sábado, 27 de dezembro de 2014

A MENTE COMO UMA MASSA DE HÁBITOS DE PENSAMENTOS E MEMÓRIAS

Como é possível estar intensamente consciente enquanto se está ocupado com um trabalho particular?

Eu não vejo a dificuldade. Por que não se pode estar intensamente consciente enquanto se trabalha? Seja o trabalho mecânico, científico ou burocrático, estando intensamente consciente enquanto faz esse trabalho, você não apenas o fará mais eficientemente como também ficará consciente de por que está fazendo, quais são os motivos por trás de seu trabalho. Você descobrirá se tem medo de seu chefe; observará como você fala com seus subordinados e com aqueles acima de você. Estando intensamente consciente em sua relação com os outros, saberá se está criando inimigos, ciúme, ódio; você verá todas as suas próprias reações na relação, esteja você aqui, num ônibus, em seu escritório ou na fábrica. Tudo isto está implicado na consciência intensa. Também, se você está intensamente consciente, pode desistir de seu trabalho. Por isso, a maioria de nós não quer estar intensamente consciente; é muito perturbador; nós preferimos continuar com o que fazemos, mesmo que seja muito aborrecido. Na melhor das hipóteses, saímos daquilo que nos aborrece e encontramos um trabalho menos aborrecido, mas este também logo se torna rotina. Assim, ficamos presos no hábito: no hábito de ir ao escritório toda manhã, no hábito de fumar, no hábito de ideias, conceitos, no hábito de ser inglês...

Nós funcionamos no hábito. Estar intensamente consciente do hábito tem seu próprio perigo, e temos medo do perigo. Temos medo de não saber, de não estar certo. Há grande beleza, há grande vitalidade, em não estar certo. Não é insanidade estar completamente inseguro; isto não significa que a pessoa se tornou psicótica. Mas nenhum de nós quer isso. Nós preferimos romper um hábito e criar um hábito mais agradável. (Collected Works, Vol. XIII, 212, Choiceless Awareness)


Penso que a maioria de nós fica consciente, talvez só raramente já que a maioria de nós está terrivelmente ocupada e ativa, mas penso que estamos conscientes, algumas vezes, que a mente está vazia. E, estando conscientes, temos medo desse vazio. Nós nunca investigamos nesse estado de vazio, nunca entramos nele profundamente; temos medo e, então, nos desviamos dele. Nós lhe demos um nome, dizemos que é “vazio”, é “terrível”, é “doloroso”; e esse próprio nomear já criou uma reação na mente, um medo, um escape, uma fuga. Ora, pode a mente parar de fugir, e não dar nome, não dar a isto a significação de uma palavra como vazio a respeito da qual temos memórias de prazer e dor? Podemos olhar para isto, pode a mente estar consciente desse vazio sem nomeá-lo, sem fugir dele, sem julgá-lo, mas simplesmente ficar com ele? Porque, então, isso é a mente. Então, não existe um observador olhando para isto; não há censor para condenar; existe apenas aquele estado de vazio com o qual todos nós estamos bem familiarizados mas que todos nós evitamos, tentando preenchê-lo com atividades, com adoração, preces, conhecimento, com toda forma de ilusão e excitação. Mas quando toda excitação, ilusão, medo, fugas param, e você não está mais lhe dando um nome e, por isso, o condenando, o observador é diferente da coisa que é observada? Certamente, lhe dando um nome, condenando, a mente criou um censor, um observador, fora dela mesma. Mas quando a mente não confere um termo, um nome, condena, julga, então não existe observador, apenas o estado dessa coisa que chamamos de vazio. (Collected Works, Vol. IX, 23, Choiceless Awareness)


Então, eu devo, primeiro, compreender a futilidade da resistência ou do esforço para romper um hábito. Se isto estiver claro, o que acontece? Eu fico consciente do hábito, totalmente consciente dele. Se eu fumo, observo a mim mesmo fazendo isto. Eu fico consciente de colocar minha mão no bolso, pegar os cigarros, tirar um do maço, batê-lo na unha ou em alguma outra superfície dura, colocá-lo em minha boca, acendê-lo, apagar o fósforo, e dar baforadas. Estou consciente de cada movimento, de cada gesto, sem condenar ou justificar o hábito, sem dizer que é certo ou errado, sem pensar, “Que terrível, devo me livrar disto”, e assim por diante. Eu estou consciente sem escolha, passo a passo, conforme vou fumando. Tente isto da próxima vez, se quiser romper o hábito. E compreendendo e rompendo um hábito, mesmo superficial, você pode entrar na enorme totalidade do problema do hábito: hábito do pensamento, hábito do sentimento, hábito de imitar e o hábito de ansiar para ser alguma coisa, pois isto também é um hábito. Quando você combate um hábito, dá vida a esse hábito, e o combate se torna outro hábito, em que a maioria de nós fica presa. Nós só conhecemos a resistência, o que se tornou um hábito. Todo o nosso pensar é habitual, mas compreender um hábito é abrir a porta para a compreensão de todo o mecanismo do hábito. Você descobre onde o hábito é necessário, como no discurso, e onde o hábito é completamente corruptor. (Collected Works, Vol. XIII, 204, Choiceless Awareness)


Se eu o compreendo corretamente, a conscientização por si só é suficiente para dissolver tanto o conflito como sua fonte. Estou perfeitamente consciente, e tenho estado por longo tempo, de que sou “esnobe”. O que me impede de me livrar do esnobismo?

O interrogante não compreendeu o que quero dizer com conscientização. Se você tem um hábito, o hábito do esnobismo, por exemplo, não é bom simplesmente dominar este hábito com outro, seu oposto. É inútil combater um hábito com outro hábito. O que livra a mente do hábito é inteligência. Conscientização é o processo de despertar inteligência, não criar novos hábitos para combater os antigos. Assim, você deve se tornar consciente de seus hábitos de pensamento, mas não tente desenvolver qualidades opostas ou hábitos. Se você está totalmente consciente, se está nesse estado de observação sem escolha, então perceberá todo o processo de criar um hábito e, também, o processo oposto de dominá-lo. Este discernimento desperta inteligência, o que liquida todos os hábitos do pensamento. Nós ficamos ansiosos para nos livrar daqueles hábitos que nos causam dor ou que descobrimos serem sem valor, criando outros hábitos de pensamento e afirmações. Este processo de substituição é inteiramente não inteligente. Se você observar, descobrirá que a mente não é mais do que uma massa de hábitos de pensamento e memórias. Mas simplesmente dominando estes hábitos com outros, a mente continuará, ainda, na prisão, confusa e sofrendo. Apenas quando compreendemos profundamente o processo das reações de autoproteção, que se tornam hábitos de pensamento, limitando toda ação, existe a possibilidade de despertar inteligência, que pode dissolver o conflito de opostos. (Collected Works, Vol. III, 73, Choiceless Awareness)





J. Krishnamurti






Fonte: http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: 
www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
http://fightlosofia.com/krishnamurti-en-imagenes-krishnamurti-in-pictures/

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

SÓ APÓS MUITAS GERAÇÕES...

Durante a Revolução Francesa, a Comissão de Segurança Pública deu permissão para utilização de um castelo nos arredores de Paris como um curtume a fim de processar couro de pele dos corpos de pessoas executadas pela guilhotina. Na época, um grande número de cavalheiros usavam calças e botas da moda produzidas a partir da matéria-prima (pele humana) considerada flexível e de alta qualidade.

