quinta-feira, 26 de setembro de 2013

INTERRUPÇÃO DA RAIVA


Todos nós temos, estou certo disso, tentado vencer a raiva, mas, de algum modo, isso não parece dissolvê-la. Existe uma outra abordagem para dissipar a raiva? A raiva pode surgir de causas físicas e psicológicas. A pessoa fica raivosa, talvez porque está ameaçada, suas reações defensivas estão sendo rompidas ou sua segurança, que foi cuidadosamente construída, está ameaçada e assim por diante. Todos nós estamos familiarizados com a raiva. Como vai se compreender e dissolver a raiva? Se você considera que suas crenças, conceitos, opiniões, são de grande importância, então está fadado a reagir violentamente quando questionado. Em vez de agarrar-se a crenças, opiniões, se você começa a questionar se elas são essenciais para a pessoa compreender a vida, então, através da compreensão, a interrupção da raiva acontece. Assim a pessoa começa a dissolver as próprias resistências que causam conflito e dor. Isto novamente requer severidade. Estamos acostumados a nos controlar por razões sociológicas ou religiosas ou por conveniência, mas erradicar a raiva requer profunda conscientização. Você diz que tem raiva quando ouve falar sobre injustiça. É porque você ama a humanidade, porque você é compassivo? Compaixão e raiva podem viver juntas? Pode haver justiça quando existe raiva, ódio? Você talvez esteja raivoso ao pensar na injustiça em geral, na crueldade, mas sua raiva não altera a injustiça ou a crueldade; ela apenas faz mal. Para produzir ordem, você mesmo tem que ser zeloso, compassivo. A ação nascida do ódio pode apenas criar mais ódio. Não pode haver retidão onde existe raiva. Retidão e raiva não podem estar juntas.



J. Krishnamurti



Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.angeosofia.com

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