quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O VELHO CÉREBRO, NOSSO CÉREBRO ANIMALESCO

Penso que é importante compreender a operação, o funcionamento, a atividade do velho cérebro. Quando o novo cérebro opera, o velho cérebro não pode compreender o novo cérebro. Apenas quando o velho cérebro, que é nosso cérebro condicionado, nosso cérebro animalesco, o cérebro cultivado através de séculos de tempo, que fica eternamente buscando sua própria segurança, seu próprio conforto – apenas quando o velho cérebro estiver quieto, você verá que existe um tipo de movimento completamente diferente, e é este movimento que trará clareza. Este movimento é a clareza em si mesmo. Compreender, você deve compreender o velho cérebro, estar cônscio dele, conhecer todos os seus movimentos, suas atividades, suas demandas, suas buscas, e por isso a meditação é muito importante. Não quero dizer o absurdo, sistematizado cultivo de certo hábito de pensamento e todo o resto; isso é tudo muito infantil e imaturo. Por meditação quero dizer compreender as operações do velho cérebro, olhá-lo, saber como ele reage, quais são suas respostas, suas tendências, suas demandas, sua busca agressiva para conhecer tudo isso, a parte consciente bem como a inconsciente dele. Quando você o conhece, quando há consciência dele, sem controle, sem direção, sem dizer: “Isto é bom; isto é mau; manterei isto; não manterei aquilo”, quando você vê a totalidade do movimento do velho cérebro, quando você vê totalmente, então ele fica quieto.





J. Krishnamurti





Fonte: The Book of Life
http://www.jkrishnamurti.org/pt
Fonte da Gravura: Acervo de autoria pessoal

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