A maioria de nós não está em comunhão com coisa alguma. Não estamos diretamente em comunhão com nossos amigos, nossas esposas, nossos filhos. Então, para compreender o sofrimento, certamente você deve amar, não deve? Ou seja, você deve estar em comunhão direta com isto. Se você quiser compreender alguma coisa, seu vizinho, sua esposa ou qualquer relação; se você quiser compreender alguma coisa completamente, deve estar próximo dela. Deve chegar a ela sem nenhuma objeção, preconceito, condenação ou repulsão; deve olhar para ela, não deve? Se eu quiser compreender você, não devo ter preconceitos a seu respeito. Devo ser capaz de olhar para você, não através de barreiras, das telas dos meus preconceitos e condicionamentos. Devo estar em comunhão com você, o que significa que devo amá-lo. Do mesmo modo, se eu quiser compreender o sofrimento, devo amá-lo. Devo estar em comunhão com ele. Não posso fazer isso porque fico fugindo dele através de explicações, teorias, esperanças, adiamentos - que são os processos de verbalização. Assim, as palavras me impedem de estar em comunhão com o sofrimento. As palavras me impedem – palavras de explicações, racionalizações, que são ainda palavras, que é o processo mental – de estar em comunhão direta com o sofrimento. Só quando estou em comunhão direta com o sofrimento eu posso compreendê-lo.
J. Krishnamurti
Fonte: The Book of Life
www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: www.freeimages.co.uk
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