quarta-feira, 9 de março de 2022

MEDITAÇÃO - EXPERIÊNCIA DE ENTRAR NA PRESENÇA DO AMOR


Dizer um mantra nunca é meramente repetição. Cada vez que o dizemos, confirmamos nossa entrada pessoal na realidade de Deus, onde tudo é permanentemente criado. O próprio ritual - todo verdadeiro ritual - é tornar a realidade eterna sempre presente no tempo. E o ritual é o outro lado de uma mera repetição chata. A repetição é apenas uma rotina fechada, mas através do ritual entramos na totalidade do mistério expansivo do ser. É total porque combina o mistério do nosso ser com o mistério do ser de Deus. Cada vez que recitamos um mantra, encontramos nosso caminho mais profundo no eterno presente de Deus, aquele que é, e que é descrito como o "Eu Sou".

A meditação diária é um ritual que nos leva à abnegação, mas também é muito mais do que abnegação. É entrar no último ser, na última realidade, no último amor. Isso se consegue desprendendo-nos de nossa forma limitada de ver, sentir e compreender, pois estamos abrindo nossos corações para a totalidade da percepção e da consciência.

Pela meditação e pelo silêncio ao qual um mantra nos conduz, chegamos à maior experiência humana; nos reconhecemos como “conhecidos”. Compreendemos que somos compreendidos e, na experiência de entrar na presença do amor, descobrimos que somos amáveis.



Fr. John Main, OSB




Fonte: do livro "O Coração da Criação", Canterbury Press, 2007
Traduzido para o espanhol por Lucía Gayón, e para o português por este blog.
PERMANECER EN SU AMOR - Coordenadora: Lucía Gayón
www.permanecerensuamor.com
permanecerensuamor@gmail.com
Ixtapa, México
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

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