terça-feira, 30 de maio de 2023

MÊS DE GÊMEOS

Gêmeos e Aquário representam o centro da garganta no homem.

A respiração, inspiração e expiração, é regida por Gêmeos.

Quando a consciência nos penetra, a respiração não é mais experienciada e atingimos o estado de equilíbrio em que a força prânica flui constantemente. Neste estado, deixa de existir a alternância de opostos. Esta é uma expressão de Aquário.

Gêmeos é representado pelo símbolo maçônico de um homem branco e um mulher negra, Yin e Yang na natureza, a dualidade tal como podemos percebê-la.

Quando falamos e nos comunicamos, projetamos nossa personalidade no mundo. Nesse momento, deixamos de SER, e nos TORNAMOS um reflexo. O tempo é inútil quando SOMOS, mas torna-se um veículo e tem um propósito para o homem interior já que este se manifesta nos três mundos através do pensamento, da fala e da ação. A experiência é fruto do nosso trabalho nos três mundos da existência humana. Ao longo da experiência de vida, nasce o discernimento, o desapego, a aceitação, a resistência, a intuição e a compaixão, e somos capazes de nos estabelecer no centro da garganta. Estas são as propriedades divinas de Mercúrio, que é o regente de Gêmeos. Lentamente, o discípulo experimenta que suas opiniões sobre si mesmo e sobre os demais perdem sua posição dominante e a vida é aceita tal como ela o é. É então quando podemos nos firmar no SER e experimentar os frutos do nosso trabalho. Isso é o que definimos como Consciência Búdica. O discípulo, então, agora, começou a construir a Ponte ou o Antah-Karana-Sarira que existe no cérebro como uma conexão sutil entre a glândula pineal e o corpo pituitário.



Heinrich Schwägermann Lorenzen




Fonte: Circular de Vaisakh, Carta no 2, ciclo 37, del 21 de mayo al 21 de Junio de 2023
World Teacher Trust – España
www.wttes.org
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/illustrations/signos-do-zod%c3%adaco-s%c3%admbolo-3231780/

MEDITAÇÃO E PURIFICAÇÃO DO CORAÇÃO


O rígido sectarismo de alguns líderes religiosos está levando muitos cristãos a encontrar uma expressão mais verdadeira dos ensinamentos de Jesus na antiga sabedoria contemplativa. Para muitos, vale a pena acreditar em uma doutrina, - mesmo quando se trata do inefável -, não só porque afirma ser verdadeira, mas porque nos ajuda a manter nossas crenças, além do mero "consumo". No entanto, nenhuma crença pode ser mantida com convicção, exceto a certeza da fé que vem com esperança e amor.

A certeza do fundamentalista deve ser banida e devemos permitir que a dúvida surja para que possamos questionar tudo. Nossa experiência dessa morte da certeza também leva à morte do desejo – o desejo egoísta de querer estar certo, estar seguro e ser melhor do que os outros. Essa morte representa nossa participação na Cruz. O renascimento do desejo que ela traz é o desejo transformado que brota de um coração puro na visão de Deus. Esse “desejo por Deus” não é como qualquer outro desejo que já sentimos. Como disse São João Clímaco “feliz é a pessoa cujo desejo por Deus se tornou a paixão de um amante por sua amada”. Nunca se esgota, nem nos leva a abusar dos outros para alcançá-lo. É, ao mesmo tempo, o desejo e a liberação do desejo tal como o experimentamos antes.

A meditação nos leva à purificação do coração e à morte do desejo. Assim como há um nascimento para cada morte, também a regeneração do desejo leva ao desejo de Deus. Não é o desejo de um objeto ou da própria satisfação. Mas é um desejo de felicidade: nunca poderíamos desejar ser infelizes. O desejo de Deus é o desejo de nossa felicidade cumprindo o mandato do amor. Este mandamento nos diz que o único desejo que nos fará verdadeira e profundamente felizes é o desejo da felicidade do próximo.


Trecho de “Dear Friends”, escrito por Laurence Freeman, OSB, no Boletim da Comunidade Mundial para a Meditação Cristã (inverno de 2000).


Transcrição de Carla Cooper



Fonte: WCCM Espanha - Comunidad Mundial para la Meditación Cristiana
http://wccm.es/
Traduzido por WCCM España e para o português por este blog.
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/ioga-mar-aceno-medita%c3%a7%c3%a3o-zen-chan-3338691/

A MEDITAÇÃO E O APOSENTO SECRETO


Meditais, por exemplo, acerca de verdades sublimes que não conseguis captar, e eis que ao fim de algum tempo conseguis compreendê-las. O que se passou? De onde veio essa compreensão?... O vosso espírito já a possuía desde sempre, mas era um domínio ao qual a vossa consciência ainda não tinha tido acesso. Porque o homem, que não sabe o que se passa no seu subconsciente, também não sabe o que se passa no Alto, no Céu, no seu Céu, no seu espírito, a superconsciência.