Faziam-se também coletes durante esse reinado do terror na França do século XVIII. À época, Saint-Just cresceu para se tornar um líder político e bárbaro comandante militar. Há uma história de que Saint-Just estava fazendo umas investidas em uma bela mulher, mas teria sido completamente desprezado. Em um dia de fúria, ele prendeu e matou a dama, sendo sua pele removida por um cirurgião, curtida e transformada em um colete da moda, que ele usava todos os dias.

Recentemente, cientistas da universidade de Harvard, nos Estados Unidos, confirmaram por meio de análises que o livro "Des destinées de l'ame", do escritor francês Arsène Houssaye, foi encadernado com pele humana pelo médico Ludovic Bouland. (1) O livro faz parte do acervo da biblioteca Houghton, dessa universidade. Entre três títulos testados, esse foi o único livro feito com a técnica conhecida como bibliopegia antropodérmica (encadernamento com pele humana). (2)

Caso semelhante está presente na coleção da biblioteca Athenaeum, de Boston, onde se encontra um livro intitulado Hic Liber Waltonis Cute Est Compactus, encadernado com a pele de George Walton, um famoso assaltante do século XIX que morreu de tuberculose na prisão em 1837. George pediu que, após sua morte, sua pele fosse utilizada para encapar um volume de sua autobiografia, que seria apresentada a John Fenno, ex-vítima de roubo que teria bravamente sobrevivido após ter sido baleado. O livro permaneceu  com a família de Fenno até ser doado à biblioteca.

Ante tais estranhas ocorrências, somos convidados a elucubrar sobre a linha limítrofe entre a racionalidade e a moralidade humana. Atualmente discorre-se bastante sobre o progresso social adquirido; contudo, o que se entende por progresso? Pode algumas vezes soar como um vocábulo vazio que reverbera nas barbaridades descritas acima. Entretanto, há 40 anos o homem pisou na Lua, dando início a eventos posteriores que evidenciaram o progresso da Ciência, no campo das descobertas espaciais. Porém, há que se observar o atraso moral do homem na Terra, apesar de todo o progresso científico-material realizado. Sabemos que o progresso material caminha na frente, ao passo que o crescimento moral vai sempre marchando em segundo plano.

Raciocinemos um pouco mais sobre isso. Elucida a Doutrina dos Espíritos que em delicado “dégradée” evolutivo o homem vai gradualmente vivenciando suas experiências nos diversos graus de desenvolvimento. Ante as diretrizes da Lei de Evolução, o “homem passa palmo a palmo da barbárie à civilização moral”. (3) Explicam os Espíritos que “o senso moral, mesmo quando não está desenvolvido, não está ausente, porque existe, em princípio, em todos os homens; é esse senso moral que os transforma mais tarde em seres bons e humanos. Ele existe no selvagem como o princípio do aroma no botão de rosa de uma flor que ainda não se abriu”. (5)

Estamos constantemente diante dos paradoxos existenciais. Como compreender a experiência de criaturas bestiais, quase selvagens, no seio de seres ditos civilizados? “Da mesma maneira que numa árvore carregada de bons frutos existem temporãos. Elas são selvagens que só têm da civilização a aparência, lobos extraviados em meio de cordeiros. Os Espíritos de uma ordem inferior, muito atrasados, podem encarnar-se entre homens adiantados com a esperança de também se adiantarem; mas, se a prova for muito pesada, a natureza primitiva reage”. (5)

Este é um entendimento coerente, quando compreendemos a bênção da reencarnação. Como se observa na elucidação dos Luminares do além: “A Humanidade progride. Esses homens dominados pelo instinto do mal, que se encontram deslocados entre os homens de bem, desaparecerão pouco a pouco como o mau grão é separado do bom quando joeirado. Mas renascerão com outro invólucro. Então, com mais experiência, compreenderão melhor o bem e o mal. O exemplo temos nas plantas e nos animais que o homem aprendeu como aperfeiçoar, desenvolvendo-lhes qualidades novas. Só após muitas gerações que o aperfeiçoamento se torna mais completo. Esta é a imagem das diversas existências do homem”. (6)

É dessa forma que evoluímos – lentamente, renascendo e (re)morrendo nos diversos estágios dos mundos, consoante categorização proposta pelo lente lionês, designando-os de mundos “primitivos”, de “expiação e provas” (atualmente na Terra), de “regeneração”, “ditosos e divinos” até chegarmos, após milênios, ao mundo dos venturosos, onde tão-somente impera o bem e tudo é movido por anseios sublimes e todos os sentimentos são depurados.



Jorge Hessen




Fonte: http://aluznamente.com.br
http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal



Notas e referências bibliográficas:

(1) No livro há uma dedicatória manuscrita por Ludovic Bouland, afirmando que a pele de uma mulher com problemas mentais, morta por um derrame, havia sido usada na capa.

(2) Disponível em http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2014/06/04/livro-frances-tem-capa-feita-com-pele-humana-afirmam-cientistas-de-harvard.htm acesso 20/06/2014

(3) Kardec, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 129. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. XXV, item 2.

(4) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio [de Janeiro]: Ed. FEB, 2009, questão  754

(5) Idem questão  755

(6) Idem questão 756

ENCARNAÇÕES DIVINAS - AVATARES

As pessoas acreditam que encarnações Divinas ocorrem somente para proteção dos justos e punição dos perversos. Mas estes representam apenas um aspecto da tarefa. A concessão de paz e contentamento, de uma sensação de satisfação aos buscadores que esforçaram-se muito tempo -- esses também são Sua tarefa. O Avatar, ou forma encarnada, é apenas a concretização do anseio dos buscadores. É a doçura solidificada da devoção dos aspirantes tementes a Deus. O Sem forma assume forma por causa desses aspirantes e buscadores. Eles são a causa principal. A vaca produz leite para o sustento do bezerro. Ele é o beneficiário principal. Mas, como podemos ver, outros também se beneficiam desse leite. Igualmente, embora os devotos sejam a causa principal e sua alegria e sustento seja a finalidade principal de uma Encarnação, outros benefícios incidentais também ocorrem, tais como a promoção do Dharma, a supressão do mal e a reforma, correção ou destruição dos perversos.

Encarnações do Amor Divino! Devotem-se sinceramente a sua fé e tradições. Onde quer que estejam, não deem espaço a diferenças religiosas ou de qualquer tipo. Quando examinamos a causa raiz das diferenças ou conflitos, vocês descobrirão que a verdadeira razão são as mentes egoístas, vestindo trajes de religião ou qualquer outra causa e incitando conflitos entre as pessoas. Se desejam garantir a verdadeira paz no mundo, vocês devem assegurar a moralidade (neethi) como superior à sua comunidade (jaathi). Acalentem bons sentimentos como mais importantes que as crenças religiosas. Respeito mútuo (mamatha), equanimidade (samatha) e paciência (Kshamatha) são as qualidades básicas necessárias a cada ser humano. Apenas a pessoa com essas três qualidades pode ser considerada um verdadeiro homem. Portanto, todos vocês devem cultivar essas três qualidades sagradas assiduamente. Usando tais qualidades, abandonem todos os tipos de diferenças. Em seguida, todos desenvolverão o amor em si. Quando o amor cresce, vocês terão uma visão direta de Deus.




