O karma é a grande lei da natureza, com tudo o que isso implica. Assim como somos capazes de nos movermos no universo físico com segurança, conhecendo suas leis, também podemos nos mover com segurança nos universos mental e moral quando aprendemos suas leis.
A maioria das pessoas, a respeito de seus defeitos mentais e morais, estão muito como na posição do homem que recusa subir as escadas por causa da lei da gravidade. Ele senta-se desanimado, e diz: "Esta é minha natureza, não posso fazer nada". É verdade, é a natureza do homem, já que ele a construiu no passado, e é "seu karma". Mas com um conhecimento sobre o karma ele pode mudar sua natureza, tornando-a amanhã diferente do que é hoje. Ele não está nas garras de um destino inevitável, imposto de fora sobre si; ele está num mundo de lei, cheio de forças naturais que ele pode utilizar para produzir o estado de coisas que ele deseja. O conhecimento e a vontade - isto é o que ele precisa.
Ele deve perceber que o karma não é um poder que oprime, mas um estabelecimento de condições das quais derivam resultados invariáveis. Enquanto ele viver negligente, em um caminho fortuito, enquanto ele for como um homem flutuando na corrente, atingido por qualquer entulho que passa, soprado por qualquer brisa casual, sugado por qualquer redemoinho casual, isto promete fracasso, azares e infelicidade.
A lei lhe possibilita atingir seus fins com sucesso, e coloca a seu alcance forças que ele pode usar. Ele pode modificar, alterar e reconstruir ao longo de outras linhas a natureza que é o resultado inevitável dos seus desejos, pensamentos e ações anteriores; esta natureza futura é tão inevitável como a presente: o resultado das condições que ele cria agora deliberadamente.
"O hábito é uma segunda natureza", diz o provérbio, e o pensamento cria hábitos. Onde existe Lei nenhuma conquista é impossível, e o karma é a garantia da evolução do homem até a perfeição mental e moral.
Dra. Annie Besant, MST
Fonte: do livro "Um Estudo Sobre o Karma", Ed. Pensamento, SP
Fonte da Gravura: Grev Kafi (the pseudonym of two symbolist painters, Evdokia Fidel'skaya and Grigoriy Kabachnyi, a married couple, that work in co-authorship)
http://www.grevkafi.org
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