terça-feira, 29 de outubro de 2013

QUANDO O OBSERVADOR É O OBSERVADO

O espaço é necessário. Sem espaço não há liberdade. Estamos falando psicologicamente. Só quando a pessoa está em contato, quando não há espaço entre o observador e o observado é que se fica em total relação, com uma árvore, por exemplo. A pessoa não se identifica com a árvore, a flor, uma mulher, homem ou o que seja, mas quando há esta completa ausência de espaço como o observador e o observado, então há vasto espaço. Nesse espaço não existe conflito; nesse espaço existe liberdade. Liberdade não é uma reação. Você não pode dizer: “Bem, eu sou livre”. No momento em que você diz que está livre, você não está livre, porque você está consciente de si mesmo como estando livre de alguma coisa, e, portanto, está na mesma situação de um observador observando a árvore. Ele criou um espaço, e nesse espaço ele gera conflito. Compreender isto requer não concordância ou discordância intelectual, ou dizer, “Eu não compreendi”, mas antes requer entrar em contato diretamente com o que é. Significa que todas as suas ações, cada momento de ação é do observador e do observado, e dentro desse espaço não há contato com nada. Contato, relação tem um significado bem diferente quando o observador não está mais apartado do observado. Existe este extraordinário espaço, e existe liberdade.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

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