Sathya Sai Baba





Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

MEDITAÇÃO É ESTAR CONSCIENTE

Existem várias escolas, na Índia e pelo Oriente, onde ensinam métodos de meditação – é assustador realmente. Significa treinar a mente mecanicamente; ela, então, deixa de ser livre e não compreende o problema. Então, quando usamos a palavra “meditação” não queremos dizer uma coisa que é praticada. Nós não temos método. Meditação significa conscientização: estar consciente do que você está fazendo, o que está pensando, o que está sentindo, consciente sem nenhuma escolha, observar, aprender. Meditação é estar consciente do próprio condicionamento, como se é condicionado pela sociedade em que se vive, onde se foi criado, pela propaganda religiosa – consciente sem nenhuma escolha, sem distorção, sem querer que seja diferente. Desta conscientização vem a atenção, a capacidade de estar completamente atento. Então há liberdade para ver as coisas como elas de fato são, sem distorção. A mente fica não confusa, clara, sensível. Tal meditação gera uma qualidade de mente que é completamente silenciosa, qualidade da qual pode-se continuar falando, mas não terá nenhum significado a menos que ela exista. (Beyond Violence, 80)

Quando você olha uma árvore, ou o rosto de seu vizinho, ou o rosto de sua esposa ou marido, e se você olha com essa qualidade de mente que está completamente quieta, então você verá uma coisa totalmente nova. Tal silêncio da mente não é uma coisa que pode ser obtida por meio de alguma prática; se você pratica um método está, ainda, vivendo em um espaço muito reduzido que o pensamento criou, como o “ego”, o “eu” praticando, avançando. Esse espaço está cheio de conflito, cheio de suas próprias aquisições e fracassos, e tal mente nunca pode estar quieta, faça o que fizer. (Meditations, 97)




J. Krishnamurti





Fonte: http://www.jkrishnamurti.org/pt
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www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
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SAÚDE DA MENTE - PENSAMENTO

Será que gastamos o mesmo tempo e energia cuidando de nossas mentes quanto cuidamos dos nossos corpos? Será que constantemente alimentamos nossas mentes com a nutrição dos pensamentos positivos? Estamos atentos sobre manter a mente limpa e clara? A saúde da mente pode ser checada pela velocidade dos nossos pensamentos. Mais pensamentos significam pensamentos fracos. Poucos pensamentos significam pensamentos poderosos, de qualidade que serão traduzidos em ações.

Somos o que pensamos. Amor, pureza, paz, sabedoria - quanto mais pensamos nisso mais nos tornamos isso. Fraquezas em nós e nos outros convidam os pensamentos negativos. Elas nos destroem. Por isso é necessário aprender a manter o foco. Quando construímos uma casa, cada tijolo conta. Quando construímos um caráter, cada pensamento conta. Se quisermos ser virtuosos precisamos, primeiro, pensar sobre isso.

Um pensamento tem o potencial inerente para se manifestar no mundo através de nossas ações. Ele é a fonte de tudo que fazemos. Cada pensamento que acessamos cria um sentimento correspondente dentro de nós. Se pensamos sobre a felicidade, ficaremos felizes; se relembramos de momentos tristes, nos sentiremos tristes; se a mente está presa no passado, ficaremos cansados; se pensamos positivo, ficaremos esperançosos e, se mentalmente vivemos no presente, ficaremos fortalecidos.

Ser multitarefa é considerado um grande talento. Mas você sabe o que isso faz com sua mente? A mente fica estressada ao lidar com todos os órgãos do sentido, tentando sincronizar cada tarefa com a atividade cerebral. Paz na mente é experimentada quando há foco e concentração. Quando uma única tarefa é feita pacificamente com a coordenação da mente e do cérebro, a tarefa é concluída com mais sucesso e rapidez quando comparada a três ou quatro tarefas feitas ao mesmo tempo. (BK, Padmaprya)

Paz na mente não é ausência de pensamentos. A mente experimenta paz quando há um fluxo rítmico e gentil de pensamentos. Porém, sempre que pensamos excessivamente sobre algo, a mente fica cansada e sem paz. O que não a deixa ser pacífica são as ações sem fim e os comandos constantes que damos a ela. Durante o dia - ao invés de estar sempre correndo, teclando e consumindo informações - faça pausas para sentar, respirar e observar o seu estado interior. Isso acalma a mente e permite que ela chegue à paz interior. A mente é naturalmente pacífica. (BK, Padmaprya)




Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

AÇÃO E REAÇÃO - O IMPACTO DAS AÇÕES

Você já percebeu o impacto de suas ações corretas e quanto tais ações podem influenciar muitos outros? Os outros podem não seguir suas palavras mas eles definitivamente verão você e farão o mesmo. Os grandes professores são: sua face, suas palavras e sua atividade. Quando suas ações têm tal clareza e verdade, o coração dos outros é tocado. E através de você eles sentem proximidade de Deus. (Dadi Janki, Brahma Kumaris)

Não podemos determinar exatamente o que irá acontecer amanhã ou depois, mas podemos colocar em movimento uma energia positiva com a esperança de que ela voltará para nós. Quando alguém joga uma pedra no meio de um lago, as ondas formadas irradiam até a borda e depois voltam em contracorrente até o centro. Da mesma forma, a benção que emitimos para o mundo voltará para nós. Projetamos nossa virtude ao desconhecido, como uma oração que alça voo em direção ao divino e traz a recompensa, em algum momento, para aquele que rezou. (BK Meera, Self-discovery, The World Renewal, November, 2003, Brahma Kumaris)

O universo é regido pela lei das causas e das consequências. Cada ato, cada acontecimento, é ele próprio consequência de uma causa. Causas e consequências estão, pois, indissociavelmente ligadas, mas a duração de uma vida é demasiado limitada para podermos observar este vasto jogo dos encadeamentos. Do mesmo modo que constatamos hoje fatos que são consequências de causas muito anteriores à nossa existência atual e que nós não conhecemos, podemos prever as consequências que serão desencadeadas mais tarde por certos factos que estão a acontecer. Atualmente, nós encontramo-nos, pois, em situações nas quais umas são causas e outras são consequências e é por isso que há tantos acontecimentos cujo sentido nos escapa.

Quanto à reencarnação, na realidade ela é só um aspeto particular desta lei das causas e das consequências. Como a vida dos seres não termina no momento em que eles deixam a Terra, não só as consequências dos seus atos os seguem no além, como, no momento quando eles voltam a encarnar, elas permanecem vivas e atuantes. Não se pode decretar, pois, que determinada pessoa não merece as boas condições de que beneficia nesta existência e uma outra as injustiças de que é vítima, pois não se sabe nada das suas encarnações anteriores. Enquanto não se admitir a reencarnação, não se admitirá nada da justiça divina. (Omraam Mikhaël Aïvanhov)





Fonte: www.prosveta.com
www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Monte Kailash
Fotografías de Rosa Sorrosal
http://www.good-will.ch/postcards_es.html

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

IR ALÉM DE NÓS MESMOS


Podemos ir além de nós mesmos, podemos começar a sentir o sabor da doçura do potencial de nossa alma.

Muita gente acredita que ser espiritualizado significa mudar para uma montanha distante e meditar o dia inteiro.

É exatamente o oposto. 

Na verdade, espiritualidade é envolver-se com remover a dor das pessoas no mundo físico.

Quanto mais trabalharmos com outras pessoas e para outras pessoas, ao invés de nos separarmos delas, mais alto nos elevamos espiritualmente.




