sábado, 30 de novembro de 2013

OBSERVAR O PENSAMENTO

Eu devo amar a própria coisa que estou estudando. Se você quer compreender uma criança, deve amá-la e não condená-la. Deve brincar com ela, olhar seus movimentos, suas idiossincrasias, suas formas de comportamento; mas se você meramente a condena, resiste ou a culpa, não há compreensão da criança. Do mesmo modo, para compreender o que é, a pessoa deve observar o que pensa, sente e faz de momento a momento. Isso é o real.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

UMA CHAMA DE SABEDORIA (CHANUKÁ)

A comunidade judaica celebra Chanuká, nossa festa das luzes. Embora os eventos que comemora sejam muito antigos, sua mensagem continua poderosa e atual.

Superficialmente, Chanuká é sobre as grandes batalhas pela liberdade religiosa. No terceiro e segundo séculos AEC, Israel tinha permanecido sob o domínio do Império Alexandrino – primeiro os Ptolomeus no Egito, depois os Selêucidas na Síria. Um governante selêucida, Antiochus IV, procurou forçar o ritmo da helenização.

Sob um sumo sacerdote em Jerusalém, Jason, os membros do sacerdócio passavam mais tempo no atletismo que servindo a D’us. Sob seu sucessor ainda mais helenizado, Menelau, foi erigida uma estátua de Zeus Olimpo no recinto do Templo. A prática pública do Judaísmo foi banida. Isso era demais para os judeus que continuavam fiéis à sua fé, e um pequeno grupo, liderado por um sacerdote idoso, Matathiyahu, se revoltou.

Num período de três anos, eles tinham derrotado os selêucidas, restabelecido a soberania judaica e rededicado o Templo. Foi uma vitória impressionante, e teve consequências históricas mundiais. Era o início do fim da Grécia como poder imperial. Porém, se isso tivesse sido tudo, não haveria judaísmo hoje, nem cristianismo e nem islamismo.

Para defender um país, você precisa de um exército. Mas para defender uma civilização, precisa de escolas.

O motivo é que a vitória militar não durou. Dentro de um século, Israel estava novamente sob jugo estrangeiro – dessa vez de Roma. Menos de 150 anos depois, após uma desastrosa rebelião, Jerusalém foi derrotada e o Templo estava em ruínas. Documentos daquela época nos contam que havia muitos judeus acreditando que Chanuká não podia mais ser celebrada. Era nula e vazia. O triunfo anterior fora substituído pela tragédia.

Foi então que um pequeno detalhe da rededicação adquiriu um novo significado. Procurando entre os destroços do templo profanado, os judeus descobriram uma única ânfora de azeite com o selo intacto. Isso permitiu que eles acendessem o candelabro do Templo, a menorá. Milagrosamente, durou oito dias, até que o novo azeite pudesse ser preparado. Aquilo se tornou a base do nosso costume de acender um candelabro em nossos lares durante oito dias, nessa época do ano.

A menorá simbolizou algo bem diferente da vitória militar. Representava fé, esperança, lealdade, coragem. Os judeus começaram a entender que o verdadeiro conflito entre o Antigo Israel e a Antiga Grécia não era político, mas cultural. Para defender um país, você precisa de um exército. Mas para defender uma civilização, precisa de escolas.

Lembrando da ênfase bíblica na educação, os judeus começaram a criar o primeiro sistema de educação pública universal da história. Em torno do final do primeiro século, estava completo. Os judeus se tornaram o povo que baseou sua sobrevivência na casa de estudo. Seus heróis eram mestres, e suas cidadelas, as escolas. A partir daquele dia até hoje, eles fizeram da educação sua maior prioridade comunitária. Isso permitiu que fizessem o que nenhuma outra nação tinha feito – preservar sua identidade intacta através de quase vinte séculos de exílio, dispersão e ausência de poder.

Chanuká conta uma história que fala ao nosso tempo. Em anos recentes as notícias têm sido dominadas por conflitos étnicos, terror e guerra. A História, no entanto, sugere uma narrativa diferente. A curto prazo, a violência faz as manchetes. Mas a longo prazo, não é isso que importa. O que faz a diferença é aquilo que ensinamos aos nossos filhos. As civilizações sobrevivem menos pela força de suas armas que pela força de seus ideais, e sua capacidade de transmiti-los às futuras gerações.

A mensagem de Chanuká é simples. O que perdura não é a vitória no campo de batalha, mas a vela da esperança que acendemos na mente de uma criança.

O que o mundo contemporâneo está ensinando às suas crianças? Nos países em desenvolvimento, há grandes porcentagens de analfabetismo. Em zonas de conflito, as crianças estão sendo ensinadas a odiar aqueles com quem um dia terão de aprender a conviver. Em muito poucos países estão sendo ensinados os princípios da liberdade, responsabilidade e respeito pela diferença. A mensagem de Chanucá é simples. O que perdura não é a vitória no campo de batalha, mas a vela da esperança que acendemos na mente de uma criança.

Chanuká aconteceu há muitos anos, ou está acontecendo agora?

Olhando para os eventos de hoje, você começa a se perguntar. A história de uma pequena vela expulsando o monstro da assustadora escuridão, da sensibilidade humana vencendo o terror e a força bruta, da vida e crescimento superando a destruição – a batalha está muito viva dentro de cada um de nós, e no mundo que nos cerca.

Afinal, a vitória da luz sobre as trevas é o megadrama cósmico – a eterna história de tudo que é. Ocorre novamente em todo solstício de inverno, a todo amanhecer de cada dia, com todo fóton de luz do sol que irrompe pela atmosfera da terra, trazendo seu calor e energia de vida. Com cada sopro de vida, cada grito de uma criança recém-nascida, toda folha de grama que brota no solo. Com todo lampejo de gênio, cada lance de beleza, toda decisão de fazer o bem em face do mal, de ser bom onde há crueldade, de construir onde outros destroem, de levar a humanidade para a frente quando outros a puxam na direção do caos.

E isso é Chanuká.

