhecimentos que recebem com um propósito mais nobre, mais generoso. Pelo contrário: em todos os domínios, cada um aprende a servir‑se dos seus conhecimentos para a sua elevação social, para o seu prestígio, para o seu bem‑estar material. E, quando se tornam adultos responsáveis na sociedade, todos pensam só em retirar o melhor para si próprios, o que gera, por toda a parte, descontentamento, agressividade, querelas, porque cada um sente‑se atacado e lesado pelo comportamento egocêntrico dos outros. 

Esta sensibilidade doentia que é alimentada pela natureza inferior, a personalidade, torna a vida impossível e foi por isso que se concluiu que, para se ser feliz, mais vale não se ser sensível. 

Na realidade, é preciso estabelecer uma diferença entre a verdadeira sensibilidade e a sensibilidade doentia à qual deveríamos chamar, mais propriamente, suscetibilidade ou pieguice. A verdadeira sensibilidade é uma faculdade que nos torna capazes de nos elevarmos muito alto, muito longe, e de ter acesso a um mundo cada vez mais subtil para captar as suas realidades. A suscetibilidade, essa, é uma manifestação da natureza inferior, que se toma pelo centro do mundo, que acha sempre que não lhe manifestam a suficiente consideração, que se sente frustrada, ferida e se torna agressiva. Quando se percebe esta distinção, compreende‑se que há todo um trabalho a fazer sobre a natureza inferior para a dominar, para a subjugar: é a única maneira de permitir que a verdadeira sensibilidade se desenvolva e se enriqueça. 

A sensibilidade não é somente a faculdade que nos faz emocionarmo‑nos e maravilharmo‑nos perante os seres que amamos, perante a beleza da natureza ou das obras de arte. Ela abre‑nos também as portas da vastidão, da luz, dá‑nos a compreensão da ordem divina das coisas, permite‑nos vibrar em uníssono com as regiões, as entidades e as correntes do Céu. 

É esta sensibilidade que todos devem cultivar, senão a humanidade irá regredir. Veem‑se tantas pessoas que dão a impressão de estarem a regressar ao estádio do animal, do vegetal ou mesmo da pedra! Sim, elas não fazem qualquer esforço para educar a sua sensibilidade, deixam‑se levar por ela, e quando alguém se deixa levar assim anda necessariamente para trás. Pelo contrário, graças ao trabalho para desenvolvermos a verdadeira sensibilidade, a nossa matéria torna‑se mais fina, mais leve, mais pura, vibra de outro modo e, ao mesmo tempo que nos torna mais capazes de perceber o mundo divino, fecha‑nos à tolice, à maldade, aos ultrajes; já nem sequer lhes damos atenção. Antes de se ter desenvolvido essa sensibilidade elevada, reage‑se à menor agressão, ao passo que depois já não se sofre. É a verdadeira sensibilidade, a da alma e do espírito, que nos protege da suscetibilidade, essa sensibilidade ridícula que é própria da nossa natureza inferior. Então, há duas vantagens: abrimo‑nos à luz, à beleza, à felicidade do mundo divino, e escapamos às trevas, às baixezas, aos sofrimentos da terra. Eis, pois, um assunto que merece reflexão. 

Mas, para desenvolverdes essa sensibilidade ao mundo divino, é também muito importante que, cada vez mais, tomeis consciência do valor de certos momentos que viveis, esses momentos em que, no silêncio, no recolhimento, recebeis uma luz, uma graça do Céu. Muitos dos vossos sofrimentos vêm justamente do facto de não terdes consciência disso. Vós recebeis bênçãos, mas isso não dura, depressa acabais por perdê‑las, muito simplesmente porque ignorais o valor daquilo que recebestes. Há sempre qualquer outra preocupação que vos parece mais importante: alguma coisa para resolver, alguma discussão a propósito de questões insignificantes. Vós imaginais que o Céu deve estar sempre a derramar as suas bênçãos e que vós, quando vos apetecer, quando não tiverdes nada mais interessante para fazer, aceitareis parar alguns minutos para as receber. Não, não é assim que as coisas devem passar‑se. O Céu não está à disposição das pessoas fúteis e descuidadas. Num determinado momento, em certas condições, ele derrama as suas bênçãos, e se vós não estiverdes suficientemente conscientes para as receber ou não souberdes conservá‑las, paciência!, elas deixar‑vos‑ão. 

Por isso, estais atentos! Nos dias em que sentirdes que recebeis uma revelação, uma graça do Céu, procurai conservá‑la preciosamente. Eu dei‑vos mesmo um método. Experimentai lembrar‑vos dos momentos mais luminosos da vossa existência, estudai por que é que eles aconteceram e como, trazei‑os muitas vezes à vossa memória, exatamente como repetis muitas vezes uma música de que gostais, e revivereis novamente as mesmas sensações de pureza, de liberdade, de luz. 

Infelizmente, a maior parte das pessoas fazem mais o contrário, lembram‑se precisamente daquilo que as fez sofrer, transportam isso consigo, olham para isso, ruminam isso. Esta atitude é muito perigosa; não se deve voltar àquilo que foi mau. Há que retirar daí uma conclusão, de uma vez por todas, e não pensar mais nisso. Faz‑nos mal relembrar continuamente estados ou acontecimentos negativos. 

Então, de hoje em diante, quando Deus vos der as suas bênçãos, conservai‑as preciosamente, porque a felicidade está numa atenção constante às coisas belas, numa sensibilidade a tudo o que é divino. Quando sentirdes que o espírito, a luz, veio visitar‑vos, não deixeis apagar essas impressões, pensando logo noutra coisa; procurai deter‑vos nelas durante muito tempo, para que penetrem profundamente em vós e produzam resultados. Assim, elas deixarão registos que perdurarão para sempre. É um hábito que é preciso adquirir: em vez de insistirdes sempre nos estados negativos – as decepções, as animosidades –, alimentando‑os, reforçando‑os, deixai‑os de lado, desembaraçai‑vos deles e concentrai‑vos em tudo aquilo que aconteceu de bom, de puro, de luminoso. 


Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: do livro «SEMENTES DE FELICIDADE», cap. 10
www.publicacoesmaitreya.pt 
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ESFORÇOS SISTEMÁTICOS


Assim como existe um método para derrubar um edifício antigo, há um método a se seguir para demolir a estrutura complexa de sua mente. 

Você pode definitivamente alcançar o sucesso através de esforços sistemáticos e se tornar um mestre de si mesmo. A escada deve ser tão alta quanto a altura que você deseja subir, não é? Igualmente, sua prática espiritual deve ser executada até a Realização (Sakshathkaram) ser alcançada. 

O arroz na panela deve ser bem fervido para se tornar suave e saboroso. Até que isso aconteça, o aquecimento deve estar ligado. Do mesmo modo, no recipiente do corpo, com a água dos sentidos, cozinhe o arroz (mente) até que esteja macio. O calor é a sua prática espiritual (Sadhana). Mantenha o seu Sadhana luminoso e brilhante; o jiva (Indivíduo) finalmente se tornará Deva (Deus).



Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

CRIANDO RELACIONAMENTOS MAIS SÓLIDOS


(...) Um dos ensinamentos centrais do Zohar é que somos seres divinos. Nascemos do Criador e na verdade carregamos uma faísca do Criador dentro de nós. Nosso trabalho neste mundo é nos conectarmos com essa faísca e revelarmos nossa Luz; uma Luz que é única em cada um de nós e que nenhuma outra pessoa pode revelar. Quanto mais realizamos esse trabalho de viver nosso verdadeiro propósito, tanto mais podemos receber plenitude. 

E como fazer isso? Como revelar nossa Luz única?

Uma coisa é certa: não podemos fazer isso sozinhos. Os kabalistas ensinam que a chave para revelarmos nossa Luz é nos conectarmos com os outros. 

Existem determinadas pessoas em nossas vidas às quais somos ligados em base regular. Sejam nossos pais, nossos filhos, o colega de trabalho que senta perto de nós ou a pessoa com quem falamos no ônibus – essas são pessoas que vemos quase todos os dias das nossas vidas, e isso não acontece por obra do acaso. Essas pessoas são colocadas em nossas vidas porque nossas almas estão ligadas às suas almas. Existem ensinamentos que podemos aprender com elas e ensinamentos a serem compartilhados.

O universo coloca as pessoas certas em nossas vidas, aquelas com quem precisamos nos conectar para revelar Luz. 

Criar relacionamentos mais sólidos com os outros não é apenas uma coisa boa – é a razão pela qual estamos aqui! Também é a chave secreta que abre as portas para um mundo pleno de harmonia e amor. Qualquer que seja nosso nível atual de atenção com os outros, é nosso dever aumentá-lo consistentemente, aproximando-nos cada vez mais do estado de seres incondicionais.

Observe aqueles que fazem parte da sua vida diária (aliás, isso inclui amigos e desafetos) e encontre maneiras de se aproximar deles.

Ao aumentarmos nosso nível de atenção para com as pessoas com quem convivemos constantemente em nossas vidas, revelamos nossa Luz e criamos uma existência mais plena para todos.




Rav Yehuda Berg





Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

segunda-feira, 29 de abril de 2013

CARMA NÃO É SANÇÃO OU PUNIÇÃO

O misticismo rosacruz emprega a doutrina do carma, mas a aplicação que dela faz é sensivelmente diferente da de seus predecessores orientais. 

Para o rosacruz, o carma é comparável à lei da causalidade. Para todo o efeito deve haver uma causa ativa e uma causa passiva. Toda ação mental ou física traz um resultado que tem um valor ligado à própria causa. Assim, se colocamos em movimento uma sucessão de atos criadores, moralmente bons, esses atos acabarão contribuindo vantajosamente para o indivíduo. A lei da causalidade, como ensinamento dos rosacruzes, não conhece, nem no misticismo nem na ciência, nenhuma censura. Os efeitos devem necessariamente seguir-se à causa. Por causa de certas faltas, podemos vivenciar certo sofrimento. Entretanto, o sofrimento que pode ser associado ao resultado de uma ação NÃO É INTENCIONAL. É INEVITÁVEL. Ele provém da necessidade da causa, mas NÃO É PLANEJADO COMO UMA PUNIÇÃO. NÃO SE TRATA DE UMA SANÇÃO. Os efeitos de sofrimento - que também podem ser de prazer - ENSINAM ao homem as consequências de seus atos causativos. Ele sabia o que o esperava quando os executou. Dessa forma, O CARMA DÁ A CADA INDIVÍDUO UMA EXPERIÊNCIA ÍNTIMA DAS DIVINAS LEIS CÓSMICAS. É uma experiência que ele tem de viver em sua própria consciência. Ela não lhe é trazida pelos outros. O carma, consequentemente, faz desaparecerem a fé cega, as dúvidas, o ceticismo, e os substitui pelos conhecimentos necessários para uma vida reta.

Não há desculpa para uma conduta maldosa, mesmo que seja devida à ignorância. Existem consequências cármicas maiores e menores que criamos através de nossas ações. Na verdade, criamos a cada dia consequências cármicas menores quase impossíveis de enumerar. Por exemplo, podemos comer uma coisa qualquer e sofrer uma indigestão. Esse sofrimento não é um castigo infligido pela natureza. Não é uma sanção, mas a consequência natural da lei da causalidade. É como somar certo número de cifras; chegamos a um total, o que provém da necessidade matemática das próprias cifras ou números, não pelo fato de que um cérebro trabalha para exigir ou fornecer esse total. Os efeitos cármicos maiores estão na violação de leis cósmicas e princípios divinos. Essa violação reside em um mal intencionalmente causado aos outros para finalidades egoísticas. 