Karen Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

VIBRAÇÃO - RIQUEZA INTERIOR - POSITIVIDADE - INTUIÇÃO

Espalhe boas vibrações ao mundo através dos pensamentos. Assim como há grande variedade de fragrâncias, como de rosas e sândalos, espalhe fragrâncias de felicidade, paz, amor e bem-aventurança. Seja fonte de uma variedade de pensamentos elevados que espalha essas vibrações para todos. Borrife essas qualidades da mesma forma que perfume é borrifado. Preencha o mundo com fragrância.

Pureza na mente e positividade são qualidades que constituem a saúde interior de uma pessoa. Elas enriquecem a vida e quanto mais são usadas mais elas se desenvolvem. É uma riqueza que não pode ser roubada ou taxada. Não se perde ou diminui com a idade a menos que a pessoa a negligencie. Aquele que possui essas virtudes não apenas aprecia uma vida feliz e espalha alegria aos que estão ao redor, mas também vive em harmonia com a natureza.

Positividade nos capacita a aprender a apreciar os outros, assimilar virtudes, superar problemas e permanecer feliz em todas as situações. Tudo isso enriquece a vida  e traz um sentimento gratificante de progresso e preenchimento. Uma atitude positiva também se traduz em mais produtividade, melhores relacionamentos, que traz sucesso no trabalho.

Quando agimos contra a verdade, a voz da consciência nos alerta sobre a nossa falta. Podemos ignorar essa voz, usando a razão como aliada do ego para justificar nossas ações. No entanto a intuitiva reprovação da consciência continuará a fazer seus protestos. Temos a chance de (1) abolir esse conselho ou (2) alterar nosso curso e reparar o erro. Somente quando escolhemos a segunda opção nossa paz espiritual é restaurada.




Brahma Kumaris




Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

PARE DE SEGURAR O SOFRIMENTO

Você está sempre perguntando como conseguir livrar-se do sofrimento. Perguntando assim, parece que o sofrimento o está segurando e você quer livrar-se dele. Se o sofrimento estivesse lhe segurando, então não seria possível você se livrar dele, porque a posse não estaria em suas mãos, mas nas mãos do sofrimento. Você seria impotente. E se depois de tantas vidas você ainda não conseguiu tornar-se livre, então como conseguir tornar-se livre agora?

Eu digo a você que o sofrimento não o está segurando; você é que está segurando o sofrimento. E se você puder fazer uns experimentos, aceitando o que eu estou dizendo, você irá compreender por si mesmo. E não apenas você compreenderá isso, mas você irá experienciar uma entrega; você saberá como o sofrimento pode ser abandonado. E quando tornar-se bom na arte de abandonar o sofrimento, você irá perceber o que estava arrastando consigo. E ninguém, a não ser você, era responsável por isso. Por qualquer coisa que você tenha experienciado como sofrimento, nenhuma outra pessoa pode ser responsabilizada. Esse era o seu desejo: você queria sofrer. Tudo o que nós desejarmos será permitido. E tudo o que você é, é o fruto dos seus desejos. Nem Deus é responsável, nem a sorte; ninguém tem motivo algum para lhe causar problemas.

A verdade é que a existência está sempre querendo fazer você ficar alegre. Toda essa existência quer que a sua vida se torne um festival... porque quando você está infeliz, você também sai atirando infelicidade por toda a sua volta. Quando você está infeliz, o mau cheiro de suas feridas alcança toda a existência. E quando você está infeliz, a existência também sente dor. Todo esse mundo sente dor quando você está infeliz e sente alegria quando você está alegre. A existência não deseja que você deva ser infeliz. Isso seria suicídio para a própria existência. Mas você está infeliz e para se tornar infeliz você teve que fazer toda sorte de arranjos. E enquanto isso não for destruído, você não será capaz de abrir os seus olhos para a felicidade.




Osho





Fonte do Texto e da Gravura:
https://www.facebook.com/pages/Osho-Na-Minha-Vida/382371778510080?fref=nf




INFINITAS POSSIBILIDADES

Atividades, encontros – a vida é tão rica em possibilidades!

Mas, antes de vos comprometerdes, questionai-vos sempre sobre se as possibilidades que se vos apresentam contribuirão para o vosso aperfeiçoamento, para o desenvolvimento da vossa vida interior. Há sempre, para isso, sinais de aviso. Se sentis uma obscuridade nos vossos pensamentos, uma perturbação nos vossos sentimentos e indecisão na vossa vontade, não deveis assumir compromissos, pois esses indicadores são um critério absoluto.

Muitos reconhecem isso depois de terem passado por decepções e provações: eles bem tinham sentido qualquer coisa que procurava retê-los, mas, como a necessidade de satisfazer os seus desejos foi mais forte, não tiveram isso em conta e depois, evidentemente, vieram as decepções, os lamentos. 

Há sempre avisos, ninguém pode dizer que não os recebeu; mas as pessoas não os tomam em consideração, porque se sentem muito tentadas, muito atraídas, e no dia em que ficam apanhadas na armadilha é demasiado tarde: quantos esforços são depois necessários para recuperar a paz e recompor a situação!

Aprendei a escutar a voz interior que procura poupar-vos a sentimentos inúteis.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

A CONQUISTA DO CÉU

Segundo muitas religiões, é na “parte superior” do Universo que está a morada dos bem-aventurados e nas entranhas da Terra que está a habitação dos condenados: o inferno. Os Mestres Rosacruzes iluminam, no entanto, que este é um ensino falso.

Se o destino do homem se limitasse a esta vida tão curta, que mesmo em sua maior duração não nos permitiria atingir os limites das nossas aspirações, que adiantaria ao homem essa sede infinita de conhecimento, de saber, de necessidades, de sonhos, tendências inexplicáveis para um estado melhor? A persistência que temos em prosseguir, apesar das decepções, para um Ideal que não é deste mundo, é uma indicação firme de que a morte não define, de uma vez por todas, o destino do nosso espírito.

DEUS não poderia dar ao homem esperanças irrealizáveis. As necessidades infinitas da alma reclamam forçosamente uma vida interminável. Se para nós tudo começasse com a vida atual, como explicar tanta diversidade nas inteligências, tantos estágios na virtude e no vício, tantas variedades nas situações humanas? Que ideia faríamos de um DEUS que estabelecendo apenas uma vida corporal nos houvesse dotado tão desigualmente? Todas essas obscuridades dissipam-se perante a “doutrina das existências múltiplas”. Os seres, que se distinguem pelo seu poder intelectual ou por suas virtudes, atualmente têm vivido mais, têm trabalhado mais, têm adquirindo experiências e aptidões maiores.

Somos membros de uma mesma família, semelhantes pela carne e pelo sangue, educados em vários princípios, diferentes em bastantes pontos. Porém, essas desigualdades, resultantes dos efeitos do passado, podem ser resgatadas e niveladas nas vidas futuras.

O progresso e a elevação dos nossos espíritos dependem unicamente do nosso trabalho, da energia por nós desenvolvida nos combates da vida. Enquanto alguns lutam com coragem e rapidamente alcançam os graus que os aproximam de uma vida superior, outros se imobilizam durante séculos em existências ociosas e estéreis, e perdem tempo.

Através da sucessão dos tempos, as nossas existências se desenrolam, passam e se renovam e, em cada uma delas, desaparece um pouco do mal que está em cada um de nós. Cada conquista que fazemos sobre as nossas paixões, sobre os nossos instintos egoístas, nos permite uma alegria pura, uma satisfação interna. Quanto maior for o trabalho executado, maior será a recompensa. O céu não está longe, mas em nosso interior.





