sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

UMA ESCOLHA




Embora todos nós tenhamos nascido neste mundo com um propósito individual único, os kabalistas ensinam que também existe um propósito geral que todos compartilham – o da correção espiritual (tikun, em hebraico). Estamos aqui para nos transformarmos e nos "livrarmos" da nossa “bagagem” de vidas passadas para que possamos alcançar nossa correção e finalmente a perfeição.

Todos nós estamos destinados a realizar essa correção. Gostemos ou não, todos nós vamos mudar. Não depende de nós. O que depende de nós é como vamos mudar.

No final das contas, recebemos apenas uma escolha na vida. Podemos escolher mudar de forma proativa ou podemos ser forçados a mudar reativamente. O caminho proativo de mudança começa quando olhamos para nós e dizemos: “Essa não é a pessoa que quero ser”. Só o fato de tomar a decisão de mudar já é um grande passo, porque nossa natureza é dominada pelo Desejo de Receber Somente para Si Mesmo – a parte da nossa natureza que é egoísta, raivosa, limitada, que quer permanecer em estado de conforto; a parte em nós que está no controle; a parte de nós que se sente vítima. Sair dessa mentalidade e se comprometer com a espiritualidade é realmente fantástico – e nem todo mundo exerce essa opção. 

O caminho reativo de mudança é forçado através de acontecimentos externos e de seus efeitos. Pode se manifestar como a perda do nosso emprego, dos amigos ou pior, de nossa saúde ou nosso cônjuge. Se não enxergarmos voluntariamente a necessidade de mudar, o caos ativado por nosso comportamento negativo eventualmente nos despertará para a transformação.

No sentido espiritual, esses dois caminhos não têm o mesmo valor. Uma pessoa que escolhe conscientemente mudar para realizar o trabalho espiritual de transformação revela mais Luz que a pessoa que meramente reage às forças externas. E por estarmos todos conectados, o que revelamos também se reflete no mundo. 

De uma forma ou de outra, chegaremos individual ou coletivamente à plenitude e perfeição que nos são destinadas. Se não nesta vida, então em uma vida futura. 

Nosso livre arbítrio está no caminho que escolhemos: o caminho da responsabilidade pessoal e da transformação ou o caminho do sofrimento. 

Qualquer que seja esse caminho, precisamos saber que nossas ações podem servir ao mundo, bem como a nós, ou ferir o mundo e também a nós mesmos. 


Rav Yehuda Berg




Fonte: Centro de Cabala
www.kabbalah.com
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal


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