sexta-feira, 4 de outubro de 2013

PERDÃO NÃO É VERDADEIRA COMPAIXÃO

O que é ser compassivo? Por favor, descubra por si mesmo, perceba se uma mente que está ferida, que pode ser ferida, pode perdoar. Pode uma mente capaz de ser ferida, perdoar? E pode tal mente que é capaz de ser ferida, que cultiva a virtude, que está consciente da generosidade, pode tal mente ser compassiva? Compaixão, como amor, é uma coisa que não está na mente. A mente não está consciente de si mesma como sendo compassiva, amando. Mas no momento em que você perdoa conscientemente, a mente está reforçando seu próprio centro em sua própria ferida. Assim a mente que conscientemente perdoa nunca pode perdoar; ela não conhece perdão; ela perdoa a fim de não ser mais ferida. Assim é muito importante descobrir por que a mente de fato lembra, guarda. Porque a mente está eternamente buscando enaltecer a si mesma, se tornar grande, ser alguma coisa. Quando a mente não quer ser alguma coisa, ser nada, completamente nada, então nesse estado existe compaixão. Nesse estado não existe nem perdão nem o estado de ferir mas para compreender isso, a pessoa tem que compreender o desenvolvimento consciente do “eu”. Então, enquanto houver o cultivo consciente de qualquer influência particular, qualquer virtude particular, não pode haver amor. Não pode haver compaixão, porque amor e compaixão não são resultados de esforço consciente. 



J. Krishnamurti



Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.morguefile.com

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