Podeis fechar-vos quantas vezes quiserdes entre as quatro paredes de um quarto e aí orar; se não tiverdes amor pelo Senhor, se não conseguirdes atingir esse estado de fervor que é próprio da oração, não podereis encontrar esse aposento secreto nem entrar nele. O aposento secreto é o estado de grande concentração, de paz, de silêncio interior, em que todo o resto se extingue, em que não existe mais nada senão a vossa oração, a vossa palavra interior que percorre o espaço. Nesse momento, mesmo se não souberdes que estais nesse aposento secreto, vós estais lá realmente.

O aposento secreto é um símbolo magnífico e de uma grande profundidade, que era certamente conhecido muito antes de Jesus. Todos os Iniciados e místicos sabem que para orar é preciso entrar nesse aposento interior, porque no exterior o Céu não os ouvirá. Por quê? Imaginai que estais na rua e que quereis falar a um amigo que se encontra noutra cidade: não podereis fazê-lo, a menos que entreis numa cabine telefônica, porque há lá um aparelho onde marcareis um número e estabelecereis a comunicação. Se ficardes na rua, por mais que griteis, por mais que berreis, o vosso amigo não vos ouvirá. Da mesma maneira, para sermos ouvidos pelo Céu, é preciso que entremos nesse aposento secreto de que falava Jesus, porque ele também está equipado com "aparelhos telefônicos" que permitem comunicar com os mundos superiores.

Mas aprofundemos mais ainda esta comparação: quando entrais numa cabina telefônica, fechais a porta para poder escutar e falar sem barulhos. De igual modo, esse aposento secreto deve estar silencioso, porque não é com barulho que se faz o trabalho espiritual.

Devemos, pois, compreender que existe em todos os seres um lugar muito silencioso em que eles devem penetrar fechando a porta atrás de si. Fechar a porta quer dizer não deixar entrar pensamentos e desejos estranhos à oração, senão haverá parasitas na vossa comunicação com o Céu e não obtereis resposta. Só no aposento secreto é que a comunicação pode passar correctamente: Vós falais e ouvis; dirigis um pedido ao Céu e recebeis uma resposta. Se não conseguirdes captar o que vos dizem é porque vos esquecestes de fechar a porta ou não conseguistes acalmar o tumulto dos vossos pensamentos e dos vossos sentimentos.



Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: Publicações Maitreya, Porto, Portugal
https://publicacoesmaitreya.pt
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sábado, 27 de maio de 2023

PENTECOSTES - ESPÍRITO SANTO - PARÁCLITO


A característica mais proeminente do terceiro aspecto da Santíssima Trindade com relação a nós é a de Encorajador. Esse é o real significado da palavra Paráclito, que é muito frequentemente empregada referindo-se a Ele, e muitas vezes traduzida no Novo Testamento como o Consolador. Essa palavra é derivada de um termo grego, cujo sentido principal é animar ou encorajar. Em verdade, ela também pode ter para nós o significado de "consolar" porque, se um homem está triste ou em dificuldade, animá-lo significa de fato consolá-lo. Sem dúvida, Ele é um conforto para Seu povo quando este se encontra triste ou com problemas, mas Ele é muito mais do que isso, pois seja qual for o estado em que possam estar, em qualquer ponto do berço ao túmulo, Ele está constantemente nos encorajando e fortalecendo, animando e estimulando para o melhor e o mais elevado.

Deus Espírito Santo habita sempre dentro de nós; Ele está sempre perto quando O chamamos; Sua força é vertida sobre nós sempre que nos dirigirmos a Ele para obter ajuda e encorajamento. Ele é Deus Encorajador, Deus Fortalecedor, sempre trabalhando dentro de nós em direção à retidão.

Todo o objetivo do homem, tendo vindo do divino, é ascender de volta à sua origem; no curso dessa constante evolução, quando ele entra em contato com o divino, é natural que ele deva entrar em contato primeiro com o ponto inferior. Usamos a expressão "inferior" sem qualquer sentido de comparação ou implicação de maior ou menor. Mas é verdade que o Espírito Santo incide mais profundamente em nosso mundo do que as outras Pessoas, e, portanto, é com Ele que o homem que começa a ser mais que homem entra primeiro em contato, na parte superior do plano mental. Ele se faz uno com Deus nesta, se assim podemos chamar, mais externa manifestação da Deidade. Isso é ilustrado no drama do Cristo quando o Senhor ascende ao Céu.

Quando um homem abandona as etapas da humanidade comum, ele se eleva ao estágio ulterior à humanidade e se torna uno com Deus - ele ascende ao Céu e senta à direita do Pai. Mas imediatamente após o Festival da Ascensão vem o Festival de Pentecostes, que celebra a efusão do Espírito Santo. O Adepto, depois de ter passado além da humanidade comum, verte sobre seus amigos e discípulos o poder da luz e da vida divinas - verte a si mesmo como o fogo Divino, sendo esse um termo com frequência aplicado ao Espírito Santo. Ele também é às vezes denominado a Chama de Deus ou o Fogo do Amor Divino, porque Ele é especialmente uma manifestação daquele amor que é a própria vida de Deus. Seu símbolo é o fogo - uma ilustração muito hábil do amor incandescente muito acima de toda a paixão ou emoção terrena, daquele maravilhoso amor espiritual que, na mais verdadeira alquimia, queima toda a impureza, tudo o que não é bom, tudo o que não é parte do supremo, tudo o que não consegue manter-se na chama de seu fogo consumidor.



