"Por qualquer caminho que um discípulo se aproxima de mim, lá estarei a sua espera." (Krishna)
Todos vivemos em Deus, mesmo que a maioria ainda viva inconscientemente de tal fato. Entretanto, dentro desta vivência, lacunas e necessidades, problemas e obstáculos nos desafiam constantemente no espírito de serviço em toda a parte.
Impera ao discípulo, particularmente, a necessidade de não algemar o coração ao medo e aos obstáculos que o impede ao trabalho em benefício coletivo. E não manter a ideia de que está na obra do mundo e do Plano Divino para "aniquilar" o que achamos que é "imperfeito". Isto é uma necessidade fundamental e sempre atual. Não estamos em condições evolutivas para julgamentos.
Quando a luz começa a penetrar verticalmente (do "alto") em nós, urge que devamos difundi-la horizontalmente (no mundo) sem medo e sem desejo de aniquilar o que pensamos ser imperfeito. Devemos sim, completar o que está "inacabado", como colaboradores e coadjutores do Plano Divino.
Porém, o problema da dualidade acentua-se, pois o homem não possui ainda qualidades e nível evolutivo suficientes para registrar a verdadeira luz. Aqui faz-se necessário que, em nosso serviço, a prudência e a vigilância sejam constantes, e que nunca esqueçamos que a solução e a luz nem sempre residem onde nós ou a opinião comum pretendem observá-las. Sendo assim, lacunas e obstáculos rondam constantemente àqueles que procuram servir.
Devemos ter sempre em mente que as portas da colaboração ao Plano e o Divino Amor permanecem abertas àqueles que identificam a chamada para o serviço. Além disto, toda a oportunidade de serviço é uma benção dos Poderes Divinos manifestados no homem.
Manter-se no "caminho do meio" ou no "centro" é estar consciente de que o campo de serviço, o nosso horizonte, é o mundo inteiro, e que a luz, o amor e o poder nos penetram verticalmente e constantemente para que possamos cumprir, horizontalmente, nossa parcela de serviço no Plano Divino.
É necessário, cada vez mais, àqueles que se aproximam da realidade do serviço deixarem de ser meramente aprendizes que não atendem ao apelo da "cruz de serviço", ou seja, receber verticalmente e atuar horizontalmente; receber a luz e distribui-la à humanidade.
Se observamos os caminhos da horizontal (o mundo) vemos quão necessário se faz a aplicação da luz; se observamos os caminhos da vertical (a "fonte") vemos quão disposta é a luz para acudir e estar em meio da sua criação. Talvez aí esteja uma das razões pelas quais o discípulo, em qualquer posição ou ponto de vista, vê a mesma visão ou senda. E por qualquer caminho há possibilidades de serviço e evolução. "Por qualquer caminho que um discípulo se aproxima de mim, lá estarei a sua espera." (Krishna)
Possam os leais servidores, os homens de boa vontade, os que buscam as corretas relações humanas, aqueles que estão compreendendo e ingressando na senda do serviço, os espontâneos, dedicados e realistas, os trabalhadores devotados e que não demonstram predileções pessoais, serem canais, veículos e cumpridores de sua parte no Plano Divino para a Terra.
Prof. Hermes Edgar Machado Junior (Issarrar Ben Kanaan)
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal
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