Chanuká é mais que um feriado; Chanuká é uma jornada espiritual de oito dias. Muitas pessoas conhecem a história de Chanuká – mas apenas como um pretexto histórico para dar presentes e comer latkes. Podemos chamar isso de corpo de Chanuká. A alma de Chanuká é a sua meditação, júbilo, calor e luz. Não apenas a celebramos em nossos lares com nossos entes queridos, mas com o mundo inteiro.





Rabino Jonathan Sacks




Fonte do Texto e da Gravura: Boletim Rua Judaica
http://www.ruajudaica.com/

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

LIBERDADE DO QUE É

Ser virtuoso advém da compreensão de o que é, ao passo que se tornar virtuoso é adiamento, encobrir o que é com o que você gostaria de ser. Assim, se tornando virtuoso você evita a ação diretamente no que é. Este processo de evitar o que é através do cultivo de um ideal é considerado virtuoso, mas se você olhar de perto e diretamente verá que não é nada disso. É meramente um adiamento de ficar frente a frente com o que é. Virtude não é o se tornar aquilo que não é; virtude é a compreensão do que é e, portanto, a liberdade de o que é. A virtude é essencial na sociedade que está rapidamente se desintegrando.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

SECRET GARDEN - SERENADE TO SPRING



Secret Garden - Serenade to Spring

Publicado por Emma Quiñones


Fonte do Vídeo: http://youtu.be/ypoZs6iqo3M

A CIVILIZAÇÃO AINDA NÃO ACONTECEU

Perguntaram a Osho:

Osho, Parece estranho quando em todo o mundo o "establishment", que está sempre ocupado com todos os seus esforços e meios para se certificar de todas as formas possíveis que o homem não pode permanecer homem, pede-nos para celebrar o "Dia dos Direitos Humanos." Meu Deus, o que é tudo isso que está acontecendo? Osho, você poderia me explicar?

Uma das coisas mais fundamentais para ser sempre lembrada é que estamos vivendo numa sociedade hipócrita.

Uma vez foi perguntado a um grande filósofo: “O que você acha da civilização?” O filósofo respondeu: “É uma boa ideia, mas alguém precisa transformar a ideia em realidade.”

A civilização ainda não aconteceu. É um sonho futuro.

Mas as pessoas que estão no poder – político, religioso, social – estão no poder porque a civilização ainda não aconteceu. Um mundo civilizado, um homem amadurecido não necessita de nenhuma nação. Todas essas fronteiras são falsas. Não necessita de nenhuma religião, pois todas essas teologias são simples ficções.

As pessoas que estão por milhares de anos no poder – os sacerdotes, os políticos, os bilionários – possuem todos os poderes para impedir a evolução. Mas a melhor maneira de fazer isso é convencer o homem de que ele já é civilizado. Convencer o homem que ele já é um ser humano, que você não necessita passar por nenhuma transformação, que isso é desnecessário.

E a fraqueza do homem é: sabendo bem que não existe tal coisa como civilização, que não existe tal coisa como sensibilidade humana, ainda assim ele começa a acreditar em todas as mentiras que os políticos têm falado, que os padres têm pregado, que os educadores têm ensinado, porque parece mais simples apenas acreditar, pois você não tem que fazer coisa alguma.

Reconhecer o fato que você ainda não é um homem cria medo. O próprio chão sob seus pés desaparece.

A verdade deixa o homem completamente despido, despido de todas as mentiras, despido de toda a hipocrisia. É por isso que ninguém quer a verdade. Todos acreditam que já a possuem.

Você vê a estratégia psicológica? Se você não quer dar algo a alguém, convença-o, hipnotize-o, repita uma e outra vez: "Você tem isso."

E quando milhares de pessoas em torno de você - seus pais, seus professores, seus sacerdotes, seus líderes - estão todos acreditando, parece quase impossível para os recém-chegados no mundo, crianças pequenas, não serem convencidos dessa ideia de milhares de anos de idade.

Milhões de pessoas já viveram e morreram acreditando que a civilização aconteceu.

Assim, a primeira coisa que eu quero que vocês compreendam é que ainda somos bárbaros.

Apenas bárbaros podem fazer as coisas que estivemos fazendo por milhares de anos, não os seres humanos. Em três mil anos, cinco mil guerras ... e você chama o homem de civilizado?




Osho, em "Sermons in Stones"




Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

TRANSFORMAÇÃO - VISÃO - NOVIDADE - PERTENCIMENTO

"Se uma lagarta, pesada e incapaz de voar, pode se transformar numa graciosa borboleta, por que deveríamos perder a esperança na transformação do mundo? Dê a chance para você mudar, e tudo ao seu redor mudará também: as pessoas, as situações, o futuro, a humanidade. Assim como a borboleta, deixe que sua nova forma se mostre. Seja um benfeitor do mundo e alcance sua própria soberania".


"Criação começa com uma clara visão do que estou criando. O que penso que sou, eu me tornarei. Esta é a lei; como alguém que cria uma linda escultura. Tudo começa com uma imagem na mente. O crescer do amor por essa imagem faz surgir a coragem e o entusiasmo para realizar o trabalho. Quando abrimos o coração para a mais linda visão de nós mesmos, passamos a nos ver como Deus nos vê. Se tivermos esse quadro interior podemos começar a nos recriar".


"Crie um novo mundo ao tornar-se novo. Quando eu aplico minha tendência criativa natural de me renovar, eu começo a ver meu mundo mudar. Ao mudar velhos hábitos em novos e ao criar novas atitudes, eu começo a gostar do processo de criação e do modo como isso afeta o meu mundo. Que hoje eu crie novidade em mim e transforme o mundo"


"Sentimentos de pertencimento duram mais do que tarefas realizadas. Criar um sentimento de proximidade é mais importante do que ter a tarefa concluída. Quando, antes de começar o trabalho, eu troco algumas palavras de encorajamento ou apreciação, eu crio um sentimento de pertencimento e proximidade em relação aos outros. Isso cria uma fábrica de unidade e torna o trabalho mais fácil."



Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

NOSSA VERDADEIRA NATUREZA

Às vezes você pode achar que é um pecador, e que é essencialmente mau. Mas se alguém pensa como você e o chama: "Olá, pecador!", você se ressentirá! Por quê? Porque sua verdadeira natureza é pureza, paz e alegria. Você é divino. É uma manifestação de Deus! Sua mente, intelecto, memória, egoísmo e sentidos (Manas, Buddhi, Chitha, Ahamkara, Indhriyas) são como tijolos, barras de ferro, cimento e madeira que se erguem para fazer uma casa para sua alma viver lá dentro. Eles não são você; o real é a Alma Divina (Atma). Você realmente apreciará isso somente pela meditação constante, movendo-se em boa companhia, ouvindo as falas dos que atingiram a realização e seguindo determinado curso prescrito de disciplina. É por isso que dou tanta ênfase à disciplina.




Sathya Sai Baba




Fonte: http://www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

DEVEMOS SENTIR PENA DE NÓS MESMOS?

Diz Emmanuel no livro "O Consolador": "dentre os mundos inferiores, a Terra pertence à categoria dos de expiações e provas, porque ainda existe predominância do mal sobre o bem. Aqui, o homem leva uma vida cheia de vicissitudes por ser ainda imperfeito, havendo, para seus habitantes, mais momentos de infelicidades do que de alegrias. A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime."

Diante de tal explicação, concluímos que não nascemos para ser completamente felizes. Aqui, neste planeta, alegria e tristeza se revezam. Moramos num vale de lágrimas, ou seja, ora choramos de alegria, ora de tristeza. Ora somos testados na riqueza, ora na pobreza. Família e familiares difíceis são reencontros, muitas vezes, com inimigos do passado. Família é teste e escola para desenvolvermos a paciência, a tolerância, o perdão etc. Se o exemplo dos membros da família for bom, copiemos, se for ruim mudemos o rumo e façamos melhor. Se são pessoas difíceis em nossa vida, somos também, muitas vezes, pessoas difíceis na vida deles. Doenças podem ser resgates do passado, abuso do presente, um pedido de prova para acelerar a evolução ou um pedido nosso para que nos sirva de freio para que não nos precipitemos nos erros de outra encarnação. 

Estes são ensinamentos básicos na Doutrina Espírita, mas muitos de nós espíritas, mesmo sabendo de tudo isso, quando passamos por um momento difícil, sentimos pena de nós mesmos. Basta encontrarmos com um conhecido para desabafarmos nossas amarguras nos colocando na condição de “coitadinho” ou “vítima” de uma situação. Temos também o hábito de responsabilizar os outros pela nossa dor. Há quem responsabilize: um amigo, um espírito, a macumba, os pais, a inveja, o olho gordo, a herança genética etc. Quando na verdade somos vítimas de nós mesmos. 

O plantio é livre, mas a colheita obrigatória. Portanto, estamos colhendo o que plantamos, nesta vida ou na anterior. Se queremos uma vida melhor, devemos nos esforçar para sermos melhores. Não adianta buscar amuletos, rezas milagrosas, escapulários, sal grosso, arruda etc. Esta é a saída fácil que muitos buscam. Pendurar um amuleto no pescoço é mais fácil que modificar nossas atitudes, pensamentos e palavras. A solução está em nós e não nas coisas externas. Chega de nos enganarmos. Portanto, não somos coitadinhos. Chega de auto-piedade, tomemos uma atitude.




Rudymara




Fonte: Grupo de Estudo "Allan Kardec"
http://grupoallankardec.blogspot.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

domingo, 24 de novembro de 2013

B - TRIBE - ANGELIC VOICES



B -TRIBE - Angelic Voices

The Best of Buddha Bar - Delibes - Lakme

de Emma Quiñones

Relax Nature Music Beautiful Scenes & Music



Fonte: http://youtu.be/5uZZw5ZreYk

ENCARE O FATO

Estou sofrendo. Psicologicamente, estou terrivelmente perturbado; e tenho uma ideia sobre isto: o que devo fazer, o que não devo fazer, como isto deve ser mudado. Essa ideia, essa fórmula, esse conceito me impede de olhar o fato como ele é. Ideação e fórmula são fugas de o que é. Há ação imediata quando há grande perigo. Então você não tem ideia. Você não formula uma ideia e age segundo essa ideia. A mente se tornou preguiçosa, indolente através de uma fórmula que deu a ela meios de fugir da ação em relação ao que é. Vendo por nós mesmos toda a estrutura do que foi dito, não porque isto nos foi apontado, é possível encarar o fato: o fato de que somos violentos, por exemplo? Somos seres humanos violentos, e escolhemos um modo de vida violento – guerra e todo o resto. Embora falemos sem parar, especialmente no oriente, de não-violência não somos pessoas não-violentas. A ideia da não-violência é uma ideia, que pode ser usada politicamente. Esse é um significado diferente, mas é uma ideia, e não um fato. Porque o ser humano é incapaz de encarar o fato da violência, ele inventou o ideal da não-violência, o que o impede de lidar com o fato. Afinal, o fato é que sou violento; sou irado. Qual é a necessidade de uma ideia? Não é a ideia de ser irado; o importante é o fato de ser irado, como o estado real de estar faminto. Não existe a ideia de estar faminto. A ideia vem em relação ao que você vai comer, e de acordo com o ditame de seu prazer, você come. Só existe ação em relação ao que é quando não existe ideia sobre o que devia ser feito em relação ao que você é confrontado, que é o que é.



 J. Krishnamurti



Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sábado, 23 de novembro de 2013

O SOFRIMENTO É MERAMENTE UMA PALAVRA OU UMA REALIDADE?

O sofrimento é meramente uma palavra, ou uma realidade? Se for uma realidade e não apenas uma palavra, então a palavra não tem significado agora, existe apenas o sentimento de dor intensa. Em relação a quê? Em relação a uma imagem, a uma experiência, a alguma coisa que você tem ou não tem. Se você tem, chama de prazer; se não tem, é dor. Assim, dor, sofrimento existe em relação com alguma coisa. Isso é alguma coisa simplesmente verbal, ou uma realidade? – como o medo não pode existir por si mesmo, mas apenas em relação a alguma coisa: um indivíduo, um incidente, um sentimento. Ora, você está completamente consciente do sofrimento. Esse sofrimento é separado de você e, portanto, você é meramente o observador que percebe o sofrimento, ou esse sofrimento é você? 




