quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

SER UM ESTRANHO

Não sei se você observou que papel enorme o intelecto tem em nossa vida. Os jornais, as revistas, tudo em nossa volta cultiva a razão. Não que eu seja contra a razão. Ao contrário, a pessoa deve ter a capacidade de raciocinar muito claramente, precisamente. Mas se você observa, descobre que o intelecto está eternamente analisando por que pertencemos ou não pertencemos, por que a pessoa deve ser um estranho para encontrar a realidade, e assim por diante. Nós aprendemos o processo de analisar a nós mesmos. Então existe o intelecto com sua capacidade de examinar, analisar, raciocinar e chegar a conclusões; e existe sentimento, sentimento puro, que está sempre sendo interrompido, encoberto pelo intelecto. E quando o intelecto interfere com o sentimento puro, desta interferência cresce uma mente medíocre. De um lado temos o intelecto, com sua capacidade de raciocinar baseada em seus gostos e aversões, seus condicionamentos, sua experiência e conhecimento; e de outro, temos o sentimento, que é corrompido pela sociedade, pelo medo. E estes dois revelarão o que é verdade? Ou só existe percepção e nada mais?





J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: http://www.imageafter.com/

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