quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

A FORMA COMO VEMOS AS COISAS

A conversão exige que façamos reajustes significativos em nossas vidas, na forma como vemos as coisas. Esses reajustes podem ser intelectualizados, mas não são alcançados através do pensamento. Eles só são integrados à vida a partir do poder criativo do nosso próprio coração, do nosso centro. Portanto, entendemos melhor a meditação não como um processo de aprendizagem ou uma ferramenta que podemos empregar para obter os resultados que desejamos, mas sim como um processo de admiração e profunda humildade.

A meditação é tão importante que só poderemos alcançar a verdade se tivermos confiança para enfrentá-la. Essa confiança surge do encontro com o amor puro em nossos corações. Realmente, o mais importante a saber na vida e ao longo da vida é que Deus É e que Deus é Amor. É algo muito simples. A tarefa mais importante de quem quer responder plenamente ao seu potencial é saber que entramos nessa luz para nos purificarmos, para nos realizarmos, para descobrirmos o nosso potencial divino.

Talvez a lição mais valiosa que temos de aprender é que Jesus transformou o comum. Se observarmos isto claramente, poderemos ver a nossa própria jornada espiritual, a nossa própria prática religiosa, a nossa vida pessoal, tudo banhado pela luz transformadora do amor de Cristo. Só podemos ver através da sua Luz. O que vemos nos transforma. Como diz São João, “tornamo-nos semelhantes a Ele”.


John Main, OSB



Fonte: “Vontade própria, vontade divina”,
The Present Christ, Crossroad Ed. (Nova York, 1991), pp. 86-87.
Transcrição de Carla Cooper
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

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