Nem sempre é necessário sentirmos um efeito para sabermos o que procede da causa. Fomos dotados de um barômetro espiritual, que é o senso moral que possuímos, a nossa consciência. Esse barômetro nos avisa todas as vezes que nossos atos ou os atos que pretendemos realizar são contrários às leis e aos princípios cósmicos. Ele pode se manifestar na forma de uma repugnância em continuar certas ações ou em prosseguir numa certa direção que demos ao nosso pensamento. Se persistirmos, a despeito dos avisos desse barômetro que é a consciência, sentiremos, naturalmente, os efeitos desagradáveis que nos ensinarão lições muito amargas.



Ralph Maxwell Lewis, FRC



Fonte: do livro "O Santuário Interior"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

QUEM ACHOU O MUNDO E SE ENRIQUECEU RENUNCIE AO MUNDO

DISSE JESUS: QUEM ACHOU O MUNDO E SE ENRIQUECEU RENUNCIE AO MUNDO. (O Evangelho de Tomé, Texto 110)

É este o princípio básico de todos os Mestres espirituais: possuir para não possuir. Lao-Tse, no seu Tao, não se cansa de repetir que todo o segredo da auto-realização está em agir pelo não-agir, ou seja, possuir pelo não-possuir.

Não se pode renunciar sem antes ter possuído. Ninguém pode despossuir-se de algo que não possua. Quem não se apega, a nada pode renunciar.

Certos filósofos orientais acham que todos os bens materiais da vida são "maya", ilusão, e por isto não os querem possuir. Mas, quem não dá valor a um objeto não o pode sacrificar. E assim o homem se priva da possibilidade da evolução pelo despossuimento.

O ocidental, geralmente, considera as coisas materiais como reais e por isto as ama e se apega firmemente a elas. Falta-lhe, porém, o último passo: desapegar-se daquilo a que se apegou. Isto é sacrifício, quer dizer "sacrum facere", fazer coisa sagrada.

Por isto, quem possui o mundo e o ama, deu o primeiro passo; e quem se despossui do mundo, dá o último passo, que é libertação, auto-realização.

Nesse sentido escreveu Albert Schweitzer: "O cristianismo é uma afirmação do mundo que passou pela negação do mundo." E ainda: "Não há heróis da ação, há tão somente heróis da renúncia e do sofrimento."

Ninguém pode possuir algo sem perigo se não estiver disposto a despossuir-se daquilo que possui; só assim pode possuir sem ser possuído.

Quem se enriqueceu com a posse do mundo se enriquece mais ainda com o voluntário despossuimento dele.



Prof. Huberto Rohden (comentários)



Fonte: do livro "O Quinto Evangelho - A Mensagem do Cristo segundo Tomé", pp. 184/5, Ed. Alvorada, 5ª edição, 1988
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O REGENTE ESOTÉRICO NO SIGNO DE TOURO


Estamos em Touro e a natureza o mostra através do seu magnífico esplendor. Touro é a energia mais relacionada com a beleza sensual e exuberante da natureza, a mãe nutridora que nos acolhe e nos permite a experiência.

As formas em Touro estão em sua máxima expressão (exaltação da Lua) gerando com isso as palavras-chave para o Touro exotérico ou materialista: desejo da forma, luta por possuí-la.

Em Touro, Vênus,o regente exotérico ou a força da personalidade, se expressa através do corpo astral, desejo versus forma; o corpo físico-emocional tem tanto poder que condiciona inevitavelmente o corpo mental, forçando-o a se subordinar à investida do touro. A mente trabalha para o desejo e este impulsiona a tríade inferior a lutar por sua realização. A personalidade taurina muitas vezes se mostra com uma forte tendência à teimosia, com um brusco poder para alcançar a posse do objeto desejado.

Isto em si mesmo não é incorreto, a própria mãe natureza com suas vitais interações reprodutoras de vida nos mostra a necessidade desta atitude. Mas o homem é diferente do animal; o reino do ser humano é aquele que tem seus pés ancorados nas leis da mãe natureza, mas, em paralelo, tem a necessidade de olhar para o “céu” e indagar sobre os mistérios que são intuídos em sua imensidade. O ser humano abriga a curiosidade pelo mistério da Vida e a natureza-forma deve ser o correto receptor e expressão destes mundos desconhecidos.

A raça humana, em algum momento muito longínquo da sua história, desvirtuou esta magnífica relação com a mãe natureza, e converteu a sua capacidade de modelar novas formas que abrigam descobertas sempre superiores, em um desejo centralizado de possuir e não querer compartilhar para avançar, isto inevitavelmente gerou um controle egoísta da forças e, portanto, uma traição às próprias leis de espontaneidade. Inevitavelmente isto demanda uma reestruturação implementada através da lei de causa e efeito.

Compreender que tudo chega por direito próprio natural, saber distinguir entre desejo egoísta (impositivo) e desejo natural (necessidade), é o primeiro passo necessário que todo ser humano deve aprender a dar antes de poder deixar de ser o que em muitas outras vidas foi em demasia: uma força bruta (touro).

A dor que o desejo irrealizado gera e as dúvidas e medos da dualidade desejo correto ou incorreto, obrigam o indivíduo a fazer um esforço e, através da aceitação, poder desapegar a mente do corpo emotivo-astral, obtendo com isso uma discriminação e um discernimento mais objetivos com seu nível evolutivo real. O reequilíbrio e crescimento interior se convertem em um “desejo de projeção interna”.