Charles W. Leadbeater




Fonte: do livro "A Gnose Cristã"
Ed. Teosófica, Brasĺia/DF
Tradução de Ieda Pezzi
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PENTECOSTES: O MERGULHO NO ESPÍRITO SANTO


O dia de Pentecostes é celebrado imediatamente após a Ascensão e é uma festa para envolver-se com o Espírito Santo. Yeshuah diz: “A paz que está com você é a minha paz que eu dou a você”. Quando Yeshuah volta ao Pleroma, a imagem da Pomba que vem das alturas nos concebeu a promessa de sua paz. O Espírito Santo é sempre a Presença feminina de Deus, também chamada Shechinah no misticismo hebraico. É a realização do caráter secreto da vida, porque por meio de sua forma mais santa de poder, toda a vida se torna sagrada. Este dia é uma das primeiras datas para a cerimônia de Confirmação, Iniciação de fogo e função intuitiva. Esta é a data que também coincide com Shavuot, a Festa hebraica que comemora a entrega da Lei (Torá) a Moisés.

LEITURAS

(At 2,1-11) 1Tendo-se completado o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2De repente, veio do céu um ruído como o agitar-se de um vendaval impetuoso, que encheu toda a casa onde se encontravam. 3Apareceram-lhes, então, línguas como de fogo, que se repartiam e que pousaram sobre cada um deles. 4E todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia se exprimissem. 5Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos vindos de todas as nações que há debaixo do céu. 6Com o ruído que se produziu a multidão acorreu e ficou perplexa, pois cada qual os ouvia falar em seu próprio idioma. 7Estupefatos e surpresos, diziam: "Não são, acaso, galileus todos esses que estão falando? 8Como é, pois, que os ouvimos falar, cada um de nós, no próprio idioma em que nascemos? 9Partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia, da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10da Frigia e da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia próximas de Cirene; romanos que aqui residem; 11tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, nós os ouvimos apregoar em nossas próprias línguas as maravilhas de Deus!"

(1Cor 12,3b-7;12-13) 3Ninguém pode dizer: "Jesus é Senhor" a não ser no Espírito Santo. 4Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; 5diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo; 6diversos modos de ação, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. 7Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos. 12Com efeito, o corpo é um e, não obstante, tem muitos membros, mas todos os membros do corpo, apesar de serem muitos, formam um só corpo. Assim também acontece com Cristo. 13Pois fomos todos batizados num só Espírito para ser um só corpo, judeus e gregos, escravos e livres, e todos bebemos de um só Espírito.

(Evangelho de Tomás/Tomé 29) Disse Jesus: Se a carne foi feita por causa do espírito, é isto maravilhoso. Mas, se o espírito foi feito por causa do corpo, é isto a maravilha das maravilhas. Eu, porém, estou maravilhado diante do seguinte: Como é que tamanha riqueza foi habitar em tanta pobreza?

COMENTÁRIO

A linguagem das festividades da Ascensão e Pentecostes é exclusiva de Lucas e as duas festividades constituem um único ato, que não pode ser visto separadamente: O INÍCIO DA IGREJA.

Lucas, que é um escritor muito habilidoso, fez a festa coincidir com a antiga festa pré-existente, o Pentecostes judaico, dando-lhe uma nova dimensão e significado. A festa de Pentecostes era a FESTA DOS FRUTOS ou da COLHEITA. Os judeus comemoravam também a festa da RECEPÇÃO DA LEI (Aliança), a Torá, que os constituiu como "Povo de Deus".

Lucas procura fazer-nos ver que o Espírito Santo é o «fruto» autêntico e definitivo da vida de Jesus, ou seja, a vida de Jesus não deve ser entendida apenas como sua experiência, mas como experiência que se "projeta" para toda a Humanidade, constituindo-a no novo e definitivo "Povo de Deus".

"Pentecostes" significa "50". Na linguagem popular, os números são carregados de simbolismo. "cinquenta" manifesta um novo começo que é o resultado de uma plenitude. Os "frutos" são também "sementes" de nova vida. "50" sugere a continuação da PLENITUDE já expressa no "7". 7 × 7 = 49: é a PLENITUDE. Então vem o "50", que recomeça a partir da PLENITUDE. A cada 50 anos a vida do povo se renova. (Ano jubileu - Levítico 25,10). Israel, como o "Povo Escolhido", atinge sua plenitude em Jesus Cristo. No novo Pentecostes reinicia o "Povo Eleito", só que agora universal e definitivo.

