sábado, 18 de outubro de 2014

O QUE É O EGO?

Nós sabemos o que queremos dizer com ego? Com isso, quero dizer a ideia, a memória, a conclusão, a experiência, as várias formas de intenções nomeáveis e não-nomeáveis, o empenho consciente para ser ou para não ser, a memória acumulada do inconsciente, o racial, o grupo, o individual, o clã, e tudo isto, seja projetado exteriormente em ação ou projetado espiritualmente como virtude; o esforço por tudo isto é o ego. Nele está implicada a competição, o desejo de ser. A totalidade desse processo é o ego; e nós sabemos, quando estamos frente a ele, que ele é uma coisa maligna. Estou usando a palavra “maligna” intencionalmente, porque o ego divide; o ego é fechado nele mesmo: suas atividades, conquanto nobres, são separativas e isoladoras. Conhecemos tudo isto. Também conhecemos aqueles extraordinários momentos quando o ego não está, em que não há sensação de esforço, de empenho, e que acontecem quando há amor. (What Are You Doing with Your Life?)

O ego deve cessar pela conscientização de sua própria limitação, da falsidade de sua própria existência. Conquanto profundo, vasto e extensivo ele possa ser, o ego é sempre limitado, e até ser abandonado, a mente nunca pode ser livre. A simples percepção desse fato é o fim do ego, e só então é possível que aquilo que é real surja. (Collected Works, Vol. VIII, 312, Choiceless Awareness)




J. Krishnamurti





Fonte: http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: http://www.good-will.ch/postcards_es.html

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