Neste último processo é onde o regente esotérico de Touro cumpre a sua função: Vulcano.Este planeta tem a qualidade de saber moldar a poderosas forças do “touro” através do desejo da Alma. Para isso a palavra-chave é aspiração. Este conceito significa pegar algo externo e levá-lo ao interior. Quando o indivíduo evoluído é capaz, através da aceitação e do correto pensar que a tranquilidade oferece, reunir as suas diferentes e poderosas forças pessoais, muitas vezes destrutivas, e dirigi-las ao seu mundo interior, para que façam contato com “a verdade do seu coração”, está demonstrando a si mesmo e ao entorno que a maravilhosa Flor que nos oferece a mãe natureza não deve ser arrancada pela força de um desejo cego de possuir, mas, antes, ser respeitada, escutada, admirada ou acariciada pelo misterioso desejo que gera o poder da sua fragrância.

As palavras que regem Touro são: “Eu vejo e quando o olho esta aberto tudo é luz”.

A frase dá a entender que primeiro há que ver, ver nosso interior, nossa realidade causativa e, através do poder que isto nos oferece, deixar que a nossa consciência modele uma nova forma de expressão, que nos permita andar na clara luz do caminho do meio.


Astrologia:

A Lua está exaltada em Touro e Vênus dignificado, demonstrando com isso o poder que tem a beleza (Vênus) da forma (Lua) neste signo.

Vênus não deve nunca ser deixado à margem, pois como planeta sagrado que é, sempre tem o seu papel. Neste caso, uma vez dado o passo para Vulcano, Vênus oferece a capacidade de saber compartilhar a beleza sem ser um touro cego pelo desejo.

Vulcano é um planeta não descoberto, mas que os livros esotéricos o situam perto, muito perto da órbita solar. Portanto, do ponto de vista da interpretação, em um horóscopo de um ser evoluído com ascendente em Touro, podemos substituir o Sol pelas funções modeladoras deste planeta. Neste caso haverá que saber contrapor a força do signo solar e seu regente exotérico (personalidade), com o papel do Sol velando Vulcano  regente do ascendente (Alma). O Sol pode ser analisado destes dois pontos vista.

Touro-Escorpião: esta dualidade é a contraposição diretora que gera a dor e a necessidade no taurino para que possa redirigir a sua poderosa força como aspiração. Escorpião é capaz de manter o desejo e o objeto desejado como real ou falso, neste sentido a dor de Touro depende muito desta capacidade de Escorpião para criar e destruir, já que a sua “nobreza” obstinada e centralizada não lhe permite pensar que seu desejo possa ser egoísta e, portanto, destruído e reconduzido.


Raios:

Em Touro estão presente o 5º Raio através de Vênus, 1º Raio através de Vulcano, 3º Raio através da Terra (Touro é um signo de terra, com uma forte relação com nosso planeta).

Se observamos que os 3 raios são ímpares, dando a entender a dificuldade que tem a força-energia taurina para ser introvertida e dirigir o olhar para o interior. A oportunidade aqui está em compreender que Vênus é o instrumento do Amor e não do desejo, que Vulcano é um planeta Construtor não destrutor e que a Terra é o aconchegante campo para experimentar estas duas qualidades de maneira objetiva.


Touro em muitos sentidos é um signo difícil, devido a que a palavra “desejo”· esta implícita na raiz de tudo aquilo que evolui para o Uno, talvez, no caso do ser humano, o segredo das suas dinâmicas se esconda na frase:

“O homem faz forte os devas (forças construtoras) com sua objetividade, e de outro lado eles nos dão a alegria, o magnetismo e a vitalidade”




David C. M.



Fonte: 
LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com/2013/04/o-regente-esoterico-de-touro.html
Fonte da Gravura: www.deldebbio.com.br

O QUE HÁ LÁ DENTRO?


Um dos maiores mistérios da vida é o fato de nascermos com a perfeita bem-aventurança em nosso ser e, no entanto, continuarmos como mendigos, porque nunca olhamos para nosso interior.

Nós o subestimamos, como se já soubéssemos de tudo que há lá dentro. Essa é uma ideia muito idiota, mas prevalece em todo o mundo.

Estamos dispostos a ir à lua em busca da bem-aventurança, mas não a nos voltar para dentro de nós mesmos, pelo simples motivo de que pensamos do lado de fora, sem jamais entrar: “O que há lá dentro?”

De certa forma, carregamos conosco a noção de que nos conhecemos. Não nos conhecemos nem um pouco.

Sócrates tem razão quando diz: “Conhece-te a ti mesmo”.

Toda a sabedoria de todos os sábios está condensada nessas palavras, pois, quando você conhece a si mesmo, tudo o mais se torna conhecido, e tudo é realizado e alcançado.



Osho, em "Meditações Para a Noite"



Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

OFERENDA A DEUS: UM CORAÇÃO PURO


Muitos clamam pela experiência de bem-aventurança espiritual, mas poucos a conseguem porque se encontram demasiados fracos para recusar o clamor dos sentidos! Pratique assiduamente a conduta superior de controlar os sentidos. 

Uma pequena investigação revelará que os sentidos são maus mestres e fontes muito ineficientes de conhecimento; a alegria que trazem é transitória e cheia de dor. Enquanto alguém for dominado pelo senso de prazer, não poderá dizer que sua vida espiritual começou, pois os sentidos se apressam rumo ao temporário e espalhafatoso, corrompendo, assim, o coração. 

Deus pede a cada um nenhum outro presente, nenhuma oferenda mais valiosa, que o coração que Ele lhe deu. Dê a Deus o coração tão puro como quando Ele o deu, cheio do néctar de amor que Ele o preencheu. 

Sua devoção a Deus se expressa melhor alcançando o controle dos sentidos.


Sathya Sai Baba




Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ESCOLA BENDITA


...somos uma grande família com responsabilidades definidas e compromissos graves, solicitando-nos entendimento e dedicação. Obra de sacrifício pessoal e devotamento incessante que não podemos esquecer.