A UNIVERSALIDADE é uma característica marcante deste Novo Povo, expressa pelo simbolismo das linguas. "Residiam em Jerusalém judeus devotos de todas as nações debaixo do céu." Com a recepção do Espírito Santo descobrem que "todos se entendem". É a correção do que aconteceu quando a humanidade, na ânsia de "ser como os deuses", quis construir uma torre "que alcançasse o céu". A "Torre" simboliza "Poder", e o poder é inútil para o entendimento." A Torre de Babel é uma história mítica para expressar a diversidade de línguas, que impede que as pessoas compreendam-se umas às outras. E como não se entendiam, dispersaram-se.

O novo Pentecostes muda esta situação. Congrega a todos. As línguas tocam a cada pessoa da nova comunidade. São línguas vivas, de fogo. Graças a essas línguas, todos se entendiam e eles ouviram "as maravilhas de Deus proclamadas em suas próprias línguas". O que impede a compreensão não é a variedade de idiomas, mas a busca pelo poder ("torre"). Se o Espírito nos abre ao Amor, a variedade de idiomas não é um problema.

De fato, o Espírito repousa sobre todos. Além disso, nos outros Evangelhos, Jesus dá o Espírito a todos os discípulos... Sem distinção... Se continuássemos lendo veríamos como Pedro toma a palavra e dirige um discurso em que tenta explicar a cena que foi vivenciada. É que, para alguns, nunca parecia muito bom que o Espírito atuasse em todos igualmente.

Vimos o que diz São Paulo aos Coríntios na sua primeira Carta da Leitura escolhida para hoje: O Espírito nos dá a todos os seus dons, a cada um de uma maneira diferente. Recomenda-se a leitura capítulo 12, onde o apóstolo que caiu do cavalo explica as diferentes formas que o Espírito Santo deve agir em nós. Aqui devemos mencionar aqueles vícios que surgiram ao longo dos anos, consistindo em confundir universalidade com uniformidade e confronta-os precisamente com esta carta de São Paulo.

Infelizmente, os homens, perdidos pelo desejo de poder e riqueza, reconstruíram a TORRE DE BABEL e nós a instalamos no coração do Império ou dos Impérios. Felizmente, o Espírito Santo continua a agir nos corações dos homens justos e a verdadeira Igreja de Cristo nunca cessou de estar na Terra, porque ela veio estabelecer-se com força para sempre. Parafraseando o apóstolo Tomé, Jesus admirou-se que esta grande riqueza viesse ficar nesta grande pobreza.

ORAÇÃO

Deus nosso, que pelo mistério desta festa santificas a tua Igreja estendida entre as nações, derramai sobre toda a Terra os dons do Espírito Santo e infundi nos corações dos vossos fiéis as maravilhas que obrastes no início da pregação evangélica. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, e é Deus, para todo o sempre. Amém.



Fonte: Ekklesia Gnostica Apostolica Rosae+Crucis
Capilla de la Magdalena
Albons (Girona) España
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AMOR: A MAIS TEMÍVEL DAS ARMAS


Quando têm problemas a resolver, os humanos não pensam em utilizar o método do amor, porque não acreditam na sua eficácia. Contudo, um dia serão obrigados a reconhecer que o amor é a mais temível das armas, perante a qual toda a gente é forçada a capitular. Diante do verdadeiro amor, o inimigo não tem qualquer possibilidade de escapar: mais cedo ou mais tarde, é apanhado. Equipai-vos, então, com as armas do amor e vereis que ninguém poderá resistir-vos; e nunca sereis acusados por terdes querido utilizar tais armas. Se achardes que elas não são suficientemente eficazes, é porque o vosso amor não é suficientemente poderoso. Reforçai-o, aumentai-o, e vereis que todos serão obrigados a render-se.



Omraam Mikhaël Aïvanhov




Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

COMO MOSTRAMOS OS NOSSOS CONFLITOS INTERNOS?


Uma das coisas mais difíceis para nós é não julgar os outros; e não só isso, mas também poder não nos julgar. Há um ditado dos Padres do Deserto que assim o expressa: "Os sábios diziam: não há nada pior do que ser julgado."

Os Pais e Mães do Deserto conheciam a mente e o coração de seus semelhantes; eles eram excelentes psicólogos. Eles estavam cientes de que a tendência que temos de fofocar, julgar e criticar os outros é a forma como mostramos nossos próprios conflitos mal resolvidos, que vêm de feridas internas, condicionamentos ou necessidades não satisfeitas: "Ninguém que não feche os olhos para as faltas do próximo é capaz de alcançar a liberdade interior” (Maximus the Confessor).

Esses são sentimentos desconfortáveis ​​que projetamos para fora. Julgamos e criticamos os outros por potencialmente os nossos próprios comportamentos: "Nunca aponte um dedo de desprezo ou julgamento ao seu próximo porque ao apontar para ele, outros três dedos estão a apontar para si" (Coração de Urso - "O vento é a minha mãe").