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

TEN CUIDADO CON LO QUE PIENSAS



Ten cuidado con lo que piensas
Reflexiones de la vida

Postado no Youtube por Emma Quiñones

Fonte: http://youtu.be/-3fKpu9_daM


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

ESTABILIDADE E PERSEVERANÇA NO ESFORÇO

Vós gostaríeis que muitas coisas na vossa vida melhorassem e dizeis: «Senhor, faz com que... Senhor, dá-me...» Para que as vossas preces sejam atendidas, têm de estar apoiadas numa fé inabalável e em esforços contínuos. O Céu não quer outra coisa a não ser atender às vossas preces, mas um desejo que vos limitais a exprimir de vez em quando dilui-se e acaba por se perder no espaço. Se não obtendes aquilo que pedis, é em vós que deveis procurar a causa disso: certamente vos faltou estabilidade e perseverança no esforço. Muitas pessoas, se se comportassem na sua vida profissional como se comportam na sua vida espiritual, não manteriam por muito tempo o seu posto de trabalho. Com o pretexto de que as realidades do mundo espiritual são invisíveis, imaginam que basta projetarem de vez em quando alguns desejos titubeantes. Mas não basta. Mais ainda do que no plano físico, os sucessos que se obtém no plano espiritual exigem uma prática e esforços contínuos.




Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

AÇÃO IMEDIATA

Se você estiver em contato com alguma coisa, com sua esposa, seus filhos, com o céu, as nuvens, com qualquer fato, no momento em que o pensamento interfere nisto você perde o contato. O pensamento nasce da memória. Memória é a imagem, e daí você olha e há uma separação entre o observador e o observado. Você tem que compreender isto muito profundamente. É esta separação do observador daquilo que é observado que faz o observador querer mais experiência, mais sensações e, assim, ele está eternamente buscando, perseguindo. Tem que ser completa e totalmente compreendido que enquanto houver um observador, aquele que está buscando experiência, o censor, a entidade que avalia, julga, condena, não há contato imediato com o que é. Quando você sente dor, dor física, há percepção direta; não existe observador que sente a dor; só existe dor. Porque não existe observador, há ação imediata. Não existe a ideia e, depois, a ação, mas só existe ação quando existe dor, porque há contato físico direto. A dor é você; há dor. Enquanto isto não for completamente compreendido, percebido, explorado e sentido profundamente, enquanto não for inteiramente captado, não intelectualmente, não verbalmente, que o observador é o observado, toda vida se torna conflito, uma contradição entre desejos opostos, o “que deveria ser” e o “que é”. Você só pode fazer isto se estiver consciente de que está olhando para isto como um observador, quando olha para uma flor ou uma nuvem ou qualquer coisa.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ESMORECER NUNCA

Referes-te aos Mundos Superiores do Espaço Cósmico, qual se a Terra não estivesse localizada nos Céus. E pensas nos Espíritos Angélicos, à feição de inatingíveis ministros do Eterno, mensageiros de forças prodigiosas que jamais alcançarás.

Entretanto, guardas contigo a mesma condição de imortalidade, tocada de dons sublimes que podes claramente desenvolver ao infinito. Por essa razão, convéns saibas que, por muito extensas se te façam as necessidades e as lágrimas, carregas contigo o mais alto poder da vida.

Não creias compartilhem dele tão-somente os sábios e os justos, os santos e os heróis. Por mais ínfima se te mostre a situação, ei-lo contigo por marca de tua origem celeste.

Mesmo que estejas atravessando rudes e escabrosos caminhos de cinza e pranto, para que te soergas de quedas clamorosas, exibindo sinais de poeira e fel, ninguém te pode subtrair essa herança do Criador, de cujo hálito nasceste.

Detém-te a pensar nisto e nunca esmoreças.

Ainda que os imperativos da experiência humana te hajam arrojado de luminosas eminências do serviço aos degraus mais obscuros do recomeço, mergulha o próprio coração nas fontes da esperança e rejubila-te, porque Deus te dotou com o Divino privilégio de trabalhar e auxiliar.




Meimei / Francisco Cândido Xavier




Fonte: do livro "Coragem"
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

9º TRABALHO DE HÉRCULES (OS PÁSSAROS DEVASTADORES DO LAGO ESTÍNFALE) - SAGITÁRIO: CORRETO PENSAR E FALAR

O trabalho de Hércules associado ao signo de Sagitário é espantar os pássaros do lago Estínfale. 

Sagitário é um signo de elevado idealismo, profunda reflexão e busca de sabedoria. Este trabalho representa o correto uso do pensamento e da fala, para expressar cada vez mais a verdade.

A região do lago Estínfale estava recoberta de pássaros ferozes. Em imensa quantidade, eles devastavam a vegetação da região e contaminavam o lago. Quando levantavam voo, era impossível ver com clareza o céu e o sol. Hércules tinha a tarefa de restabelecer a ordem.

O herói tentou matar os pássaros um a um, colocando armadilhas e atirando flechas. Logo percebeu que esse método não seria eficiente, pois a quantidade de aves era enorme. Então Hércules fez uma pausa e ponderou sobre a questão. Uma ideia lhe veio à mente. Ele pegou os dois címbalos de ouro que recebera de Minerva e tocou-os fortemente. Afugentados pelo tremendo som, os pássaros logo debandaram, e a paz voltou à região.

Os pássaros simbolizam os pensamentos, pois podem voar com liberdade para o alto e ver longe, por uma perspectiva mais elevada e abrangente. Os pássaros também simbolizam a fala, pois, voando, podem mover-se com rapidez e viajar pelo mundo. O pensamento e a fala são forças criativas muito poderosas.

O pensamento nos permite ver possibilidades e captar o novo. Algumas vezes, uma nova visão logo se torna um novo modo de vida. Outras vezes (provavelmente a maioria), ocorre um longo processo de maturação interna, de modo que gradualmente o novo pensamento se reflete em nossas emoções e desejos, e finalmente em nossas ações, comportamento e relacionamentos. Quando não compreendemos o funcionamento desse processo interno, podemos impor-nos exigências precipitadas e atrapalhar um processo que estava muito bem encaminhado. Mas quando compreendemos esse processo de maturação, podemos cooperar pacientemente com ele.

