Gentileza, amor e o compartilhar: na condição de seres humanos, estas qualidades são nosso cordão umbilical, nos unindo à energia de vida que nos sustem. A unidade que criamos com os outros é o que ativa o universo e produz os "frutos" e as bênçãos em nossas vidas.
Quando somos parte de algo maior do que nós mesmos e injetamos em nossas ações diárias a consciência de compartilhar, podemos subir acima das coisas que nos mantém para baixo, tais como depressão, sensação de peso, procrastinação, raiva etc.
Dedique um minuto a pensar: o que está me segurando no momento? Quais são as oportunidades de compartilhar que o universo está me enviando? Como posso sair de mim mesmo para ser uma parte dos outros ao meu redor?
Às vezes, o melhor presente que podemos dar para alguém é darmos a nós mesmos: nossa atenção, nosso amor, estarmos simplesmente à disposição dessa pessoa, o presente de nos sentarmos com um amigo e chorarmos juntos, o presente de nos importarmos com alguém ou alguma coisa que não faz parte de nosso objetivo costumeiro de cuidado ou responsabilidade, o presente de compartilhar sem recebermos algum crédito por isso, sem que sejamos considerados “uma boa pessoa”. O melhor presente é aquele que compartilhamos quando o fazemos porque nosso coração nos diz que devemos fazê-lo, porque ao compartilharmos dessa maneira nos tornamos mais próximos da energia do Criador. Esse compartilhar é aquele ato de dar algo que vem de nosso espírito interior, de nossa Luz interior.
Todos nós possuímos esse dom de compartilhar. A única questão é se escolhemos utilizá-lo ou não.
Ouvimos o tempo todo na espiritualidade: faça o esforço, faça o trabalho... não se preocupe com o resultado. Mas existe outra parte desse conselho que não ouvimos com tanta frequência: quando caímos em desespero, existe uma maneira que garante que saiamos de nós mesmos. Trata-se de olhar em volta e encontrar alguém que precise de ajuda. Pense no que acontece quando estamos fazendo nosso trabalho diário (independente do que seja ) e as coisas não acontecem do jeito que queremos que aconteçam e dizemos para nós mesmos “Ah, coitadinho de mim, não aguento mais. Não tenho mais nenhuma força.” Se, naquele momento, conseguirmos parar e estender nossa mão para ajudar outra pessoa, teremos uma chance de puxarmos a nós mesmos para um lugar melhor.
Ao ajudar os demais, estamos verdadeiramente ajudando a nós mesmos.
Geralmente, deixamos de ver a importância da jornada que percorremos todos os dias. Esquecemos ou ignoramos a importância de nossos relacionamentos. Não vemos a beleza de estarmos conectados com algo além de nós mesmos. Nossas idas e vindas diárias se tornam tão previsíveis, tão mundanas e até mesmo tão entediantes, que começamos a não pensar realmente no que estamos recebendo ao longo do dia. Consequentemente, começamos a não dar valor às dádivas com as quais a vida nos contemplou.
Cada dia nos apresenta uma nova oportunidade de redirecionar nossa consciência para uma apreciação pelas pessoas e coisas que realmente têm importância para nós, em nossas vidas. E essa é uma das nossas tarefas espirituais neste mundo. Quando conseguimos fazer com que os outros sintam que são importantes, nós também, por nossa vez, nos tornamos importantes, porque nossa atitude faz com que nos tornemos um fio condutor para a bondade e o amor do Criador.
Karen Berg
Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal
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