Essa projeção também nos leva a culpar os outros por nossas próprias falhas, como vemos na história que... transcrevo aqui...:

Um monge que se sentia muito tenso dentro da comunidade e muitas vezes ficava zangado e levado pela raiva, disse a si mesmo: "Vou morar sozinho em algum lugar. Como não poderei falar ou ouvir ninguém, ficarei calmo e, assim, minha raiva desaparecerá”. Ele deixou a cidade e passou a viver sozinho, em uma caverna. Mas um dia, quando ele encheu seu jarro com água e o colocou no chão, ele caiu de repente. Ele o recarregou e novamente ele tombou. Isso aconteceu pela terceira vez e o homem, furioso, agarrou o jarro e o quebrou. Voltando a si, soube que o demônio da ira havia zombado dele, e disse a si mesmo: "Vou voltar para a comunidade. Onde quer que se viva, é preciso esforço e paciência e, acima de tudo, a ajuda de Deus."

Além disso, quando julgamos os outros, os prendemos em uma moldura, impedindo-os de progredir ou crescer aos nossos olhos. Negamos a eles a possibilidade de mudança e os deixamos presos em um determinado momento: Abba Xanthias disse: "O ladrão estava na cruz e foi perdoado por uma única palavra. E Judas, que era um dos apóstolos, arruinou toda a sua obra em uma noite e desceu do céu ao inferno. Portanto, não se exalte quem trabalha bem; todos aqueles que confiavam em si mesmos, caíram" (Histórias dos Padres do Deserto).

O que fazemos aos outros, fazemos constantemente a nós mesmos. A meditação é uma ferramenta para adquirir essa atitude "sem julgamento". No entanto, na meditação, muitas vezes nos julgamos com perguntas como: “Por que minha mente está sempre cheia de pensamentos? Por que não consigo ficar parado?" Não se julgue. Apenas aceite como é. Observe e nomeie o que está passando pela sua mente da forma mais objetiva possível e volte amorosamente ao seu mantra. Torne-se um observador imparcial. Esse foco logo se tornará parte integrante do seu ser e o levará à objetividade, ao desapego e à verdadeira consciência.


Kim Nataraja




Fonte: WCCM Espanha - Comunidad Mundial para la Meditación Cristiana
http://wccm.es/
Traduzido por WCCM España e para o português por este blog.
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

VIDA MAIS ABUNDANTE


"Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente" (João 10:10). A palavra "Eu" usado nessa declaração não significa Jesus; nem significa seu professor ou praticante. Este é o seu próprio Eu, o Salvador e Redentor no centro do seu Ser. Portanto, você não ousa ir a Deus por suprimento, porque você já tem o “Eu”, o Espírito de Deus, no meio de você.

“Eu sou a ressurreição” (João 11:25). Essa verdade seria inútil para você se ela se aplicasse somente a Jesus. A verdade é que o poder da ressurreição - a ressurreição do seu corpo, da sua saúde, da sua prosperidade, seu casamento, sua casa ou sua família, está dentro de você. Mas você nunca demonstrará isso, enquanto estiver esperando que venha de alguma fonte fora de você, mesmo que seja de uma pessoa santa, pois o Eu no meio de você veio para que você possa ter vida.

Diga para si mesmo, neste momento, a palavra "Eu", suavemente, gentilmente: Eu, Eu. Esse Eu Verdadeiro no meio de você é a lei da ressurreição. Esse Verdadeiro Ser, essa verdadeira Presença Espiritual de Deus está trabalhando em você para ressuscitar seu corpo, sua saúde, sua família, seu amor, sua carreira. Se você aceitar o testemunho do mundo, quando tiver quarenta e cinco anos, você não será capaz de encontrar emprego, porque o mundo vai alegar que você é muito velho, e quando você tiver sessenta ou sessenta e cinco anos, será aposentado para aguardar a chegada de morte. Aceitando isso, você permite que seja uma lei para você, e então você se torna a vítima das sugestões deste mundo.

Se, no entanto, você entender que Eu, no meio de você, é Deus, então você saberá que esse Eu é a Presença de Deus que veio para que você pudesse ter a vida mais abundante, não a vida até quarenta, cinquenta, sessenta, ou setenta anos, mas a Vida Eterna. O “Eu Sou” vem mesmo para restaurar os anos perdidos na ignorância da verdade de que Deus está no meio de você. O Eu agora se torna uma lei da ressurreição de toda a sua experiência.

É preciso discernimento espiritual para reconhecer que Eu no meio de você é Deus, que a sua função é ser o seu pão, carne, vinho e água, e que ninguém tem que sair para conseguir qualquer coisa, porque você já tem a carne que o mundo não conhece. Toda vez que você é confrontado com uma aparência de esterilidade, vazio, carência ou limitação, abrace esta Verdade para si mesmo, sagrada e secretamente:

Obrigado Pai, eu tenho uma substância divina que o mundo não conhece. Nem a vida nem a morte podem me separar do Amor de Deus - nem vida, nem morte. O lugar onde eu estou é solo sagrado, seja deste lado do véu ou do outro lado, na doença ou na saúde, na pureza ou no pecado. “Eu posso fazer todas as coisas através do Cristo que me fortalece” (Filipenses 4:13).

