Alguém diz: «Eu sou sincero, digo o que penso, sobretudo aos meus amigos», e o que se vê é que ele destrói tudo à sua passagem! A sinceridade é certamente uma qualidade, mas não há razões para se ficar muito orgulhoso de si próprio com este tipo de sinceridade. Terá essa pessoa, ao menos, colocado a si própria a questão: «Será que a minha opinião é justa?» Não, por que é que ela havia de fazer isso? Ela dir-vos-á que é livre de pensar o que lhe apetece: a liberdade de pensamento é uma grande conquista da humanidade.
De acordo, a liberdade de pensamento é uma coisa preciosa. Mas na condição de se saber realmente o que é o pensamento. Quantas pessoas chamam “pensar” a uma qualquer agitação do seu intelecto a propósito de tudo o que lhes convém ou lhes desagrada! É um erro: o verdadeiro pensamento não está ligado ao prazer ou ao desprazer, nem sequer começa com o plano mental, com o intelecto, mas com o plano causal, isto é, ele supõe o conhecimento das grandes leis cósmicas. A primeira opinião que surge não é um pensamento. Muitos afirmam que dizem o que pensam, mas, se pensassem verdadeiramente, calar-se-iam. Ou só falariam depois de se terem questionado sobre o que vale a sua opinião e quais serão as consequências de eles exprimirem essa opinião.
Omraam Mikhaël Aïvanhov
Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal
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