Os pássaros pousados no lago e ao redor representam aqueles pensamentos que não são novos, mas já assentaram em nossa vida emocional e física. Tais pensamentos constituem uma cristalização, condicionando e restringindo a nossa vida. Qualquer pensamento é sempre parcial, é só uma dentre tantas possibilidades, é só um degrau na escada. A verdade, o amor, a beleza, a justiça são sempre maiores que qualquer pensamento ou teoria. Por isso não devemos estagnar em nossa visão atual, mas sempre seguir adiante, procurando renovar nossos pensamentos e buscando uma compreensão ainda mais ampla e profunda.

A pausa reflexiva de Hércules representa o silêncio meditativo, quando a mente procura ir além dos pensamentos e interpretações atuais, abrindo espaço para o novo. Tendo captado uma nova ideia, Hércules usa o som para ancorá-la e dispersar os pensamentos antigos que não lhe servem mais. Minerva é a Senhora da Sabedoria, e o toque dos címbalos de ouro representa o uso da palavra para expressar novas ideias, uma compreensão renovada e um fluxo fresco de inspiração. Através do poder criativo da fala, nós recriamos e transformamos os nossos padrões na vida, substituindo o velho pelo novo.



Ricardo A. Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br




Fonte do Texto e da Gravura: 
LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2011/12/sagitario-correto-pensar-e-falar.html

SAGITÁRIO: VIVER DE PROPÓSITO


O signo de Sagitário confere senso de propósito e de direção na vida. Estimula o idealismo, o pensamento reflexivo profundo, a visão abrangente e a intuição. No mês de Sagitário somos incentivados a refletir sobre qual é o propósito da vida, qual é o nosso propósito de vida e quanto estamos vivendo por este propósito.

A vida humana pode ter um sentido maior, e de certo modo, sempre tem, ainda que não percebamos. Mas muitas vezes, a vida do ser humano é como uma caminhada sem rumo. A pessoa vai vivendo sem saber aonde chegará, ou até sem se importar. Simplesmente segue vivendo, procurando garantir sua subsistência, respeitando as convenções sociais e buscando prazer, de uma ou de outra forma. As circunstâncias e os acontecimentos acabam determinando para onde a pessoa irá e o que a sua vida se tornará. Outras vezes, até temos algum objetivo na vida e fazemos esforços em sua direção, mas permitimos nos distrair com outras coisas e deixamos o tempo passar, enquanto permanecemos inertes. 

A influência de Sagitário nos ajuda a manter a visão da nossa meta final, e ajuda a ver também qual é o passo imediato para um dia chegar lá, e ajuda ainda a dar este passo agora. Isto é possível porque Sagitário estimula poderosamente a mente humana. Ela nos permite estabelecer prioridades, e distinguir o que é realmente necessário e o que é dispensável, e distinguir também o que podemos transformar e o que devemos simplesmente aceitar. Ela permite-nos elaborar planos e conduzir a sua realização com flexibilidade, fazendo as necessárias adaptações. Permite-nos organizar o nosso tempo, organizar o nosso dinheiro, e todos os demais recursos à nossa disposição.

Comumente, a causa de nossos fracassos é a distração de nossa atenção e a dispersão de nossas forças. Sagitário promove a capacidade de foco. Quando conseguimos seguir adiante em nosso caminho sem nos deter pelas preocupações, incertezas e ansiedades; quando conseguimos nos liberar de tantas pequenas distrações e manter o nosso foco, sem desvios, na meta; quando conseguimos concentrar as nossas forças, habilidades e recursos e aplicá-los ao nosso objetivo — então, podemos realizar quase qualquer coisa e alcançar mesmo o que parecia impossível.

A mente humana pode dirigir o seu olhar para baixo ou para o alto. Ao voltar-se para baixo, a mente vê o corpo, com suas necessidades, instintos e apetites; vê as relações sociais e as circunstâncias do mundo. Um objetivo de vida que surja apenas desta visão será, naturalmente, materialista e egoísta. Isto é ambição. Mas ao orientar-se para o alto, a mente pode vislumbrar as ideias eternas e universais. Um objetivo de vida baseado nesta visão será, naturalmente, espiritualista e altruísta. Isto é idealismo. Uma vida sem qualquer ambição é uma vida aparentemente sem sentido, mas uma vida movida apenas por ambição é ainda uma vida com sentido pobre e superficial. Uma vida de idealismo inclui tudo aquilo que torna a vida humana rica e plena. Então, viver deixa de ser apenas subsistir e reproduzir as tradições herdadas; torna-se uma experiência criativa e cultural.

A energia de Sagitário estimula especialmente as faculdades superiores da mente, que possibilitam-nos buscar o bem, a verdade e a beleza; possibilitam-nos produzir cultura, filosofia, arte, religião, ciência; possibilitam-nos compreender o sentido maior da vida e viver para manifestar este propósito maior.



Ricardo A. Georgini
ricardogeorgini@yahoo.com.br




Fonte do Texto e da Gravura: 
LOGOS - Grupo de Investigação em Astrologia Esotérica
http://logosastrologiaesotericaport.blogspot.com.br/2010/11/sagitario-viver-de-proposito.html

sábado, 16 de novembro de 2013

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O PENSAMENTO CRIA O PENSADOR

Pensamento é sensação verbalizada; pensamento é a resposta da memória, a palavra, a experiência, a imagem. O pensamento é transitório, mutável, impermanente, e busca permanência. Então o pensamento cria o pensador, que se torna o permanente; ele assume o papel de censor, o guia, o controlador, aquele que molda o pensamento. Esta entidade ilusória permanente é o produto do pensamento, do transitório. Esta entidade é pensamento; sem pensamento ela não existe. O pensador é feito de qualidades; suas qualidades não podem ser separadas dele mesmo. O controlador é o controlado, ele simplesmente joga um jogo ilusório com ele mesmo. Até o falso ser visto como falso, a verdade não se mostra.



