Há alguma coisa em nós que entra no estado chamado de sonho, no estado chamado de sono, e no estado chamado de morte. Nenhuma compreensão pode ser obtida dos estados a que passamos, e dos quais emergimos, exceto com base na ideia de que existe um Ego, um pensador, um observador, um conhecedor, um experienciador, que ingressa nos estados e emerge deles, e de que este Ego, o verdadeiro ser humano, preserva a sua integridade em todos eles.
Nós somos mais do que qualquer um dos estados em que ingressamos, por mais admiração que possamos ter por algum destes estados. Mesmo se imaginarmos que já alcançamos, ou que podemos alcançar o estado mais elevado de inteligência e ação – aquele que chamamos de divino – somos nós que ingressamos nele. Assim, uma compreensão dos estados nos quais ingressamos só pode ser obtida quando reconhecermos que existe um Algo em nós que atravessa todos aqueles estados; devemos, portanto, tentar entender o que é este algo, e começar o esforço exatamente onde nós estamos agora. Não podemos começar de qualquer outro lugar ou posição que não seja aquele em que estivermos no momento.
O que descobrimos, então? Que somos uma identidade continuada. Já passamos por muitas mudanças desde o nascimento até agora, mas nossa identidade não mudou, sejam quais foram as mudanças pelas quais ela necessitou passar. Quando temos este fato claramente fixado em nossas mentes, alcançamos o ponto da percepção de que há uma natureza imortal em cada um de nós; de que ela é divina em sua essência, e de que não é sujeita a mudanças, mas imutável.
Robert Crosbie
Fonte: do texto “O Sono e os Sonhos”, de Robert Crosbie, publicado em www.FilosofiaEsoterica.com
http://www.filosofiaesoterica.com/sono-os-sonhos/
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Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal
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