...as tarefas programadas para a quadra presente do estágio humano são estas de fato – as tarefas da Humanidade em que naturalmente vos distinguireis pelo espírito de consagração à Causa do Bem.

...amparemos-nos uns nos outros.

...sejamos a escora daquele que fraqueja e o consolo de quantos se encontrem às portas do desalento, porque, em verdade, cada um de nós tem os seus dias de testes maiores, à frente da aflição, com a necessidade premente de apoio, perante aqueles que nos partilhem a experiência.

...cada um de nós está vinculado a situações determinadas quanto a dar e receber.

E para que venhamos a receber é preciso dar e dar sempre, com o bem aos outros, para que o bem nos escolte em nosso combate bendito objetivando evitar a vitória do mal, com a vitória do bem que partirá invariavelmente de nós mesmos.




Francisco Cândido Xavier/Bezerra de Menezes 




Fonte: do livro "Bezerra, Chico e Você"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ALÉM DO QUE SE VÊ


Há tantas pequenas coisas que podem esconder grandes coisas!

Para as descobrir, não se deve estar focado somente nas formas, mas sim procurar o princípio, o espírito, que está para além delas, isto é, aprender a perceber o que é a essência de um ser vivo para melhor comunicar com ele. Vós vedes um cristal, ou uma flor, ou uma ave, ou um ser humano... Procurai apreender quais são as forças invisíveis que trabalharam sobre essa forma. 

Não há atitude mais instrutiva do que procurar o invisível por detrás do visível, pois é sempre no invisível que se prepara aquilo que, um dia, se manifesta no visível.

Um amigo vem ao vosso encontro: não vos parece que teríeis com ele contatos mais ricos se procurásseis adivinhar quais são as forças que presidiram à formação do seu rosto ou que lhe deram aquela forma de andar, aquela voz?... 

Há tantas coisas a descobrir para além daquilo que se vê!



Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sábado, 27 de abril de 2013

QUATRO PRINCÍPIOS PSÍQUICOS: CORAÇÃO, ALMA, INTELECTO E ESPÍRITO


Uma das passagens mais conhecidas dos Evangelhos é aquela em que um doutor da lei pergunta a Jesus: «Mestre, qual é o mandamento mais importante?» E Jesus respondeu: «Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, toda a tua alma, todo o teu pensamento e toda a tua força.» 

Com esta resposta, Jesus subentende que o homem é constituído por quatro princípios
psíquicos – o coração, a alma, o intelecto (o pensamento) e o espírito (a força, pois só o espírito possui a verdadeira força) – e que estes quatro princípios devem ser postos ao serviço da Divindade.

O Mestre Peter Deunov esclareceu esta resposta de Jesus no dia em que disse: «Tende o coração puro como o cristal, o intelecto luminoso como o sol, a alma vasta como o universo e o espírito poderoso como Deus e unido a Deus.» 

Nós devemos, pois, amar Deus com a pureza do nosso coração, com a luz do nosso intelecto, com a imensidão da nossa alma e com a força do nosso espírito. É isto que significa verdadeiramente “amar” o Senhor.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

REENCARNAÇÃO - FRÁGEIS OBJEÇÕES

(...) A reencarnação desperta desconfiança. É comum ouvirmos dizer: "se minha consciência tivesse conhecido muitas vidas pregressas, eu me lembraria disso. Teria eu verdadeiramente esquecido tudo?"

Esta objeção é frágil. Retemos a lembrança de um acontecimento vivido em nosso primeiro mês na Terra? Conservamos a lembrança de episódios da primeira infância? Lembramo-nos de rostos e locais que vimos não faz muito tempo? Tudo se apaga, tanto das vidas anteriores, como da vida atual. 

Manter o passado constantemente na consciência seria um entrave muito pesado. 

Mas ouvimos dizer com frequência: "então que me sejam dadas provas da reencarnação!"

Essa exigência é descabida, pois uma prova só convenceria a inteligência objetiva, não a consciência. Como provar que uma sinfonia é bela?

No plano psíquico não existem provas, apenas evidências que conquistam o espírito e cujos desdobramentos equivalem, indubitavelmente, a uma demonstração.

Indícios intrigantes povoam a vida de todas as crianças pequenas. Tanto é que, mal entradas na fase da linguagem, elas usam termos incomuns, que não são ouvidos em parte alguma. De onde vem esse vocabulário? Ele será rapidamente eliminado pelas palavras usadas pelos adultos. Estes, aliás, prestam pouca atenção às ideias insólitas que têm as crianças. Algumas contam histórias - que os adultos consideram inventadas - que começam por: "quando eu era grande..." Essa é uma evocação de uma vida anterior. Essa narração sempre é carregada de uma emoção intensa porque, para ter se filtrado de uma existência para outra, deve ter ficado profundamente gravada na memória. (...)



Max Guilmot



Fonte: do livro "Vers l'au-delà
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A NOBREZA DAS VERDADES


A formulação dos ensinamentos do Buda mais comum e a mais conhecida é aquela que ele mesmo anunciou no Primeiro Discurso em Benares, a fórmula das Quatro Nobres Verdades. O Buda declarou que essas verdades transmitem em poucas palavras toda a informação básica que necessitamos para iniciar o caminho da libertação. Ele diz que tal como a pegada do elefante, por causa do seu grande tamanho, contém as pegadas de todos os demais animais, da mesma forma as Quatro Nobres Verdades, por causa da sua abrangência, contêm dentro de si todos os ensinamentos benéficos e saudáveis. No entanto, enquanto que muitos expositores do Budismo devotaram atenção à explicação do conteúdo das quatro verdades, somente raramente se dá alguma consideração à razão porque elas são denominadas nobres verdades. No entanto é justamente esse termo descritivo "nobre" que nos revela porque o Buda escolheu colocar o seu ensinamento nesse formato específico, e é o mesmo termo que nos permite experimentar, mesmo à distância, o sabor único que permeia toda a doutrina e disciplina do Iluminado.