Fonte do texto e da gravura: Fraternidade Rosa-cruz do Brasil
Gravura: Rosacrucianismo e Alquimia XVII 
– Herbrandt Jamsthaler, Frankfurt, 1625
http://rosacruzdobrasil.org.br/a-conquista-do-ceu/

LIQUIDE COM O PASSADO (A RAIVA COMO FRUTO DE VELHOS PADRÕES)

Os hábitos obrigam você a fazer certas coisas; você é uma vítima. Os hindus dão a isso o nome de karma. Cada ato que você repete, ou cada pensamento — porque os pensamentos também são ações mentais sutis — fica cada vez mais forte. E então você fica sob o domínio dele. Fica preso ao hábito. Você passa a viver a vida de um prisioneiro, de um escravo. E esse aprisionamento é muito sutil; a prisão é feita de hábitos, de condicionamentos e de ações que você praticou. Tudo isso está em torno do seu corpo e você fica todo emaranhado, mas continua se fazendo de tolo, achando que é você quem está decidindo.

Quando fica zangado, você acha que é você quem decide ficar. Você racionaliza e diz que a situação exigiu esse comportamento: “Eu tive de ficar zangado, senão a criança ficaria malcriada. Se eu não ficasse zangado, as coisas dariam errado, o escritório ficaria um caos. Os empregados não ouviriam; tive de ficar zangado para pôr as coisas em ordem. Para colocar minha mulher em seu devido lugar, tive de ficar zangado.” Essas são as racionalizações — é assim que seu ego continua a pensar que você ainda está no comando. Mas você não está.

A raiva é fruto de velhos padrões, do passado. E, quando ela irrompe, você tenta achar uma desculpa para ela. Os psicólogos têm feito experiências e chegaram às mesmas conclusões que a psicologia esotérica oriental: o ser humano é uma vítima, não é senhor de si mesmo.

Os psicólogos deixaram as pessoas em isolamento, com todo conforto possível. Tudo o que lhes fosse necessário era proporcionado, mas elas não tinham contato nenhum com outros seres humanos. Viveram em isolamento numa cela com ar-condicionado — sem ter de trabalhar, sem ter nenhum problema, mas continuaram com os mesmos hábitos. Numa manhã, sem nenhuma razão — porque elas tinham todo conforto, não havia com que se preocuparem, nenhuma desculpa para ficarem zangadas —, um homem descobriu de repente que começava a sentir raiva.

Ela está dentro de você. As vezes, surge uma tristeza sem nenhuma razão aparente. E, às vezes, aflora um sentimento de felicidade, euforia ou êxtase. Um homem destituído de todos os relacionamentos sociais, isolado num ambiente com todo conforto, em que todas as suas necessidades são satisfeitas, passa por todos os estados de ânimo pelos quais você passa num relacionamento. Isso significa que alguma coisa vem de dentro e você a associa a outra pessoa. Isso é só uma racionalização.

Você se sente bem, você se sente mal e esses sentimentos borbulham da sua própria inconsciência, do seu próprio passado. Ninguém é responsável, exceto você. Ninguém pode deixar você zangado ou feliz. Você fica feliz por sua própria conta, fica zangado por sua própria conta e fica triste por sua própria conta. A menos que perceba isso, você continuará para sempre um escravo.

O domínio do seu próprio eu você conquista quando percebe: “Sou absolutamente responsável por tudo o que me acontece. Seja o que for que acontecer, incondicionalmente — sou inteiramente responsável.”

A princípio, isso o deixará extremamente triste e deprimido, porque, quando pode jogar a culpa nos outros, você fica tranquilo e certo de que não é você quem está errando. O que você pode fazer se a sua mulher está se comportando dessa forma tão desagradável? Você tem de ficar com raiva. Mas, veja bem, a sua mulher está se comportando dessa forma por causa dos seus próprios mecanismos interiores. Ela não está sendo desagradável com você. Se você não estivesse ali, ela seria desagradável com o filho. Se o filho não estivesse ali, ela seria desagradável com a pia cheia de louça; ela jogaria toda a louça no chão. Quebraria o rádio. Ela teria de fazer alguma coisa; esse sentimento afloraria nela.

Foi pura coincidência o fato de você estar ali, lendo seu jornal, e ela ter sido desagradável com você. Foi pura coincidência o fato de você estar ali, à disposição, no momento errado.

Você está com raiva não porque sua mulher foi desagradável — ela pode ter criado toda a situação, mas isso é tudo. Ela pode ter lhe dado a oportunidade de ficar com raiva, uma desculpa para ficar com raiva, mas a raiva estava borbulhando. Se a sua mulher não estivesse ali, você teria ficado com raiva do mesmo jeito — com outra coisa, com alguma ideia, mas a raiva tinha de aflorar. Ela era algo que vinha do seu próprio inconsciente.

Todo mundo é responsável, totalmente responsável, pelo seu próprio ser e pelo próprio comportamento. No começo, essa constatação fará com que você fique muito deprimido, pois você sempre achou que quisesse ser feliz — então, como você pode ser responsável pela sua infelicidade? Você sempre almejou um estado de bem-aventurança, então como pode decidir ficar com raiva? É por causa disso que você joga a responsabilidade nas costas dos outros.

Se continuar a jogar a responsabilidade nas costas dos outros, lembre-se de que você vai continuar sendo sempre um escravo, pois ninguém pode mudar ninguém. Como é possível mudar outra pessoa? Será que, algum dia, alguém já conseguiu mudar outra pessoa? Um dos desejos mais insatisfeitos deste mundo é mudar o outro. Ninguém conseguiu fazer isso até hoje, é impossível mudar o outro, pois ele é dono da própria vida — você não pode mudá-lo.

Você continua a jogar a responsabilidade nas costas do outro, mas não pode mudá-lo. E como você continua a jogar a responsabilidade nele, você nunca verá que a responsabilidade básica é sua. A mudança básica precisa acontecer dentro de você.

Você cai numa armadilha: se começa a achar que você é responsável por todas as suas atitudes, por todos os seus estados de ânimo, a princípio, você é tomado por um sentimento de depressão. Mas, se conseguir vencer essa depressão, logo você sentirá luz, pois estará livre das outras pessoas. Agora poderá trabalhar em si mesmo. Poderá ser livre, poderá ser feliz. Mesmo que o mundo inteiro esteja infeliz e cativo, isso não vai fazer a mínima diferença. A primeira libertação é parar de pôr a culpa nos outros, a primeira libertação é saber que você é o responsável. Depois disso, muitas coisas passam a ser imediatamente possíveis.

Se continuar a jogar a responsabilidade nos ombros dos outros, não se esqueça de que será para sempre um escravo, pois ninguém pode mudar ninguém. Como é possível mudar outra pessoa? Alguém já conseguiu isso antes?

Independentemente do que esteja acontecendo com você — se estiver triste, simplesmente feche os olhos e observe sua tristeza. Procure saber aonde ela leva, mergulhe fundo dentro dela. Logo você encontrará a causa. Pode ser que você tenha de percorrer um longo percurso, pois toda a sua vida está envolvida nisso; e não só esta vida, mas muitas outras que você já viveu. Você encontrará muitas feridas em si mesmo, que machucam, e por causa dessas feridas você está triste — elas estão tristes; essas feridas não cicatrizaram ainda; ainda estão abertas.

