quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O QUE MORRE NO AMOR É A IDEIA DE UM EGO

Perguntaram a Osho:

Por que parece que a gente está morrendo quando está amando? Apaixonar-se é um desejo suicida ou apenas um instinto autodestrutivo como a marcha dos lemingues para o mar ou o voo da mariposa para uma chama? Isso é bizarro.

O amor é morte, mas aquele que morre no amor jamais existiu realmente. O que morre é o eu irreal, é a ideia de um ego.

Portanto, o amor é morte, é suicida, é perigoso. É por isso que milhões de pessoas decidiram contra o amor; elas vivem uma vida sem amor e decidiram em favor do ego — MAS O EGO É FALSO. E você pode se apegar ao falso e o falso jamais se tornará real. Assim, a vida de um egoísta sempre permanece na insegurança. Como se pode tornar algo irreal real? Ele está sempre desaparecendo e você precisa se apegar a ele e com constância criá-lo repetidamente. Trata-se de uma autodecepção, e isso cria infelicidade.

A infelicidade é função do irreal. O real é bem-aventurança — satchitanand. A verdade é bem-aventurança e consciência. Sat significa verdade, chit significa consciência e anand significa bem-aventurança. Estas três coisas são as qualidades da verdade. Ela é assim, alerta e bem-aventurada.

A irrealidade é infelicidade. O inferno é aquilo que não existe, mas que você cria; e o paraíso é aquilo que existe, mas que você não aceita. O paraíso está onde você realmente está, mas você não é corajoso o suficiente para penetrar nele. E o inferno é a sua criação privada, mas, devido a ser sua criação, você se apega a ela.

O ser humano jamais deixou Deus. Ele vive em Deus, porém, ainda assim, sofre, pois ele cria um pequeno inferno à volta de si. O céu não precisa ser criado — ele já está presente e você precisa relaxar e desfrutá-lo. O inferno precisa ser criado.

Leve a vida num estado de ânimo relaxado. Não há necessidade de criar, proteger ou se apegar a coisa alguma. Aquilo que é permanecerá, esteja você se apegando ou não a ele, e aquilo que não é não pode permanecer, esteja você se apegando ou não a ele. Aquilo que não é não é, e aquilo que é é.



Osho, em "Vá Com Calma - Discursos Sobre o Zen-Budismo"



Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

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