O Cristo é um nome para o Filho de Deus. O outro nome é “Eu”. Ambos significam a mesma coisa: a Presença, o Poder, a Sabedoria e o Amor de Deus. O Cristo, que é seu Salvador, Ressuscitador e Mediador, é a Presença de Deus que foi estabelecida em você desde o princípio, mas que você tem procurado no mundo exterior.

As pessoas estão buscando a Deus, mudando de uma religião para outra, de um ensinamento para outro, de um professor para outro, até que, finalmente, eles descobrem alguém que dirá a elas: "Mas você tem isso dentro de você! Aquilo que você está procurando, você já traz em seu interior. Isso constitui o seu próprio Ser". Então elas entenderão porque podem viver uma vida de absoluta liberdade em Cristo.



Joel S. Goldsmith




Fonte: do livro "Vivendo Entre Dois Mundos"
Tradução de Giancarlo Salvagni
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

O PODER DE CURA DO ESPÍRITO


O poder de cura do espírito segue naturalmente o caminho do espírito.

Não reside entre as paredes dos prédios luxuosos, nem no ouro que cobre as imagens, nem na seda com que se modelam as roupas, nem mesmo no papel dos documentos sagrados, mas vive na inefável substância da mente e no coração dos homens.

Devemos sublimar os instintos de nosso coração e purificar nossos pensamentos.



Dalai Lama




Fonte: do livro "Palavras de Sabedoria"
Ed. Sextante
Fonte da Gravura: https://pixabay.com/pt/photos/para%c3%adso-viajar-por-neve-est%c3%a1tua-3154857/

VIRTUDES BÁSICAS PARA A PAZ MUNDIAL


Nossa própria santidade deve ser realizada antes que possamos conhecer o Todo no qual nosso ser está e ao qual realmente pertencemos. O grande erro (e o pecado do clericalismo) é fingir compreender o universal antes de chegar ao autoconhecimento. Tentar entender o universal, falar dele e querer controlá-lo são sinais de que ainda não fomos impregnados dele.

O que significa "universal"? Jesus expressou isso como a natureza do amor divino que é dado imparcialmente a tudo o que existe. Assim como o sol brilha tanto para os bons quanto para os maus. Isso significa que Deus está além da moralidade humana. Deus nunca luta do meu lado contra os outros. Como a chuva, o amor divino cai sobre os inocentes e os perversos. Isso significa que a justiça de Deus está além de qualquer tentativa humana de ser justo. É um amor que une o caçador e a vítima. Em primeiro lugar, precisamos experimentar essa universalidade enquanto ela paira sobre nós. Portanto, reduza o ego. Isso nos simplifica. Ele nos eleva acima da complexidade de nossas vidas, derramando-se por todo o nosso ser, desde o âmago mais profundo. Só então estamos realmente acordados.

A paz não se alcança erradicando e destruindo o mal. Quando tomamos consciência de nossos pecados - raiva, orgulho, ganância, luxúria - a tentativa de destruí-los facilmente degenera em ressentimento contra nós mesmos. Afinal, se não podemos amar a nós mesmos, por que nos preocuparmos em amar os outros? Melhor do que destruir os defeitos é trabalhar com paciência para estabelecer as virtudes, um trabalho bem mais lento e menos dramático, mas muito mais eficaz. E ao evitar os perigos da hipocrisia religiosa e da falsa justiça, criaremos um desenvolvimento de personalidade muito mais amoroso.

Escondidas entre todos os nossos defeitos - nossa capacidade para o mal - estão também as sementes de muitas virtudes. É possível que o terrorista tivesse a semente da justiça dentro de si antes de ser tomado pelo sentimento de raiva e pela ilusão de acreditar ser um instrumento da ira de Deus. Quando declaramos guerra a nós mesmos, corremos o risco de causar um enorme dano colateral: a destruição de nossas próprias sementes de virtude. Qualquer tipo de violência é um crime contra a humanidade porque priva o mundo de uma bondade desconhecida.

O primeiro passo para implantar as virtudes que eventualmente dominarão os pecados é estabelecer a virtude fundamental da oração profunda e regular. Por meio desse ritmo de oração silenciosa, a sabedoria penetra lentamente em nossas mentes e em nosso mundo. A sabedoria é o poder universal que traz o bem do mal. Como diz o Livro da Sabedoria, "a esperança da salvação do mundo está no maior número de sábios". O sábio sabe distinguir autoconhecimento de auto-obsessão, desapego de dureza de coração e retidão de crueldade. Não há regras para a sabedoria. As regras nunca podem ser universais. No entanto, a virtude o é.

