quinta-feira, 3 de outubro de 2013

AS CHAMAS ELEVAM-SE PARA O CÉU E AS CINZAS FICAM NO SOLO

O que sentimos nós diante do fogo? Há qualquer coisa no movimento das chamas que nos incita a arrancarmo-nos ao solo, a deixarmos o mundo da multiplicidade para regressarmos à unidade. Quaisquer que sejam os objetos que nos retêm em baixo, há um momento em que é preciso deixar o mundo da multiplicidade para tomar o caminho em direção ao alto. É assim que reconstituímos a unidade do nosso ser. Depois da dispersão, devemos sempre recentrar-nos em nós mesmos e subir. As chamas elevam-se para o céu e as cinzas ficam no solo. Aqueles que observam um fogo sentem o mistério, mas será que compreendem o seu ensinamento? Quantos não gostariam de que as cinzas também subissem para o céu! Quero eu dizer com isto que, na maior parte dos casos, os humanos procuram projetar os valores pesados e terrestres para o alto, deixam-nos governar a sua vida, contrariando assim o processo natural. Mas não, para nos elevarmos como o fogo, devemos abandonar os nossos interesses materiais, egoístas, e pôr toda a nossa vontade, todas as nossas faculdades, ao serviço do princípio divino em nós.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: www.freeimages.co.uk

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