O método de retroceder até a fonte, ir do efeito até a causa, curará essas feridas. Como curá-las? Por que curá-las? Qual é o fenômeno implicado nisso?

Sempre que faz uma retrospectiva, a primeira coisa que você deixa de lado é a mania de pôr a culpa nos outros, pois se faz isso você acaba se voltando para as circunstâncias externas. Nesse caso, todo o processo está errado: você tenta encontrar a causa em outra pessoa: “Por que minha mulher foi tão desagradável?” Aí a vontade de saber “por que” faz com que você continue a investigar o comportamento da sua mulher. Você errou o primeiro passo e todo o processo fracassará.

“Por que estou infeliz? Por que estou com raiva?” — feche os olhos e deixe que isso seja uma meditação profunda. Deite-se no chão, feche os olhos, relaxe o corpo e sinta a razão por que está com raiva. Simplesmente esqueça sua mulher; isso é só uma desculpa — A, B, C, D, seja o que for, esqueça a desculpa. Basta que mergulhe profundamente dentro de si, mergulhe na raiva.

Use a própria raiva como um rio; você flui dentro dessa raiva e ela o leva para dentro de si mesmo. Você descobrirá feridas sutis em seu interior. A sua mulher pareceu desagradável porque ela tocou numa ferida sutil que você tem, algo que ainda dói. Você nunca se achou atraente, nunca achou seu rosto bonito e existe uma ferida aí dentro. Quando sua mulher foi desagradável, ela fez com que você ficasse consciente do seu rosto. Ela diz; — Vá e se olhe no espelho! — isso dói. Você tem sido infiel à sua mulher e, quando quer ser desagradável, ela toca novamente nesse assunto: — Por que você estava rindo com essa mulher? Por que parecia tão feliz sentado ao lado dela? — ela toca uma ferida. Você tem sido infiel, sente-se culpado; a ferida está aberta.

Feche os olhos, sinta a raiva e deixe que ela aflore totalmente de modo que você possa ver como ela é. Então deixe que essa energia o ajude a voltar ao passado, pois a raiva vem do passado. Não pode vir do futuro, é claro. O futuro ainda não passou a existir. Ela também não vem do presente. É nisso que se baseia toda a teoria do karma, ela não pode vir do futuro porque o futuro ainda não existe; não pode vir do presente porque você nem sabe o que ele é. Só as pessoas que despertaram sabem o que é o presente.

Você vive exclusivamente no passado, portanto, essa raiva só pode ter vindo de algum lugar do seu passado. A ferida tem de estar em algum lugar da sua memória. Volte. Pode não haver apenas uma ferida, pode haver várias — pequenas, grandes. Mergulhe fundo e encontre a primeira ferida, a fonte original de toda a raiva. Você conseguirá encontrá-la se tentar, pois ela já está ali. Está ali; todo o seu passado está ali.

É como um filme, rodando e aguardando interiormente. Você faz com que ele rode, começa a assisti-lo. Esse é o processo de retroceder até a causa original. E essa é a beleza de todo o processo. Se você conseguir retroceder conscientemente, se conseguir sentir conscientemente uma ferida, ela imediatamente cicatrizará.

Por que ela cicatriza? Porque a ferida é criada pela inconsciência, pela falta de percepção consciente. A ferida faz parte da ignorância, do sono. Quando você volta ao passado com consciência e olha essa ferida, a consciência se torna uma força de cura. No passado, quando a ferida se abriu, isso aconteceu na inconsciência. Você ficou com raiva, foi possuído pela raiva, e fez alguma coisa. Matou um homem e teve de esconder esse fato do mundo. Você pode escondê-lo da polícia, pode escondê-lo dos tribunais e da justiça, mas como pode escondê-lo de si mesmo? — você sabe, isso dói. E, sempre que alguém lhe der a oportunidade de ficar com raiva, você vai ficar com medo, porque pode acontecer novamente, você pode matar sua mulher. Volte ao passado, pois nesse momento em que você assassinou um homem ou se comportou como um louco homicida, você estava inconsciente. Na inconsciência, essas feridas têm sido conservadas. Agora faça conscientemente uma retrospectiva.

Fazer uma retrospectiva significa voltar conscientemente às coisas que você fez na inconsciência. Volte — só a luz da consciência cura; ela é uma força de cura. Tudo o que você puder fazer conscientemente será terapêutico e não machucará mais.

O homem que volta ao passado se liberta dele. Como o passado deixa de interferir, ele passa a não ter mais poder sobre ele e chega a um ponto final. O passado não tem nenhum espaço no seu ser. E, quando o passado não tem nenhum espaço no seu ser, você fica disponível para o presente; nunca antes disso.

Você precisa de espaço — o passado está tão entranhado dentro de você — é um armário cheio de coisas mortas — que não há espaço para o presente entrar. Esse armário continua sonhando com o futuro, portanto, metade dele está cheia do que não existe mais e a outra metade está cheia com o que não existe ainda. E o presente? — está simplesmente esperando do lado de fora. É por isso que o presente nada mais é do que uma passagem, uma passagem do passado para o futuro, só uma passagem momentânea.

Liquide com o passado — a menos que liquide com ele, você vai viver uma vida-fantasma. Sua vida não é verdadeira, não é existencial. O passado vive por seu intermédio, os mortos continuam assombrando você. Volte ao passado — sempre que tiver uma oportunidade, sempre que alguma coisa acontecer dentro de você. Felicidade, infelicidade, tristeza, raiva, ciúme — feche os olhos e faça uma retrospectiva.

Logo você vai aprender a viajar ao passado. Logo vai conseguir voltar no tempo e, então, muitas feridas irão se abrir. Quando essas feridas se abrirem dentro de você, não comece a fazer nada. Não é preciso fazer nada. Simplesmente observe, olhe, vigie. A ferida está ali — você simplesmente observa, concentra sua energia de atenção na ferida, olha para ela.

Olhe para ela sem fazer nenhum julgamento — pois, se julgar, se disser: “Isso é ruim, não deveria estar aqui”, a ferida se fechará novamente. Então ela terá de se esconder. Sempre que você condena, a mente tenta esconder as coisas. É assim que o consciente e o inconsciente são criados. Do contrário, a mente seria uma coisa só; não seria preciso nenhuma divisão. Mas você condena — então a mente tem de dividir e colocar as coisas no escuro, no porão, para que você não possa vê-las e não seja preciso condená-las.

Não condene, não avalie. Seja simplesmente uma testemunha, um observador imparcial. Não negue. Não diga: “Isso não é bom”, pois isso é uma negação e você começou a reprimir.

Seja imparcial. Só observe e olhe. Olhe com compaixão e a cura se efetuará.

Não me pergunte por que isso acontece, pois é um fenômeno natural — assim como a água evapora quando chega aos cem graus. Você nunca pergunta: “Por que a água não evapora quando chega aos noventa graus?” Ninguém pode responder a essa pergunta. Simplesmente acontece de a água só evaporar aos cem graus. Não há dúvida disso, e a dúvida é irrelevante. Se ela evaporasse aos noventa graus, você questionaria. Se evaporasse aos oitenta, você ia querer saber por quê. É simplesmente natural que a água evapore aos cem graus.

O mesmo vale para a natureza interior. Quando uma consciência imparcial, compassiva, toca uma ferida, essa ferida some — evapora. Não existe explicação para isso. É simplesmente natural, é como as coisas são, é o que acontece. Quando digo isso, falo por experiência própria. Tente e você constatará o mesmo. É fato.