J. Krishnamurti



Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

FUTURE WORLD MUSIC - FLIGHT OF THE IMAGINATION


FUTURE WORLD MUSIC 
FLIGHT OF THE IMAGINATION


Postado no Youtube por Emma Quiñones
Images of the sky , Beautiful music of the world


Fonte: http://youtu.be/W099_SFptNg

MAIS A DESCOBRIR

Uma das minhas histórias favoritas é sobre um aluno que viajou o mundo para encontrar e aprender com um grande sábio. Ao encontrar-se com seu mestre, o aluno imediatamente começou a lhe falar de todas as crenças que havia adquirido em sua jornada. Enquanto o professor escutava atentamente, serviu ao aluno uma xícara de chá. O aluno deu uma pausa longa o suficiente no que estava dizendo para perceber que a xícara já estava cheia, e que ainda assim o professor continuava despejando o líquido.

“Mestre, minha xícara está cheia. Por que o senhor ainda está servindo o chá?” perguntou o aluno.

“Você é bem parecido com essa xícara”, disse o sábio. “Tão cheio de conhecimento, que há pouco espaço para o crescimento”.

O aluno tinha acabado de receber sua primeira lição do seu professor: o começo da sabedoria é saber que você não sabe.

Esse ensinamento é especialmente importante para aqueles de nós que estão no caminho espiritual. Depois de alguns anos de dedicação aos estudos, geralmente achamos que aprendemos a verdade. Significa este ensinamento, na realidade, que logo aprenderemos a verdade real: existe sempre mais a aprender. Afinal de contas, se tivéssemos aprendido tudo que existe para aprender – ou até mesmo aprendido o suficiente – por que ainda teríamos perguntas, problemas e caos em nossas vidas?

Existe uma fonte espiritual que contém todas as soluções e respostas que buscamos na vida, e elas se tornam mais acessíveis através do entendimento de que não sabemos nem uma parte do quanto pensamos saber. Infelizmente, quando achamos que entendemos mais do que é verdade, limitamos as dádivas inerentes a essa fonte. Ela só começa a revelar sua abundância para nós quando compreendemos que não sabemos nem uma parte do que achamos saber.

Acreditamos que entendemos a Bíblia, a ciência, nosso cônjuge, nossos amigos, nossos filhos – mas na verdade, tem muito mais a ser conhecido. Sempre mais a ser descoberto.

Somos todos como o aluno, cuja xícara estava muito cheia com seus próprios pensamentos, ideias e crenças. Quanto mais abrirmos mão, tanto mais conseguiremos nos abrir para entender verdades ainda mais grandiosas.

Ao reconhecer que não sabemos, nos abrimos para aprender muito mais.




Rav Yehuda Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

ALIANÇA DA CIÊNCIA E DA RELIGIÃO

A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de ideias provém apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à intolerância.

São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças que são, apoiando-se uma na outra e marchando combinadas, se prestarão mútuo concurso. Então, não mais desmentida pela Ciência, a Religião adquirirá inabalável poder, porque estará de acordo com a razão, já se lhe não podendo mais opor a irresistível lógica dos fatos.

A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo. Mas, nisso, como em tudo, há pessoas que ficam atrás, até serem arrastadas pelo movimento geral, que as esmaga, se tentam resistir-lhe, em vez de o acompanharem. E toda uma revolução que neste momento se opera e trabalha os espíritos. Após uma elaboração que durou mais de dezoito séculos, chega ela à sua plena realização e vai marcar uma nova era na vida da Humanidade. Fáceis são de prever as consequências: acarretará para as relações sociais inevitáveis modificações, às quais ninguém terá força para se opor, porque elas estão nos desígnios de Deus e derivam da lei do progresso, que é lei de Deus.




Allan Kardec




Fonte: do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo", Ed. FEB
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

SÓ UMA PESSOA REBELDE É REALMENTE REVOLUCIONÁRIA

Perguntaram a Osho: Você pode falar mais um pouco sobre as qualidades de um rebelde? É a mesma coisa que o “novo ser humano”?

As qualidades do rebelde são multidimensionais. Primeiro, o rebelde não acredita em nada a não ser na própria experiência. A verdade dele é sua única verdade; nenhum profeta, nenhum messias, nenhum salvador, nenhuma santa escritura, nenhuma tradição antiga pode lhe dar a verdade. Eles podem falar sobre a verdade, podem fazer muito estardalhaço sobre a verdade, mas saber sobre a verdade não é conhecer a verdade. Saber sobre a verdade é o mesmo que tecer comentários em torno dela. Mas quem fica em torno nunca chega ao centro.

O rebelde não tem sistema de crença - crente ou ateu, hindu ou cristão. Ele é um investigador, um buscador. Mas é preciso entender algo bastante sutil: o rebelde não é um egoísta. O egoísta também não quer pertencer a nenhuma igreja, a nenhuma ideologia, a nenhum sis­tema de crença, mas a razão para ele não querer pertencer é comple­tamente diferente da razão do rebelde. O egoísta não quer pertencer porque pensa demais em si mesmo. Ele é egocêntrico; só consegue fi­car sozinho.

O rebelde não é egoísta, é totalmente inocente. A sua descrença não é uma atitude arrogante, mas uma abordagem humilde. Ele está simplesmente dizendo, “A menos que eu encontre a minha própria verdade, todas as verdades que emprestei dos outros são como um far­do para mim, elas não vão me libertar. Posso me tornar uma pessoa instruída, mas não conhecerei nada com o meu próprio ser. Não serei testemunha de nenhuma experiência”.

O rebelde não pertence a nenhuma igreja, a nenhuma organização, porque não quer ser apenas um imitador. Ele quer permanecer puro e imaculado para que possa buscar sem nenhum preconceito, de modo que possa permanecer aberto e sem nenhuma ideia preconcebida. Mas toda a abordagem é de uma pessoa humilde.

Um rebelde respeita sua própria independência e também res­peita a independência de todas as outras pessoas. Ele respeita a sua própria divindade e respeita a divindade de todo o universo. Todo o universo é seu templo - é por isso que ele abandonou os pequenos templos feitos pelo homem. Todo o universo são suas sagradas escri­turas - é por isso que ele abandonou todas as sagradas escrituras es­critas pelo homem. Mas não é por arrogância, é para empreender uma humilde busca. O rebelde é tão inocente quanto uma criança.

