O autoconhecimento é o começo da sabedoria. No autoconhecimento está o universo inteiro; ele abrange todas as lutas da humanidade. (This Matter of Culture, p. 113)
Se você tiver consciência das coisas exteriores – a curva da estrada, a forma de uma árvore, a cor da roupa de outra pessoa, o contorno das montanhas contra o céu azul, a delicadeza de uma flor, a dor estampada na face de um transeunte, a ignorância, a inveja, o ciúme dos outros, a beleza da Terra – então, vendo todas essas coisas exteriores sem condenação, sem escolha, você pode deixar-se levar pela maré da consciência interior. Você terá, então, consciência das suas próprias reações, da sua própria mesquinhez, dos seus próprios ciúmes. A partir da consciência exterior, você chega à interior; mas se você não tiver consciência do externo, não poderá chegar ao interno... Quando há consciência interior de cada atividade da sua mente e do seu corpo; quando você tem consciência dos seus pensamentos, dos seus sentimentos, tanto secretos quanto patentes, conscientes e inconscientes, então desta consciência surge uma clareza que não é induzida, não é construída pela mente. (The Collected Works, vol. XV, p. 243)
Afinal, conhecer-se a si mesmo é observar o seu comportamento, as suas palavras, o que você faz em seus relacionamentos diários; isso é tudo. Comece com isso e verá quão extraordinariamente difícil é ter consciência, apenas observar o seu tipo de comportamento, as palavras que usa com o seu empregado, o seu chefe, a atitude que tem em relação às pessoas, às ideias e às coisas. Apenas observe seus pensamentos, seus motivos, no espelho das relações, e verá que, no momento em que observa, você quer corrigir; você diz: “Isto é bom, isto é ruim, tenho de fazer isto e não aquilo.” Ao ver-se no espelho do relacionamento, sua abordagem é de condenação ou de justificação; portanto, você distorce aquilo que vê. Ao passo que, se você simplesmente observar naquele espelho a sua atitude em relação às pessoas, às ideias e às coisas, se você vir somente o fato, sem julgamento, sem condenação ou aceitação, então descobrirá que a própria percepção tem sua própria ação. Esse é o começo do autoconhecimento. (The Collected Works, vol. VI, p. 307)
O autoconhecimento não se dá em conformidade com nenhuma fórmula. Você pode consultar-se com um psicólogo ou psicanalista para descobrir coisas sobre si mesmo, mas isso não é autoconhecimento. O autoconhecimento surge quando temos consciência de nós mesmos no relacionamento, o que revela o que somos de momento a momento. O relacionamento é um espelho em que podemos ver-nos como realmente somos. Mas a maioria de nós é incapaz de olhar-se tal como é no relacionamento, porque imediatamente começamos a condenar ou justificar aquilo que vemos. Nós julgamos, avaliamos, comparamos, negamos ou aceitamos, mas nunca observamos realmente “o que é”, e, para a maioria das pessoas, isto parece ser a coisa mais difícil de fazer; contudo somente isto é o começo do autoconhecimento. (The Collected Works, vol. IX, p. 137)
J. Krishnamurti
Fonte: http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura:
http://www.taringa.net/posts/ciencia-educacion/16865761/Jiddu-Krishnamurti.html
http://fightlosofia.com/krishnamurti-en-imagenes-krishnamurti-in-pictures/
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