Osho





Fonte: "Consciência: A Chave Para Viver em Equilíbrio"
http://www.palavrasdeosho.com/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

VIVER COMO EXEMPLO DE AMOR E CARIDADE

Dois mil anos atrás, quando orgulho estreito e ignorância espessa contaminaram a humanidade, Jesus veio como a encarnação do Amor e da Compaixão e viveu entre as pessoas, pregando os mais altos ideais de vida.

Você deve prestar atenção às lições por Ele elaboradas nas várias fases de Sua vida. Sua primeira declaração foi: "Eu sou o mensageiro de Deus". Sim, cada indivíduo tem de aceitar esse papel e viver como exemplos de amor divino e da caridade. Jesus conhecia todas as intenções de Deus. Assim, mesmo quando Ele estava na cruz, embora Ele estivesse em agonia, Ele não tinha qualquer aversão por ninguém e, de fato, exortou os que estavam com ele a tratar todos como instrumentos de Sua vontade. "Todos somos um; seja igual a todos" - Pratique essa atitude em sua vida diária.

A lua pode ser vista apenas pela luz do luar. Igualmente, Deus, que é amor, pode ser visto e percebido somente pelo amor. O Amor é Deus, viva em Amor. Essa é a Mensagem que lhe desejo hoje.




Sathya Sai Baba





Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

domingo, 21 de dezembro de 2014

PODER DA ALMA - APRENDER - FAÇA AGORA

O mundo precisa de uma bomba átmica e não de mais bombas atômicas. O poder da alma (atma) é imenso. E os pensamentos (a energia da alma), quando focados e preenchidos com poder espiritual, podem criar grande impacto no mundo. Esse impacto tem o poder de acender a consciência e elevar outros. Hoje, imagine o poder da alma como uma bomba átmica.

O objetivo do surfista não é chegar na praia mas desfrutar a onda. Estar ali de prontidão, atento ao humor do mar. Seja a onda violenta, desafiadora e imprevisível. Seja a onda perfeita em sua forma, seu tamanho e força. Aprender a enfrentar o risco de cair para aprender a vencer. Quando a mente expressa tal agilidade em responder à face dura e suave da vida ela percebe que tudo acontece para fazê-la crescer. Ator-herói é aquele que valoriza mais o andar do que o chegar.

Se não faço meu trabalho hoje, haverá mais o que fazer amanhã e dessa forma as coisas podem ficar fora do meu controle. Priorize as tarefas e faça uma após a outra. Não podemos lidar com tudo ao mesmo tempo. Um melhor planejamento faz mais em menos tempo e dessa forma a eficiência e a eficácia aumentam milhões de vezes. Faça o trabalho antes que ele se torne urgente. Faça as coisas certas agora mesmo. Você se tornará mais leve e livre de tensão. (BK Pius, Delay is danger, World Renewal, February, 2003)




Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

domingo, 14 de dezembro de 2014

PACIÊNCIA - CONTENTAMENTO - APRECIAÇÃO

Sem paciência perdemos a esperança na transformação. Às vezes, ao caminhar, deparamo-nos com locais que nos fazem escorregar. E de repente nos sentimos fora da rota, com pensamentos, palavras ou comportamentos incorretos. O processo de auto-realização não é uma corrida de poucos metros, é uma longa jornada de muitos quilômetros. Precisamos aprender a andar. Onde há paciência existe paz. Onde há paz existe amor. Essa é uma experiência totalmente nova sobre o que significa ser humano.

A razão para o descontentamento é a falta de realização. Quando uma pessoa está preenchida, ela é capaz de dar algo aos outros. Mas se falta algo, não é possível dar. Contentamento significa estar preenchido. Deus está sempre preenchido, por isso Ele é chamado de Oceano. Um rio às vezes seca, mas oceanos não. Torne-se então um mestre oceano como o Pai. Seja contente e dance de felicidade. Assim não haverá conflito nos seus relacionamentos. E mesmo que haja conflito com alguém, você não se afetará por isso. Obstáculos ou confusão serão como um jogo. Mesmo problemas serão um meio de diversão porque você tem conhecimento. Devido a sua fé constante, você será sempre vitorioso e contente.

Apreciação é ser grato à vida pela chance de experimentá-la sem expectativas, sem apegos. Quando há apego não pode haver apreciação. Na polaridade entre estar extremamente envolvido ou distante de algo ou alguém, não pode haver apreciação. Então, apreciação é deixar as coisas serem, permitir que as coisas aconteçam. É viver na contínua maravilha de experimentar um estado agradecido sem a palavra “obrigado” em nossas mentes. (Luis Riveros)

Ter o pensamento de querer algo ou de querer que algo aconteça resulta em expectativa. Assim, a lista de expectativas nunca termina. Então, eu preciso aprender a apreciar e aceitar. Esta é a realidade da realeza. Todo mundo é bom. Eu tenho que apreciá-los. A fim de apreciar, eu preciso de um intelecto claro. Eu preciso praticar a consciência de alma. Dessa forma, sentimentos reais de reconhecimento e gratidão vão emergir do meu coração. (Dadi Janki)




Brahma Kumaris





Fonte: www.bkumaris.org.br
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

REENCARNAÇÃO - MISSÃO - VIDA ETERNA - OPORTUNIDADES

Quando se encontram subitamente mergulhadas em situação bastante complicadas, muitas pessoas tomam consciência da sua ignorância, da sua fraqueza, da sua impotência face aos acontecimentos, e dizem para si próprias «Se eu tivesse sabido!...» Elas poderiam ter sabido, pois em certo momento foram-lhes dadas boas condições para aprenderem, para se exercitarem, para se reforçarem, e elas tinham consciência disso. Mas negligenciaram essas condições: abandonar os velhos hábitos exige muitos esforços e houve outras atividades, outros projetos, que foram mais tentadores para elas. Agora estão num impasse!Perguntareis vós: «E, se tivermos deixado passar essas boas condições, agora é demasiado tarde? Está tudo definitivamente perdido?...» Não, nunca é demasiado tarde, o caminho da vida é longo, infinito, e ser-vos-ão dadas outras condições favoráveis, nesta existência ou numa outra. Procurai, então, não as deixar passar, para não terdes de dizer de novo: «Se eu tivesse sabido!...»

Mesmo quando os humanos deixaram de acreditar em deuses que faziam banquetes em que lhes serviam néctar e ambrósia, a busca de um elixir, de uma bebida da imortalidade, continuou a ser alvo do seu interesse e ainda o é atualmente. Na realidade, este elixir está espalhado por toda a Terra, na água, no ar e, sobretudo, nos raios solares. É, pois, aí que nós podemos recolhê-lo, aprendendo a utilizar com sabedoria e amor o que o Criador pôs à nossa disposição na natureza. Pode-se compreender que cada um queira manter-se vivo e com saúde durante o máximo de tempo possível, mas a vocação do ser humano não é ficar indefinidamente na Terra; mais cedo ou mais tarde, ele tem de deixar o seu corpo físico. Diz-se que ele morre, mas, na realidade, ele continua a viver: pelo seu espírito, ele está vivo. Ele aspira à imortalidade porque, no fundo de si mesmo, tem a intuição de que é realmente imortal. Mas é no seu espírito que ele é imortal, não no seu corpo físico. A consciência da imortalidade, tal como a consciência da eternidade, é para o homem uma conquista da vida espiritual. Então, se ele aprender a dar às suas atividades quotidianas uma dimensão mais vasta, um significado mais elevado, pouco a pouco conseguirá saciar a sua sede nas fontes da vida eterna.

Aqueles que sentem a necessidade de trabalhar para o bem da humanidade não devem questionar-se sobre se vão ser bem ou mal sucedidos, pois isso introduz neles uma hesitação, uma dúvida, que trava o seu impulso. Eles devem trabalhar, pura e simplesmente! A história dos povos ensina-nos que não se pode fazer juízos sobre o valor dos seres tendo como único critério os seus sucessos ou os seus insucessos. Aqueles que conseguiram sucesso não foram necessariamente os mais grandiosos e os que não foram bem-sucedidos não são seres menos elevados. O seu exemplo alimentou o impulso de muitos outros, eles foram como que uma semente, um fermento; um dia, o objetivo é atingido e ainda melhor do que eles esperavam. Cada criatura vem à Terra com uma determinada missão e, muitas vezes, aqueles que estão encarregues das missões mais grandiosas estão destinados a não obter sucesso, pelo menos aparentemente. Mas eles prepararam o terreno – e isso é o mais difícil – para outros que, beneficiando dos seus esforços, serão bem-sucedidos. Por isso, aqueles que obtêm sucessos devem pensar com reconhecimento em todos os homens e mulheres que, antes deles, trabalharam para que esses sucessos fossem possíveis. Esses homens e essas mulheres fizeram sacrifícios, por vezes até foram vítimas, mas pode acontecer que eles venham numa outra vida recolher o fruto do seu trabalho.




Omraam Mikhaël Aïvanhov





Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

MEDITAÇÃO: SÓ UMA MENTE LIVRE PODE PENETRAR NO PRÓPRIO CORAÇÃO DO IMENSURÁVEL

Meditação implica uma qualidade de mente que pode atentar completamente, portanto, uma mente que pode estar completamente imóvel. A mente está sempre tagarelando, sempre falando, ou para si mesma, dentro de si ou para alguém, sempre em movimento. Como pode uma mente que fica tagarelando sem parar perceber alguma coisa? Apenas a mente que está completamente atenta tem a energia integral para observar, pois você precisa de tremenda energia para observar. Os monges religiosos e outros dizem que você não pode desperdiçar energia; por isso, se você quer ser santo, nenhum sexo. E quando você se torna celibatário e faz votos de celibato, há confusão em você, porque você está negando todo o sistema biológico e há desperdício de energia. Você fica lutando, lutando, lutando. Ou vai para o outro extremo, cede, o que é outra forma de gastar energia. Por outro lado, se você está atento, esta é a maior forma de somar energia. Isto significa intensidade, paixão, e você não pode ser apaixonado se está gastando. Sem nenhum esforço a mente pode se tornar completamente quieta e, assim, cheia de energia sem qualquer distorção. (Talks and Dialogues in Sydney, 1970)

Não faça da meditação uma coisa complicada; ela é, realmente, muito simples e porque é simples, é muito sutil. Sua sutileza fugirá da mente se a mente abordá-la com todos os tipos de ideias fantasiosas e românticas. Meditação, realmente, é penetrar no desconhecido, e assim o conhecido, a memória, a experiência, o conhecimento que ela adquiriu durante o dia, ou durante milhares de dias, deve findar. Pois só uma mente livre pode penetrar no próprio coração do imensurável. Então meditação é tanto penetrar como findar o ontem. O problema começa quando perguntamos como findar o ontem. Realmente não existe “como”. O “como” implica um método, um sistema e é este próprio método e sistema que condicionaram a mente. Apenas veja a verdade disto. Liberdade é necessária – não “como” ser livre. O “como ser livre” apenas escraviza você. (Beyond Violence, 54)

Será que você já caminhou ao longo de uma rua cheia, ou uma estrada solitária, e simplesmente olhou para as coisas sem pensamento? Existe um estado de observação sem a interferência do pensamento. Embora você esteja consciente de tudo a sua volta, e reconheça a pessoa, a montanha, a árvore, ou o carro chegando, a mente não está funcionando no padrão usual do pensamento. Não sei se isto já aconteceu a você. Tente isto alguma vez quando estiver dirigindo ou caminhando. Apenas olhe sem pensamento; observe sem a reação que gera pensamento. Embora você reconheça cor e forma, embora veja o riacho, o carro, a cabra, o ônibus, não há reação, mas simplesmente observação negativa; e esse próprio estado chamado observação negativa é ação. Tal mente pode utilizar o conhecimento para executar o que ela tem que fazer, mas está livre do pensamento no sentido de que não está funcionando em termos de reação. Com tal mente, uma mente que está atenta sem reação, você pode ir ao escritório, e todo o resto. (Collected Works, Vol. XIV, 205, Choiceless Awareness)





J. Krishnamurti






Fonte: http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura:
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
http://fightlosofia.com/krishnamurti-en-imagenes-krishnamurti-in-pictures/

sábado, 13 de dezembro de 2014

AS ENTRELINHAS DAS ESCRITURAS

Pode haver algumas declarações na Bhagavad Gita e outras escrituras que podem parecer se contradizerem.

Por exemplo, em um lugar na Gita, o Senhor Krishna enfatiza a necessidade de ação, em outra a adesão ao Dharma e em outro lugar elogia a renúncia de todo Dharma e estimula a entrega total ao Senhor.

Essas contradições aparentes não são contradições.

O ensinamento varia de acordo com o estado de desenvolvimento espiritual da pessoa e da situação em que ela está colocada.

A lição aqui é se dar o devido cuidado e atenção para entender completamente o significado interno dos grandes ensinamentos dos Avatares e sábios antes de se tentar qualquer crítica.




Sathya Sai Baba





Fonte: http://www.sathyasai.org.br/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

DEUS NÃO É UMA PESSOA, MAS UMA ENERGIA

Deus não é uma pessoa, mas uma energia. Isso implica que a energia não tem consideração por indivíduos; tudo o que acontece com cada indivíduo acontece imparcialmente.

Por exemplo: a árvore na margem de um rio recebe sua nutrição do fluxo que passa; ela dará flores e frutos e crescerá alta e forte.

Mas a árvore que cai na correnteza será levada para longe pela veloz corrente de água.

Ora, o rio nada tem a ver com nenhuma dessas árvores.

Ele não está interessado em alimentar a primeira nem em destruir a segunda.

O rio simplesmente flui, é uma energia fluente, e não uma pessoa.




Osho





Fonte: "Desvendando Mistérios: Chacras, Kundalini , os Sete Corpos e Outros Temas Esotéricos"
http://www.palavrasdeosho.com/
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

VOCÊ NÃO ACABOU COM SEU SOFRIMENTO E QUER ENCONTRAR A ILUMINAÇÃO

Você pode sentar na postura correta com a coluna reta, respirando corretamente, fazer “pranayama” e todo o resto nos próximos dez mil anos, e não estará perto de descobrir o que a verdade é, porque você não compreendeu a si mesmo de fato, o modo como você pensa, o modo como vive.

Você não acabou com seu sofrimento, e quer encontrar a iluminação.

Você pode fazer todos os tipos de torções e rotações com seu corpo e isto parece fascinar as pessoas, pois elas sentem que isto lhes vai conferir algum poder, algum prestígio.

Ora, todos estes poderes são como velas ao sol; são como a luz de velas quando o sol está brilhando. 




J. Krishnamurti




Fonte: Krishnamurti in India 1970-71, 55
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: 
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
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