A segunda dimensão será não viver no passado, que não existe mais, e não viver no futuro, que não existe ainda, mas viver no presente com a máxima consciência e espírito alerta que se possa conseguir  Em outras palavras, viver consciente no momento. Normalmente vivemos como sonâmbulos. O rebelde tenta viver uma vida de consciência  A consciência é sua religião, a consciência é sua filosofia, a consciência é seu modo de vida.

A terceira dimensão é que o rebelde não está interessado em dominar os outros. Ele não tem avidez pelo poder, porque essa é a coisa mais feia do mundo. A avidez por poder destruiu a humanidade e não permite que ela seja mais criativa, que seja mais bela, que seja mais saudável, que seja mais inteira. E é essa avidez pelo poder que acaba levando aos conflitos, às competições, à inveja e finalmente às guerras.

A avidez por poder é a base de todas as guerras. Se você observar a história humana... toda a história humana não passa de uma história de guerras, do ser humano matando o ser humano. As razões mudaram, mas a mortandade continua. Parece que as razões são apenas desculpas. O fato real é que o ser humano gosta de matar.

Numa fábula de Esopo - e essas são as melhores fábulas do mundo  muito simples e cheias de significado -, uma ovelhinha está bebendo água de um riacho das montanhas, com água limpa e cristalina. Um leão enorme se aproxima e, naturalmente, se interessa pela ovelha - é hora do café da manhã. Mas ele tem que encontrar uma desculpa para o seu comportamento, então diz à ovelha, “Você está sujando o riacho. Não entende que eu sou o rei da selva?”

A pobre ovelhinha diz, “Mas Sua Alteza, estou bebendo água num trecho mais abaixo do rio, por isso, mesmo que eu suje a água, ela está correndo rio abaixo - não na sua direção. O senhor está tornando- a suja e eu estou bebendo essa água. Por isso sua lógica está errada”.

O leão viu que a ovelha tinha razão e ficou com muita raiva. Disse  “Você não tem respeito pelos mais velhos. Está discutindo comigo”.

A pobre ovelha rebateu, “Não estou discutindo, estou simplesmente constatando um fato. O senhor pode ver para onde a água está correndo”.

O leão se calou por um momento e então disse, “Agora eu me lembro. Você pertence a uma família muito pouco instruída e mal educada  O seu pai me insultou ontem”.

A pobre ovelha disse, “O senhor deve estar falando de outra pessoa  porque o meu pai morreu há três meses e o senhor deve saber que ele está na sua barriga. Ele não está mais vivo porque o senhor o almoçou. Como ele pode tê-lo desrespeitado? Ele está morto!”

Aquilo foi demais. O leão pulou sobre a ovelha e agarrou-a, dizendo  “Você não tem modos, não conhece as regras de etiqueta, não sabe se comportar”.

A ovelha disse, “O fato é que é hora do almoço. Simplesmente me devore, não precisa inventar mais desculpas”.

Uma fábula tão simples! Esopo fez milagres. Ele disse muita coisa sobre o ser humano.

Um rebelde vive simplesmente no momento, com percepção, sem nenhum desejo de dominar. Ele não tem nenhuma ânsia de poder. É um cientista da alma - essa é a quarta dimensão. Assim como a ciência usa a dúvida, o ceticismo, a investigação, ele usa os mesmos métodos para a busca interior. A ciência os usa para a realidade objetiva, ele os usa para sua própria subjetividade. Mas ele não condena a dúvida  não condena o ceticismo, não condena a desobediência, não condena uma abordagem descrente da realidade. Ele mergulha dentro do seu próprio ser com uma mente científica.

A religião do rebelde não é supersticiosa, é científica. Sua religião não é a busca de Deus, porque começar com Deus significa que você já aceitou a crença e, se aceitou a crença, a sua busca está contaminada desde o princípio.

O rebelde penetra no seu mundo interior de olhos abertos, sem nenhuma ideia do que está procurando. Ele continua polindo sua inteligência. Continua tornando seu silêncio mais profundo, sua meditação mais profunda, para que o que quer que esteja oculto dentro dele venha à superfície; mas ele não tem ideias preconcebidas sobre o que está procurando.

Ele é basicamente um agnóstico. Essa palavra tem que ser lembrada  pois ela descreve uma das qualidades mais básicas. Existem crentes que acreditam em Deus, existem ateus que não acreditam em Deus e existem agnósticos que simplesmente dizem, “Não sabemos ainda. Vamos buscar, então vamos ver. Não podemos dizer nada antes de termos procurado em todos os recônditos do nosso ser”. O rebelde começa com “eu não sei”. É por isso que eu digo que ele é como uma criança pequena, inocente.

Dois garotinhos discutiam sobre a possibilidade de fugir de casa  “Mas se os nossos pais nos pegarem, vão bater em nós”, disse um deles.

“Então batemos neles também”, disse o outro.

“Mas não podemos fazer isso! A Bíblia diz que temos que honrar pai e mãe.”

“Tudo bem, então eu bato no seu pai e você bate no meu.”

Uma solução simples e inocente, sem nenhuma dificuldade!

O rebelde vive uma inocência infantil, e a inocência é o mais misterioso dos fenômenos. Ela abre as portas de todos os segredos da vida.

Só uma pessoa rebelde é realmente revolucionária e é verdadeiramente religiosa. Ela não cria uma organização, não cria um séquito  ela não cria igrejas.

Mas é possível que rebeldes possam ser companheiros de viagem; possam apreciar a companhia uns dos outros, possam gostar de dançar juntos, de cantar juntos, de chorar juntos, para sentir a imensidão da existência e a eternidade da vida juntos.

Eles podem se fundir num tipo de comunhão sem ter que renunciar à própria individualidade; pelo contrário, a comunhão de rebeldes fortalece a individualidade de todos, nutre a individualidade de todos, dá dignidade e respeito à individualidade de todos.