Trecho de “Dear Friends”, escrito por Laurence Freeman, OSB no Boletim da Comunidade Mundial para a Meditação Cristã (inverno de 2001).



Carla Cooper




Fonte: WCCM Espanha - Comunidad Mundial para la Meditación Cristiana
http://wccm.es/
Traduzido por WCCM España e para o português por este blog.
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

ÊXITOS MOMENTÂNEOS


Sempre que fordes vítimas de uma injustiça, não vos deixeis corroer pelo desgosto ou pelo desejo de vingança. Esperai e continuai a trabalhar sobre vós mesmos. Tudo o que é inspirado pelo mundo divino perdurará e, um dia, brilhará em todo o seu esplendor; ao invés, as iniciativas inspiradas por interesses humanos, ainda que tenham êxito momentaneamente, estão condenadas a fracassar, mais cedo ou mais tarde. Deixai, pois, as pessoas afundarem-se no seu próprio pântano, se isso lhes apraz, agindo obstinadamente de modo a afastarem e a excluírem os outros para obterem os melhores lugares para si próprias. Elas vão empobrecer-se e enfraquecer-se, porque ignoram como as leis são terríveis para quem serve a inveja, a falsidade e o ódio. O Céu arranja tudo, a sua força e o seu poder são infinitos. Imperceptível, mas infatigavelmente, ele trabalha, e tudo irá no sentido do bem para aqueles que adotaram na sua vida um ideal sublime, de beleza e de amor, para a vinda do Reino de Deus e da fraternidade ao mundo.



Omraam Mikhaël Aïvanhov



Fonte: www.prosveta.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quarta-feira, 17 de maio de 2023

A VIDA É UMA SÓ ?

"Nossa vida eterna começou há milênios. Não podemos perdê-la, porque é uma só."

Quando as pessoas fazem essa afirmativa - "A Vida é uma só, é preciso aproveitar" - não imaginam que grande verdade estão dizendo.

A intenção, sabemos, é enfatizar que a vida deve ser vivida em cada minuto, no mundo material. Há que comer bem, passear, crescer socialmente e desfrutar tudo que o mundo oferece. Enfim, como se diz habitualmente, temos de curtir a vida.

Se analisarmos a frase sob a ótica espiritual, constataremos uma outra verdade. A vida é realmente uma só, eterna, que é cumprida em diversas etapas, algumas como encarnados e outras sem o corpo, sem que haja entre elas qualquer interrupção. É o futuro amarrado ao passado. Presos ao que já fomos, tentando nos desvencilhar das algemas da inferioridade para ter alguma alegria.

Estamos na vida eterna desde o nosso nascimento como espíritos simples e sem qualquer conhecimento, quando fomos premiados com o sopro divino e iniciamos nosso processo evolutivo. Já vivemos em mundos primitivos, probatórios e neles ainda continuamos fazendo experiências de crescimento, sempre de conformidade com o nosso atual estado espiritual.

A limitação mental impõe a densidade e determina o mundo onde temos de viver. Por isso temos de nos desprender do mundo material enquanto nele, para viver na espiritualidade divorciados de valores que não terão utilidade. Se enquanto encarnados formos escravos da matéria, seremos dependentes dela mesmo depois de deixar o mundo dos "vivos". Avarentos, gananciosos, sensuais aqui, continuaremos iguais na erraticidade.

A vida é uma só e tem de ser aproveitada. Em cada momento e em cada encarnação - que são minutos espirituais - vamos nos desligando de Mamon e nos aproximando de Deus. Trabalho lento, difícil com quedas e desânimos. Tão duro que vez por outra caímos e abandonamos tudo o que já foi conquistado. Renegamos o esforço feito para subir um degrau e despencamos escada abaixo.

Lembramos São Paulo, quando dizia que a despeito do muito que sabia, quando pensava era só no que aborrecia. Afirmava, porém, que suas quedas não eram a sua derrota.

Em determinadas situações, fatos vistos do ponto de vista material parecem desanimadores. Sofrer, adoecer, morrer, coisas abomináveis. Mas Jesus ensinou na prática a razão de tais ocorrências. Após a cura do paralítico, quando um apóstolo perguntou se estava feliz respondeu que não, porque enquanto doente ele orava a Deus. Agora, curado, está na taverna com mulheres e se embriagando. Só o curou, completou o Mestre, para manifestar-se nele a Vontade do Pai.

A doença é na verdade o remédio. As dores são reguladoras da vida e limitam os excessos que habitualmente cometemos. Por vezes, pior ser curado que continuar doente. Será que compreendemos e concordamos com isso?

Aproveitemos as orientações de Paulo, em seu testemunho. Se Jesus ensinou dando demonstração de fé, Paulo nos encoraja e antes de ser o santo Paulo da igreja, que deixou-se imolar resignadamente, lutou contra as más tendências.

Ainda Saulo, contou com a ajuda do Cristo que o convidou a segui-Lo após o episódio vivido durante a viagem para Damasco. Nós também somos chamados por Jesus, diariamente. Basta aceitar o convite.

