quinta-feira, 16 de julho de 2015

UMA SOCIEDADE NOBRE - De Platão a Krishnamurti

Desde TEMPOS IMEMORIAIS, alguns seres humanos tem buscado uma sociedade justa, nobre, e digna. Contudo, de modo geral, os defensores desses grandes ideais de justiça e nobreza humanas tem sido perseguidos, como Platão e São Paulo, levados a morte, como Sócrates, ou mesmo torturados e barbaramente assassinados como Giordano Bruno e Jesus Cristo. Pitágoras chegou a ter a sua escola de milhares de alunos, em Crotona, dizimada a gume de espada.

Dessa forma, os grandes ideais da humanidade tem sido mal compreendidos, deformados, perseguidos, deturpados, condenados como heresias ou ridicularizados como utopias... Platão, por exemplo, propôs um sistema de governo a partir de uma seleção natural dos melhores (em grego "Oi aristoi"), donde deriva o termos aristocracia. Esse termo foi de tal forma deturpado que ele, hoje em dia, praticamente significa um governo de elite privilegiada e pretensamente superior ao povo.

Uma breve leitura no capítulo terceiro de A REPUBLICA, convencer-nos-ia de que essa é uma grosseira inversão dos conceitos, a medida que Platão ali afirma que os governantes não deveriam ter direito a posses pessoais, fato que quase caracteriza um voto de pobreza sacerdotal.

Uma vez recuperado o conceito original, que é semelhante ao conceito de Jesus Cristo, "O maior dentre vós sera aquele que vos serve", a genuína proposta platônica passa de uma sumária classificação de elitista e degradante, subitamente para outro extremo, como idealista, utópica e fantasiosa.

O comunismo e o capitalismo ao cobrirem de privilégios os seus governantes, estão estimulando a corrupção. Os indivíduos são, assim, facilmente levados a buscar o poder pelos benefícios e privilégios que dele possam obter, e não pela genuína preocupação de buscar o bem estar geral. Eis porque tanto o comunismo como o capitalismo tem fracassado na historia da humanidade; eles tem estimulado a corrupção, pecando contra a Fraternidade.

Krishnamurti, em "A Primeira e a Última Liberdade, também considera que "A esquerda, afinal de contas, é a continuação da direita, sob forma modificada. Se a direita tem seus fundamentos nos valores sensoriais, a esquerda não é mais do que uma continuação dos mesmos valores, com diferença apenas de grau ou de expressão."

Fundados apenas para valores materiais, insuficiente para uma civilização que já evoluiu pela ciência, e que a essência da matéria não é material, mas sim que a matéria não passa de uma forma de condensação de energia.




Ricardo Lindemann, MST





Fonte: https://www.facebook.com/AssociacaoLotusTeosofia
Fonte da Gravura: Liberdade Cósmica
Pinturas de Freydoun Rassouli
http://www.rassouli.com/

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