A palavra "nobre" ou "ariya", é usada pelo Buda para designar um tipo particular de pessoa, o tipo de pessoa que os seus ensinamentos têm como objetivo criar. Nos discursos o Buda classifica os seres humanos em duas categorias amplas. De um lado estão os puthujjanas, os mundanos, aqueles que pertencem à massa, cujos olhos ainda estão cobertos pela poeira das contaminações e delusão. Do outro lado estão os ariyans, os nobres, a elite espiritual, que obtém esse status não pelo nascimento, situação social ou autoridade eclesiástica mas da sua nobreza interior de caráter.

Esses dois tipos gerais não estão separados um do outro por um abismo intransponível, cada um confinado a um compartimento hermeticamente fechado. Uma série de gradações pode ser distinguida ascendendo do nível mais sombrio do mundano cego preso no calabouço do egoísmo e afirmação pessoal, passando pelo estágio do mundano virtuoso em quem as sementes da sabedoria estão começando a brotar, e mais além através dos estágios intermediários dos nobres discípulos até o indivíduo aperfeiçoado no cume de toda a escala do desenvolvimento humano. Esse é o Arahant, o libertado, que absorveu a visão purificadora da verdade tão profundamente que todas suas contaminações foram eliminadas, e com elas, o sofrimento.

Apesar de que o caminho do cativeiro à libertação, do mundano à nobreza espiritual, é um caminho graduado envolvendo prática gradual e progresso gradual, não é um processo contínuo uniforme. O progresso ocorre a passos discretos, e num certo ponto – o ponto que separa o status de um mundano daquele de um nobre – uma abertura é encontrada que precisa ser atravessada, não simplesmente com mais um passo adiante, mas fazendo um salto deste lado para a outra margem. Esse evento decisivo no desenvolvimento interior do praticante, esse salto radical que impulsiona o discípulo do domínio e linhagem do mundano para o domínio e linhagem dos nobres, ocorre precisamente através da penetração das Quatro Nobres Verdades. Isso nos revela a importante razão pela qual as quatro verdades reveladas pelo Buda são denominadas nobres verdades. Elas são nobres verdades porque quando nós as penetramos até o seu cerne, quando compreendemos o seu real significado e implicações, deixamos de lado o status de mundano e adquirimos o status de um nobre, extraídos da massa anônima para a comunidade dos discípulos do Abençoado unidos por uma visão única e inabalável.

Antes da penetração das verdades, por mais que estejamos dotados de virtudes espirituais, ainda não estamos em território seguro. Não estamos imunes à regressão, ainda sem garantia de libertação, não somos invencíveis no nosso esforço no caminho. As virtudes de um mundano são virtudes tênues. Elas podem se desenvolver ou desaparecer, elas podem florescer ou declinar, e correspondendo ao seu grau de força nós podemos subir ou cair no nosso movimento através do ciclo de existências. Quando as nossas virtudes são plenas nós poderemos subir e permanecer na bem aventurança entre os devas; quando as nossas virtudes declinam ou nosso mérito se exauriu podemos novamente afundar nas profundidades miseráveis.

Porém, com a penetração das verdades nós saltamos através do golfo que nos separa do grupo dos nobres. O olho do Dhamma é aberto, a visão da verdade é revelada, e apesar de que a vitória decisiva ainda não foi obtida, o caminho para o objetivo final está aos nossos pés e a segurança suprema do cativeiro paira no horizonte. Aquele que compreendeu as verdades mudou de linhagem, cruzou do domínio do mundano para o domínio dos nobres. Tal discípulo é incapaz de regredir às fileiras dos mundanos, incapaz de perder a visão da verdade que brilhou ante o seu olho interior. O progresso em direção ao objetivo final, a erradicação completa da ignorância e do desejo, pode ser lenta ou rápida; pode ocorrer facilmente ou como resultado de intensa batalha. Porém, não importa quanto tempo leve, ou o grau de facilidade com que se avance, uma coisa é certa: tal discípulo que viu as Quatro Nobres Verdades com clareza imaculada não poderá jamais regredir, não perderá jamais o status de nobre, e está destinado a alcançar o fruto final do estado de arahant em no máximo sete vidas.

A razão porque a penetração das Quatro Nobres Verdades pode conferir essa imutável nobreza de espírito está implícita nas quatro tarefas que nos são impostas. Tomando essas tarefas como o desafio da nossa vida – o desafio como discípulos do Iluminado – sem importar o estágio de desenvolvimento a partir do qual iniciamos, podemos gradualmente avançar em direção à infalível compreensão dos nobres.

A primeira nobre verdade, a verdade do sofrimento, deve ser plenamente entendida: a tarefa que nos é dada é o completo entendimento. Uma marca característica dos nobres é que eles não seguem pelo curso da vida de modo impensado, mas se esforçam em compreender a existência à partir de dentro de si, da maneira mais honesta e completa possível. Para nós, também, é necessário refletir acerca da natureza da nossa vida. Nós precisamos examinar a fundo o profundo significado de uma existência atada por um lado pelo nascimento e do outro pela morte, e sujeita a todos os tipos de sofrimento detalhados pelo Buda nos seus discursos.

A segunda nobre verdade, a verdade da origem do sofrimento, significa a tarefa do abandono. Um nobre é um nobre porque ele iniciou o processo de eliminação das contaminações que estão na raiz do sofrimento, e nós também, se aspiramos alcançar o nível dos nobres, devemos estar preparados para resistir ao encanto sedutor das contaminações. Enquanto que a erradicação do desejo somente pode ser obtida com os caminhos supramundanos, mesmo no desenrolar diário de nossas vidas mundanas podemos aprender a moderar as manifestações mais grosseiras das contaminações, e através da apurada auto observação podemos gradualmente afrouxar o seu controle sobre os nossos corações.