Ávida é uma só, é preciso aproveitar, é uma grande verdade. Entretanto, temos de saber o que é aproveitar a vida. De acordo com as nossas preferências, talvez não nos traga bom proveito. Dia desses deixaremos o mundo e seguiremos para lugares desconhecidos, onde teremos de continuar, enfrentando a razão e a sabedoria das Leis. Poderemos ficar totalmente desajustados se, enquanto na carne, não nos desligarmos dela.

Temos o mundo material ao nosso dispor para as experiências necessárias. Uma vez fora dele, ficamos escravos das próprias realizações, o que poderá, dependendo dos nossos atos, ser motivo para grande sofrimento.

Mas o sábio conselho continua valendo: Vamos aproveitar a vida, porque é uma só.




Fonte original: Revista "O Clarim", abril de 1992
Via: livro "Pontos de Vista", de Octávio Caúmo Serrano
Editora SEDAC - Sociedade Espírita de Divulgação e Apoio à Criança S/C
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

segunda-feira, 15 de maio de 2023

O QUADRO NEGRO


Referia-se Jesus aos próprios testemunhos, entretanto, podemos igualmente aplicar-lhe os divinos conceitos a nós mesmos, desencarnados e encarnados.

Cada discípulo terá sua hora de revelações do aproveitamento individual.

As escolas primárias não dispensam o habitual quadro-negro, destinado às demonstrações isoladas do aluno.

À frente do professor consciencioso, o aprendiz mostrará quanto lucrou, sem os recursos do plágio afetuoso, entre companheiros.

Sobre a zona escura, o giz claro definirá, fielmente, a posição firme ou insegura do estudante.

E não será isto mesmo o que se repete na escola vasta do mundo? O homem, nas lutas vulgares, poderá socorrer-se, indefinidamente, dos bons amigos. O Pai permite semelhantes contatos para que as oportunidades de aprender se lhe tornem irrestritas; no entanto, lá vem “aquela hora” em que a criatura deve tomar o giz alvo e puro das realizações espirituais, colocando-se junto ao quadro-negro das provas edificantes.

Alguns aprendizes fracassam porque não sabem multiplicar os bens, nem dividi-los. Ignoram como subtrair a luz das trevas, somam os conflitos e formam equações de ódio e vingança. Esquecem-se de que Jesus salientou o amor, por máxima glória, em todas as situações do apostolado evangélico e que, mesmo na cruz, depois de receber os fatores da injúria, da perseguição, da ironia e do desprezo, somou-os na tábua do coração, extraindo a divina equação de serenidade, entendimento e perdão.

Ó vós, que ides ao quadro-negro das atividades terrestres, abandonai o giz escuro da desesperação! Escrevei em caracteres de luz o que aprendestes do Mestre divino! Revelai o próprio valor! Lembrai-vos que instrutores benevolentes e sábios vos inspiram as mãos! Abençoai o quadro-negro que vos pede o giz de suor e lágrimas, porque junto dele podereis conquistar o curso maior!...


Francisco Cândido Xavier / Emmanuel



Fonte: do livro "Vinha de Luz", FEB Editora. Cap. 114
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

quinta-feira, 4 de maio de 2023

CONFIANÇA RECÍPROCA


Muitos companheiros na Terra se declaram indignos de trabalhar na Seara do Bem, alegando que não merecem a confiança do Senhor, quando a lógica patenteia outra coisa.

Se o Senhor não te observasse o devotamento afetivo, não te entregaria a formação da família, em cuja intimidade, criaturas diversas te aguardam carinho e cooperação;

se não te apreciasse o espírito de responsabilidade, não te permitiria desenvolver tarefas de inteligência, através das quais influencias grande número de pessoas;

se não acreditasse em tua nobreza de sentimentos, não te induziria a sublimar princípios e atitudes, na realização das boas obras, com as quais aprendes a estender-lhe, no mundo, o reino de amor;

se não te reconhecesse o senso de escolha, não te levaria a examinar teorias do bem e do mal, para que abraces livremente o próprio caminho;

se não te aceitasse o discernimento, não te facultaria a obtenção desse ou daquele título de competência, com o qual consegues aliviar, melhorar, instruir ou elevar a vida dos semelhantes;

se o Senhor não confiasse em ti, não te emprestaria o filho que educas, a afeição que abençoas, o solo que cultivas, a moeda que dás.

“Não cai uma folha de árvore sem que o Pai o queira”, ensinou-nos Jesus.

Toda possibilidade da criatura, na edificação do bem, é concessão do Criador.

O crédito vem do Pai supremo, a aplicação com as responsabilidades consequentes, diz respeito a nós.

Sempre que te refiras aos problemas da fé, não te fixes tão-somente na fé que depositas em Deus. Recorda que Deus, igualmente, confia em ti.



Francisco Cândido Xavier / Emmanuel



Fonte: do livro "Coragem", 1ª ed., Brasília, FEB, 2015
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal