Os verdadeiros servidores da raça e os que contataram o mundo da alma através da meditação não têm tempo para tolices; estas podem ser deixadas com segurança para os papagaios do mundo; estão muito ocupados em serviço construtivo para se ocuparem em erguerem capas que são apenas um véu para o orgulho; não estão interessados na boa opinião de qualquer pessoa encarnada ou desencarnada, e preocupam-se apenas com a aprovação da própria alma e estão vitalmente interessados no trabalho dos pioneiros do mundo. Nada farão que alimente ódio e separatividade ou que desenvolva o medo. Há inúmeras pessoas no mundo perfeitamente prontas para tal. Atiçarão a chama do amor onde quer que vão. Ensinarão a fraternidade na sua verdadeira inclusividade, e não um sistema que ensine a fraternidade a uns poucos e deixe os restantes de fora. Reconhecerão todos os homens como filhos de Deus e não se colocarão num pedestal de retidão e conhecimento de onde proclamarão a verdade como a veem, nem consagrarão à destruição os que não veem ou que não agem como eles sentem que deveria ser, colocando-os fora da cena; não considerarão uma raça como melhor que qualquer outra, ainda que possam reconhecer o plano evolutivo e o trabalho que cada raça tem para fazer. Em suma, ocupar-se-âo em elevar os caracteres dos homens e não desperdiçarão o seu tempo deitando abaixo personalidades e tratando de efeitos e resultados. Trabalham no mundo das causas e enunciam princípios. O mundo está cheio dos que só deitam abaixo e que alimentam os ódios presentes, e que alargam as divisões entre raças e grupos, entre ricos e pobres. Que o estudante íntegro da meditação lembre-se que quando contata com a sua alma e se torna unificado com a Realidade, entra num estado de consciência grupal que rompe todas as barreiras e não deixa nenhum dos filhos de Deus fora do seu campo de conhecimento.
É possível mencionar outras formas de ilusão, pois o primeiro mundo que o aspirante contata é usualmente o psíquico e este é o mundo da ilusão. Este mundo tem os seus usos e entrar nele é uma experiência muito valiosa desde que se mantenham as regras do amor e da não-auto-referência, e se todos os contatos forem feitos com a mente discriminadora e o senso comum. Muitos são os estudantes a quem falta um senso de humor e que se tomam demasiado a sério. Parecem deixar para trás, ao entrarem num novo campo de fenômenos, o seu bom senso. É útil tomar nota de que se viu e ouviu e depois esquecer até à altura em que começamos a atuar no reino da alma; não estaremos então mais interessados na sua recordação. Devemos também evitar as personalidades e o orgulho, pois não têm lugar na vida da alma, que é governada por princípios e pelo amor para com todos os seres. Não haverá perigo de um estudante de meditação ser despistado ou atrasado, se desenvolveu estas coisas; entrará um dia, inevitavelmente, no mundo do qual se diz: "os olhos nunca viram, nem os ouvidos ouviram as coisas que Deus revelou aos que o amam" dependendo o tempo da sua persistência e paciência.
Alice A. Bailey
Fonte: do livro "Do Intelecto à Intuição"
Traduzido para o português e editado através da FCA - Fundação Cultural Avatar, de Niterói/RJ. A FEEU - Fundação Educacional e Editorial Universalitsa, de Porto Alegre/RS, foi autorizada a co-editá-lo.
Fonte da Gravura: IA (AI)
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