O poder do Novo Testamento está em seu sentido dramático do contraste entre a vida anterior de fé em Cristo e a vida transformada por essa fé. São Pedro viu nisso a dramática diferença entre a morte e a vida: “Por isso o evangelho foi pregado até aos mortos, para que, apesar de terem sido julgados neste mundo pelo que fizeram em vida, pudessem viver segundo Deus em espírito.” (1 Pedro: 4-6)
É exatamente disso que trata a meditação – passar da morte ou meia-vida para estar totalmente vivo no Espírito de Deus. Nunca devemos menosprezar ou sentir vergonha da pura magnificência da visão cristã e do convite cristão. Na meditação vivemos por essa perspectiva e aceitamos o convite porque a meditação é nossa disposição total para Deus.
Quando meditamos... estamos totalmente disponíveis para Deus; totalmente à sua disposição. É disso que se trata a oração pura: sem pedidos, sem recriminações, sem performances, sem ameaças, apenas sendo simples, totalmente aberto à maravilha da realidade última. A meditação é importante para nós porque através desta disposição chegamos à experiência da fé.
Não se trata apenas de acreditar em Deus ou mesmo tentar viver pela crença em seu Amor, é saber que estamos Nele e que Ele está em nós e isso é o que significa viver na vida do Amor de Deus. Conhecê-lo pessoalmente das profundezas do nosso ser é o que ganhamos na meditação, e esse conhecimento é real.
Fr. John Main, OSB
Fonte: do livro "O Coração da Criação", Canterbury Press, 2007
Traduzido para o espanhol por Lucía Gayón, e para o português por este blog.
PERMANECER EN SU AMOR - Coordenadora: Lucía Gayón - Ixtapa, México
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Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal
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