Osho, em "Transformando Crises em Oportunidades: O Grande Desafio Para Criar Um Futuro Dourado Para a Humanidade"




Fonte: www.palavrasdeosho.com
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

ESFORÇO É DISTRAÇÃO DO QUE É

Devemos compreender o problema do empenho. Se pudermos compreender o significado do esforço, então podemos traduzi-lo em ação na nossa vida cotidiana. O esforço não significa uma luta para mudar o que é para o que não é, ou o que deveria ser, ou no que deveria se tornar? Estamos constantemente fugindo do que é, para transformá-lo ou modificá-lo. Aquele que está verdadeiramente contente é aquele que compreende o que é, que dá a correta significação ao que é. O verdadeiro contentamento não está em poucas ou muitas posses, mas na compreensão de toda a significação do que é. Apenas em passiva vigilância é compreendido o significado do que é. No momento, não estou falando da luta física com a terra, com construção ou um problema técnico, mas do empenho psicológico. As batalhas e problemas psicológicos sempre ofuscam o fisiológico. Você pode construir uma estrutura social meticulosa, mas enquanto a escuridão e o empenho psicológicos não forem compreendidos, eles invariavelmente subvertem a estrutura meticulosamente construída. Esforço é distração do que é. Na aceitação do que é, o empenho cessa. Não existe aceitação quando existe o desejo de transformar ou modificar o que é. O empenho, uma indicação de destruição, existirá enquanto há o desejo de mudar o que é.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

IDEALISTAS SÃO RESPEITADOS E LEMBRADOS

Lembre-se sempre de que somente aqueles com ideais são respeitados e lembrados com gratidão pela posteridade. Honramos Rama e O adoramos, evitando a referência a Ravana em ocasiões auspiciosas. Por quê? Por causa do caráter que exibiam. Então você deve estar determinado e, passo a passo, avançar na construção de um caráter forte. Esteja ciente do perigo de escorregar duas etapas ao subir uma - você pode resistir ao deslize! Se tiver determinação para subir e desejo de crescer, progredir e conquistar seus impulsos e instintos mais inferiores, então a fonte oculta de energia crescerá dentro de si. A Graça do Senhor suavizará seu caminho. Mantenha o ideal diante de si e caminhe para frente!




Sathya Sai Baba




Fonte: www.sathyasai.org.br
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

FUGIR GERA CONFLITO

Por que somos ambiciosos? Por que queremos ter sucesso, ser alguém? Por que lutamos para ser superiores? Por que todo este esforço para nos afirmar, seja diretamente, ou através de uma ideologia ou o Estado? Não é esta auto-afirmação a causa principal de nosso conflito e confusão? Sem ambição pereceríamos? Não podemos sobreviver fisicamente sem sermos ambiciosos? Por que somos espertos e ambiciosos? A ambição não é um impulso para evitar o que é? Esta esperteza não é realmente estúpida, que é o que somos? Por que temos tanto medo do que é? Qual é o benefício de fugir se, o que quer que sejamos, está sempre ali? Podemos ter sucesso fugindo, mas o que somos está ainda ali, trazendo conflito e miséria. Por que temos tanto medo de nossa solidão, ou nosso vazio? Qualquer atividade distante do que é está fadada a criar sofrimento e antagonismo. O conflito é a negação do que é ou fugir do que é: não existe outro conflito além desse. Nosso conflito se torna mais e mais complexo e insolúvel porque não encaramos o que é. Não existe complexidade no que é, mas só nas muitas fugas que buscamos.




J. Krishnamurti




Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

PAZ NESTE MUNDO

Se desejamos realmente conseguir paz neste mundo, se desejamos, de fato, empreender uma guerra contra a guerra, teremos que começar pelas crianças. 

Se elas crescerem, em sua inocência natural, não teremos de lutar; não teremos que ensinar infrutíferas resoluções inúteis, mas iremos do amor para o amor, e da paz para a paz até que finalmente os mais afastados recantos do mundo se revistam daquela paz e daquele amor dos quais, consciente ou inconscientemente, o mundo todo está faminto.




Mahatma Gandhi



Fonte: do livro "O Rosário"
Fonte da Gravura: www.imageafter.com

MORTE E RESSURREIÇÃO

Em dado momento da sua evolução, após anos de trabalho e de purificação, a alma deve atravessar regiões, ainda desconhecidas para ela, a que não se pode chamar outra coisa a não ser inferno. Esta provação, que pode ser sentida como uma espécie de morte, faz parte de qualquer Iniciação. Mas, na vida espiritual, a morte é sempre seguida de uma ressurreição. Só se morre para se ressuscitar. Desde os mistérios do Egito e da Grécia antigos até ao cristianismo, há muitas religiões que mencionam esta morte seguida de uma ressurreição! Depois de o Deus Osíris ter sido morto pelo seu irmão Seth, que o invejava, a sua esposa Ísis re-encontra o seu corpo e ressuscita-o com a ajuda do Deus Anúbis. Também Atena salva o coração de Dionísio, cujo corpo os Titãs tinham cozido e comido, e devolve-lhe a vida. A preparação da pedra filosofal está igualmente baseada no princípio da morte seguida de uma ressurreição. É também neste sentido que devemos interpretar a morte e a ressurreição de Jesus.




Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

UM MURO INEXPUGNÁVEL DE PENSAMENTO

Como pode haver uma fusão do pensador com seus pensamentos? Não pela ação da vontade, não pela disciplina, não por nenhuma forma de esforço, controle ou concentração, não através de nenhum outro meio. O uso de um meio implica num agente atuando, não é? Enquanto houver um ator, existirá uma divisão. A fusão acontece apenas quando a mente está completamente quieta sem tentar estar quieta. Esta quietude existe, não quando o pensador chega a um fim, mas só quando o pensamento em si chega ao fim. Deve haver liberdade da resposta do condicionamento, que é pensamento. Todo problema só é resolvido quando a ideia, a conclusão não existe; conclusões, ideia, pensamento, são as agitações da mente. Como pode haver compreensão quando a mente está agitada? A severidade deve ser temperada com o jogo vivo da espontaneidade. Você descobrirá, se ouviu tudo que foi dito, que a verdade chegará nos momentos em que você não a espera. Se me permite dizer, fique aberto, sensível, esteja completamente consciente do que é de momento a momento. Não construa a sua volta um muro inexpugnável de pensamento. A alegria da verdade vem quando a mente não está ocupada com suas próprias atividades e lutas.



J. Krishnamurti



Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.imageafter.com