A terceira nobre verdade, a verdade da cessação do sofrimento, significa a tarefa da realização. Apesar de que Nibbana, a extinção do sofrimento, pode ser somente realizado pessoalmente pelos nobres, a confiança que depositamos no Dhamma como nosso guia para a vida nos mostra o que deveríamos selecionar como aspiração final, como o que em última instância possui mais valor. Uma vez que tenhamos entendido o fato de que todas as coisas condicionadas no mundo, sendo impermanentes e sem substância, não podem jamais nos proporcionar plena satisfação, podemos então elevar nosso objetivo para o elemento incondicionado, Nibbana o Imortal, e fazer dessa aspiração o marco ao redor do qual organizamos nossas escolhas e preocupações do dia a dia.

Finalmente, a quarta nobre verdade, o Nobre Caminho Óctuplo, nos proporciona a tarefa do desenvolvimento. Os nobres alcançaram o seu status pelo desenvolvimento do caminho óctuplo, e enquanto que somente os nobres estão seguros de nunca desviar do caminho, os ensinamentos do Buda nos proporcionam as instruções meticulosas que necessitamos para trilhar o caminho culminando no plano dos nobres. Esse é o caminho que faz nascer a visão, que faz nascer o conhecimento, que conduz à compreensão mais elevada, iluminação e Nibbana (Nirvana), a realização máxima dos nobres.



Bhikkhu Bodhi



(desconheço a fonte do texto)
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

EVOLUÇÃO - VIDA - CONSCIÊNCIA

A vida evolui por etapas. Ela inicialmente constrói formas na matéria hiperfísica, e então a chamamos de vida elementar. Depois, utilizando a experiência construtora que assim adquiriu, ela "anima" os elementos químicos, transformando-se então na alma-grupo mineral. Em seguida ela forma o protoplasma, anima as formas vegetais, e mais tarde as formas animais. No estágio seguinte, nós a encontramos no homem, na atividade de edificar indivíduos capazes de pensar e de amar, de sacrificar-se e ter idealismo, pois "o humilde, ao se esforçar por tornar-se um homem, gravita por cada uma das espirais da forma". Mas o homem não é o último elo da cadeia.

Para bem compreendermos todo o processo cósmico que vai do átomo ao homem, há um elemento que devemos levar em consideração. Embora a matéria evolua do homogêneo para o heterogêneo, do indefinido para o definido, do simples para o complexo, a vida não evolui da mesma forma. A evolução da matéria é uma reorganização; a evolução da vida é uma libertação e um desabrochar. De um modo incompreensível para nós, na primeira célula de matéria viva encontravam-se Shakespeare e Beethoven. Possivelmente são necessários milhões de anos para que a natureza reorganize a substância, durante os quais a seleção continua, até que seja encontrada a agregação conveniente e que Shakespeare e Beethoven possam sair do seio da natureza para desempenhar seus papéis numa cena de seu drama. Entretanto, no decorrer desses milhões de anos, a vida guardou misteriosamente esses gênios em seu seio. Em sua evolução, a vida não recebe, ela dá; pois atrás dela, formando seu coração e sua alma, há alguma coisa ainda maior: uma Consciência. Na plenitude de seu Poder, de seu Amor e de sua Beleza, que são imensos, essa Consciência dotou a primeira parcela de vida de tudo que ela é. Assim como para um ponto invisível podem convergir todos os raios luminosos que emanam do panorama grandioso oferecido por uma cadeia de montanhas, assim cada germe de vida é o lar dessa existência sem limites.

Como já mencionamos, a vida humana, em seus estágios anteriores, foi vida animal, vida vegetal, vida mineral e vida elemental. Contudo, uma parte dessa mesma vida mineral é desviada para um outro canal, passa através de formas vegetais, animais, depois através de formas de "consciência da natureza" (as fadas da tradição) para chegar aos Anjos ou Devas. Existe uma outra corrente paralela, da qual pouco se sabe, a da vida das células, com as fases precedendo e seguindo esse estágio. Também existe, provavelmente, uma corrente de vida distinta que passa pelos elétrons, os íons e os elementos químicos. Ainda outros tipos de evolução existem em nosso planeta, mas a insuficiência de informações a seu respeito nos obriga a deixá-los de lado.



C. Jinarajadasa



Fonte: do livro "Evolução Oculta da Humanidade"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 24 de abril de 2013

DISCIPLINA E DEDICAÇÃO


Hasteie, em seu coração, a bandeira da paz infinita (Prasanthi). Ela deve lembrá-lo a superar o impulso inferior dos desejos, da raiva e do ódio quando seus planos são frustrados; ela deve exortá-lo a expandir seu coração para abraçar toda a humanidade e a criação; deixe-a levá-lo a acalmar seus impulsos e calmamente meditar sobre sua própria realidade interna. Aos poucos, o lótus de seu coração florescerá, a partir de seu centro surgirá a chama da visão divina da paz infinita. Pratique as disciplinas de silêncio, purificação e paciência. Em silêncio, você pode ouvir a voz de Deus. Através da purificação você obtém pureza. Pela paciência você cultiva o amor. Sinta que cada momento é um passo em direção a Ele. Faça tudo dedicado a Ele, dirigido a Ele, como uma obra para Sua adoração, para servir a Seus filhos.



Sathya Sai Baba



Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

FESTIVAL DE WESAK - SENHOR BUDA - PLENILÚNIO DE TOURO


Na lua cheia de touro é realizada o Festival de Wesak, no vale dos Himalaias, na Índia, em homenagem a Lord Gautama. 

