terça-feira, 14 de março de 2023

ANIMAIS NAS OBRAS DE ANDRÉ LUIZ


André Luiz é explícito, no seu livro “Nosso Lar” no que diz respeito à presença naquela colônia espiritual de animais desencarnados.

Não iremos pensar, portanto, que esses seres não são utilizados para atividades no umbral, uma vez que aquela colônia está localizada nessa região.

O emprego de animais desencarnados em atividades socorristas no umbral faz parte da rotina das equipes de resgate.

Não será qualquer família animal que se prestará a esse tipo de trabalho, mas sim aquelas adequadas, como os grandes felinos, os cães de porte avantajado etc.

André Luiz evitou estender-se em detalhes, esclarecemos aqui aos prezados leitores, porque, mesmo restringindo-se ao mínimo, Chico Xavier foi taxado por muitos confrades como obsidiado, tão logo surgiram os livros da série “Nosso Lar”, segundo afirmou Yvonne do Amaral Pereira.

Imagine-se se relatasse aspectos reais do que viu e viveu na sua passagem pelo umbral e nos trabalhos socorristas de que participou posteriormente, sendo certo que muitos recusariam sumariamente seus livros e nenhum resultado se obteria com seus relatos.

Mas é necessário que as revelações continuem, pois a progressividade da Verdade obriga sempre a alguém se expor publicamente para identificá-la aos olhos atônitos da maioria, que vive a rotina do ganha-pão e da religiosidade primária.

André Luiz descreve uma cidade localizada nas trevas. Atentemos para alguns aspectos, principalmente a referência a animais. A narrativa, neste ponto, refere-se aos arrabaldes da mencionada urbe:

“Que empório extravagante era aquele? Algum país onde vicejassem tipos sub-humanos? Eu sabia que semelhantes criaturas não envergavam corpos carnais e que se congregavam num reino purgatorial, em beneficio próprio; entretanto, vestiam-se de roupagens de matéria francamente imunda. Lombroso e Freud encontrariam aí extenso material de observação. Incontáveis tipos que interessariam, de perto, à criminologia e à psicanálise.

Vagueavam absortos, sem rumo. Exemplares inúmeros de pigmeus, cuja natureza em si ainda não posso precisar, passavam por nós, aos magotes (bandos). Plantas exóticas, desagradáveis ao nosso olhar, ali proliferam, e animais em cópia abundante, embora monstruosos, se movimentavam a esmo, dando-me a ideia de seres acabrunhados que pesada mão transformara em duendes.

Becos e despenhadeiros escuros se multiplicavam em derredor, acentuando-nos o angustioso assombro.”

Mais adiante, identificando a região central da metrópole, diz (atentemos para a menção a animais):

“Subimos, dificilmente, a rua íngreme e, em pequeno planalto, que se nos descortinou aos olhos espantadiços, a paisagem alterou-se.

Palácios estranhos surgiam imponentes, revestidos de claridade abraseada, semelhante à auréola do aço incandescente. Praças bem cuidadas, cheias de povo, ostentavam carros soberbos, puxados por escravos e animais.”

No episódio do maravilhoso reencontro entre Matilde e Gregório, André Luiz relata a chegada do terrível obsessor (atentemos para a utilização de animais):

“Alguns minutos se desdobraram apressados e Gregório, com algumas dezenas de assalariados, surgiu em campo, investindo-nos com palavrões que se caracterizavam pela dureza e violência. Os recém chegados apareceram acompanhados de grande cópia de animais, em maioria monstruosos.”

Agora, os leitores podem formar uma ideia clara sobre a utilização de animais desencarnados para o bem e para o mal.

Concluiremos por informar que a responsabilidade perante a Justiça Divina pela utilização boa ou má desses nossos irmãos e irmãs ainda não adentrados na fase da racionalidade recai sobre quem lhes emprega a energia psíquica, pois eles próprios não podem responder pelos atos que são levados a praticar.

Assim como quem transforma um cão em verdadeira fera responde por isso, todo desvio que se imponha a outros seres fica por conta do indutor.

Se apresentou-se à nossa vidência um leão como nosso companheiro nos trabalhos de socorro espiritual é porque nossa afinidade com essa família animal vem da época em que vivenciamos essa realidade na trajetória evolutiva.

“Com a Supervisão Celeste, o princípio inteligente gastou, desde os vírus e as bactérias das primeiras horas do protoplasma na Terra, mais ou menos quinze milhões de séculos, a fim de que pudesse, como ser pensante, embora em fase embrionária da razão, lançar as suas primeiras emissões de pensamento contínuo para os Espaços Cósmicos.” (André Luiz)

“Cada espécie de seres, do cristal até o homem, e do homem até o anjo, abrange inumeráveis famílias de criaturas, operando em determinada frequência do universo. E o amor divino alcança-nos a todos, à maneira do sol que abraça os sábios e os vermes. Todavia, quem avança demora-se em ligação com quem se localiza na esfera próxima. O domínio vegetal vale-se do império mineral para sustentar-se e evoluir. Os animais aproveitam os vegetais na obra de aprimoramento. Os homens se socorrem de uns e outros para crescerem mentalmente e prosseguir adiante...” (André Luiz)

Alguém duvida de que tais animais estejam ligados, desde tempos imemoriais, a determinadas pessoas, tanto quanto Jesus mantém um elo afetivo em relação a cada um dos seres que habita a Terra? Sejamos razoáveis e de “mente aberta”. Tudo que é novidade para certas pessoas, apesar de conhecidas de outras, costuma assustá-las e descartam essas realidades, normalmente, pelo receio de “ficarem mal vistas”. Há, realmente, animais desencarnados ligados afetivamente a seres humanos reencarnados, tanto quanto esses animais estão ligados afetivamente aos animais afins reencarnados: o que isso tem de estranho? E esses espíritos sub-humanos podem ajudar seus “protetores” humanos reencarnados, pois sim! Assim é que há quem os invoque mentalmente e receba auxílio de várias maneiras construtivas, dentro das possibilidades desses espíritos em evolução, que também se tornarão “perfeitos, como vosso Pai, que está nos Céus, é Perfeito”.

Desde a mais remota Antiguidade isso é conhecido, daí surgindo a crença nos “deuses” e “deusas” representados por animais, como, por exemplo, no Egito Antigo.



Luiz Guilherme Marques



Fonte: do livro "Os Felinos sob a Ótica Espiritual"
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/olhos-de-gato-gato-preto-procurando-2944820/

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