MEDITAÇÃO NA LUA CHEIA - POR QUE MEDITAÇÃO NA LUA CHEIA?

Porque há ciclos no fluxo e refluxo das energias espirituais, com os quais os grupos, tanto quanto os indivíduos, podem conscientemente cooperar. Um dos principais ciclos de energia coincide com as fases da lua, alcançando seu pico, sua maré alta, durante a lua cheia. Este é o tempo, portanto, em que a canalização da energia, através da meditação grupal, pode ser eficaz de maneira ímpar. Hoje, centenas de grupos de serviços se reúnem mensalmente para meditar, de maneira regular, no mundo todo, por ocasião da lua cheia. A lua mesma não tem nenhuma influência sobre o trabalho, mas a sua esfera, plenamente iluminada, é indicativa de um alinhamento livre e desimpedido entre nosso planeta e o sol, o Centro Solar, a fonte de energia para toda a vida na Terra. Em tais ocasiões, estando a lua "fora do caminho" e o contato entre o Centro Solar e o planeta Terra alcançando seu ponto máximo, o homem pode fazer uma aproximação bem definida a Deus, o criador, o Centro da Vida e da Inteligência. 

O ritmo plenilunar é usado para determinar as datas das meditações já que determina o tempo mensal em que o impacto das divinas energias de Luz, Amor e Poder é mais forte e pode ser registrado pelos grupos e irradiado dentro da consciência humana.

O Festival de Wesak é celebrado em reconhecimento a um acontecimento vivente e atual. Ele acontece anualmente, no momento do plenilúnio de touro, em que se transmite à Terra as bênçãos de Deus, por intermédio de Buda e de seu Irmão, o Cristo.

Próximo ao momento da lua cheia, os Grande Seres realizam um ritual, com diversas posições geométricas, entoando diferentes mantras.

O Cristo se torna visível no centro, com o Cetro de Poder em sua mão. À sua direita, o Manú, o Senhor das Formas viventes e à sua esquerda, o Mahachohan, o Senhor da Civilização.

Pela união dos grandes Mestres, durante o plenilúnio de touro, se dá uma grande aproximação dos mundos espiritual e físico, em que se transmite à Terra as bênçãos de Deus por intermédio de Buda e seu Irmão, o Cristo.

Ao Lado deste acontecimento espiritual interno, tem lugar uma cerimônia externa em um vale situado a uma altura bastante elevada, ao pé dos Himalaias Tibetanos, perto da fronteira do Nepal e a quatrocentas milhas de Lhasa, a cidade sagrada do Tibet.

Na época do plenilúnio de touro, começam a fluir peregrinos de todos os distritos circunvizinhos, os Santos homens e Lamas (assistentes) chegam ao vale e ocupam as partes Sul e Centro, deixando o extremo Noroeste relativamente livre.

Através do corpo dos presentes flui um estímulo ou vibração poderosa, que tem por finalidade despertar a alma dos presentes, fundindo o grupo num todo unificado.

Como uma só unidade, os participantes do Festival de Wesak, elevam-se em grande ato de suplica espiritual. O grupo recolhe neste instante culminante, toda a aspiração mundial, daqueles que tenham focalizado seus anseios invocativos nesta reunião

No momento culminante da lua cheia de maio, aparece numa gigantesca figura que flutua no ar, sobre os morros meridionais, o SENHOR BUDHA. Ele está sentado em sua clássica posição, envolto em seu manto cor de açafrão, banhado numa maravilhosa Luz e com a mão estendida, dando a bênção.

É o momento mais sagrado do ano, onde a humanidade e a Divindade entram em profundo contato.

Ano após ano, Buda, e seu Irmão, o Cristo, trabalham em colaboração para benefício espiritual da humanidade, derramando sobre ela: Luz, Amor e Vontade ao Bem.

Este acontecimento vivo, realiza-se uma vez a cada ano na Terra e nos planos Espirituais durante data e hora exatas. É um momento de cooperação espiritual, e até mesmo as Hierarquias Superiores se preparam para este ritual.

O Festival de Wesak é um momento poderoso de intenso serviço espiritual, feito da humanidade para Deus e de Deus para a humanidade, através de Buda e de Cristo. Durante os 8 minutos dessa celebração, o universo inteiro faz uma ligação unindo a humanidade com a Fonte da nossa criação, a que chamamos Deus. Os efeitos espirituais permanecem até o próximo Festival de Wesak.

ANTIGOS ENSINAMENTOS 

Ensinamentos da Antiga Sabedoria consideram Wesak o momento mais significante do ano, quando um real evento celestial ocorre e se manifesta sobre a Terra. Considera-se que o Festival de Wesak seja um tempo em que o próprio Deus, transmitindo através de Buda e de Cristo, envia uma benção para a Terra. Durante séculos tem sido celebrado na Índia e sempre ocorre na lua cheia de Buda. Durante esse tempo, a humanidade pode se alinhar completamente com forças espirituais que não estão à disposição em outras ocasiões do ano. A força dessa benção nos estimula espiritualmente e nos deixa mais preparados para servir completamente ao Plano Divino.

À luz do Festival de Wesak, CRISTO e BUDHA se convertem em realidades da relação existente entre o SENHOR DE LUZ e o SENHOR DE AMOR.

(*) "Nenhum preço que se nos exija será demasiado elevado para ser útil à Hierarquia no momento da Lua Cheia de Touro, o Festival Wesak; nenhum preço é demasiado elevado para obter a iluminação espiritual, possível, particularmente neste momento." Djwhal Khul





Fonte: Fraternitas Rosicruciana Antiqua
http://www.famafra.com/2013/04/festival-de-wesak-25-de-abril.html
Fonte da Gravura: http://serconcientes.blogspot.com